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CUMPRINDO A GRANDE COMISSÃO

NOTA

SEMINÁRIO CASA DE PROFETAS

APOSTILA DO CURSO

MATÉRIA:

CUMPRINDO A GRANDE
COMISSÃO

Apostila do Aluno

APOSTILA DO ALUNO – SEMINÁRIO CASA DE PROFETAS 1


CUMPRINDO A GRANDE COMISSÃO
NOTA

INDICE
Pág.
- INTRODUÇÃO 03

EVANGELISMO
- CAPÍTULO I
PONTO DE PARTIDA DO EVANGELISMO 11
- CAPÍTULO II
ENTENDENDO O QUE É EVANGELHO 12
- CAPÍTULO III
A MENSAGEM DO EVANGELHO (ESCRITURA) 16
- CAPÍTULO IV
O MENSAGEIRO DO EVANGELHO (TESTEMUNHO) 19
- CAPÍTULO V
O MÉTODO DO EVANGELHO (PODER) 21
- CAPÍTULO VI
FORMAS DE APRESENTAR O EVANGELHO 31
- CAPÍTULO VII
EXEMPLO DE TESTEMUNHO PESSOAL 38
- CAPÍTULO VIII
CINCO MÉTODOS DE APRESENTAÇÃO DO EVANGELHO 40
- CAPÍTULO IX
RESPOSTAS PARA PERGUNTAS E DESCULPAS RELACIONADAS
À SALVAÇÃO 43
- CAPÍTULO X
SUGESTÕES PARA EVANGELISMO PESSOAL EM PÚBLICO 45

MISSIOLOGIA

- JESUS É O REFERENCIAL PARA FAZERMOS MISSÕES 63


- MISSIOLOGIA – UMA PERSPECTIVA BÍBLICA 64
- HERÓIS DA FÉ – MISIONÁRIOS EXTRAORDINÁRIOS
QUE INCENDIARAM O MUNDO 72
- “MISSÕES TRANSCULTURAIS” TRATA DE UM MOVIMENTO
CRISTÃO QUE ATUALMENTE É DE ALCANCE MUNDIAL 79
- MISSÕES TRANSCULTURAIS – UMA PERSPECTIVA CULTURAL 80
- ESTRUTURA SOCIAL E CRESCIMENTO DA IGREJA 96
- CONCLUSÃO 102
- BIBLIOGRAFIA 103

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INTRODUÇÃO: NOTA

A GRANDE COMISSÃO

Pouco tempo antes de retornar ao Pai, após sua crucificação e ressurreição, Jesus mais
uma vez dá uma tarefa específica aos seus discípulos. O Mestre vai ao encontro deles para
dizer-lhes que saíssem e realizassem a missão. Era uma grande oportunidade dos discípulos
participarem do plano divino de restauração do relacionamento entre homem e Deus, perdido
pelo pecado. Com o fracasso do povo de Israel em tornar as grandezas de Deus conhecidas em
todas as nações.
Ora, o SENHOR disse a Abrão: Sai-te da tua terra, da tua parentela e da casa de teu
pai, para a terra que eu te mostrarei. E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei e
engrandecerei o teu nome; e tu serás uma bênção. E abençoarei os que te abençoarem, e
amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra.
Gênesis 12:1-3
O Senhor envia seu próprio filho para morrer por todos, e pela transgressão de Israel
veio a salvação dos gentios. (...mas pela sua queda veio a salvação aos gentios, para os incitar
à emulação. Rm 11.11b)
Em Cristo, os gentios tornaram-se co-herdeiros e coparticipantes da promessa de
Cristo por meio do evangelho. (A saber, que os gentios são co-herdeiros, e de um mesmo
corpo, e participantes da promessa em Cristo pelo evangelho. Ef 3:6)
Quando Cristo se entregou na cruz, fez a provisão para a igreja, dando-Se na morte, a
fim de que a Igreja pudesse nascer e crescer. (Vós, maridos, amai vossas mulheres, como
também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela. Efésios 5:25)
Enfim, a igreja recebeu a missão de levar as boas novas de salvação a todos os povos.
(E os onze discípulos partiram para a Galiléia, para o monte que Jesus lhes tinha designado. E,
quando o viram, o adoraram; mas alguns duvidaram. E, chegando-se Jesus, falou-lhes,
dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra. Portanto ide, fazei discípulos de todas as
nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; Ensinando-os a guardar
todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a
consumação dos séculos. Amém. Mateus 28:16-20)
A igreja é um lugar em que os perdidos são encontrados por Deus por meio da
proclamação e da demonstração clara do evangelho. Ela não leva pessoas à conversão; ela faz
discípulos ao ensinar seus membros a fazerem tudo que Jesus determinou. (E consideremo-
nos uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras. Não deixando a nossa
congregação, como é costume de alguns, antes admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais,
quanto vedes que se vai aproximando aquele dia. Hebreus 10:24,25)
Para que um discípulo de Jesus desempenhe a missão, primeiramente deve ser
motivado a compreender as Escrituras Sagradas, a partir de então, refletir e observar as
verdades, colocando-as em prática. Ao olhar para a história bíblica, o discípulo de Cristo
compreende o melhor caminho a ser seguido. Assim, o melhor manual missional são as
Escrituras e suas orientações.
Olhando para as cinco declarações bíblicas complementares sobre a Grande Comissão,
o leitor pode enxergar a partir de cada uma delas a autoridade encontrada neste imperativo
bíblico, de onde viria a capacitação dos discípulos, onde a missão deveria ser realizada, qual

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mensagem deveria ser proclamada e as ações que contribuiriam para este fim. Ali, em alguma NOTA
montanha da Galileia, conforme Jesus tinha designado, o Mestre anuncia o seu grande
comissionamento, não apenas aos onze discípulos, mas igualmente a todos os seus seguidores,
que nesta altura já consistiam cerca de quinhentos irmãos. (Depois foi visto, uma vez, por
mais de quinhentos irmãos, dos quais vive ainda a maior parte, mas alguns já dormem
também. 1 Coríntios 15:6)
Foi um encontro extraordinário, marcado pela presença de Jesus ressurreto e o
reconhecimento em adoração por parte dos discípulos ao Mestre que tinha vencido a morte.
(“Antes da ressurreição, na percepção dos discípulos Jesus é o homem enviado por Deus em
missão, depois da ressurreição ele é o Deus que envia homens em missões.” Naqueles
momentos finais, os discípulos foram ordenados a tornarem o evangelho conhecido em todas
as nações, levando homens e mulheres a terem um encontro pessoal com Cristo a
confirmarem a fé através do Batismo, assim tornando-se parte da Igreja de Cristo e ensinando
os a guardar todos os seus preceitos. Estas foram as palavras do Mestre: Portanto ide, fazei
discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;
Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou
convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém. Mt28:19,20)
A Grande Comissão é assim chamada com toda a razão, pois se aplica a toda a igreja.
Incialmente dada aos discípulos, esboça o caráter geral para toda a igreja em todas as épocas,
“mostrando a todos que o trabalho e a mensagem deles deveriam estar relacionados com tudo
o que Jesus fez e o que ele é por nós.”
Citando Robertson, Champlin demostra a grandeza desde encontro entre o Mestre e
seus seguidores: É o mais sublime de todos os espetáculos, ver Cristo ressurreto, sem
dinheiro, sem guarnição de soldados ou governo organizado, comissionar aquele grupo de
quinhentos homens e mulheres com o programa de conquista do mundo, levando-nos a crer
que isso é possível, e fazendo-os se atirarem na tarefa com paizão e com poder. O Pentecostes
ainda viria, mas uma fé dinâmica já operava naquela montanha da Galileia.”
A Autoridade de Cristo - Toda a autoridade recebida pelos discípulos para cumprirem
a ordenança de fazerem discípulos está relacionada à autoridade de Cristo, conforme sua
própria afirmação: “Toda autoridade me foi concedida no céu e na terra”. De onde vem esta
autoridade? Quem concedeu a Cristo este poder? À luz dos textos bíblicos, a autoridade é
decorrente dEle ser Rei, o Messias, e mediador entre Deus e os homens. E este poder se
entende por todos os domínios. O versículo dezessete demonstra que os discípulos já
reconheciam Jesus como Rei, e o adoraram.
Não seria por um acaso que o imperativo de Jesus narrado por Mateus o apresentaria
como detentor de toda a autoridade no céu e na terra, o Messias que haveria de vir. Ao olhar
para os temas plenamente aceitos em relação aos propósitos do livro, Mateus deseja
demonstrar aos leitores que Jesus era o “Messias” prometido, o “Filho de Davi”, o “Filho de
Deus”, o” Filho do Homem”, “Emanuel”, aquele para quem o Antigo Testamento aponta.
Muitos judeus, especialmente os líderes, pecaram quando não reconheceram Jesus
como o “Messias” durante seu ministério, e este pecado continuar a ser repetido por muitos,
que continuam não crendo nEle após sua morte e ressurreição. No entanto, o Reino
escatológico prometido já despontou, sendo o seu início assinalado pela sua vida, morte,
ressurreição e exaltação de Jesus.
Esse reinado messiânico continua havendo no mundo à medida que crentes tanto
judeus como gentios, submetem-se à autoridade de Jesus, vencem tentações, suportam
perseguições, acolhem calorosamente os ensinos de Jesus, e desse modo, demonstram o

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verdadeiro âmbito que se encontra o povo de Deus e o verdadeiro testemunho ao mundo NOTA
acerca do “evangelho do reino”; e esse reinado messiânico não apenas é o cumprimento das
esperanças do Antigo Testamento, mas também é a amostra do reino consumado, o qual
surgira, quando Jesus o Messias, voltar em pessoa.
Corroborando para demonstrar toda a autoridade de Jesus, Mateus começa o seu
evangelho apresentando aos seus leitores os títulos referentes a Jesus. Ele é apresentado como:
o “Cristo”, “Filho da Davi”, “Filho de Abraão”. O nome recebido por ele após seu
nascimento, “Jesus”, é a forma grega do nome hebraico “Yeshua”, que quer dizer o “Senhor
Salva”. Este nome descreve o que Ele estava destinado a fazer: “Ele salvará todo o seu povo
dos seus pecados” (1.21). E dará à luz um filho e chamarás o seu nome JESUS; porque ele
salvará o seu povo dos seus pecados. Mateus 1:21
Em uma destas designações atribuídas a Jesus neste primeiro versículo do evangelho,
autentica ainda mais a ideia apresentada de Jesus ser o Rei, detentor de toda a autoridade. Ele
tinha uma descendência real, era o “Filho de Davi”, com direito a reivindicar o trono de Israel.
Mateus não narra os detalhes da Ascensão de Jesus, mas podemos compreender, à luz de
outros escritores neotestamentários que Jesus está assentado à mão direita de Deus Pai. Ai está
implicada a grande reivindicação de autoridade real, que não exerce seus poderes apenas na
terra, mas no próprio céu. As duas expressões: no “céu” e na “terra” implicam domínio sobre
todas as coisas. Esse domínio é reconhecido pelo próprio apóstolo Paulo, escrevendo à igreja
de Éfeso e aos Colossenses.
“Paulo, apóstolo de Jesus Cristo, pela vontade de Deus, aos santos que estão em Éfeso, e fiéis
em Cristo Jesus: A vós graça, e paz da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo!
Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as
bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo; Como também nos elegeu nele antes da
fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor; E nos
predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de
sua vontade, Para louvor da glória de sua graça, pela qual nos fez agradáveis a si no Amado.”
Efésios 1:1-6
“E outra vez, quando introduz no mundo o primogênito, diz: E todos os anjos de Deus o
adorem.” Hebreus 1:6
“Porque foi para isto que morreu Cristo, e ressurgiu, e tornou a viver, para ser Senhor, tanto
dos mortos, como dos vivos.” Romanos 14:9
“Por isso, também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o
nome; Para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e
debaixo da terra, E toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus
Pai.” Fl 2:9-11
“O qual está à destra de Deus, tendo subido ao céu, havendo-se-lhe sujeitado os anjos, e as
autoridades, e as potências.”1 Pedro 3:22
Não há dúvidas, à luz das Escrituras, que Jesus é Rei detentor de toda autoridade, e por
isso tem todo o poder. Somente quem venceu a morte e ressuscitou poderia fazer tal
afirmação. Jesus pode ordenar a todos os seus seguidores cumprirem suas ordenanças. A partir
do momento em que uma pessoa deixa de ser escrava do pecado e o reconhece como Senhor,
ela deve ser obediente à sua vontade e ter uma vida que o agrade. Afinal, o seu maior prazer é
agradar ao seu Senhor. Esta foi a maneira com que os discípulos responderam à Grande
Comissão. Eles obedeceram, pois reconhecimento a Cristo como Messias e Rei, e assim era
um prazer obedecer ao seu Senhor. Mas, em que consiste esta missão? Cristo com sua
autoridade os enviou, mas os enviou a quê? A serem discípulos que façam discípulos.

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EM QUE CONSISTE A MISSÃO NOTA
O clímax das narrativas da ressurreição é a Grande Comissão, em que Cristo põe a
tarefa de espalhar o evangelho ao mundo e os seus ensinos diretamente sobre os ombros de
um pequeno reduto de testemunhas, que receberam a garantia da presença dEle até o final dos
tempos.
Veja como Mateus narra: Portanto, ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em
nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo; ensinando-lhes a obedecer a todas as coisas que
vos ordenei; e eu estou convosco todos os dias, até o final dos tempos.
“Fazei Discípulos” é a grande ordem. Ele é o único imperativo. É a atividade central indicada
no texto. A palavra “Ide” é um particípio no original e não imperativo. Segundo Hesselgrave,
a sua melhor tradução seria “indo” ou “enquanto ide”16. O “ide” é algo que deve acontecer
todos os dias, à medida que o discípulo vai caminhando. Como afirma Christopher J. H.
Wright, comentando sobre o “fazei discípulos”.
É preciso reconhecer que a primeira palavra não é uma ordem em si, mas um particípio: “Na
medida em que vocês vão...”. É claro que, se as nações tivessem que ser discipuladas, os
discípulos teriam que ir até elas; portanto, podemos detectar, com certeza, na primeira ordem
de Deus a Abraão, um prenúncio da dinâmica que finalmente explodiria na força centrífuga
missionária do ‘indo’ até aos confins da terra.
Fazer convertidos e crentes certamente se encontra dentro deste imperativo; no entanto, a
continuidade envolvendo o acolhimento, a confirmação da fé através do batismo, e ensino
motivando a obediência às ordens de Jesus não podem ser divorciados no cumprimento da
missão. Como afirma o princípio da Evangelização Discipuladora:
Evangelização e discipulado precisam ser unidos debaixo da autoridade da Grande Comissão.
Primeiro porque é somente à luz dela que esses dois conceitos podem ser entendidos de forma
completa. Segundo, porque só quando eles são plenamente compreendidos é que a igreja está
apta a cumprir a Grande Comissão em sua abrangência.
O cumprimento da Grande Comissão exige a aplicação destas forças conjuntas na transmissão
das verdades bíblicas através da comunicação clara e fiel do evangelho aliada ao cuidado
intencional deste novo discípulo, acolhendo-o intencionalmente, e buscando ensiná-lo a
obedecer a todas as coisas que Cristo tem mandado. Cumprir a missão é muito mais que
entregar um folheto, fazer um culto na praça ou uma ação pontual de evangelização. A missão
dada por Cristo é levar o pecador arrependido a reconhecer o seu estado diante de Deus e, pelo
poder do Espírito Santo, reconhecer a sua necessidade de retornar para o Pai. Esse é o desejo
de Deus para com a sua criação.
Donald McGavran, influente missiólogo do século passado, mostra a preocupação
evangelística ardente que Deus possui. Embora a missão de Deus englobe diversos aspectos, o
principal está em encontrar as pessoas criadas à Sua imagem. McGavran escreveu:
Entre outros desejos de Deus-em-Cristo, acima de qualquer outra coisa, Ele quer que pessoas
perdidas sejam salvas, isto é, sejam reconciliadas com Ele. Admitindo de uma forma mais
cordial que Deus tem outros propósitos, ainda assim devemos nos lembrar que nós servimos
um Deus que encontra pessoas. Ele tem uma preocupação primordial de que homens e
mulheres devem ser redimidos. Independentemente da maneira que definimos a palavra, o
testemunho bíblico é claro a respeito de que as pessoas estão “perdidas”. O Deus que busca
quer que essas pessoas sejam encontradas, isto é, que sejam trazidas a um relacionamento
redentor com Jesus Cristo, no qual batizadas em Seu nome, tornem-se parte de Seu lar. Ele
não se compraz quando muitas ovelhas possíveis de serem encontradas permanecem vagando

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nas montanhas, tiritando no vento frio e cortante. Quanto mais forem encontradas, mais prazer NOTA
tem Deus.
Até onde deve alcançar esta missão? “Todas as nações” é referência que Jesus dá ao
seu povo. Aqui há uma universalidade na missão. Uma referência aos gentios, que agora
devem ser trazidos para dentro da Igreja da mesma maneira que os judeus. Incialmente os
discípulos foram enviados “às ovelhas perdidas da casa de Israel”.
Mas ide antes às ovelhas perdidas da casa de Israel. Mateus 10:6
Mas agora, depois da crucificação e da ressurreição, o evangelho é para todos. Um dos
temas principais de Mateus é demonstrar a universalidade da mensagem do evangelho, e aqui
é o trecho central desta temática. Aqui está a grande “Magna Carta” do empreendimento
missionário do cristianismo.
Um outro ponto importante na missão é o batismo. “Batizando os em nome do...” está
relacionado ao meio ou ao método mediante o qual dos discípulos serão confirmados. Os
convertidos serão batizados em Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, isso subentende
que passam a ser propriedade do Deus Trino. Este é um meio de identificação espiritual com
Cristo em sua morte e ressurreição. O discípulo compartilha da sua morte, morrendo para os
pecados e da sua ressurreição nascendo para uma nova vida.
Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que
tudo se fez novo. E tudo isto provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus
Cristo, e nos deu o ministério da reconciliação. 2 Coríntios 5:17,18
Por fim, em um paralelo com a construção anterior, o “ensinar a obedecer” também faz
parte desta missão. “Ensinando os guardar todas as coisas” é parte deste processo, assim como
o batismo. O que deve ser ensinado? A obedecer a tudo quanto Cristo ordenou. Como bem
afirmar Hesselgrave:
Ele, porém, respondendo, disse: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a
palavra que sai da boca de Deus. Mateus 4:4
Interessante que a palavra “ensinando” é um particípio presente o que a torna uma ação
contínua, algo que não será feito apenas para a preparação para o batismo, mas para toda a
vida.
“Fazer Discípulos” é a grande ênfase do imperativo dado por Jesus aos seus discípulos.
Quando se questiona qual é a missão? Fazer Discípulos é a resposta. Ele garantiu que estaria
com cada um que obedecesse a esta ordem todos os dias, e ninguém que é obediente
cumprindo este imperativo está sozinho. O próprio Cristo acompanha seus servos nesta
jornada até os confins da terra e até a consumação dos séculos. Jesus estava enviando-os às
nações para serem pescadores de homens. Ele lhes deu “autoridade” e responsabilidade de
tornarem as boas novas de salvação conhecidas em todos os lugares. Agora a grande pergunta
é: Qual tem sido a resposta da Igreja ao imperativo de Jesus? Em especial, na era moderna,
como os discípulos de Jesus e a sua Igreja têm se comportado diante deste mandato?
Após estas últimas instruções de Jesus.
Fiz o primeiro tratado, ó Teófilo, acerca de tudo que Jesus começou, não só a fazer, mas a
ensinar, Até ao dia em que foi recebido em cima, depois de ter dado mandamentos, pelo
Espírito Santo, aos apóstolos que escolhera; Aos quais também, depois de ter padecido, se
apresentou vivo, com muitas e infalíveis provas, sendo visto por eles por espaço de quarenta
dias, e falando das coisas concernentes ao reino de Deus. E, estando com eles, determinou-
lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, que, disse
ele, de mim ouvistes. Porque, na verdade, João batizou com água, mas vós sereis batizados
com o Espírito Santo, não muito depois destes dias. Aqueles, pois, que se haviam reunido

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perguntaram-lhe, dizendo: Senhor, restaurarás tu neste tempo o reino a Israel? E disse-lhes: NOTA
Não vos pertence saber os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder.
Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas,
tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra. E, quando
dizia isto, vendo-o eles, foi elevado às alturas, e uma nuvem o recebeu, ocultando-o a seus
olhos. E, estando com os olhos fitos no céu, enquanto ele subia, eis que junto deles se
puseram dois homens vestidos de branco. Os quais lhes disseram: Homens galileus, por que
estais olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir
assim como para o céu o vistes ir. At1:1-11
Cerca de 120 discípulos, unânimes em oração, retornaram para Jerusalém e
aguardaram o cumprimento da promessa do Espírito Santo. Cinquenta dias após a Páscoa, na
festa de Pentecostes, a promessa do Consolador se tornou realidade. A cidade estava cheia de
homens vindos de diversos lugares para celebrar a festa. De repente, um som como de um
vento muito forte encheu a casa onde estavam reunidos para orar e foram cheios do Espírito
Santo. Então, começaram a falar em línguas diferentes da sua. Os estrangeiros ficaram
assustados ao ouvir aqueles cristãos em seus próprios idiomas. Alguns, sem entender, até
mesmo zombaram, dizendo que eles deviam estar embriagados (At 2.13).
Mas Pedro, pondo-se de pé, fez calar a multidão e começou a dar testemunho de que aquilo
era o cumprimento do que havia sido predito pelo profeta Joel.
E há de ser que, depois derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas
filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões. E também
sobre os servos e sobre as servas naqueles dias derramarei o meu Espírito. E mostrarei
prodígios no céu, e na terra, sangue e fogo, e colunas de fumaça. O sol se converterá em
trevas, e a lua em sangue, antes que venha o grande e terrível dia do Senhor. E há de ser que
todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo; porque no monte Sião e em Jerusalém
haverá livramento, assim como disse o Senhor, e entre os sobreviventes, aqueles que o Senhor
chamar. Joel 2:28-32
Ele foi enfático em apresentar Jesus como aquele cuja vinda fora profetizada. O tom
evangelístico da pregação de Pedro é claramente demonstrado em Atos 2.21: “E acontecerá
que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo”.
O apóstolo ainda ressaltou que, mesmo tendo sido morto pelos homens, Jesus ressuscitou ao
terceiro dia, de forma que Deus o fez Senhor e Cristo. Quando indagado pelos seus ouvintes
sobre o que deveriam fazer, Pedro respondeu: “Arrependei-vos, e cada um de vós seja
batizado em nome de Jesus Cristo, para o perdão de vossos pecados; e recebereis o dom do
Espírito Santo”.
A Igreja experimentou um crescimento extraordinário naquele dia, sendo aumentada
em quase três mil pessoas. Os novos discípulos, cheios do Espírito, viveram intensamente os
ensinos de Jesus, como nos mostra o restante do capítulo. Aconteceu ali um verdadeiro
movimento de multiplicação. O que começou com André agora crescia exponencialmente.
André sempre levava pessoas a Jesus, como fez com seu irmão Simão Pedro.
Era André, irmão de Simão Pedro, um dos dois que ouviram aquilo de João, e o haviam
seguido. Este achou primeiro a seu irmão Simão, e disse-lhe: Achamos o Messias (que,
traduzido, é o Cristo). E levou-o a Jesus. E, olhando Jesus para ele, disse: Tu és Simão, filho
de Jonas; tu serás chamado Cefas (que quer dizer Pedro). João 1:40-42
Em outra ocasião, também ajudou os gregos que gostariam de ver Jesus.
Estes, pois, dirigiram-se a Filipe, que era de Betsaida da Galiléia, e rogaram-lhe, dizendo:
Senhor, queríamos ver a Jesus. Jo 12:21

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Agora, já vemos Pedro levando outros a Jesus. Assim era o estilo de vida desses irmãos, o NOTA
imperativo dado por Cristo era prioridade em suas vidas, e como resultado, Lucas narra:
E eles perseveravam no ensino dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações.
Em cada um havia temor, e muitos sinais e feitos extraordinários eram realizados pelos
apóstolos. Todos os que criam estavam unidos e tinham tudo em comum. Vendiam suas
propriedades e bens, e os repartiam com todos, segundo a necessidade de cada um. E
perseverando de comum acordo todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam
com alegria e simplicidade de coração, louvando a Deus e contando com o favor de todo o
povo. E o Senhor lhes acrescentava a cada dia os que iam sendo salvos. Atos 2.42-47
Em aproximadamente quinze anos, os discípulos foram espalhados por grande parte do
mundo conhecido da época. O fenômeno do Pentecostes inaugurou essa grande colheita para
as nações! O Espírito Santo teve um papel fundamental na fundação e expansão da igreja de
Cristo. O pequeno grupo de homens que foram encarregados para executar a maior tarefa de
todos os tempos: levar o evangelho a todas as nações e cumpriram a missão conforme
ordenado.
Ao observar a história, nota-se que estes homens não eram pessoas importantes, nem
tinham muito conhecimento, tampouco tinham pessoas poderosas por detrás deles. Eram
pessoas comuns, sem qualquer reconhecimento, porém, tornaram a Grande Comissão uma
realidade e a multiplicação de discípulos e igrejas um projeto de vida. Eles não pensavam em
outra coisa senão cumprir esse imperativo do Mestre.
Conclui-se que a Igreja de Cristo, com o passar dos anos, tem se afastado da Grande
Comissão, do fazer discípulos como prioridade de sua existência. É hora de pensar em uma
correção de rota. Se faz necessária a realização de alguns ajustes quanto à direção, caso
contrário, a igreja atual corre um sério risco de se afastar ainda mais do mandado primordial, e
como resultante, estará indo em direção contrária à ordenança de Jesus. Como resultado deste
afastamento, a igreja pode em algum momento priorizar algumas coisas que não são a
prioridade de Jesus. É hora parar e refletir, e orientada pelo Espirito Santo iniciar uma jornada
em direção ao caminho inverso.
Hudson Taylor afirmou:
“Todos os gigantes de Deus foram homens fracos que fizeram grandes coisas para Deus,
porque se estribaram no fato de Deus estar com eles.”
Isso pode começar a partir de você. Você pode começar a multiplicar-se espiritualmente hoje,
e assim alcançar o Brasil ainda não alcançado e consequentemente as nações. Esta pode ser a
sua parte em levar a cabo a Grande Comissão de Cristo, de ir a todo o mundo e fazer
discípulos.

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NOTA

1ª ETAPA:
EVANGELISMO

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CUMPRINDO A GRANDE COMISSÃO
CAPÍTULO I NOTA

PONTO DE PARTIDA DO EVANGELISMO

A) O Evangelismo é um dos pilares de base da Igreja.


O Evangelismo constrói a igreja e naturalmente deve estar ligado à ela. A Igreja deve ser
o lugar que produz e recebe constantemente os novos convertidos “cristãos bebês”.

— Pontos a considerar:

a. Muito do evangelismo é conduzido através de esforços não ligados a


igreja, e por isto os novos convertidos não se membram em igrejas
locais.

b. Muitas igrejas tem perdido o seu propósito: Que é o de alcançar os


perdidos e equipar o Corpo de Cristo para alcançá-los.

c. Muitas igrejas estão focadas em si mesmas e não estão sensíveis às


necessidades dos novos convertidos e crentes imaturos.

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CUMPRINDO A GRANDE COMISSÃO
CAPÍTULO II NOTA

ENTENDENDO O QUE É EVANGELHO

A) Conhecimento histórico do “Evangelho”.


1. O termo “Evangelho” se refere à boas-novas da Salvação que é encontrado em Jesus
Cristo.

2. O evangelho originalmente em termo usado pelos militares no Velho Testamento.


a. Era o termo usado para o mensageiro que ia para o interior depois de uma
batalha no mar ou praia, levar o resultado.

b. O “boas-novas” da vitória na batalha era associado diretamente em estar salvo


da destruição total ou estar livre da morte ou das mãos do inimigo.

c. O mensageiro ia de vilarejo em vilarejo levando as boas-novas.


Ele também anunciava que o rei vitorioso logo iria chegar para celebrar com o
povo a destruição do inimigo.

3. A comunidade cristã adotou este termo usando-o na obra salvadora de Jesus Cristo.
a. Um mensageiro do Evangelho era usado para descrever aqueles que
anunciavam as boas-novas de Jesus.
b. Evangelismo é simplesmente a ação ou atividade associada a fazer o evangelho
ser conhecido pelas pessoas.

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CUMPRINDO A GRANDE COMISSÃO
B) O apóstolo Paulo apresenta o evangelho em três partes iguais: (I Ts 1:5). NOTA

Soma do Evangelho

Três partes Unidos

Escrituras — Proclamando a mensagem das boas-novas


de Salvação em Jesus Cristo.

Testemunho — Permitindo que o nosso estudo de vida se


torne um exemplo vivo desta mensagem.

Poder — Dependendo do poder do Espírito Santo de


nos direcionar, revelar e de transformar o
coração de outros.

Evangelho — As pessoas se tornam para Deus.

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CUMPRINDO A GRANDE COMISSÃO
1. A Primeira Parte é a Escritura. NOTA

a. Paulo disse: “Porque o nosso Evangelho não chegou até vós tão somente em palavras”,
(I Ts 1:5a.).
(Não só veio em palavras, mas veio com palavras).

b. Escritura é associado em compartilhar em palavras a mensagem do evangelho.


(I Co 15:4).

2. A Segunda Parte é o Testemunho.

a. Paulo disse “assim como sabeis ter sido o nosso procedimento entre vós e por amor
de vós “. (I Ts 1:5c)

1. O grupo de Paulo tinha somente um propósito de viver com os tessalonicenses.


Era para que eles pudessem receber o evangelho.

2. O evangelho era vivido dentro do testemunho dos mensageiros que vieram para
divulgá-lo.

b. Paulo se tornou tão transformado pelo evangelho de (Cristo) que sua vida se tornou
uma expressão viva do mesmo.

3. A Terceira Parte é o Poder

a. Paulo disse, “mas, sobretudo, em poder, no Espírito Santo e em plena convicção”,


(I Ts 1:56).

1. O evangelho contem o poder sobrenatural de Deus.

a. Este poder ressuscitou Jesus Cristo.

b. Este poder contém o poder de Deus para salvação das vidas perdidas.
( Rm 1:15-17)

2. Este poder flui na pessoa do Espírito Santo.

a. O poder do Espírito Santo é manifestado de várias formas: Sinais e Maravilhas,


pessoas sendo salvas, dons espirituais, etc.

b. Devermos desenvolver o nosso relacionamento com o Espírito Santo e


aprender a sermos direcionados pela sua liderança.

3. O poder do Espírito Santo traz convicção, que leva ao arrependimento.

a. É o poder e o convencer do Espírito Santo que trás as pessoas à Cristo. Não é a


obra do homem.

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CUMPRINDO A GRANDE COMISSÃO
NOTA
b. Nenhum humano pode convencer ao outro para se arrepender. Somente o
Espírito de Deus pode convencer uma pessoa a se arrepender.

4. As três partes do evangelho devem trabalhar juntas para alcançar as pessoas


perdidas. Temos enfatizado a proclamação das Escrituras, mas negligenciamos os
elementos do testemunho e do poder.

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CUMPRINDO A GRANDE COMISSÃO
CAPÍTULO III NOTA

A MENSAGEM DO EVANGELHO (ESCRITURA)

A) A mensagem do evangelho é simples

1. Tendemos a complicar o evangelho causando a mensagem se perder em detalhes.

2. A teoria básica da comunicação humana deveria ser conhecida em relação a


compartilhar a mensagem do evangelho.

a. As pessoas são influenciadas por três aspectos de nossa comunicação:

1) O conteúdo do que é falado — 7% (menos influente)

2) Entonação de voz e dicção — 28%

3) Linguagem corporal e atitude perceptível — 65% (maior influência)

b. De acordo com esta descobertas, as pessoas não são influenciadas pelo o que
estamos falando mas da maneira como estamos falando.

1. Se nossa linguagem corporal, atitude ou comportamento parece ser hostil,


indiferente ou não transmite amor então a mensagem do evangelho não irá
ser bem recebida.
2. Se nossa linguagem corporal não for consistente com a mensagem ela será
inválida.

3. Algumas vezes tentamos discipular não cristãos mesmo antes deles serem
convertidos. Isto também, entrega a mensagem errada.

1) As pessoas pensam que ser cristão é o desempenho de certas atividades, em


vez de ser um relacionamento com Cristo.

2) As pessoas se sentem desencorajados porque não conseguem sentir a


experiência do poder transformador ou a vitória necessária de ser discípulo
até que Cristo os tenha regenerado.

B) A mensagem do Evangelho contém cinco conceitos simples providenciados como


ferramentas para compartilhar com qualquer pessoa a qualquer hora:

1. O Amor de Deus – João 3:16 “Deus amou o mundo de tal maneira que deu
o único Filho”.

2. Nosso Problema – Romanos 3:23 “Todos pecarão e estão separados de Deus”

3. A conseqüência – Romanos 6:23 “O salário do pecado é a morte”.

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CUMPRINDO A GRANDE COMISSÃO
NOTA
4. Provisão de Deus – Romanos 5:8 “Deus demonstrou o seu amor por nós.
Sendo nós ainda pecadores, Cristo morreu
por nós.

5. Nossa respostas – Atos 3:19 “Arrepender e voltar para Deus para que o
pecado possa ser cancelado e Ele possa dar
refrigério.”

Obs.: A doutrina da Salvação incluem muitos conceitos teológicos. Como lideres devemos
conhece-los e sermos aptos a ensina-los.
Porem como mensageiros do evangelhos devemos comunicar com simplicidade para que as
pessoas possam entender e se entregar à Cristo.

C) Resposta à Mensagem do Evangelho:

1. A Salvação inclui duas respostas. (Rm 10:9)

A. Jesus é nosso Salvador (At 4:12).

1. Devemos aceitar a morte e ressurreição de Jesus como única forma de obter a


vida eterna.
a. Não há remissão de pecados a não ser pelo sangue de Jesus.

b. Não há religião, filosofia ou médium espiritual para obter a vida eterna.

2. Devemos aceitar o encontro na cruz


a. Jesus já fez tudo que requer o para providenciar a nossa salvação.

b. Nossa salvação e completamente um presente de graça, não a merecemos


de forma alguma (Ef 2:8,9).

B. Jesus é o nosso Senhor (Rm 10:9)

1. Vemos em Jesus a resposta para tudo. Jesus é nosso Senhor e Mestre.

2. Nossa expectativa e desejo é de receber a sua direção. Devemos estar de


conformidade com sua vontade. Isto incluí:
a) A aceitação da Bíblia como guia de sua vontade.

b) Aceitar a Igreja como nossa comunidade em comunhão.

c) A aceitação do seu propósito para nossa vida é qualquer missão que Ele
tem para nos dar.

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CUMPRINDO A GRANDE COMISSÃO
2. Estas duas respostas implicam em morrermos para nós mesmos. A morte do nosso eu NOTA
e o resultado da aceitação da salvação e senhorio de Jesus em nossa vida, (Mt
16:24,25).

a. Jesus como nosso Senhor traz a morte ao nosso eu.


1) Devemos morrer para o desejo de controlar nossa própria vida, e entregar
nossas vontades.

2) Olharmos para Jesus com respeito às coisas do presente: Ele é nosso Senhor.

b. Jesus como nosso Salvador traz a morte ao nosso eu.


1) Devemos morrer para o desejo de confiar em nós mesmos em relação a
salvação.

2) Devemos olhar para Jesus com respeito coisas da eternidade: Ele é nosso
Salvador.

c. Resumo da Morte do nosso Eu.


1) A melhor forma de descrever a resposta da mensagem do evangelho e dizer
que morremos para nós mesmo e vivermos por Jesus. (Lc 9:23; Mt 16:24,25).

2) Paulo resumiu claramente este conceito quando disse: “Estou crucificado com
Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; “
(Gl 2:19,20).

3) Para produzirmos frutos espirituais e multiplicarmos devemos morrer.


(Jo 12:24,25)

4) Quanto mais vivermos com Cristo mais áreas de nossa vida deverá morrer.
Isto será um processo continuo.
(FL 3:12).

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CUMPRINDO A GRANDE COMISSÃO
CAPÍTULO IV NOTA

O MENSAGEIRO DO EVANGELHO (TESTEMUNHO)

A) Todos cristãos são chamados a evangelizar (testemunhar).

1. Devemos proclamar o evangelho (Mt 10:7; 10:27, 32-33; Mt 24:14; Lc 9:60; At


5:20,42).

2. Devemos dar testemunho ou testificar (Jo 4:39; II Tm 1:8 a).

3. Devemos ser testemunhas (At 1:8; II Tm 4:5)

4. Não devemos nos envergonhar de falar. (Mt 10:32,33; Mc 8:38; Lc 9:26 e


II Tm 1:8).

B) O mensageiro deve compartilhar o Evangelho.

1. O maior obstáculo do evangelismo simplesmente ocorre quando falhamos em


compartilhar o evangelho com as pessoas que estão perdidas.

a. Pouquíssimas pessoas irão vir a Cristo se nós não contarmos a elas sobre
Jesus. Alguém tem que contar-lhes. O mensageiro deve proclamar a
mensagem do evangelho (Rm 10:13-15).

b. Para a maior parte dos cristãos isto significa o simples fato de compartilhar
sua fé, não em uma pregação impressionante. Deus te usará dentro de sua
capacidade e limite.

2. Devemos superar nossos temores e resistência em compartilhar o evangelho.

a. Pedindo à Deus que mude nosso coração, para superar a falta de compaixão
ou interesse.

b. Equipando-se melhor para o evangelismo pessoal, podemos superar o medo


de falhar em relação ao evangelismo.

Obs.: Não são todos os cristãos que são chamados à serem Evangelistas, talvez um entre dez
pode ter o Dom de ser Evangelista. Um evangelista tem o Dom de levar as pessoas à Cristo e
de conscientizar e equipar cristãos de um evangelismo mais efetivo e de geralmente encorajar o
corpo de Cristo como um todo (Ef 4:11,12).

A maior parte dos cristãos não tem este chamado particular.

Porém todos cristãos são chamados à serem mensageiros de Cristo. (II Tm 1:8a; 4:5).

APOSTILA DO ALUNO – SEMINÁRIO CASA DE PROFETAS 19


CUMPRINDO A GRANDE COMISSÃO
Somos ordenados a testemunhar e testificar do Senhorio de Jesus em nossa vida. Como NOTA
mensageiros devemos ser compelidos a compartilhar a mensagem do
Evangelho com as pessoas que estão perdidas sem Jesus.

Não é esperado que você seja um super-evangelista mas é esperado que você se
envergonhe do evangelho e que esteja disposto a testificar como mensageiro do Senhor
com ou sem palavras, sua vida comunica a mensagem.

Desejamos que você realmente esteja vivendo uma vida de mensageiro do


Evangelho.

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CUMPRINDO A GRANDE COMISSÃO
CAPÍTULO V NOTA

O MÉTODO DO EVANGELHO (PODER)

A) O método de evangelismo de Deus está focalizado no Espírito Santo.

É o próprio Espírito Santo que nos unge e dá poder para proclamar o evangelho as
pessoas que tem sido preparadas por Ele para receber a mensagem.

Devemos fazer tudo para nos equipar, porém não é o esforço humano, e que não há
técnicas que garantam resultados perfeitos.

Devemos ser cheios do Espírito Santo e aprendermos a sermos sensíveis a sua


orientação para podermos andar no fluir do poder de Deus no evangelismo.

É o Espírito Santo que está no comando da atividade. Nós somos somente instrumentos
para o propósito de Deus.

B) Devemos sempre nos lembrar disso:

1. O poder do Espírito Santo é a chave para alcançar os perdidos.

a. O Espírito Santo vai à frente do mensageiro e prepara o incrédulo para receber a


mensagem.

b. O Espírito Santo capacita o pecador a entender a mensagem (II Co 4:3,4).

c. O Espírito Santo convence o pecador da verdade. (At 2:37)

d. O Espírito Santo transforma o coração humano e faz com que arrependa e


converta a Cristo (Lc 15:18).

2. O Espírito Santo é a chave da manifestação da Presença de Deus.

a. O Espírito Santo freqüentemente irá produzir milagres sobrenaturais para


demonstrar a realidade de Deus durante o evangelismo.

b. Muitos sinais e prodígios freqüentemente acompanham os esforços


evangelísticos especialmente em lugares que requeiram um poderoso
quebrantamento espiritual.
3. O poder do Espírito Santo é a chave do poder e direção para o evangelismo.

a. Devemos ser cheios do Espírito de Deus para proclamar e sermos um exemplo


vivo do evangelho, (At 1:8).

b. Devemos aprender a sermos guiados pelo Espírito Santo para concluirmos o


propósito de Deus (At 5:32, I Co 6:19,20, Lc 4:18,19).

APOSTILA DO ALUNO – SEMINÁRIO CASA DE PROFETAS 21


CUMPRINDO A GRANDE COMISSÃO
NOTA
1) Experimentaremos mais frutos quando estamos ligados ao que Deus está
fazendo em vez de usarmos nosso esforço).

2) Isto evitará a frustração de alcançar cegamente às pessoas que Deus não


está preparando para receber a mensagem.

3) Podemos aumentar nosso tempo e esforço se focalizarmos nossa energia de


formas específicas.

4) Aprendendo a ser guiados pelo Espírito é um processo que leva tempo.


Leva prática e normalmente envolve obediência em pequenas tarefas que
eventualmente levarão para as grandes.

C) O processo do Evangelismo Pessoal

1. Dependa do Espírito Santo.

a) Saia da frente (At 13:2).

1) Devemos entregar a direção de nossas vidas à disposição de realizarmos o


propósito de Deus.

2) Esta atitude é muito difícil para as pessoas que não tem se entregado ou
aprendido a confiar em Deus.
Devemos entregar o nosso controle à Ele.

b) Assegure-se (At 16:6; I Co 3:6-9).

1) Assegure-se que o desejo de Deus é de te guiar.

2) Ele está esperando que deixemos que Ele conduza a nossa vida.
Ele se importa mais com isso do que nós.

c) Negue a si mesmo. (Lc 9:23; Jo 12:22-24).

1) Devemos negar nossa próprias habilidades e confiança e permitir que Deus


flua através de nós.

2) Arrepender-se do orgulho e depender totalmente do conhecimento de Deus.


Procure ser humilde e quebrantado.

d) Estar cheio (At 1:8)

1) Encha-se do Espírito Santo pedindo por uma renovação diária de poder.

APOSTILA DO ALUNO – SEMINÁRIO CASA DE PROFETAS 22


CUMPRINDO A GRANDE COMISSÃO
2) Peça a Deus por uma unção específica relacionando as pessoas que você NOTA
espera alcançar com o evangelho.

3) Esteja sensível e pronto para a direção do Espírito Santo à quem deve


evangelizar.

Obs.: Depois de passar um tempo em oração com o Espírito Santo. Saia cada dia na
expectativa dos encontros divinos no evangelismo.
Espere que Deus irá trazer a você as oportunidades.
Esteja pronto! . . .

2. Identifique-se com as pessoas que você pode alcançar.

a) Que são parentes, amigos, vizinhos, colegas de serviço, colegas de escola, etc.
que você tenha contato pessoal e que não conhecem a Cristo.

b) Escreva os seus nomes e ore regularmente pela salvação deles.

c) Peça orientação específica da direção a tomar em relação as oportunidades de


evangelizar.

3. Compartilhe sua vida com os incrédulos.

a) Compartilhe seu tempo, (Jo 1:14)

1) Esteja à disposição dos incrédulos

2) Disponha de tempo antecipado para eles.

b) Preste atenção (Tiago 1:14)

1) Faça perguntas gentilmente sobre seus sentimentos, preocupações,


problemas. A maioria deseja um amigo verdadeiro.

2) Seja um bom ouvinte. Desenvolva a sua habilidade de ouvir e preste


atenção.

c) Seja um servo (Mt 22:37-39)

1) Esteja pronto para suprir as necessidades encontradas.

2) Isto pode incluir compartilhar de Cristo ou falar do Senhor.

Sugestões:
- Ouça atentamente à medida em que eles relatam seus problemas e
opiniões.

APOSTILA DO ALUNO – SEMINÁRIO CASA DE PROFETAS 23


CUMPRINDO A GRANDE COMISSÃO
Depois você responde, quando te for pedido a opinião ou dada a NOTA
oportunidade, o saber ouvir é crítico.

- Procure por algo em comum ou similar de sua vida que possa


compartilhar.

- Mostre como Jesus te ajudou.


Inicie perguntando. Você se importaria se eu contasse como Deus me
ajudou numa situação similar a sua?

4. Compartilhe seu Testemunho Pessoal (Dois minutos)

a. Compartilhe casualmente seu testemunho que você já escreveu e praticou.

1) Sua vida antes de Cristo.

2) Como você o conheceu.

3) Sua vida com Cristo.

b. Você pode até expandir seu testemunho de acordo com a circunstância e tempo
disponível.

c. Esteja pronto a adaptar seu testemunho para ouvintes diferentes.

Obs.: Como fazer a transição do seu testemunho para compartilhar o evangelho?


(Lembre-se o seu testemunho não é o evangelho).
Sugestões: - Seja sensível de como a pessoa reage.

- Seja guiado pelo Espírito para mudar de conversa.


- Comece com: “Eu poderia compartilhar como eu conheci: Jesus?
ou posso explicar de como eu me tornei um cristão? etc. ...

5. Compartilhe o evangelho.
a. Compartilhe os 5 conceitos já mencionados.
1) O Amor de Deus (Jo 3:16)

2) Nosso problema (Rm 3:23)

3) As conseqüências (Rm 6:23)

4) Provisão de Deus (Rm 5:8)

5) Nossa resposta (At 3:19)

b. Memorize os cinco conceitos e suas referências.

APOSTILA DO ALUNO – SEMINÁRIO CASA DE PROFETAS 24


CUMPRINDO A GRANDE COMISSÃO
1) Decorando estes versículos você pode concentrar em olhar para a pessoa, em NOTA
vez de ficar olhando um pedaço de papel ou ficar virando as páginas de sua
Bíblia.

2) Irá prevenir uma apresentação negativa de que você não se importa com eles
como pessoa. (Apresentação Artificial).

3) Irá permitir que você fique mais relaxado e natural.

4) Isto irá te livrar para discernir e responder as reações das pessoas.

c. Use a Bíblia com habilidade (eficazmente).

1) Carregue um novo testamento de bolso (em vez de uma Bíblia grande).

2) Marque as cinco passagens para que você possa achá-las com facilidade.
(se necessário use marcadores com os números 1, 2, 3 nos 5 marcadores).

3) Deixe que a pessoa leia cada versículo e você esteja olhando para ela
enquanto fala.

4) O pequeno Novo Testamento de bolso pode se tornar um presente para a


pessoa se você for guiado pelo Espírito Santo.

d. Use folhetos com eficiência.

1) O folheto deve ser entregue nas mãos das pessoas. Eles podem ler depois e
atender ao chamado.
Obs.: Uma vez que você compartilhe o evangelho é necessário que você convide a
pessoa a aceitar Jesus. Sim! Preste atenção todos tem a necessidade de saber que o
evangelho requer um posicionamento uma resposta.
Porém a resposta é uma decisão totalmente deles.

6. Convide a uma decisão


a. Resista a interrupções.

1) A natureza humana irá evitar que a maioria queira tomar decisões. Porém
quem ouvir o evangelho deve entender claramente que ele requer uma
decisão.

2) Nosso inimigo espiritual irá criar situações de distração e interrupção para


impedir que a pessoa tome uma decisão.

b. Focalize

1) Seja gentil, mas seja direto.

APOSTILA DO ALUNO – SEMINÁRIO CASA DE PROFETAS 25


CUMPRINDO A GRANDE COMISSÃO
2) Este é o momento eterno quando alguém pode passar da morte para a vida. NOTA

c. Esteja alerta à batalha espiritual.

1) Repare-se pois o inimigo virá contra você.

2) Se houver mais de um evangelizando o outro deve ficar intercedendo em


oração silenciosa.
Obs.: Como convidar uma pessoa a tomar posição depois de evangelizada?

Sugestões de perguntas:
- “Você gostaria de orar comigo para receber Jesus Cristo, agora?

- “Você esta pronto para aceitar Jesus Cristo, agora?

- “Você tem um relacionamento com Deus?’

- “Este é um novo conceito para você?”

- “Você já ouviu esta mensagem, antes?”

7. Avalie a situação (guiados pelo Espírito Santo)

a. Há um grande número de respostas que podem ser dadas depois que a pessoa
ouvir o evangelho. Porém a maioria recai dentro de três categorias:

- Prontos para receber.

- Não prontos

- Rejeita e evita.

b. A chave é para você avaliar a resposta porque deve proceder diferentemente a


cada uma.
Veja no quadro abaixo:

c. Não dá para considerar em detalhes cada resposta. Deve-se buscar a orientação


do Espirito Santo.

D) Quadro do processo do Evangelismo Pessoal

1. Dependa do Espírito Santo

2. Identifique as pessoas que você quer alcançar.

3. Compartilhe sua vida.

APOSTILA DO ALUNO – SEMINÁRIO CASA DE PROFETAS 26


CUMPRINDO A GRANDE COMISSÃO
4. Compartilhe seu testemunho NOTA

5. Compartilhe o evangelho

6. Convide à uma resposta.

7. Avalie a situação:

Respostas possíveis
Prontos não estão Rejeita ou
A receber prontos evita

8. Ore com eles 8. Seja paciente 8. Seja humilde


9. Celebrem juntos 9. Dê sempre um lembrete. 9. Evite conflito.
10. Acompanhe 10. Mantenha contato 10. Descanse
assegurado em
Deus.

Se a resposta for pronto para receber:

8. Ore com eles.


a) Ensine o caminho de Jesus através da oração de arrependimento.

b) É muito importante que você ajude as pessoas orando com elas. Não espere que
elas descubram como se virar sozinhas.

1) Leve-os a orar em voz alta e repetir sua oração.

2) Ore sentenças curtas e simples.

3) Quando terminar pergunte “onde Cristo está agora? “Com esperança irão
responder “dentro de mim agora!” ou “Dentro do meu coração!”.

4) Avalie se a pessoa realmente entender a verdade a Cristo.

9. Célebre juntos!

a. Regozije com o Novo Cristão! Célebre!


Conte para eles que o céu está em festa e que os anjos estão celebrando mais
uma nova vida!

b. Não corra para falar de discipulado e o que fazer a seguir, permita que a pessoa
aprecie este momento e marque como o momento que aceito a Jesus.

10. Faça o acompanhamento

APOSTILA DO ALUNO – SEMINÁRIO CASA DE PROFETAS 27


CUMPRINDO A GRANDE COMISSÃO
NOTA
a. Inicie o acompanhamento gentilmente com amor como se a pessoa fosse só um
bebê dado a você para tomar conta.

1) Dê a pessoa uma Bíblia de presente. (Pode até ser o novo testamento que
você usou para evangelizar). Mostre as escrituras que você marcou.

2) Apresente o novo cristão aos outros parta que ele possa se familiarizar um
comunhão.

3) Se você conhece bem a pessoa convide-a para a sua igreja ou célula, (eles
podem fazer já parte).

4) Encoraje para que eles compartilham sua fé com outros. Esteja pronto para
acompanhar se necessário quando forem contar `a suas famílias e amigos que
aceitaram Jesus.

b. Ajude-os a se envolver com o discipulado.

1) Somos chamados a fazermos discípulos. Não somente a levar pessoas a


fazerem decisões! O processo de evangelismo deve nos levar ao processo de
discipulado.

2) É um grande privilégio levar alguém à aceitar Jesus Cristo! Devemos fazer


tudo para vê-los bem alimentados e recebendo carinho de uma comunidade
(Igreja) cristã. Porém devemos Ter cuidado de não passar aos novos
convertidos a idéia de sobrecarga ou como se tivessem se alistado num
campo de treinamento militar.
Se a resposta for – Não estou pronto:

8. Seja paciente:

a. Muitas vezes uma pessoa é receptiva ao evangelho, mas não está pronta para
receber Jesus. Devemos primeiramente sermos pacientes com eles.

b. Permita que o Espírito Santo complete seu trabalho à seu tempo. Confie que
Deus tem te usado até aqui e que continuará a trabalhar no coração deles.

9. Dê sempre um lembrete:

a. Lembre-o gentilmente que o seu diálogo foi um encontro divino e que Deus
o está chamando a um relacionamento pessoal.

b. Este lembrete serve como uma voz profética que desafia a pessoa a saber que
Deus está o chamando. Mais tarde, eles podem olhar para trás neste
momento, como um ponto de partida (pivô) apesar de poderem não
responder até bem mais tarde.

APOSTILA DO ALUNO – SEMINÁRIO CASA DE PROFETAS 28


CUMPRINDO A GRANDE COMISSÃO
10. Mantenha contato: NOTA

a. Mantenha a amizade o máximo possível.

1) É importante que as pessoas não pensem que pelo fato de não


aceitarem a Jesus você está a rejeitando ou se afastando dela.

2) Esteja disponível como amigo. Gradualmente Deus pode abrir a porta.

1) Provavelmente Deus colocou você na vida desta pessoa, fique


pronto para ministrar à esta vida.

2) Seja fiel ao Senhor de levar adiante este compromisso. Coisas


pequenas levam para as coisas maiores!

Se a resposta for – Rejeito ou Evita

8. Seja humilde:

a. Não ataque a pessoa verbalmente ou se torne o dono da verdade.

1) Uma resposta mal humorada pode por à perder todo o testemunho.

2) Lembre-se que você já esteve perdido.

3) O Espírito Santo pode estar os incomodando por isto reagem fortemente.

b. Seja gracioso e gentil.

1) Permita que o Espírito Santo flua através de você em compaixão,


especialmente em relação a alguém que esta reagindo e rejeitando Cristo.

2) Sua resposta a sua rejeição ou hostilidade pode ser o que vai trazê-los a
Cristo!!!

9. Evite conflitos

a. Não se permita, seja por que razão for, entrar em discussão ou conflito à
respeito do Evangelho.

1. Não continue evangelizando se isto provoca hostilidade direta ou


confrontação.

2. Deixe que o Espírito Santo batalhe não você.

APOSTILA DO ALUNO – SEMINÁRIO CASA DE PROFETAS 29


CUMPRINDO A GRANDE COMISSÃO
b. Expresse verdadeiro pesar por qualquer tensão ou sentimento contrários que NOTA
ocorra. Seja um instrumento de paz e amor.

10. Tenha segurança

a. Esteja seguro que Deus te usou neste encontro.

1) Nós não vemos tudo o que Deus esta fazendo no espiritual.

2) Fomos chamados à compartilhar o evangelho. Você já fez isto!

b. Ore para que Deus traga outros para continuar a ministrar na vida desta
pessoa.

APOSTILA DO ALUNO – SEMINÁRIO CASA DE PROFETAS 30


CUMPRINDO A GRANDE COMISSÃO
CAPÍTULO VI NOTA

FORMAS DE APRESENTAR O EVANGELHO

A) Estilos de Evangelismo:

a) Desafio

b) Intelectual

c) Convite

d) Servir

e) Testemunho

f) Relacionamento

1) Vários estilos de evangelismo.

a) Desafiar

- Desafie as pessoas com o evangelho (Pedro desafiou em Atos 2:36).

1) A pessoa que usa o estilo desafiador é capaz de audaciosamente confrontar as


pessoas com o evangelho.

2) As pessoas que tem este estilo são tipicamente chamadas de evangelistas.

b) Intelectual

- Apelando para a razão


(Paulo em Atos 17:3).

1) Uma pessoa que usa o estilo intelectual é capaz de debater doutrinas discutir
filosofias, falar de evidências científicas, et....
São capazes de discutir o evangelho pela perspectiva intelectual.

2) Há uma grande necessidade deste estilo no meio universitário, no meio


profissional e pessoas muito educadas.

c) Convidar

- Convidando as pessoas para ouvir à respeito de Jesus.


(Mulher Samaritana em João 4)

APOSTILA DO ALUNO – SEMINÁRIO CASA DE PROFETAS 31


CUMPRINDO A GRANDE COMISSÃO
1) A pessoa que usa este estilo de convidar simplesmente convida as pessoas á NOTA
lugares que tem alguém falando do Senhor.

2) Este estado representa o quanto alguém pode ser eficiente e usado no


trabalho de evangelismo mesmo que não tenha o Dom da oratória ou
compartilhar com palavras.

d) Servir

- Ajudando as pessoas necessitadas.


(Dorcas em Atos 9)

1) A pessoa que usa este estilo e capaz de tomar atitudes de serviço que
mostram o caráter de Cristo sem dizer uma palavra aos incrédulos.

2) Freqüentemente Deus leva um cristão à servir a um incrédulos e este servir,


causa o incrédulo a perguntar à respeito do Senhor mais tarde. Então este
mesmo cristão pode compartilhar o evangelho.

e) Testemunhar

- Contando como Jesus transformou a sua vida.


(O homem cego em João 9)

1) A pessoa que usa este estilo é capaz de compartilhar como Deus tem
trabalhado em sua vida numa forma que o leva a compartilhar o evangelho.

2) O testemunho pessoal é a forma mais singular e mais efetiva de alcançar os


incrédulos.

a) Ninguém poderá contestar sua própria experiência com Deus.

b) O testemunho permite que os outros realizem o que Deus também fazer


em suas vidas. As pessoas sempre comparam suas histórias e vidas.

3) Todo cristão deve ser capaz de relatar seu testemunho a um incrédulo.


a) Compartilhar o seu testemunho pessoal é uma chave no ministério do
evangelismo pessoal.

f. Relacionamentos

- Compartilhando o evangelho com as pessoas do seu relacionamento pessoal.


(O homem atormentado em Marcos 5:1).

1) A pessoa que usa este estilo é capaz de se relacionar bem com as pessoas e
trabalhar dentro do seu círculo de conhecimentos compartilhando o
evangelho.

APOSTILA DO ALUNO – SEMINÁRIO CASA DE PROFETAS 32


CUMPRINDO A GRANDE COMISSÃO
NOTA
2) Iremos focalizar e identificar as pessoas do nosso círculo de relacionamentos
que são capazes de ser influenciados pelo evangelho.

3) Este estilo é bem livre porque não somos forçados a testemunhar para
estranhos. Procuramos simplesmente alcançar as pessoas com quem temos
algum relacionamento.

a) As pessoas que fazem parte deste relacionamento pessoal.

- Membros de sua família.

- Amigos íntimos (Jo 1:45,46).

- Colegas de trabalho, escola, etc.

b) Pessoas a serem alcançadas fora do relacionamento pessoal.

- Pessoas que apresentam interesse na verdade espiritual (Atos 16:19-


34).

- estranhos (João 4:7-26)

- religiosos que não conhecem a Jesus (Atos 8:26-30)

B) Quatro áreas do viver que influenciam no bom testemunho

A) Tempo

B) Amor

C) Coerência

D) Unidade

A) Tempo

1) Você esta disposto e tem disponibilidade para gastar tempo com os perdidos?
(Jo 1:4)

a) Gastar tempo com os que estão perdidos, se identificar com eles, viver no
meio deles, é chamado ministério de encarnação.

1) Na sua encarnação, Deus se tornou um homem, na foram de Jesus


cristo (Jo 1:14; Hb 1:1).

APOSTILA DO ALUNO – SEMINÁRIO CASA DE PROFETAS 33


CUMPRINDO A GRANDE COMISSÃO
2) Um dos nomes de Jesus é “EMANUEL”, que significa “Deus NOTA
conosco”. (Is 7:14; Mt 1:23).

3) No seu ministério, Jesus viveu no meio dos perdidos, se identificou


com eles. Gastou tempo com os perdidos.

4) Para entender melhor este ministério vamos ler João 4 e observe onde
está focado em gastar tempo com os que estão sem Jesus.

b) Você deve estar disposto em gastar tempo com as pessoas perdidas, se você
pretende levá-los a Cristo através do evangelismo pessoal.

1) Dando tempo às pessoas você conquistará sua confiança e


eventualmente evangelizá-los.

2) Pregar para as pessoas sem doar de seu tempo pode parecer, que você é
orgulhoso, arrogante, frio.

c) Se você é tão ocupado que tem pouco tempo ou tempo nenhum para as
pessoas, então você não será um efetivo evangelista pessoal. (Provavelmente
suas prioridades não estão em ordem).

1) Todos nós fazemos tempo para o que consideremos importante. Se você


quer realmente fazer algo, você arranja tempo para fazer.

2) Nos tornando melhor em gerenciar nosso tempo, teremos tempo para o


nosso ministério.

d) Há muitas maneiras criativas de usar o seu tempo no Evangelismo Pessoal.

1) Vá com um amigo à lugares públicos para evangelizar.

2) Convide os vizinhos ou parentes não crentes à sua casa.

3) Ajude os vizinhos com seus trabalhos. Ex.: capinando, pintando, etc.

4) Gaste tempo em diversões ou em reuniões sociais com os não crentes.

5) Seja um servo para quem precisar. Eles se abrirão para você.

6) Ajude as pessoas que estão mudando (partindo ou chegando).

7) Faça estudo Bíblico em sua casa.

8) Visite as pessoas nas prisões, hospitais, asilos, etc. ...

APOSTILA DO ALUNO – SEMINÁRIO CASA DE PROFETAS 34


CUMPRINDO A GRANDE COMISSÃO
9) Desenvolva relacionamentos com os colegas de trabalho. NOTA

B) Amor

1) Você demonstra o amor de Deus aos outros? (Mt 22:27-39)


Quando Jesus foi questionado qual era o maior mandamento, Ele disse:
Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração e de toda a tua alma e de todo
o teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento o segundo
semelhante a este, é: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo.”

a) O nosso relacionamento de amor com Deus nos impele a evangelizar.

1) Somos purificados do pecado de outra forma estaríamos impedidos.

2) A comunhão com Deus nos enche de poder e sabedoria.

3) O amor de Deus transborda o nosso coração fazendo com que sintamos


compaixão pelos perdidos.

4) O Espírito santo nos dará visão para um evangelismo frutífero.

5) Somos levados a contar aos outros sobre o amor de Deus.

6) A presença de Deus nos mantém disponíveis e humildes.

b) Expressar o amor de Deus é a chave do evangelismo efetivo.

1) Deus nos usará para alcançar os perdidos.

2) A realidade de Deus é vista em nossa vida.

3) O amor de Deus quebra as barreiras e convence os pecadores.

4) As pessoas correspondem a esta expressão de amor dado por Deus.

c) Se você não sente este amor ou compaixão ore e veja se não há raiz de falta
de perdão

C) Coerência

1) As suas ações condizem com o que você diz? (I Ts 1:6)

a. A vida diária do mensageiro do evangelho confirma ou contradiz. Suas


palavras.

APOSTILA DO ALUNO – SEMINÁRIO CASA DE PROFETAS 35


CUMPRINDO A GRANDE COMISSÃO
1) Se constantemente vivemos os princípios de Deus as pessoas irão se NOTA
achegar a Deus através de testemunho.

2) Se o seu comportamento contradizer o que você fala as pessoas, elas o


verão como hipócritas e vão pensar que você está mentido. Muitos se
afastam de Deus por causa desta contradição.

b. Se o nosso estilo de vida só apresenta um ou dois destes três elementos do


evangelho então não podemos apresentar o evangelho. Devemos viver uma
vida que condiz com o caráter de Cristo.

D) Unidade

1) Você convive com (fazendo o melhor que você pode) e fala bem dos outros
cristãos e denominações? (Jo 17:23)

a) Jesus enfatizou que a unidade é essencial para o evangelismo.

1) Antes de ser preso e julgado, Jesus orava com fervor pelos seus
discípulos e todos os que criam. Quatro vezes ele orou para que eles
estivessem em unidade (Jo 17:6-26)

a) Orou pelos discípulos (a liderança). (Jo 17:11)

b) Orou pelos que viviam à crer através dos discípulos (Jo 17:21)

c) Novamente orou pela unidade (Jo 17:22)

d) Finalmente, Ele orou, para uma completa unidade (Jo 17:23).

2) Jesus demonstrou especialmente o propósito da unidade (Jo 17:21,23)

b) A unidade é a chave que é esperada na vida do mensageiro.

1) A unidade é como a linha que costura juntos os outros aspectos de tempo,


amor, e coerência. Ele os transforma em uma vestimenta completa.

2) A unidade concede uma ferramenta poderosa de evangelismo. Deus


multiplica o poder espiritual e a influência disponível quando os cristãos
estão em unidade (Dt 32:30; Jo 17:27).

3) Quando os incrédulos vêem a unidade dos cristãos, eles percebem o poder


transformador de Deus na vida das pessoas, rompendo barreiras: culturais,
sociais, econômicas, políticas e doutrinárias.

4) Quando os incrédulos vêem os cristãos desunidos eles pensam que eles são
hipócritas e que eles pessoalmente não precisem de Cristo.

APOSTILA DO ALUNO – SEMINÁRIO CASA DE PROFETAS 36


CUMPRINDO A GRANDE COMISSÃO
NOTA
a) Não vêem diferença entre eles e os cristãos.

b) Eles reconhecem a contradição do que é para ser o cristianismo.

c) Recebem informações trocadas de vários cristãos e não sabem em que


acreditar.

d) Não entendem disputas doutrinárias, só vêem que o amor e compreensão


estão trocados por conflito e rudeza.

APOSTILA DO ALUNO – SEMINÁRIO CASA DE PROFETAS 37


CUMPRINDO A GRANDE COMISSÃO
CAPÍTULO VII NOTA

EXEMPLO DE TESTEMUNHO PESSOAL

A) O poder do testemunho pessoal


Todo cristão tem o seu testemunho pessoal. É a sua própria história de experiência com
Deus. É a arma mais efetiva que você têm para evangelizar. (Mesmo que você seja um cristão
desde criança).
Se você parar para pensar e preparar o seu testemunho agora você estará pronto a
testemunhar quando a oportunidade chegar.
O seu testemunho deve consistir de três partes:
1) Como era sua vida sem Jesus?
2) Como você conheceu Jesus?
3) Como é sua vida agora com Jesus?

1) Como era sua vida sem Jesus?


Esta parte deve comunicar a sua necessidade de ter Jesus. Deve relatar as situações
que te levaram a querer Jesus.

a) Com certeza haverá alguém que se identificará com você, por isto o seu
testemunho a irá impactar.

1) Isto será verdade se você foi criado em uma família evangélica e


experimentou grande rebelião ou pecado.

2) Haverá pessoas que precisam ouvir que Deus pode mover em uma criança
sem que ela precise se envolver com o mundo cheio de pecado.

2) Como você conheceu Jesus?


Compartilhe realmente como você veio a conhecer Jesus.

a) Isto irá ajudar ao incrédulos a saber o que significa se tornar um cristão e como
pode acontecer a eles.

b) Tente manter esta parte o mais claro possível para que o conteúdo não se perca.

3) Como é sua vida com Jesus?


Esta parte de seu testemunho deve comunicar como Cristo está trabalhando em sua
vida agora.

a) Seja verdadeiro e honesto.

b) Não tente dizer que não tem problemas por ser cristão.

c) Em vez disso conte como Jesus te dá força para vencer os problemas.

APOSTILA DO ALUNO – SEMINÁRIO CASA DE PROFETAS 38


CUMPRINDO A GRANDE COMISSÃO
d) Ainda é apropriado você compartilhar como ele tem te dado vitória, esperança, NOTA
paz, alegria, realização, etc. ...

4) Sugestões para compartilhar seu testemunho

1) Mantenha-se breve (dois minutos ou menos).


De outra forma os incrédulos não ouvirão.

2) Não use termos religiosos, ex.: lamaçal do pecado, etc., os incrédulos não se
relacionam com eles.

3) Evite fatos ou detalhes que irão distrair do ponto principal.

4) Não explique profundamente seus pecados com detalhes (isto será tudo que
lembrarão).

5) Compartilhe seus pensamentos, sentimentos, emoções, medos, etc. ... (Eles dão
impacto!).

6) Explique como Jesus tocou sua vida. (Isto pode se relacionar com a situação de
alguém).

7) Pratique até que você possa contar sem extrapolar o tempo mas podendo ser
flexível ajustando as situações.

B) Escrevendo o seu testemunho

1) Como era sua vida sem Jesus?


-
-

2) Como você conheceu Jesus?


-
-

3) Como é sua vida com Jesus?


-
-

APOSTILA DO ALUNO – SEMINÁRIO CASA DE PROFETAS 39


CUMPRINDO A GRANDE COMISSÃO
CAPÍTULO VIII NOTA

CINCO MÉTODOS DE APRESENTAÇÃO DO EVANGELHO


A) Primeiro Método: Processo de evangelismo de Romanos 10:13-15:

Os não crentes se tornam salvos (Rm 10:13),

Porque:

Eles invocam o Nome do Senhor (Rm 10:13),

Porque:

Crêem nele (Rm 10:14)

Porque:

Ouviram (Rm 10:14)

Porque:

Um cristão pregou (compartilhou Cristo) (Rm 10:14)

Porque:

O cristão foi ordenado a ir (como mensageiro) (Rm 10:15)

B) Segundo Método: Sete Pontos Básicos:

1º Deus te ama (Jo 3:16)


2º Você é pecador (Rm 3:23)
3º Você está morto em pecado (Rm 6:23)
4º Jesus morreu por você (Rm 5:6-8)
5º Você pode ser salvo através da fé em Jesus (At 16:30,31)
6º Você pode ser salvo e seguro de sua salvação (I Jo 5:10-13)
7º Como filho de Deus você deve obedecê-lo (At 5:29).

APOSTILA DO ALUNO – SEMINÁRIO CASA DE PROFETAS 40


CUMPRINDO A GRANDE COMISSÃO
C) Terceiro Método: Método da mão NOTA

Outros versículos para completar os dedos

Nº 1 = I Rs 8:46
Sl 51:5
Rm 5:12
Rm 3:12
Nº 2 = Pv 6:16
Is 59:2
Ex 32:34
Hc 1:13
Ex 18:4
Nº 3 = Tt 3:4
II Ts 2:16
Nº 4 = Hb 2:9
I Pd 1:18
II Co 5:18
I Pe 3:18
Hb 9:26
Nº 5 = Mc 1:15
Tt 3:15
Rm 4:2-4

APOSTILA DO ALUNO – SEMINÁRIO CASA DE PROFETAS 41


CUMPRINDO A GRANDE COMISSÃO
Gl 2:21 NOTA
Rm 11:6
Is 64:6

D) Quarto Método: Usando Hb 9:24-28. O plano de salvação em três partes.

Escrituras Aparição de Jesus Em relação ao pecado

Na terra / no mundo Destruição da penalidade


Hb 9:26 Sua vida, nascimento e castigo pelo seu sacrifício
Morte e ressurreição. na cruz.

Hb 9:24 No céu: No céu


(ver I Jo 2:1,2) Ascensão de Cristo Destruição do poder e do pecado, por
sua glorificação
Novos céus e Nova Destruição da existência do
Hb 9:28 terra: Seu retorno pecado estabelecido pelo seu
reino.

E) Quinto Método: A história

Deus é Santo. Ele vive na montanha chamada Santa.

O homem é pecador. Ele vive na montanha chamada pecado.

As duas montanhas estão separadas por um grande vale.

Deus mandou o seu filho para preencher este vale com seu amor.

O Seu amor tocou as montanhas ao mesmo tempo.

Deus Homem

Santa Pecado

Este amor foi tão grande que não quis se separar então morreu e se tornou a ponte
entre as duas montanhas.
A morte do Filho de Deus deu aos homens a capacidade de se relacionarem com
Deus.
Esta ponte é chamada de Jesus Cristo, só Ele providência este ponte entre as
montanhas.

APOSTILA DO ALUNO – SEMINÁRIO CASA DE PROFETAS 42


CUMPRINDO A GRANDE COMISSÃO
CAPÍTULO IX NOTA

RESPOSTAS PARA PERGUNTAS E DESCULPAS RELACIONADAS À


SALVAÇÃO
A) Perguntas sobre a salvação

1) O que é pecado?
I Jo 3:10; I Jo 5:17; Jo 16:8,9; Rm 14:23; Tg 4:17

2) Porque Deus permite o mal no mundo?


Dt 30:19; Rm 6:14; Jo 14:6

3) Tenho que fazer minha decisão, publicamente? Mt 10:32,33; Rm 10:10;


Mc 8:38; Lc 12:8; Jo 12:42,43.

4) O que você diz das contradições bíblicas? Is 55:8,9; Dn 12:10; I Co 2:14;


II Pe 3:16-18.

5) Como que eu posso saber que Deus existe? Rm 1:19; Sl 8:3; Sl 33:6

6) Porque preciso do Sangue de Jesus? Lv 17:11; Mt 26:28; Hb 9:22; Rm 5:9,10; I


Pe 1:18,19

B) Desculpas sobre a salvação.

1) Não quero decidir agora.


Js 24:15; I Rs 18:21; Pv 27:1; Is 55:6; Mt 24:44; Lc 12:19, 20; At 22:16;
II Co 6:2

2) É muito tarde para mudar agora


Ez 33:19; Mt 20:16; Jo 6:37; e Rm 10:13

3) Eu já tentei ser cristão mas não consegui


Dn 3:17; Rm 4:21; II Tm 1:12; Hb 7:25; Jd 24
(Lembre-se de focalizar em Jesus).

4) Tem mistérios demais


Dt 29:29; Jo 13:7; At 1:7; I Co 13:2

5) Eu não preciso de salvador


Jo 3:18,36; Rm 3:23; Rm 6:23; Hb 2;3

6) Deus é amor. Não há perigo de castigo


Mt 22:13; Lc 13:3; II Pe 2:4

7) Existem muitos hipócritas na Igreja.

APOSTILA DO ALUNO – SEMINÁRIO CASA DE PROFETAS 43


CUMPRINDO A GRANDE COMISSÃO
Jó 8:13; Mt 7:1; Rm 14:12; I Pe 4:8 NOTA

8) O preço é muito caro.


Sl 116:12; Mc 8:36; Is 18:29,30; I Pe 2:24

9) Não quero perder meus amigos.


Êx 23:2; Pv 13:20; I Co 15:33; II Co 6:14

10) Serei perseguido


Mt 5:11,12; II Tm 3:12; Ap 2:10

11) Não quero deixar meus vícios e pecados


Lc 13:3; Gl 6:8; Ap 21:8; Jo 8:36; Fl 4:13; Hb 7:25

12) Não tenho grandes pecados.


Is 48:22; Is 59:2; Jo 8:34; Rm 6:23; I Co 6:9

APOSTILA DO ALUNO – SEMINÁRIO CASA DE PROFETAS 44


CUMPRINDO A GRANDE COMISSÃO
CAPÍTULO X NOTA

SUGESTÕES PARA EVANGELISMO PESSOAL EM PÚBLICO


"Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens. Mateus. 4:19"

A) Três pontos pessoais de um evangelista


1) Qual é seu serviço? Atos 1:8
2) Como ser eficiente? II Timóteo 2:15
3) Qual é o seu alvo? II Timóteo 2:2
Características:
1. Todos os filhos de Deus são testemunhas.
João 20:21, Marcos 16:15, Atos 1:8
2. Todos os membros da Igreja Primitiva eram testemunhas.
Marcos 16:20, Atos 8:1-4
3. Veja os hábitos da Igreja Primitiva.
Atos 5:42, e 32
4. Observe o sucesso do testemunho pessoal.
Atos 5:28, Atos 2:47
5. É preciso exortar quando houver dúvida.
Judas 22,23

B) Atitudes de um evangelista
Verdadeiro ou Falso
1. Deus e eu somos a maioria.
Romanos 8:31 V F
2. Posso fazer tudo que Deus manda.
Filipenses 4:13 V F
3. Todo descrente será salvo.
Marcos 16:15 V F
4. Eu preciso sempre esperar por uma direção especial.
Tiago 1:22 V F
5. Não existe o dom de evangelizar na Bíblia. è dever de cada cristão.
João 15:16 V F

APOSTILA DO ALUNO – SEMINÁRIO CASA DE PROFETAS 45


CUMPRINDO A GRANDE COMISSÃO
6. Deus usa nossa personalidade. Nosso sorriso e olhos tem grande influência na NOTA

comunicação.
Provérbios 15:30 V F

C) Cinco versículos básicos para evangelização


1. Chave da Bíblia. João 20:31
2. Quem é pecador. Romanos 3:23
3. Conseqüência do pecado. Romanos 6:23
4. Para quem é a Salvação. João 3:16
5. Para uma tomada de decisão. Apocalipse 3:20
Dê um exemplo de uma oração simples que você possa fazer com uma pessoa: ___________
__________________________________________________________________________

D) Abordagem: Como é que você pode abordar alguém


Por exemplo:
1. Um balconista desocupado.
2. Um vendedor na sua porta.
3. Um amigo ou vizinho.
4. Alguém ao telefone.
5. Uma chamada telefônica errada.

E) Como superar o medo


1. Pela fé coloque o medo debaixo do seu pé, e entre em ação. O que é que Paulo diz em
sua 1a carta aos Coríntios 2:3 a 5?
2. Nós estamos em guerra. Qual foi o alvo do primeiro ataque de satanás contra a Igreja
Primitiva? Atos 8:1-3
3. Façamos uma lista das quatro características do cristão primitivo.
Unânimes na oração - Atos 1:14
No partir do pão - Atos
No templo - Atos 2:46
Testemunhavam - Atos 5:42

APOSTILA DO ALUNO – SEMINÁRIO CASA DE PROFETAS 46


CUMPRINDO A GRANDE COMISSÃO
F) Os primeiros passos para o novo convertido NOTA

1. O que deve ser afirmado imediatamente para o convertido que está incerto quanto à sua
decisão?
I João 5:12
2. O que recomenda-se fortemente para o cristão recém-nascido?
Romanos 10:9 e 10
3. Alguns hábitos que o novo convertido deve seguir diariamente são:
 Ler a Bíblia
 Conversar com Deus (no mínimo ao acordar e ao deitar).
 Falar de Jesus para outras pessoas.
 Ter comunhão com outros cristãos.
4. Por que é necessário visitar o novo convertido num prazo de 24 a 48 horas após sua
conversão? Há outros meios de comunicação?
5. Por que indicamos a leitura e estudo do Evangelho de João para o novo convertido?
6. Por que é melhor trazer o novo convertido para sua igreja, em vez de encaminhá-lo a outra
igreja desconhecida?
7. Quando é a melhor ocasião para levar o novo convertido para testificar e evangelizar?
8. A Igreja Primitiva reforçava fortemente aos novos convertidos a obediência. Atos10:48

G) Lidando com as “desculpas” (explique e dê referências Bíblicas)


1. Objetivo principal:
a. O objetivo principal do combate às desculpas é para eliminar os "barreiras e erros" que
estão impedindo a entrada da verdade do Evangelho.
b. Após vencer esta etapa, você estará pronto para usar os cinco versículos básicos para
evangelizar e ganhar almas aplicando o plano de salvação e a lista de verdade/falso
2. Desculpas:
a. Eu não posso levar uma vida de crente.
Resposta: Será que você tem deixado a verdadeira fonte de poder entrar em seu
coração? João 1:12 e II Coríntios 5:17
b. Aceitarei mais tarde.
Resposta: Estamos a uma batida do coração fora da sepultura. Tiago 4:14

APOSTILA DO ALUNO – SEMINÁRIO CASA DE PROFETAS 47


CUMPRINDO A GRANDE COMISSÃO
c. Eu não tenho tempo. NOTA

Resposta: Todo mundo tem 24 horas por dia. II Coríntios 6:2b


d. Eu tenho meu próprio caminho.
Resposta: O que aconteceria se cada indivíduo tivesse suas próprias leis de trânsito?
Isaías 53:6 e Provérbios 16:25
3. Mais abordagens:
a. Pai com filho: Você ama seu filho, não é? Deus te ama mais do que você a seu filho.
João 3:16
b. Trocador: Você já tem sua passagem garantida para o céu?

H) Tipos de pessoas e “receitas Bíblicas”


1. Para oprimidos:
 O que Deus nos tem dado.
João 14:27
 Será que temos consolo em Jesus?
João 4:18
 O que foi que Jesus prometeu?
Mateus 11:28 a 30
2. Para quem tem remorso do pecado:
 Romanos 5:6-8
 I João 1:9
3. Para quem tem dúvidas honestas:
 Instrua com mansidão. Quem é que foi ter com Jesus com dúvidas honestas em João
3:3? Ele foi convicto de imediato? João 3:9
 Quanto tempo você deverá dispensar a um duvidoso honesto?
4. Para corações endurecidos há três martelos.
 Borracha: Lucas 16:19-31 (ênfase nos versículos 22 a 24).
 Madeira: I João 3:8-10 (Para resistência contínua).
 Marreta: Apocalipse 20:12 - 15 Se ficou imóvel)

I) O Plano de Deus para o sucesso

APOSTILA DO ALUNO – SEMINÁRIO CASA DE PROFETAS 48


CUMPRINDO A GRANDE COMISSÃO
1. O que cada evangelista deve ter em sua vida? NOTA

I Tessalonicenses 2:1-12
2. Ache a "frase chave" em cada um dos versículos seguintes:
Exemplo:
a. Verso 2 "tivemos ousada confiança em nosso Deus para vos anunciar o evangelho".
b. v.3 não procede de engano.
c. v.4 não para agradarmos a homens.
d. v.5 nunca usamos da linguagem de bajulação.
e. v.6 jamais andamos buscando glória de homens.
f. v.7 qual ama e acaricia os próprios filhos.
g. v.8 prontos a oferecer-vos a nossa própria vida.
h. v.9 nosso labor e fadiga, espiritual: dores de parto.
i. v.10 piedosa, justa e irrepreensivelmente procedemos.
j. v.11 como pai a seus filhos (treine e converte tal como o pai).
OBS:
1. Qual é a coroa do evangelista?
I Tessalonicenses 2:19 e 20

J) Mais desculpas para respostas bíblicas


1. Todas as religiões são boas.
Somente um Salvador ressuscitou de entre os mortos. João 14:6
2. Eu frequento uma igreja.
Mas você tem recebido o dom da vida eterna? João 3:3
3. Eu pratico boas obras.
Então o sacrifício de Jesus foi em vão? Efésios 2:8 e 9 Em caso de insistência sobre "boas
obras" cite Isaías 64:6 e Efésios 2:8
4. Eu não preciso de sua ajuda!
Mas nós somos tutores responsáveis por nossos irmãos. Romanos 10:14.
5. Eu não quero saber ou falar de Jesus.
Você está com vergonha de Deus? Mateus 10:32 e 33.

APOSTILA DO ALUNO – SEMINÁRIO CASA DE PROFETAS 49


CUMPRINDO A GRANDE COMISSÃO
K) O maior evangelista em ação. João 4 NOTA

1. Quem foi o maior evangelista? Cristo


2. Quatro elementos que o evangelista usa ao guiar uma alma a Cristo: Surpresa, curiosidade,
confiança, convicção.
a. Como foi aplicado o elemento surpresa no verso 9?
b. E a curiosidade no verso 11?
c. Há confiança no verso 19?
d. O que trouxe convicção no verso 29?
3. Agora anote os seis títulos dados a Jesus. Cada um era mais alto na hierarquia que o
anterior.
Verso 9
Verso 11
Verso 19
Verso 25
Verso 29
Verso 42
Faça uma lista das barreiras que Jesus superou para evangelizar a mulher samaritana:
Por exemplo: Cansaço, sede e fome.
Posição social: Ele ocupa posição de soberania divina, ela era da classe inferior da
sociedade.
4. Jesus se qualifica como o maior evangelista?

L) Mais acompanhamento: Verdadeiro ou falso?


1. Desenvolvendo um "Timóteo" em você. (2° Timóteo 2:2)
a. Discipule seus convertidos pessoalmente ao menos uma vez por semana.
V F
b. Divida o seu tempo entre teoria e prática.
V F
c. Vá de dois em dois com os convertidos para visitar a vizinhança.
V F
d. Não incentive os novos convertidos a evangelizar.

APOSTILA DO ALUNO – SEMINÁRIO CASA DE PROFETAS 50


CUMPRINDO A GRANDE COMISSÃO
V F NOTA

e. Não os responsabilize pela sua própria comunidade.


V F
2. Traga convertidos a grupos maiores de crentes onde:
f. Terão comunhão e serão encorajados.
V F
g. Poderão encontrar-se com pessoas que tem visão de evangelismo.
V F
h. Podem participar de um planejamento de evangelismo mais amplo.
V F
i. Poderão obter uma visão mundial de evangelismo
V F
OBS:
1. Novos convertidos perderão suas "roupas funerárias", hábitos e vícios imediatamente?
2. Qual é o nosso dever? (João 11:44)
3. Como devemos desatar? Explique______________________________________

M) Testificando em casos específicos


 Testificando para o desviado
Sabedoria no uso da Palavra e poder do Espírito Santo são vitais ao reconduzir um desviado de
volta à comunhão com Jesus.
1. Sendo que cada pecado é uma transgressão deliberada contra a Luz, por que é necessário
tratarmos cada pecado individualmente?
2. I João 1:9 é um caminho aberto para o desviado?
3. Por que é melhor que os homens tratem e aconselhem os homens e as mulheres o mesmo
com as mulheres?
4. Dê sua definição para restituição.
5. Por que é importante para o desviado fazer restituição (quando viável)?
6. O processo de reconduzir um desviado de volta à comunhão com Jesus pode ser um
trabalho demorado e até, em alguns casos, penoso. Por que é vital que mostremos
paciência?

APOSTILA DO ALUNO – SEMINÁRIO CASA DE PROFETAS 51


CUMPRINDO A GRANDE COMISSÃO
7. Como "cirurgiões" é nosso dever fazer 3 coisas: NOTA

1) Diagnosticar o caso;
2) Aplicar o remédio; I João 1:9
3) Dar o remédio para evitar recaídas ou novos hábitos nocivos à sua vida espiritual. Aliste
alguns novos hábitos que o recuperado deve adquirir.
8. O novo recuperado é capaz de sentir falta de coragem e medo de desviar do Senhor
novamente. Oriente-o a decorar I Coríntios 10:13.
9. Se alguns casos levarem muito tempo, coloque em mente que é um projeto a ser executado
a longo prazo e continue a ter paciência para que ele cresça. Se a montanha de pecado
parece maior do que Deus, o que deve ser feito? Marcos 11:23.
10-Lembre-se que o peso em sua alma é a profecia de um milagre. Quando Jesus coloca peso
em sua alma por alguém, a promessa para você é João 11:40

 Testificando para católicos


Desculpas mais comuns e uma referência Bíblica para cada resposta que você dará:
1. Não é necessário que eu leia a Bíblia, pois o padre lê durante a missa.
Quem come suas refeições por você? A Bíblia é nosso alimento espiritual.
2. Preciso deixar meus líderes interpretarem a Bíblia por mim.
Você não preferiria que Deus a interpretasse para você diretamente? I João 2:27
3. Eu vou ao céu porque pratico boas obras e caridade.
Você está alegando que a morte de Jesus foi em vão? Efésios 2:8 e 9 e Isaías 64:6.
4. Eu não posso ir ao céu sem passar pelo inferno primeiro.
O sangue de Jesus não é mais poderoso do que as chamas do inferno? I João 1:7
5. Eu preciso sofrer por meus pecados e fazer penitência.
É justo duas pessoas pagarem com sofrimento pelo mesmo motivo? I Pedro 3:18
6. Ninguém sabe se vai para o céu.
Você acreditaria se Jesus te dissesse que vai? A Bíblia é sua palavra escrita, portanto é sua
voz. I João 5:13.
7. Você nunca peca?
Nem sempre. Romanos 8:1
8. Você acredita nos santos?

APOSTILA DO ALUNO – SEMINÁRIO CASA DE PROFETAS 52


CUMPRINDO A GRANDE COMISSÃO
Então leia diariamente suas cartas. Cite alguns como João e Paulo e leia Tiago 1:22. NOTA

9. Você acredita em confissão?


Posso te mostrar uma confissão que fiz um dia? I João 1:9
10. Você acredita em Maria?
Eu também, e ela era honrada por Deus, mas não foi ela que morreu na cruz por nós. Leia
Apocalipse 4:12.
11. Nós rezamos para Maria e ela pede a Jesus por nós.
Você se trataria com a mãe de seu médico? I Timóteo 2:5
12. Nós católicos somos a igreja verdadeira.
Você está alegando que os não católicos irão ao inferno? João 5:24
 Mais Desculpas
a) Quando você morre, você, é colocado a sete palmos debaixo da terra e pronto!
Resposta: Todo homem tem uma alma. Lucas 16:22 e 23
b) Eu creio em Deus.
Resposta: Demônios também crêem. Tiago 2:19
c) Porque Deus permite guerras e matança de pessoas?
Resposta: A guerra começa no coração do homem. Tiago 4:1
d) A Bíblia está cheia de erros e contradições.
Resposta: Dê uma Bíblia para a pessoa te mostrar onde, então leia Salmo 119:89
e) Há muitos hipócritas na igreja.
Resposta: Concordo. Leia Mateus 13:25.
 Testificando aos materialistas
Vamos estudar sobre o maior materialista que já viveu. Eclesiastes. 2:4-17
1. Cite alguns bens que ele tinha.
2. No verso 4 prova se ele faltavam algo material? Por que?
3. O homem pode satisfazer sua natureza espiritual com coisas materiais de acordo com o
verso 17?
4. O que prova Mateus. 4:4?
5. Qual é a promessa sem limites ao crente em Mateus. 6:33? Decore.

Dois ganhadores de almas em ação

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CUMPRINDO A GRANDE COMISSÃO
1. Filipe  Atos 8:26-40 NOTA

a) Qual foi o resultado de Filipe ter testificado? V.8


b) Qual foi o mandamento de Deus à Filipe? V.26
c) Qual foi sua reação? V.27
d) Que perguntou Felipe ao Eunuco? V.30
e) Porque é tão necessário evangelizar? V.31
f) Houve resultado? V.37 Explique.
2. Paulo  Atos 26
a) Deus usou o testemunho pessoal de Paulo? V 1-18
b) Quem era o alvo de Paulo em todo lugar que ele ia? V.22
c) Como foi que Satanás tentou imitar a ousadia de Paulo? V.24
d) O que aconteceu quando Paulo montou sua ofensiva? Vs. 27 e 28
e) Qual foi a reputação que ele recebeu ao liderar uma revolução de evangelismo? Atos
24:5

 Mais Desculpas com resposta nas Escrituras


1. Jesus não pode me mudar.
Resposta: Ele é especialista em casos difíceis. II Coríntios 5:17
2. Sou um católico, (metodista, batista, etc.).
Resposta: Tudo bem, mas você nasceu de novo? João 3:3
3. Deus usa pressão para trazer os outros a Ele.
Resposta: Sim, Ele é mestre da arte em paralisia, perda de filhos, acidentes, e são poucas
coisas que Ele permite, inclusive o direito de você reclamar pessoalmente "seu direito", é uma
forma gentil. II Coríntios 5:20
4. O que significa "deixar Cristo entrar em meu coração", sendo que este é um órgão que
bombeia sangue pelo meu corpo?
Resposta: É o mesmo quando você diz à pessoa amada, quando diz que ama de todo
coração. Romanos 10:9 e 10
N) Estudo sobre personalidade
I - O que é personalidade e por que é tão importante que o evangelista identifique e
entenda os diferentes tipos?

APOSTILA DO ALUNO – SEMINÁRIO CASA DE PROFETAS 54


CUMPRINDO A GRANDE COMISSÃO
 Definição: Personalidade é o verdadeiro "ego" das pessoas e é composto de muitas NOTA

habilidades, aptidões e características individuais.


 Quando Cristo entra em nosso coração Ele não viola, remove ou elimina nossas
características pessoais, mas as molda, transforma e as direciona para que sejamos
identificados com a Sua personalidade, que é o que Ele quer que sejamos. Portanto, Ele
conduz nosso amor em Sua direção, e invés de eliminar o ódio, Ele o direciona contra o
pecado. Judas 22 e 23.
II - Os quatro temperamentos mais evidentes
Todas as pessoas tem variedade de temperamentos, porém a tendência é de que um seja
predominante.
1. Temperamento sangüíneo: pessoa de natureza calorosa, alegre e esperançosa, confiante. É
pessoa extrovertida, é facilmente impressionável. Com facilidade fica provocado e
desmotivado e perde a paciência.
a) Cite alguém sanguinário no Novo Testamento.
b) Por que uma pessoa sanguinária deve ser ensinada a confiar em Deus ao invés de seus
próprios sentimentos?
c) Essa pessoa deve ser ensinada a testemunhar de acordo com II Timóteo 4:2?

2. Temperamento melancólico: pessoa sombria, oprimida, triste e sensível. É um idealista, e


portanto pessimista. Freqüentemente é cheia de dúvidas. È lento em aceitar, mas uma vez
salvo, é apto a ser fiel. Vive em coisas profundas.
a) Cite alguém melancólico que aparece na Bíblia.
b) Por que não se pode deixar uma pessoa melancólica gastar tempo em introspeção mórbida?
c) O que pode ser ensinado á uma pessoa melancólica? Dê Filipenses 4:4

3. Temperamento Colérico
Impetuoso, impaciente, de temperamento quente, e de vontade determinada (teimoso). Vive
num mundo de realidade e exige ação. Ele pensa claramente mas não profundamente. Às
vezes, enquanto se empurra em direção a um alvo, ele talvez seja um pouco incompreensível
com os outros. Sua vida religiosa parece ser fraca. Quando cai, ele vai bem fundo e se torna
duro e corajoso na sua iniquidade.

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CUMPRINDO A GRANDE COMISSÃO
a) Quem se destacou (antes de sua conversão) no livro de Atos por ter um temperamento NOTA

colérico? (Atos 9:1)


b) Por que você deve apresentar um convite encorajador de um evangelho poderoso a este tipo
de pessoa?
c) Se você estive treinando um convertido que tivesse um temperamento colérico, que ação
você o daria para provar a existência de impacto no cristianismo?

4. Temperamento Calmo-Fleumático
Insensível, indiferente, frio, calmo, não é facilmente excitado, e sem emoção. Enquanto o
sanguinário se alegra, o melancólico sofre, e o colérico age voluntariamente, o fleumático
(calmo) permanece quieto, equilibrado e sem ser afetado. Quando há tumulto e desarmonia a
sua volta; ele mantém estabilidade, calma estóica e frequentemente é frio e preguiçoso com as
necessidades dos outros que pouco lhe afeta.
Geralmente, é um racional que raciocina sobre morais enquanto sua consciência não é tocada.
Quando acordado, calmamente se dá por líder e é um sustentáculo
a) Quem você acha que foi fleumático no Novo Testamento?
b) Por que ele teve que ter temperamento colérico com os outros, influenciado pelo Espírito
Santo?
c) Explique por que algumas pessoas fleumáticas poderia ser um líder efetivo. Lembre-se:
nossa personalidade, canalizada e controlada por Deus se torna um espelho efetivo pelo
qual um mundo perdido vê a Cristo.
Os quatro temperamentos têm sido reconhecidos como representantes de quatro idades, ou
ciclos de vida.
I. Criança- Sanguíneo.
II. Jovem- Melancólico.
III. Idade Média- Colérico.
IV. Velhice- Fleumático.

O) Trazendo à decisão
Muitas pessoas podem conversar com outros sobre Cristo, mas não são hábeis a levá-los a uma
decisão. Justamente como um vendedor ainda deve vender seu produto após a conversa sobre a

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CUMPRINDO A GRANDE COMISSÃO
venda, também um excelente ganhador de almas deve ter a habilidade de levar uma pessoa a NOTA

Cristo Jesus após o contato e a apresentação do plano da salvação. Este é um momento crítico.
I - Vamos estudar cinco pontos principais no trazer à decisão:
1. Que transação deve ser feita com Deus? Decore João 1:12
2. Deve um indivíduo receber a dádiva, ou pode ele compra-la ou trabalhar para adquiri-la?
Decore Romanos 6:23
3. Receber a Cristo é como no casamento quando dizemos "Sim". Decore Romanos 7:4
4. Nós devemos receber a sua palavra. Se ao abrirmos a porta para Jesus e falássemos,
"talvez" ou "vou pensar", Ele entraria? Decore Apocalipse 3;20
II - Desculpas mais frequentes com respostas e escrituras.
1. Nós todos vamos para o mesmo lugar.
Resposta: Você discorda com Deus? Apocalipse. 21:8
2. Deus não tem tempo para mim.
Resposta: Ele tomou tempo enquanto estava morrendo para salvar um ladrão! Romanos
5:8
3. Eu não creio na Bíblia.
Resposta: Você tem a lido inteiramente? Por que você condena um livro do qual você sabe
tão pouco? II. Pedro 1:21 II Tim 3:16
4. Eu creio que Jesus era meramente um homem bom.
Resposta: Ou Ele era Deus ou um "falso". I Timóteo 3;16
OBS:
Sendo que umas portas são daquelas que "fecham depressa", como você saberá se Deus tem
alguém na frente? Ele quer quem está conversando com você. Rom. 8 :28

P) Como conduzir uma aula de como ganhar almas, ou evangelismo


1. Talvez um dia você conduzirá uma aula de evangelismo em cumprimento a II Timóteo 2:2.
Vejamos alguns pontos que você precisará abordar.
2. Por que começar e terminar na hora certa?
3. Deve-se evitar discussões inúteis, perda de tempo ou monopolização da aula por um ou
mais indivíduos. Por que?
4. Por que deve-se sempre concentrar no assunto da aula daquele dia?

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CUMPRINDO A GRANDE COMISSÃO
5. Deve-se evitar a presença de incrédulos na aula? Por que? NOTA

6. Por que uma aula de evangelismo não deve ser conduzida como um culto de oração ou
estudo Bíblico apenas?
7. Deve-se discutir diferenças doutrinárias que dividam o grupo? Por que?
8. Qual a importância de uma aula bem preparada e cada minuto bem aproveitado?
9. È bom fazer uma breve recapitulação da aula anterior com perguntas?
10. Por que se faz revisão dos versículos decorados?
11. Por que o novo convertido é incentivado a evangelizar?
I - Honre a Deus e desenvolva sua auto confiança
Paulo nos diz que Deus nos escolheu muito antes da criação do mundo, para realizarmos os
seus planos de acordo com seu propósito (Ef 1:4; 9. TM 1931). Quando estabelecemos alvos
para atingir este propósito, honramos a Deus, pois, somos feitura Dele, criados em Cristo Jesus
para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nela (Ef 2:10). Ao
estabelecermos alvos para nossa vida, trocamos a direção e ao fim de nossa caminhada,
percebendo a ajuda de Deus em todas as etapas, ganhamos auto confiança na realização do
trabalho, certos de que os alvos serão atingidos.
Gera respeito pessoal. As pessoas sempre seguem aquele que sabe para onde esta indo, mesmo
que ele esteja na direção errada. Haverá maior respeito para quem tem a mente firmada numa
direção. Alguns lideres não são respeitados porque falta diretriz, simplesmente estão numa
posição identificada como de liderança, o fato de ser ou ter alvo estabelecido em uma área
especifica de nossa vida. Somos alertados para acontecimentos, informações e conhecimentos
necessários para atingirmos este alvo. A nossa mente fica aberta para tudo que possa nos
ajudar.
II - Estratégias para evangelizar um bairro ou cidade
I - Alvos
1. Ganhar almas
2. Implantar igrejas
II - Métodos
1. Ar livre
2. Visitação sistemática
3. Filmes

APOSTILA DO ALUNO – SEMINÁRIO CASA DE PROFETAS 58


CUMPRINDO A GRANDE COMISSÃO
4. Teatro NOTA

5. Trabalho com casais


6. Esportes
III- Planejamento
1. Planejamento com a liderança. Respeitar as lideranças naturais, lideranças locais,
lideranças nacionais e constitucionais.
2. Lembrar passos bíblicos
a. Análise da região - Para iniciar a análise, você deve viajar e visitar a região, para se
ter uma visão geral da região. Fazer um levantamento específico e detalhado da
região traçando:
a.1. Perfil geográfico
a.2. Perfil populacional
a.3. Perfil econômico
a.4. Perfil social
a.5. Perfil religioso
Fazer uma avaliação sistemática do dados colhidos. Avaliar as restrições e
oportunidades.
b. Levantamento da área;
b.1. Sobre o povo
b.2. Quantas pessoas
b.3. Quantas casas
b.4. Qual a classe social predominante
b.5. Qual a cor predominante
b.6. A diferença ética
São comerciantes. São industriários. São funcionários públicos. Etc.
c. Sobre o lugar
c.1. Tem luz, água e rede de esgoto.
c.2. tem telefone, hospital
c.3. Tem escolas, ônibus
c.4. Tem rádio, TV na cidade
c.5. Tem sindicato ou associação de bairro

APOSTILA DO ALUNO – SEMINÁRIO CASA DE PROFETAS 59


CUMPRINDO A GRANDE COMISSÃO
d. Sobre Religião NOTA

d.1. Quantos templos existem


d.2. Há influência espírita
d.3. Há influência católica
d.4. Há influência protestante
e. Sobre recursos. "Como levantar estes recursos".
e.1. Levantar detalhadamente estes recursos humanos/financeiros
e.2. Levantar custos, "orçamentos, expressões financeiras dos planos"
e.3. Levantar custo de um terreno ou aluguel de salas:
f. Plano:
A longo, médio ou curto prazo
g. Revisão
Não esquecer de ler constantemente o plano, pois, assim você se reavalia.
É necessário ver:
 O que mudar, o porque de mudar, para onde mudar.
O evangelista que é enviado, precisa ser:
 Apenas o servente, apenas servo
 Nada de ser colonizador
 Nada de ser patrão
 Nada de ser Senhor
 Nada de ser imperador
 Nada de ser rei
Apenas um vaso de barro, onde aparece a beleza e o brilho do diamante (Jesus
cristo). O evangelista jamais pode esquecer o texto como MT 5:13-16; 1 cor 4:2
OBS: Cinco conselhos ao cristão:
1) Nunca desprezar a oração diária. Lembrar - se que Deus está presente, ouvindo suas
orações (HB 11:6)
2) Leia as escrituras diariamente; pois é uma oportunidade de ouvir a Deus. Creia e aja
de acordo com o que Ele diz. Penso que toda a apostasia começa ao se negligenciar
estas duas regras (Jo 5:39);

APOSTILA DO ALUNO – SEMINÁRIO CASA DE PROFETAS 60


CUMPRINDO A GRANDE COMISSÃO
3) Jamais passe um dia sem fazer algo para Jesus. Todas as noites, medite sobre aquilo NOTA

que Ele fez por você e pergunte a si mesmo: o que estou fazendo por Ele (MT 5;13-
16);
4) Se você tem dúvida sobre algo ser correto ou errado, dobre seus joelhos e peça a
benção de Deus sobre aquilo (CL 3:17). Se você puder fazê-lo, aquilo é algo
errado(RM-14;23)
5) Não argumente que se tal pessoa faz isto ou aquilo, por conseguinte, você também
pode fazê-lo (2 COR 10:12), pergunte a si mesmo: Como o Senhor Jesus agiria em
meu lugar? E siga-o (JO 5:10-11).

APOSTILA DO ALUNO – SEMINÁRIO CASA DE PROFETAS 61


CUMPRINDO A GRANDE COMISSÃO
NOTA

2ª ETAPA:
MISSIOLOGIA

APOSTILA DO ALUNO – SEMINÁRIO CASA DE PROFETAS 62


CUMPRINDO A GRANDE COMISSÃO
JESUS É O REFERENCIAL PARA FAZERMOS MISSÕES NOTA

A BÍBLIA - 
A Bíblia é uma biblioteca de 66 (sessenta e seis) livros escritos por aproximadamente
40 (quarenta) autores, num período aproximado de 1500 (hum mil e quinhentos) anos.
Mais de três quartas partes da Bíblia corresponde ao Antigo Testamento.
Mais de 40% (quarenta por cento) da Bíblia é narrativa.
Narrativa: s.f. Narração; Conto; História.
História: s.f. Narração dos fatos notáveis ocorridos na vida dos povos, em particular,
e da humanidade, em geral.

Não obstante nela se desenvolve um único tema, que une todas as partes, a
REDENÇÃO DO HOMEM.
1- O antigo Testamento: a preparação do redentor.
2- Os Evangelhos: a manifestação do redentor.
3- Os Atos: a proclamação da mensagem do redentor.
4- As Epístolas: a explicação da obra do redentor.
5- O Apocalipse: a consumação da obra do redentor.

Redenção: s.f. Ato ou efeito de remir ou redimir.


Remir: Adquirir de novo; resgatar; ressarcir; expiar; pagar; reabilitar-se; livrar-se do
cativeiro; libertar (uma propriedade) de ônus, resgatando-a.
Redentor: Que redime; Aquele que redime; Rel. Jesus Cristo.
A primeira promessa de redenção: Gênesis 3:15 – “Porei inimizade entre ti e a mulher, e
entre a tua descendência e a sua descendência; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o
calcanhar.”
É evidente que Deus se dirige ao próprio diabo.
Provocaria inimizade entre a semente da serpente (os que rejeitam a Deus através dos
séculos, João 8:44), e a semente da mulher (a descendência piedosa de Eva).
Esta inimizade tem sido e será perpétua, desde a época de Abel até a Segunda vinda de
Cristo.
Um dos descendentes piedosos daria um golpe mortal no inimigo, porém sairia ferido
(considera-se que um ferimento na cabeça é fatal, porém no calcanhar não o é). É uma
promessa messiânica que se cumpriu no Calvário (Hebreus 2:14-15).

APOSTILA DO ALUNO – SEMINÁRIO CASA DE PROFETAS 63


CUMPRINDO A GRANDE COMISSÃO
MISSIOLOGIA - UMA PERSPECTIVA BÍBLICA NOTA

Missão e/ou Missões: s.f. Instituição de missionários para pregação da fé cristã.


Missionário: s.m. Pregador de missão cristã.

Quando pensamos em missões, pesa sobre nós uma grande responsabilidade e


privilégio: Ser coparticipantes com Cristo na ação redentora da humanidade (Efésios 3:6).
Privilégio tal que nem os anjos podem desfrutar (1ª Pedro 1:10-12), pois foi
conferido apenas aos embaixadores de Cristo na Terra: você e eu! (2ª Coríntios 5:20; Efésios
6:20).

Isaías 43:1- Eu te remi: Os remidos estão inscritos no rol da vida, e seus nomes são
conhecidos por Deus, que os considera propriedade sua (1ª Pedro 2:9).
A igreja foi chamada para evangelizar e ser luz e sal (Marcos 9:49-50). A igreja se tornará
luz e sal à medida que estampar uma vida autêntica que é uma das mais eficientes
ferramentas de evangelização. Quando perde ou não vive essa visão, não tem motivo para
existir, pois o fim das coisas que fazemos na terra, não deve ser para a nossa própria glória
mas sim, para a Glória de Deus (I Coríntios 10:31).

Isso só pode ser alcançado quando nos envolvemos na obra de reconciliação da


humanidade com Cristo, que veio para salvar o que havia se perdido (Lucas 19:10).
Porque?
Isaías 53:6.
Missões é saber que existe uma grande massa de pessoas que precisam ser
evangelizadas e discipuladas e que este envolvimento da igreja deve ser maciço e
ininterrupto (II Timóteo 4:2). Estando envolvido de corpo e alma no maior projeto de vida
estabelecido pelo próprio Senhor Jesus Cristo. Tendo consciência de que Deus nos chamou
para esse projeto tão espetacular e a sua palavra nos garante o chamado e a vitória. (Efésios
4:11-13; Mateus 16:18-19).

SOMOS CHAMADOS PARA SAIRMOS PELO MUNDO E PREGARMOS E


EVANGELHO. MARCOS 16:15
Há apenas um único Deus vivo e verdadeiro, Ele chamou Abraão e fez uma aliança
com ele, prometendo abençoa-lo, bem como todas as famílias da terra, através da sua
posteridade. “Mas o que isso tem com Missões?”
Tudo.
A promessa de Deus a Abraão recebeu cumprimento histórico imediato em seus
descendentes carnais, o povo de Israel.

APOSTILA DO ALUNO – SEMINÁRIO CASA DE PROFETAS 64


CUMPRINDO A GRANDE COMISSÃO
Mediante o arrependimento (que põe o ser humano em contato com a graça de Deus) NOTA
e fé no Messias, os gentios foram incluídos na comunidade de Jesus (I Pedro 2:9-10;
Romanos 9:25-26).
Quem são, os verdadeiros descendentes de Abraão, os verdadeiros beneficiados pelas
promessas de Deus a ele?
São os crentes em Jesus Cristo (também sois descendentes de Abraão e herdeiros
segundo a promessa), quer sejam racialmente judeus ou gentios. “Sabei, pois, que os da fé é
que são filhos de Abraão” (Gálatas 3:7-9). Se recebemos as bênçãos da justificação pela fé, a
aceitação de Deus e a habitação do Espírito, somos hoje os beneficiários da promessa feita a
Abraão há quatro mil anos passados.
Gênesis 12:1-4 – É uma das pedras fundamentais da missão cristã. Os descendentes
de Abraão são Cristo e o povo de Cristo. Somos filhos espirituais de Abraão e temos uma
responsabilidade para com a humanidade.

O IDE É IMPERATIVO E NÃO OPCIONAL


Este é o nosso chamado como Corpo de Cristo, é a nossa responsabilidade: ir e
pregar o evangelho.
A obra principal e característica de Deus é abençoar as pessoas com a salvação.
É o Deus de misericórdia. Apocalipse 7:9, diz que a multidão dos remidos no céu
será “uma grande multidão que ninguém podia enumerar.” A promessa de Deus será
cumprida e a semente de Abraão será tão numerosa como o pó da terra, as estrelas do céu e a
areia da praia.
Nós somos a semente de Abraão pela fé e as famílias da terra serão abençoadas
apenas se nós formos a elas com o evangelho.
As Boas Novas da vitória de Cristo sobre os inimigos de Deus – deve ser pregado em
todo o mundo para testemunho a todas as nações. Esta é a nossa missão. Deus nos confiou
esta missão; e se nós não a executarmos, ela não será feita. Estamos participando do plano de
Deus para a história. O significado e o destino da história repousam em nossas mãos. O que
a Igreja faz com o evangelho tem no final maior importância do que as decisões de todos os
maiores governantes do mundo juntos.
Enquanto Cristo não voltar, nossa tarefa continua inacabada. Eclesiastes 11:1 – É
uma frase muito usada para animar a obra missionária de além-mar. Trata-se, pois, do “pão
da vida”. De qualquer maneira, porém, ao fazer-se benefícios, exercendo misericórdia, não
devemos pensar em recuperar o nosso “pão”, como um rendimento de nossa boa obra. Deus
a seu tempo (depois de muitos dias) recompensará, pois Ele é quem dá e quem reparte seu
pão com o faminto. Vamos nos apressar e completar a nossa missão. A vitória final só será
alcançada com o retorno de Cristo (I Coríntios 15:58).

CUMPRINDO NOSSA TAREFA


O Senhor nos capacita e nos dá poder para realizarmos a obra missionária.
Lucas 24:49; Marcos 16:17-18

APOSTILA DO ALUNO – SEMINÁRIO CASA DE PROFETAS 65


CUMPRINDO A GRANDE COMISSÃO
Ele quer que façamos a obra missionária com o coração cheio de amor pelas almas NOTA
perdidas e cheios do Seu poder para podermos impactar aqueles que estaremos
evangelizando.
A conversão e a regeneração cristãs continuam sendo milagres graças a Deus. São o
auge de uma luta poderosa entre Cristo e Satanás. Há poder na Palavra de Deus e na
pregação do evangelho. Pregar o evangelho, longe de ser desnecessário, é indispensável. É o
meio estabelecido por Deus para que o príncipe das trevas seja derrotado e a luz jorre nos
corações das pessoas. Há poder no evangelho de Deus, o Seu poder para salvação (Romanos
1:16).

OS SALVOS
Discípulo - Palavra grega que significa: aluno, aprendiz, estudante.
Filho meu - No Oriente, o aluno é tratado desta maneira (Provérbios 1:8).
Somos chamados para discipularmos as nações e estendermos o Reino de Deus sobre
a face da terra (Mateus 28:19-20).
Quando alcançamos as pessoas para Jesus, temos obrigação de ajudá-las. Como?
Ensinando-as a guardarem a Palavra de Deus e treinando-as para que possam continuar a
jornada passo a passo com Jesus e, mesmo diante das perseguições e tribulações, estarem
arraigadas e fundamentadas na palavra de Deus. Para isso acontecer é necessário tempo e
disposição do discipulador. Ele nos ordena que façamos discípulos, que levemos pessoas a
se submeterem à sua autoridade libertadora e a se apresentarem como voluntários para a
marcha já em andamento rumo a uma nova ordem das coisas, a saber, o Seu Reino.
A ideia bíblica do reino de Deus está profundamente enraizada no Antigo Testamento
e está fundamentada na confiança de que existe um Deus eterno e vivo que Se revelou aos
homens e que tem um propósito para a raça humana, propósito que Ele resolveu realizar,
através de Israel.
Reino de Deus, refere-se sempre ao Seu reinado, Seu governo, Sua soberania e não ao
domínio que está sujeito a Ele.

MALKUTH – BASILEIA
O significado de ambas palavras, a hebraica malkuth no Antigo Testamento e a
grega Basileia no Novo Testamento, é a dignidade, autoridade e a soberania exercidas por
um rei (Mateus 6:33).
O reino de Deus é uma oferta, um Dom que pode ser aceito ou rejeitado. “Feliz o
homem que acha sabedoria, e o homem que adquire conhecimento...” (Provérbios 3:13).
A esperança bíblica é, portanto, uma esperança religiosa; é um elemento essencial na
vontade revelada e na obra redentora do Deus vivo. Porque há uma mensagem, há uma
missão, há um motivo. A mensagem é o evangelho do reino, estas Boas Novas sobre o reino
de Deus. O evangelho (em grego quer dizer: Boa Notícia) do reino é o evangelho que foi
proclamado pelos apóstolos na Igreja primitiva.

APOSTILA DO ALUNO – SEMINÁRIO CASA DE PROFETAS 66


CUMPRINDO A GRANDE COMISSÃO
Jesus tinha por intenção que os discípulos produzissem outros discípulos, NOTA
semelhantes a eles mesmos, que fossem recolhidos do mundo, através da Igreja. Por meio
deles e de outros, a eles semelhantes, o reino continuaria a expandir-se em círculos
concêntricos cada vez maiores, até que as multidões viessem a saber, de alguma forma
particular, a oportunidade que lhes era oferecida pelo mestre. Mediante esta estratégia, a
conquista do mundo seria apenas uma questão de tempo e de fidelidade ao Seu plano.

SEU PLANO – ENVIAR-NOS.


O próprio Senhor Jesus Cristo é quem nos envia ao mundo e pede para que roguemos
para que haja mais enviados (João 20:21; Mateus 10:16; Mateus 9:38).
A obra de Deus deve ser feita debaixo da autoridade de Jesus, pela fé (João 15:5; I
João 5:4). Mas o envio é feito pelo Senhor Jesus e é isto que nos garante a vitória e os
resultados do trabalho (I Coríntios 15:57).
O grande segredo está em saber que o próprio Senhor da Terra nos envia para
anunciar a salvação.
“Todas as famílias da terra”. Esta expressão, revela o Deus vivo da Bíblia como um
Deus missionário. Condenando todo nosso denominacionalismo, nacionalismo, orgulho
racial.
Como nos atrevemos a adotar uma atitude hostil, desdenhosa ou até mesmo
indiferente para com qualquer pessoa de outra cor ou cultura se nosso Deus é o Deus de
“todas as famílias da terra”? - (Tiago 2:9; Mateus 5:45). Nós precisamos nos tornar cristãos
globais com uma visão global, pois temos um Deus global.
A igreja apenas cumpre o papel de intermediária em missões. Cumpre a
responsabilidade de cooperadora.
Deus governa através do princípio de autoridade delegada (João 15:16; Êxodo 4:24-
26; Gênesis 17:9-14).

A PROMESSA DE JESUS:
“Eis que estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos”.
Jesus lembra seus discípulos que estará presente no meio deles de uma nova maneira.
Atos Capítulo 9, diz que Saulo (apóstolo Paulo), ia para a cidade de Damasco. E
dirigiu-se ao Sumo Sacerdote e pediu-lhe Cartas para Damasco, para as Sinagogas, caso
encontrasse alguns do Caminho(cristãos), os conduzissem presos a Jerusalém. “Chegando
perto de Damasco, subitamente o cercou um resplendor de luz do céu”. E uma voz lhe disse:
...” Saulo, Saulo, por que me persegues?” ...Ele perguntou: Quem és tu Senhor? Respondeu-
lhe o Senhor: Eu sou Jesus, a quem tu persegues” (Mateus 16:18-19).
Não precisamos pagar pelos nossos pecados, nem Deus quer isso. Através da sua
morte na cruz, Jesus Cristo pagou não só por alguns de nossos pecados, mas por todos eles.
Nosso pecado – passado, presente e futuro – está coberto pelo sangue de Cristo, derramado
na cruz: “Está consumado” (João 19:30). Esta declaração expressa um conceito

APOSTILA DO ALUNO – SEMINÁRIO CASA DE PROFETAS 67


CUMPRINDO A GRANDE COMISSÃO
extremamente significativo com respeito ao nosso perdão. Em grego, a palavra é usada NOTA
principalmente para as transações comerciais.
Quando esta palavra grega traduzida como “Está consumado” era escrita sobre uma
fatura, indicava que a mesma tinha sido totalmente paga. Cristo, pelo seu ato de morrer na
cruz, estava dizendo que nossa dívida do pecado tinha sido completamente quitada. Portanto,
jamais temos de pagar pelos nossos pecados. Eles já foram resgatados totalmente. Em Deus,
temos verdadeira esperança e podemos avançar, a fim de ser usados por Ele para ajudar
outros. O Novo Testamento é formado por 27 (vinte e sete) livros, que foram escritos por
uns 12(doze) autores durante um período de mais ou menos cinquenta anos. Esses livros são
aceitos por todas as Igrejas Cristãs como Escrituras Sagradas.
A palavra “testamento”, quando usada no título das duas divisões da Bíblia Sagrada,
quer dizer acordo ou pacto. O Novo Testamento é o livro que fala do novo acordo que Deus,
por meio de Jesus Cristo, fez com o seu povo (I Coríntios 11:25). Nesse acordo Deus oferece
a vida eterna a todos os que creem em Jesus Cristo como Salvador e Senhor. Portanto, o
Novo Testamento não é simplesmente um livro de informações; ele coloca os leitores frente
a frente com a mensagem de Deus, exigindo de cada um a decisão de aceitar ou rejeitar a
Boa Notícia da salvação.
Antes de Simão Pedro traí-lo, Jesus disse: “Simão, Simão, eis que Satanás vos
reclamou para vos peneirar como trigo. Eu, porém, roguei por ti, para que a tua fé não
desfaleça; tu, pois, quando te converteres, fortalece os teus irmãos” (Lucas 22:31-32).
Quando nos tornamos cristãos, o Espírito Santo dentro em nós nos dá forças para
viver produtivamente e nos concede união - companheirismo do Espírito - um com o outro,
percebendo os problemas e desejando resolvê-los.
Cristo saiu de um barco e voltou-se para ver as multidões que o seguiam. “Ao
desembarcar, viu Jesus uma grande multidão e compadeceu-se deles, porque eram como
ovelhas que não têm pastor. E passou a ensinar-lhes muitas coisas” (Marcos 6:34). Se já
temos experimentado da solução suprema dos nossos problemas, confiando no Bom Pastor,
podemos mostrar afeição e compaixão por outros.

A PROMESSA CONTINUA VERDADEIRA PARA TODAS AS ÉPOCAS.


Mas por mais que os dias e épocas possam mudar enquanto a igreja realiza a sua
missão, um fato nunca muda: Jesus Cristo insiste com sua igreja para que termine de realizar
o seu chamado missionário enquanto Ele a leva para seu destino final (Lucas 21:6-19). Este
movimento missionário que emana de Jesus não cessará até o fim do mundo. Desta forma,
muito embora os métodos de realização da missão devam ser mudados continuamente, a
tarefa em si permanece inalterada.
Depois de cumprirmos a grande comissão virá o fim (Mateus 24:14).
A urgência é tamanha, a necessidade é agora e o Senhor tem pressa. Quando olhamos
as estatísticas dos povos que ainda precisam ser alcançados, principalmente os povos da
Janela 10/40.

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CUMPRINDO A GRANDE COMISSÃO
JANELA 10/40 NOTA
Chamamos essa região de Janela 10/40 do globo terrestre, um espaço comparado a
uma janela retangular, que se estende desde o Oeste da África até o Leste da Ásia.
Entre o Atlântico e o Pacífico, e entre os paralelos 10 e 40 de latitude norte.
Os países dessa região são considerados o “Cinturão da Resistência”, ou seja, um
número expressivo de povos não alcançados pelo evangelho. Ao todo são 62 (sessenta e
dois) países localizado na Janela 10/40, o maior desafio missionário dos últimos tempos.
É justamente nesta região que acontece o maior número de guerras e tragédias no
mundo. Lá também estão os maiores índices de analfabetismo e mortalidade infantil.

Estatísticas - Janela 10/40


% Analfabetismo Mortalidade Infantil para 1000
Arábia Saudita 37,2% 21
Iraque 42% 108
Nigéria 42,9% 80
Guiné Bissau 45,1% 136
Tibet 48% 45
Egito 48,6% 56
Sudão 53,9% 72
Marrocos 56,3% 55
Butão 57,9% 104
Albânia 58,3% 30
Djbuti 58,8% 106
Iêmen 61,5% 100
Bangladesh 61,9% 79
Paquistão 62,2% 90
Mauritânia 62,3% 96
Benin 63% 95
Guiné 64% 128
Etiópia 64,5% 112
Senegal 66,9% 62
Afeganistão 68,5% 154
Mali 69% 123
Nepal 72,5% 91
Somália 75,9% 112
Burkina Fasso 80,8% 99
Níger 86,45 119

É nossa responsabilidade pregar a palavra de Deus para eles. Exercitarmos o amor


sacrificial pelas vidas que se perdem no mundo sem o evangelho (I João 3:16). A outra parte

APOSTILA DO ALUNO – SEMINÁRIO CASA DE PROFETAS 69


CUMPRINDO A GRANDE COMISSÃO
é do Espírito Santo, que veio para convencer o homem do pecado, da justiça e do juízo (João NOTA
16:8).
Um dia Cristo retornará em glória, para salvar, julgar e reinar. Portanto, o que deve
preencher esse espaço?
A missão mundial da igreja! A evangelização.
O mandato bíblico para a evangelização do mundo não pode ser ignorado e nem
negligenciado (Jeremias 48:10).
Crendo que existirá um dia “aquela igreja imaginária”, com todo tipo de pessoas
louvando e adorando a Deus. Grandes e pequenos se prostrarão diante do rei (Sofonias 3:20;
Romanos 14:11).

PROVÉRBIOS 24:10-12 - É UM APELO À EVANGELIZAÇÃO:


1- Exige coragem e dedicação, porque os dias são maus e o tempo é curto.
2- A obra é levar a mensagem da salvação aos que estão no caminho da destruição eterna.
3- A desculpa da ignorância da nossa comissão não é aceitável.

A MORTE
A morte é a grande niveladora. “Assim como o homem não pode reter o vento,
tampouco tem poderes sobre a morte. Homens podem, com toda a ciência, prolongar a vida
por algumas horas, ou até por dias e anos, mas não podem eliminar a morte. Muito menos a
perversidade de zombar a realidade da morte, o protegerá contra a mesma (Eclesiastes 8:8).
Todas as diferenças humanas não significam nada diante deste golpe irresistível e final da
segadora da morte que nos derruba a todos.
Redimindo os dias da sua vida - resgatando o tempo que lhe resta.
Não podemos desfazer o que é passado, mas podemos fazer as mudanças necessárias
nas nossas vidas para permitir o uso sensato do resto dos nossos dias.
O tempo é o dom de Deus para cumprirmos o nosso propósito e realizarmos o nosso
potencial. A duração de nossa vida física corresponde aos dias, necessários para cumprir o
nosso propósito, pois Deus planejou o amadurecimento de nossas vidas dentro do total de
dias que nos concedeu.
A questão é: Será que vamos desperdiçar, ou usar sabiamente os dias que Deus
designou para as nossas vidas?
O apóstolo Paulo ensina-nos a “tomar cuidado para que caminhemos com prudência,
não como tolos mas como sábios, remindo o tempo, porque os dias são maus” Efésios 5:15-
16.
Mas as Boas Novas são estas: a morte já foi derrotada; nosso conquistador foi
conquistado. Diante do poder do reino de Deus em Cristo, a morte é impotente (João 11:25-
26). Ela não pôde mantê-lo preso; a morte foi derrotada; a vida e a imortalidade foram
trazidas à luz. Isaías 25:8 - tragará a morte para sempre. O livro de operação dos judeus
assim traz esta impressão: “faz a morte desaparecer na vida eterna” (I coríntios 15:26,54;

APOSTILA DO ALUNO – SEMINÁRIO CASA DE PROFETAS 70


CUMPRINDO A GRANDE COMISSÃO
Apocalipse 7:17; 21:4). Uma sepultura vazia em Jerusalém é a prova disso. Este é o NOTA
evangelho de reino.
Era imortal o homem antes de cair?
A Bíblia não o diz.
Mas parece insinuar que o homem teria recebido vida eterna se houvesse vencido a
prova com êxito.
A “Árvore da vida” (Gênesis 2:9; 3:23), era uma árvore literal, mas pode ser que
também fosse um símbolo visível da recompensa por sua obediência.
Reaparece em Apocalipse 2:7; 22:2,14 - E seu fruto é para os que vencem o mal.
Simboliza a Cristo, o único que dá vida eterna (João 3:16).
Apocalipse foi escrito numa época em que os cristãos estavam sendo perseguidos
pelas autoridades romanas e fala da vitória final de Deus e de Cristo sobre os poderes do
mal. Fala também do novo céu, da nova terra e da Cidade Santa que desce de Deus para a
terra. Nessa cidade eterna não haverá mais morte, tristeza ou sofrimento, e nela Deus morará
para sempre com o seu povo.
Provérbios (ditos e sentenças) 11:30. “O fruto do justo é árvore da vida (aquele que
por Deus é justificado terá a vida eterna) e o que ganha almas é sábio”.

AVIVAMENTO
Avivamento: Realce; ato de avivar.
Avivar: realçar; reanimar.
O Avivamento de Azusa Street aconteceu na cidade de Los Angeles, nos Estados
Unidos durante o ano de 1906. Estudiosos relatam que este avivamento foi o mais
importante da história do movimento pentecostal americano. O avivamento de Azusa Street
foi liderado pelo americano de origem africana, William Seymour, e recebeu este nome
porque eclodiu numa velha igreja localizada na rua Azusa.
“Pelo que estarei sempre pronto para vos lembrar estas coisas, ainda que as saibam e
estejais confirmados na verdade que já está convosco” 2ª Pedro 1:12.
“Contudo ao cheiro das águas brotará, e lançarás ramos como uma planta nova” Jó
14:9.

“Quem lê pensa, e quem pensa nunca será escravo da ignorância”

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CUMPRINDO A GRANDE COMISSÃO
HERÓIS DA FÉ - MISSIONÁRIOS EXTRAORDINÁRIOS QUE NOTA

INCENDIARAM O MUNDO
Biografia, s.f. Descrição da vida de uma pessoa.
GUILHERME CAREY - PAI DAS MISSÕES MODERNAS (1761-1834)
Fundador das missões modernas, sua principal característica era a persistência.
Quando Deus o chamava a iniciar qualquer tarefa, permanecia firme, dia após dia, mês após
mês e ano após ano até acabá-la. Esse foi o segredo do maravilhoso êxito da sua vida.
Ele foi instruído por seu pai e aprendeu o pouco que o pai podia ensinar-lhe. Vindo a
continuar seus estudos sem mestre. Tomava emprestado livros para estudar e, apesar de
viver em pobreza, adquiria alguns livros usados. Lia diariamente a Bíblia em latim, em grego
e em hebraico. Aos doze anos adquiriu um exemplar do Vocabulário Latino, por Dyche, o
qual decorou.
Aos quatorze anos iniciou a carreira como aprendiz de sapateiro.
Com dezoito anos pregou o seu primeiro sermão. Na sua tenda de sapateiro afixou na
parede um grande mapa-múndi, que ele mesmo desenhara cuidadosamente. Incluíra neste
mapa todos os dizeres disponíveis: o número exato da população, a flora, e a fauna, as
características dos indígenas, etc., de todos os países.
As igrejas de então não aceitavam a ideia, que consideravam absurda, de levar o
Evangelho aos pagãos. Em maio de 1792, pregou seu memorável sermão sobre Isaías 54:2-3.
Discursou sobre a importância de esperar grandes coisas de Deus e, em seguida, enfatizou a
necessidade de tentar grandes coisas para Deus.
O auditório sentiu-se culpado de negar o evangelho aos países pagãos, a ponto de
“levantar as vozes em choro.” Foi então organizada a primeira sociedade missionária na
história das igrejas de Cristo para a pregação do Evangelho entre os povos nunca
evangelizados.
Guilherme Carey foi enviado como missionário para a Índia. Durante a viagem
aproveitou o tempo para estudar o bengali e ajudar um dos missionários na obra de verter o
livro de Gênesis para a língua bengalesa.
Aprendeu suficiente o bengali, para conversar com o povo. Pouco depois de
desembarcar, começou a pregar e os ouvintes vinham para ouvir em número sempre
crescente.
Ele percebeu a necessidade que o povo tinha de possuir a Bíblia na própria língua e,
sem demora, entregou-se a tarefa de traduzi-la. Calcula-se que traduziu a Bíblia para a terça
parte dos habitantes do mundo. Traduziu as Sagradas Escrituras em mais de trinta línguas.
Escreveu várias gramáticas indianas e compilou notáveis dicionários dos idiomas bengali,
marati e sânscrito.
Para sustentar a família, o missionário tornou-se lavrador da terra e empregou-se em
uma fábrica de anil. Sua esposa não tinha interesse nos esforços do marido e enlouqueceu.

APOSTILA DO ALUNO – SEMINÁRIO CASA DE PROFETAS 72


CUMPRINDO A GRANDE COMISSÃO
Durante mais de trinta anos Guilherme Carey foi professor de línguas orientais no NOTA
colégio de Fort Williams. Fundou também, o Serampore College para ensinar os obreiros.
Criou um dos melhores jardins botânicos, redigiu e publicou o “Hortus Bengalensis”. O livro
“Flora Índica”, outra de suas obras, foi considerada obra-prima por muitos anos.
Evangelizou durante quarenta e um anos no estrangeiro. Durante o período que
passou na Índia, não visitou a Inglaterra. Falava, embora com dificuldade, mais de trinta
línguas da Índia, dirigia a tradução das Escrituras em todas elas e foi apontado ao serviço
árdua de tradutor oficial do governo.
Finalmente, em 9 de junho de 1834, com a idade de 73 anos, Guilherme Carey
dormiu em Cristo. Ao morrer, porém, o governo mandou içar as bandeiras a meia haste em
honra de um herói que fizera mais para a Índia do que todos os generais britânicos. A sua
obra continua a servir de benção a uma grande parte do mundo.

ADONIRAM JUDSON - MISSIONÁRIO, PIONEIRO À BIRMÂNIA (1788-1850)


Sua chamada para o serviço missionário: “Foi quando andava num lugar solitário, na
floresta, meditando e orando sobre o assunto e quase resolvido a abandonar a ideia, que me
foi dada a ordem: “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda a criatura”. Este
assunto foi-me apresentado tão claramente e com tanta força, que resolvi obedecer, apesar
dos obstáculos que se apresentaram diante de mim”. Costumava passar muito tempo orando
de madrugada e de noite. Seu conselho era: “Planeja os teus negócios se for possível, para
passares duas a três horas, todos os dias, não só em adoração a Deus, mas orando em
secreto”.
Adoniram Judson, com quatro dos seus colegas, reuniram-se junto a um montão de
feno, para orarem e ali solenemente dedicarem, perante Deus, suas vidas para levar o
Evangelho “aos confins da terra”. Não havia qualquer junta missionária para os enviar.
Contudo, Deus honrou a dedicação dos moços, tocando nos corações dos crentes, para
suprirem o dinheiro. Sua esposa Ana Judson mostrou ainda mais heroísmo porque era a
primeira mulher que sairia dos Estados Unidos, como missionária. Por alguns anos, antes de
aceitar a chamada missionária, era professora e se esforçava em ganhar os alunos para
Cristo.
Adoniram Judson e sua esposa, por fim, dezessete longos meses depois de partirem
da América, chegaram a Rangum, na Birmânia. O império da Birmânia de então era mais
bárbaro, e de língua e costumes mais estranhos do que qualquer outro país que os Judson
tinham visto.
No difícil estudo do idioma birmanês foi necessário fazer o seu próprio dicionário e
gramática. Passaram-se cinco anos e meio antes de fazerem o primeiro culto para o povo.
Adoniram Judson foi preso e passou onze meses na cadeia. Passou alguns dias, com
mais de sessenta outros sentenciados à morte, encerrado em um edifício sem janelas, escuro
e quente, abafado e imundo em extremo. Passava o dia com os pés e mãos no tronco. Para
passar a noite, o carcereiro enfiava-lhe um bambu entre os pés acorrentados, juntando-o com
outros prisioneiros e, por meio de cordas, arribava-os para apenas os ombros descansarem no

APOSTILA DO ALUNO – SEMINÁRIO CASA DE PROFETAS 73


CUMPRINDO A GRANDE COMISSÃO
chão. Além desse sofrimento, tinha de ouvir constantemente gemidos misturados com o falar NOTA
torpe dos mais endurecidos criminosos da Birmânia. Vendo os prisioneiros serem arrastados
para fora para morrer às mãos do carrasco. As cinco cadeias de ferro pesavam tanto, que
levou as marcas das algemas no corpo até a morte.
Uma vez liberto da prisão, apressou-se o mais possível a chegar a casa, mas tinha as
pernas estropiadas pelo longo tempo que passara no cárcere. Ao chegar encontrou sua esposa
Ana com febre, e próxima da morte. Sua dedicada esposa veio a falecer, antes de completar
quatorze anos na Birmânia. Alguns meses depois sua filha também morreu.
Durante os seis longos anos que se seguiram, ele trabalhou sozinho, casando-se
então, com a viúva de outro missionário.
Adoniram Judson perseverou durante vinte anos para completar a maior contribuição
que se podia fazer à Birmânia, a tradução da Bíblia inteira na própria língua do povo. Depois
de trabalhar constantemente no campo estrangeiro durante trinta e dois anos, para salvar a
vida da esposa, embarcou com ela e três dos filhos, de volta a América, sua terra natal. Sua
esposa faleceu durante a viagem. E foi enterrada em Santa Helena, onde o navio aportou.
Ao desembarcar nos Estados Unidos. Ele, que estivera ausente durante tantos anos da
sua terra, sentia-se agora perturbado acerca da hospedagem nas cidades de seu país.
Surpreendeu-se, ao verificar que todas as casas se abriam para recebê-lo. Seu nome tornara-
se conhecido de todos. Grandes multidões afluíam para ouvi-lo pregar. Sofria dos pulmões e
era necessário que outro repetisse para o povo o que ele apenas podia dizer balbuciando.
Passara apenas oito meses entre seus patrícios, quando se casou de novo e embarcou
pela Segunda vez para a Birmânia. No começo do trabalho na Birmânia, ele concebeu a ideia
de evangelizar, por fim, todo o país.
A sua maior esperança era ver durante a sua vida, uma igreja de cem birmaneses
salvos e a Bíblia impressa na língua desse país. No ano da sua morte, porém, havia sessenta
e três igrejas e mais de sete mil batizados, sendo os trabalhos dirigidos por cento e sessenta e
três missionários, pastores e auxiliares. Continuou sua obra naquele país, sem cansar, até
alcançar a idade de sessenta e um anos. Sendo, então chamado a estar com seu mestre
enquanto viajava longe da família. Conforme o seu desejo, foi sepultado em alto mar.

DAVI LIVINGSTONE - CÉLEBRE MISSIONÁRIO E EXPLORADOR (1813-1873)


Davi Livingstone nasceu na Escócia. Com a idade de nove anos, ganhou um Novo
Testamento, prêmio oferecido ao repetir de cor o capítulo mais comprido da Bíblia, o Salmo
119.
Estudou botânica e geologia. Com a idade de dezesseis anos, começou a sentir desejo
profundo de fazer conhecido o amor e a graça de Cristo àqueles que jaziam em densas
trevas, e resolveu firmemente do coração dar, também sua vida, como médico e missionário,
ao mesmo país, a China.
Conseguiu completar seus estudos, recebendo o diploma de licenciado da Faculdade
de Médicos e Cirurgiões de Glasgow.

APOSTILA DO ALUNO – SEMINÁRIO CASA DE PROFETAS 74


CUMPRINDO A GRANDE COMISSÃO
Durante todos os anos de estudos para ser médico e missionário, sentia-se dirigido NOTA
para ir a China. Ao ouvir o missionário Roberto Mofatt falar em tantas aldeias sem o
Evangelho e sabendo que não podia mais ir à China por causa da guerra que havia naquele
país, ele respondeu: “Irei imediatamente para a África”.
A viagem durou três meses. O comandante do navio se tornou seu amigo íntimo e
ajudou-o a preparar os cultos, nos quais ele pregava aos tripulantes. Aproveitou para
aprender a usar o sextante e saber exatamente a posição do navio, observando a lua e as
estrelas.
Para aprender a língua e os costumes do povo, passava o tempo viajando e vivendo
entre os indígenas. Estabeleceu sua primeira missão no vale de Mabotsa, na terra de Bacarla.
Descreveu o local assim: “Está situado em um anfiteatro de serras que se intitula “Mabotsa”,
isto é, “Ceia de Bodas”. Que Deus nos ilumine com a sua presença, para que, por intermédio
de servos tão fracos, muito povo ache entrada para a Ceia das Bodas do Cordeiro!”.
“Aqui temos um campo muitíssimo difícil de cultivar... Se não confiássemos que o
Espírito Santo opera em nós, desistiríamos em desespero”.
Casou-se com Maria, filha de Roberto Mofatt, vindo a ter seis filhos. Tinha por
costume começar o dia com culto doméstico.
Davi Livingstone atravessou, ida e volta, o continente africano, desde a foz do
Zambeze a São Paulo de Luanda, façanha essa realizada pela primeira vez por um branco.
Um dos maiores obstáculos que enfrentou na obra missionária foi o terror dos indígenas ao
verem um rosto de homem branco. Durante os trinta nos que passou na África, nunca se
esqueceu do seu alvo principal que era levar Cristo aos povos desse escuro continente. Todas
as viagens que realizou foram viagens missionárias. Ele continuava a pregar o Evangelho
constantemente, às vezes a auditórios de mais de mil indígenas. Na Inglaterra, foi aclamado
e honrado como heroico descobridor e grande benfeitor da humanidade. Os diários
publicavam os seus atos de bravura. As multidões afluíam para ouvi-lo contar a sua história.
Não é somente o ambiente, mas a escolha na mocidade é que determina o destino,
não só aqui no mundo, mas para toda a eternidade. “Não é sacrifício... Nunca fiz sacrifício.
Não devemos falar dos nossos sacrifícios, ao nos lembrarmos do grande sacrifício de fez
Aquele que desceu do trono de seu pai, nas alturas, para se entregar por nós”.
Na aldeia de Chitambo, em Ilala, faleceu em 1º de maio de 1873, de joelhos, ao lado
da cama. Orou enquanto viveu e partiu deste mundo orando! Seu coração foi enterrado
abaixo de uma árvore em Chitambo, secaram e embalsamaram o corpo, e o levaram até a
costa, em Zanzibar - viagem que durou alguns meses, pelo território de várias tribos hostis.
Depois foi transportado para a Inglaterra, onde foi sepultado na Abadia de Westminster,
entre os monumentos dos reis e heróis daquela nação. É o 2º túmulo mais visitado. São
poucos os humildes e fiéis servos de Deus que o mundo distingue e honra assim.

JOÃO PATON - MISSIONÁRIO AOS ANTROPÓFAGOS (1824-1907)


ANDRÓFAGO/ANTROPÓFAGO: INDIVÍDUO QUE COME CARNE HUMANA.

APOSTILA DO ALUNO – SEMINÁRIO CASA DE PROFETAS 75


CUMPRINDO A GRANDE COMISSÃO
Tiago Paton e Janete Paton, antes do nascimento de seu filho primogênito, João NOTA
Paton, dedicaram-no solenemente a Deus, em oração, para ser missionário aos povos que
não tinham oportunidade de conhecer a Cristo.
Ele estudou três anos em Glaslow, apesar de trabalhar com as próprias mãos para se
sustentar, João Paton, no gozo do Espírito Santo, fez uma grande obra na seara do Senhor.
Contudo, soava-lhe constantemente aos ouvidos o clamor dos selvagens nas ilhas do
Pacífico e isso foi, antes de tudo, o assunto que ocupava as suas meditações e orações
diárias.
Ao declarar sua resolução de trabalhar entre os antropófagos das Novas Hébridas,
quase todos os membros da sua igreja se opuseram à sua saída. “Entre os antropófagos! Será
comido por eles!”
A isso ele respondeu: “O irmão é muito mais velho que eu, breve será sepultado e
comido por vermes; declaro ao irmão que, se eu conseguir viver e morrer servindo ao Senhor
Jesus e honrando o seu nome, não me importarei ser comido por antropófagos ou por
vermes; no grande dia da ressurreição, o meu corpo se levantará tão belo como o seu, na
semelhança do Redentor ressuscitado”.
Acerca de sua primeira impressão sobre o povo, escreveu: “Fui levado ao maior
desespero. Ao vê-los na sua nudez e miséria, senti tanto horror como compaixão. Eu tinha
deixado a obra entre os amados irmãos em Glasgow, obra em que sentia muito gozo, para
dedicar-me a criaturas tão degeneradas. Perguntei-me a mim mesmo: _ ‘É possível ensiná-
las a distinguir entre o bem e o mal, e levá-las a Cristo, ou mesmo a civilizá-las?
Quando chegamos aqui, fomos testemunhas de uma batalha entre duas tribos. As
mulheres e crianças fugiram para a praia onde conversavam e riam ruidosamente, como se
seus pais e irmãos estivessem ocupados em algum trabalho pacífico.
Os cadáveres dos mortos eram levados pelos vencedores a uma fonte de água
fervente, onde eram cozidos e comidos. Fomos informados de que um guerreiro, ferido na
batalha, acabara de morrer em casa. A sua viúva foi estrangulada imediatamente, conforme o
costume, para que o seu espírito acompanhasse o do marido e lhe continuasse a servir como
escrava.
Os missionários, então, nesse ambiente da mais repugnante superstição, da mais
baixa crueldade e da mais flagrante imoralidade, esforçavam-se para aprender a usar todas as
palavras possíveis desse povo que não conhecia a escrita. Anelavam falar de Jesus e do amor
de Deus a esses seres que adoravam árvores, pedras, fontes, riachos, insetos, espíritos de
homens falecidos, relíquias de cabelos e unhas, astros, vulcões, etc.
Três meses depois da chegada dos missionários à ilha, a esposa de Paton faleceu de maleita e
um mês depois o filhinho também morreu. Apesar de quase haver morrido de maleita, de os
crentes insistirem para que voltasse à sua terra, e de os indígenas fazerem plano após plano
de matá-lo para o comerem, permaneceu orando e trabalhando fielmente no posto onde Deus
o colocara.

APOSTILA DO ALUNO – SEMINÁRIO CASA DE PROFETAS 76


CUMPRINDO A GRANDE COMISSÃO
Construiu um templo e um bom número se congregava para ouvir a mensagem NOTA
divina. Ele conseguiu reduzir a língua dos tanianos à forma escrita, traduziu e imprimiu uma
parte das Escrituras.
Depois de Paton haver passado três anos em Tana, o casal de missionários que vivia
na ilha vizinha, foi martirizado barbaramente a machadadas, em pleno dia. Ao completar
quatro anos de estada em Tana, o ódio dos indígenas dessa ilha chegou ao auge. Diversas
tribos combinaram matar o “indefeso” missionário e findar, assim, com a religião do Deus
de amor, em toda a ilha. Contudo, como ele mesmo declarava imortal até findar sua obra na
terra, evitava, em pleno campo, os inúmeros golpes de lanças, machadinhas e paus, armados
pelas mãos dos indígenas, e assim conseguiu escapar para a ilha de Aneitium. Planejou então
ocupar-se na obra de tradução do resto dos Evangelhos na língua taniana, enquanto esperava
a oportunidade de voltar a Tana.
Paton casou-se novamente com a irmã de outro missionário. Chamada por Deus a
trabalhar entre os povos mergulhados nas trevas das Novas Hébridas, ela serviu como fiel
companheira de seu marido, por muitos anos.
Enquanto o contemplavam de longe, dizendo uns aos outros: - “Quem jamais ouviu
falar em chuva que vem debaixo?! Pobre Missi! Coitado!”
Paton confiava em Deus para obter água doce. Os chefes indígenas com seus homens
assistiam. O missionário depois de passar algum tempo louvando a Deus, ficou calmo,
desceu novamente, encheu um jarro da “chuva que Deus Jeová lhe dava pelo poço”, e
entregou-o ao chefe. Este sacudiu o jarro para ver se realmente havia água dentro; então
tomou um pouco na mão e, não satisfeito com isso, levou à boca um pouco mais. E rompeu
em gritos: “Chuva! Chuva! Chuva! É chuva mesmo! – Mas como a arranjou? Paton
respondeu: “É Jeová, meu Deus, quem a deu da sua terra em resposta ao nosso labor e
orações. Olhai e vede por vós mesmos como borbulha a terra!”
Não havia um homem entre eles que tivesse coragem de chagar-se perto da boca do
poço; então formaram uma fila comprida e, segurando-se uns aos outros pelas mãos,
avançaram até que o homem da frente pudesse olhar para dentro do poço.
O missionário explicou a todos, que essa bênção era permanente e para todos os
aniwanianos.
Os nativos experimentaram, durante os anos que se seguiram, em seis ou sete dos
lugares mais prováveis, perto de várias vilas, cavar poços. Todas as vezes que o fizeram
encontraram pederneira ou água salgada. Diziam entre si: - “Sabemos cavar, mas não
sabemos orar como Missi e, portanto, Jeová não nos dá chuva debaixo!
Durante os dias que se seguiram, grupos após grupos, alguns dos silvícolas com
lágrimas e soluços, outros aos gritos de louvor a Jeová, levaram seus ídolos de pau e pedra,
os quais lançaram em montes perante o missionário. Os ídolos de paus foram queimados, os
de pedra enterrados em covas de quatro a cinco metros de profundidade e alguns, de maior
superstição, foram lançados no fundo do mar, longe da terra.
Adotaram em seguida o costume da bênção do Senhor às refeições. E fizeram um
acordo entre si de fazer culto doméstico de manhã e à noite.

APOSTILA DO ALUNO – SEMINÁRIO CASA DE PROFETAS 77


CUMPRINDO A GRANDE COMISSÃO
Paton traduziu as Escrituras, e as imprimiu na língua Aniwaniana e ensinou o povo a NOTA
lê-las. A transformação do povo da ilha foi uma das maravilhas dos tempos modernos.
Com 83 anos de idade, ouviu a voz de seu precioso Jesus, chamando para o lar eterno.

APOSTILA DO ALUNO – SEMINÁRIO CASA DE PROFETAS 78


CUMPRINDO A GRANDE COMISSÃO
“MISSÕES TRANSCULTURAIS” TRATA DE UM MOVIMENTO NOTA

CRISTÃO QUE ATUALMENTE É DE ALCANCE MUNDIAL

Cremos que as bênçãos que Deus deu a Abraão, devido à sua obediência pela fé,
alcançarão todos os grupos de pessoas sobre a face da terra. Essas bênçãos são igualmente
físicas e espirituais e, aliás, dependem daquele relacionamento importantíssimo – a
obediência da fé.
Tal como Jesus, entendemos que o reino de Deus, que está incansavelmente fazendo
as trevas do mundo recuarem, não é, todavia, “deste mundo”. Não desejamos subjugar as
nações (nem os países) a nós mesmos ou a nosso próprio país. Dessa forma, embora Deus
esteja reivindicando para Si uma nova criação, um novo povo, não cremos que Ele esteja Se
desfazendo das nações. Todas as nações devem estar igualmente perto da graça e das
bênçãos do nosso Senhor, o qual vive.

ESTATÍSTICA
É praticamente impossível hoje em dia se ter uma ideia detalhada ou abrangente do
movimento cristão mundial. Existem mais de 100.000 (cem mil) pessoas trabalhando de
tempo integral na obra missionária cristã, as quais estão longe de seus países e de seus entes
queridos.
A causa missionária é de fato o maior e mais prolongado esforço conjunto e
duradouro registrado pela história humana, e certamente é o mais influente.

“...a terra se encherá do conhecimento do Senhor, como as águas cobrem o mar”


(Isaías 11:9).

APOSTILA DO ALUNO – SEMINÁRIO CASA DE PROFETAS 79


CUMPRINDO A GRANDE COMISSÃO
MISSÕES TRANSCULTURAIS - UMA PERSPECTIVA CULTURAL NOTA

CRISTO E A CULTURA
David J. Hesselgrave
Quando criou o homem e o ambiente do homem, Deus declarou que tudo era “muito
bom”. “E viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom...” Gênesis 1:31.
Deus deu ao homem um mandamento cultural que impôs um certo domínio sobre seu
ambiente (E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança;
domine ele sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais domésticos, e
sobre toda a terra, e sobre todo réptil que se arrasta sobre a terra.
Criou, pois, Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e
mulher os criou (imagem de Deus – significa ser dotado das faculdades de raciocinar, de
expressar emoções e de agir voluntariamente) Gênesis 1:26-27.
Deus, todavia, não Se retirou de cena. Nem deixou de ser Deus. Ao contrário,
continuou a cuidar de Suas criaturas e a ter comunhão com elas. Quanto tempo durou
quando da criação até a queda?
Não sabemos por quanto tempo esse estado maravilhoso continuou a existir, mas
foi interrompido pela queda.
E a queda deixou sua marca na criação, na criatura e na cultura (o ódio generalizado
às cobras, Gênesis 3:14-15; o parto com dor, Gênesis 3:15; a produção espontânea, pela
terra, de ervas daninhas, ao passo que a vegetação frutífera tem que ser laboriosamente
cultivada, Gênesis 3:17-19; como também, a base do Sábado, Gênesis 2:2-3; do casamento,
Gênesis 2:24; e um vislumbre de Cristo, na descendência da mulher, Gênesis 3:15, no
sacrifício e na expiação, 4:4).
A esperança do homem estava depositada na promessa da “Semente da mulher”, a
qual esmagaria a cabeça da Serpente (alguns têm pensado que originalmente a serpente
mantinha-se erguida e era muito bela, sendo por natureza a que melhor servia como
instrumento para Satanás).
Subsequentemente, a humanidade fracassou coletivamente, da mesma maneira como
Adão e Eva haviam fracassado individualmente, com o resultado de que Deus pronunciou
julgamento sobre o homem, os animais e sobre a terra (Gênesis 6:6-7).
Em seguida ao dilúvio, (Gênesis 5:32 – indica que houve 1656 anos entre a criação
do homem e o dilúvio) Noé e sua família receberam promessas e um mandamento social que
deveria ser obedecido por ele e por seus filhos por todas as gerações (Gênesis 8:21; 9:17).
Essa história constitui a base de uma teologia da cultura que é desenvolvida através
de toda a Bíblia.
Ao ouvir ao usurpador e ao escolher desobedecer a Deus, o homem convidou o
pecado a que deixasse sua marca em tudo o que ele, o homem, era e em tudo o que ele
tocava.

APOSTILA DO ALUNO – SEMINÁRIO CASA DE PROFETAS 80


CUMPRINDO A GRANDE COMISSÃO
A queda não implicou na erradicação da imagem de Deus na criatura nem no NOTA
cancelamento de todas as prerrogativas culturais. Mas impôs uma outra e falsa autoridade
sobre o homem e provocou danos à pessoa e às obras do homem.
Só debaixo de Cristo o homem pode ser redimido e sua cultura, renovada.
Ao ensinarem, os missionários afetam a cultura (e felizmente isso acontece) pois
todas as culturas necessitam de transformação.
É claramente visível em nosso mundo, o fato de que Deus estabeleceu a cultura mas
não Se permitiu pôr a cultura em ordem.
Satanás é, de fato, “o deus deste século”. Os crentes devem trabalhar para tornar
cristã a cultura (isto é, colocá-la debaixo de Cristo) ou então, para que pelo menos seja
favorável à vida cristã (isto é, oferecendo grandes oportunidades à manifestação da vida
cristã). O cristianismo é cultural em sua aplicação. O missionário não pode comunicar sem
levar a cultura em conta, pois comunicação está inexoravelmente ligada à cultura.
O DIA DO SENHOR
O Dia do Senhor (Kuriake hemerá – Apocalipse 1:10) deve ser guardado com toda a
honra e dignidade. Deve ser santificado. Ninguém deve profaná-lo.
Fazer compras no domingo, passear, ir à praia, ficar em casa vendo televisão etc. são
coisas que constituem profanação do Dia do Senhor. Temos seis dias para trabalho. Mas o
Domingo, o Dia do Senhor, é para descansar. É para louvor, para pregação, para testemunho,
para santificação.
Mas por que guardamos o domingo, e não o sábado?
Não guardamos o Sábado pelas seguintes razões:
1- Há uma profecia sobre a abolição do Sábado. Deus dissera por Oséias: “(...) farei
cessar (...) os seus sábados” (Oséias 2:11).
2- O Sábado fazia parte da lei. Era mandamento. Não estamos sujeitos à lei. Paulo
escreve: “De modo que a lei se tornou nosso aio, para nos conduzir a Cristo, a fim de
que pela fé fôssemos justificados. Mas, depois que veio a fé, já não estamos debaixo
de aio” (gálatas 3:24-25). Logo, se a lei não pode ser aplicada, não o pode também o
Sábado.
3- Cristo não guardou o Sábado como mandava a tradição. Assim, diziam os fariseus:
“Este homem não é de Deus; pois não guarda o Sábado” (João 9:16). Jesus violou sete
vezes a lei.
4- Não existe mandamento no Novo Testamento para guardar o Sábado.

POR QUE GUARDAMOS O DOMINGO?


1- Porque foi nesse dia que o nosso Senhor ressuscitou (Marcos 16:9).
2- Porque foi o dia em que se deram fatos memoráveis para os cristãos, como: a aparição
de Jesus aos discípulos, a impetração de sua bênção, a descida do Espírito Santo, a
ressurreição de muitos dos seus discípulos, que apareceram até na cidade a muitos, a
sua grande comissão, a sua ascensão aos céus.
3- Porque se tornou o dia de culto dos cristãos primitivos (Atos 20:7).

APOSTILA DO ALUNO – SEMINÁRIO CASA DE PROFETAS 81


CUMPRINDO A GRANDE COMISSÃO
4- Porque era o dia em que a Ceia era celebrada. NOTA
5- Porque relembra o dia de nossa redenção, assim como o Sábado relembra o dia da
criação.
6- Ao guardar o domingo, estamos guardando o 4º mandamento, pois o texto pode ser
lido assim: “Lembra-te do dia do Sábado, para o santificar” (Êxodo 20:8). O
importante é que no domingo, que significa Dia do Senhor, a ideia fundamental da
palavra hebraica sábado é encontrada.
7- Os cristãos da era apostólica sempre guardavam o domingo, e não o sábado, e o
mesmo fizeram aqueles outros que os seguiram.
Cultura: sistema integrado de padrões de comportamento aprendidos, ideias e
produtos que caracterizam uma sociedade.

PADRÕES DE COMPORTAMENTO APRENDIDOS


Aprendemos sobre uma cultura quando observamos o comportamento das pessoas e
procuramos identificar padrões de comportamento. Por exemplo, todos temos visto que em
alguns países dois homens, quando se encontram, agarram a mão um do outro e a sacodem.
Em outros países nós veríamos que eles se abraçam. Na Índia cada um deles junta as mãos
elevando-as até a testa com um leve inclinar da cabeça – um gesto de saudação que é
eficiente, pois permite que uma pessoa saúde muitas outras com um único movimento, e é
higiênico pois a pessoa não precisa tocar na outra. Este último aspecto é particularmente
importante em uma sociedade onde tocar uma pessoa intocável faz com que uma pessoa de
casta elevada fique impura, o que a obriga a tomar um banho de purificação. Entre os
sirianos na América do Sul, os homens cospem no peito um do outro quando se
cumprimentam.
IDEIAS
A cultura também se constitui de ideias que as pessoas têm do seu mundo. Através de
sua experiência nesse mundo, as pessoas formam quadros ou mapas mentais dele. Por
exemplo, uma pessoa que vive numa grande cidade tem uma imagem mental das ruas que
cercam a sua casa, daquelas que ela usa para ir à igreja ou para trabalhar, e das principais
ruas e avenidas que ela usa para andar pela cidade. Num certo sentido, a cultura é, então, o
mapa mental que um povo faz do seu mundo. Fornecendo-lhe um guia para suas decisões e
comportamento.
PRODUTOS
Os pensamentos e ações humanas frequentemente levam à produção de artefatos e
ferramentas. Nós construímos casas, estradas, carros e móveis. Nós criamos quadros, roupas,
jóias, moedas e muitos outros objetos.
Nossa cultura material tem um grande efeito sobre nossas vidas.

FORMA E SIGNIFICADO
Os padrões de comportamento e os produtos culturais são geralmente ligados a ideias
e significados. Sacudir as mãos significa “como vai?” O mesmo acontece com o beijo em

APOSTILA DO ALUNO – SEMINÁRIO CASA DE PROFETAS 82


CUMPRINDO A GRANDE COMISSÃO
determinadas situações. Nós também atribuímos significado ao cerrar os punhos, ao franzir a NOTA
testa, ao choro, às letras do alfabeto, às cruzes e a uma infinidade de coisas. Na verdade, os
seres humanos dão significado a quase tudo o que fazem e constroem.
Vemos uma bandeira e ela dá a ideia de um país, e de tal modo que os homens numa
batalha são capazes de até mesmo morrer a fim de preservar suas bandeiras.

INTEGRAÇÃO
As culturas são formadas por uma grande quantidade de padrões de
comportamento, ideias e produtos.
Para ver esta integração de padrões culturais só temos de observar o comportamento.
No cerne de uma cultura encontram-se as pressuposições básicas que o povo tem sobre a
natureza da realidade, e sobre certo ou errado. Juntos, são chamados de cosmovisão desse
povo.
Exemplo:
O americano,
Quando entra em um auditório para ouvir uma apresentação musical, procura até
encontrar uma poltrona para sentar. Se todas estas “plataformas” estiverem ocupadas, ele vai
embora porque o auditório está “lotado”. Obviamente, há uma grande quantidade de lugares
no chão onde ele poderia sentar mas isto não é culturalmente aceito. Por trás deste padrão de
comportamento encontra-se uma pressuposição básica de que o chão é sujo. Isto explica sua
obsessão em não ficar encostado diretamente no chão. Também explica por que continuam
com os sapatos nos pés quando entram em casa, e por que a mãe repreende a criança quando
ela pega uma batatinha frita que caiu no chão para comer. O chão está “sujo” mesmo que
tenha sido lavado naquele instante, e no momento em que uma comida cai ao chão, ela se
torna suja.
O japonês,
No Japão as pessoas crêem que o chão é limpo. Por isso elas tiram o sapato à porta, e
dormem e sentam sobre esteiras no chão.

DIFERENÇAS TRANSCULTURAIS
O ditado francês, “Vive la Difference” – Vida longa para a diferença – explica
perfeitamente a ideia.
Essas diferenças encontram-se não apenas na forma pela qual os povos comem,
vestem-se, falam e agem, e nos seus valores e crenças, mas também nas pressuposições
fundamentais que fazem sobre o seu mundo.
Exemplo: O TEMPO, na:
América: quando dois americanos concordam em se encontrar às dez horas, eles
estão, “na hora” se aparecerem de cinco minutos antes a cinco minutos depois das dez. Se
alguém aparece quinze minutos depois, está “atrasado” e gagueja uma desculpa esfarrapada.
Ele deve simplesmente reconhecer que está “atrasado”. Se ele chegar com meia hora de

APOSTILA DO ALUNO – SEMINÁRIO CASA DE PROFETAS 83


CUMPRINDO A GRANDE COMISSÃO
atraso deve ter uma boa desculpa, e lá pelas onze nem precisa mais aparecer. Sua ofensa é NOTA
imperdoável.
Arábia: se a hora da reunião for às dez horas, só um servo aparece às dez – em
obediência ao seu senhor. A hora apropriada para os outros é de dez e quarenta e cinco até
onze e quinze, tempo suficiente depois da hora marcada para que ambos demonstrem a
independência um do outro e a igualdade.
O problema surge quando um americano se encontra com um árabe e marca uma
reunião para às dez horas. O americano aparece às dez, a “hora certa” segundo ele. O árabe
aparece às dez e quarenta e cinco, à “hora certa” segundo ele. O americano acha que o árabe
não tem nenhum senso de tempo (o que não é verdade), e o árabe é tentado a pensar que o
americano age como servo (o que também não é verdade).
Exemplo: USO DO ESPAÇO FÍSICO QUANDO CONVERSAM ENTRE SI,
Norte-americano: geralmente ficam distantes um do outro cerca de um metro e vinte
a um metro e meio quando conversam sobre assuntos em geral. Eles não gostam de
conversar, tendo de gritar com as pessoas que estão a seis metros de distância. Por outro
lado, quando querem discutir assuntos pessoais, eles ficam de sessenta e noventa centímetros
um do outro e falam mais baixo.
Latino-americano: costumam ficar cerca de sessenta a noventa centímetros longe
uns dos outros nas conversas corriqueiras e até mais perto quando tratam de assuntos
pessoais.
Os mal-entendidos surgem então, o norte-americano acha que os latino-americanos
são ousados e atrevidos; o latino-americano conclui que os norte-americanos são sempre
muito distantes e frios.
Étnico: relativo a povo ou raça.
Etnocentrismo: tendência a considerar as normas e valores da própria sociedade ou
cultura como critério de avaliação de todas as demais.

IMPLICAÇÕES DAS DIFERENÇAS CULTURAIS EM MISSÕES


As diferenças culturais são importantes para um missionário. Eles tem de aprender a
superar os mal-entendidos e os sentimentos etnocêntricos, e traduzir a sua mensagem de
modo que ela seja entendida na linguagem e cultura sociais.

O EVANGELHO E A CULTURA
Devemos fazer distinção entre o evangelho e a cultura. Não é fácil fazer a distinção,
pois o evangelho, como qualquer outra mensagem, tem de ser colocado em formas culturais
para que seja entendido e transmitido por pessoas. Devemos procurar expressá-lo em termos
da cultura na qual entramos.
TRADUÇÃO
Como você traduziria “...Cordeiro de Deus...” (João 1:29) para o esquimó, língua na
qual não existe qualquer palavra ou qualquer experiência com animais que nós chamamos de
ovelhas?

APOSTILA DO ALUNO – SEMINÁRIO CASA DE PROFETAS 84


CUMPRINDO A GRANDE COMISSÃO
Você criaria uma nova palavra e acrescentaria uma nota de rodapé para descrever a NOTA
criatura que não tem significado no seu pensamento? Ou será que você usaria uma palavra
como “foca” que tem mais ou menos o mesmo significado na cultura deles que “cordeiro”
tem na Palestina? Obviamente, as diferenças culturais criam problemas quando traduzimos
uma mensagem de uma língua e cultura para outra.
Se numa língua encontramos a palavra “cordeiro”, só precisamos encontrar a palavra
na outra língua para o mesmo tipo de animal e as pessoas entenderão o que estamos
“querendo dizer”. Mas não é isto que necessariamente acontece. Na verdade, geralmente
acontece o contrário. As mesmas formas não carregam os mesmos significados nas
diferentes línguas.
Exemplo: A história do Natal, na:
Palestina: os pastores eram homens devotos e respeitados.
Índia: os pastores são beberrões das vilas, e nas representações teatrais sobre o
Natal, mais do que uma vez eles subiram ao palco completamente bêbados.
Neste caso a forma foi mantida, mas perdeu-se algo do significado.
O fato é: não existem palavras em uma cultura que tenham exatamente os mesmos
significados das palavras de outra cultura.
Está claro que as culturas variam imensamente à medida que o evangelho se torna
autóctone (que é oriundo de terra onde se encontra, sem resultar de imigração ou importação;
nativo) para elas, suas teologias – sua compreensão e aplicação deste evangelho – também
irão variar.
EVANGELIZAÇÃO E CULTURA
O desenvolvimento de estratégias para a evangelização mundial requer metodologia
nova e criativa. Com a bênção de Deus, o resultado será o surgimento de igrejas
profundamente enraizadas em Cristo e estreitamente relacionadas com a cultura local. A
cultura de sempre ser julgada e provada pelas Escrituras. Porque o homem é criatura de Deus,
parte da sua cultura é rica em beleza e bondade; porque ele experimentou a queda, toda a sua
cultura está manchada pelo pecado, e parte é demoníaca. O evangelho não pressupõe a
superioridade de uma cultura sobre outra, mas avalia todas elas segundo o seu próprio critério
de verdade e de justiça, insiste na aceitação de valores morais absolutos, em todas as culturas.
As missões, muitas vezes, tem exportado, juntamente com o evangelho, uma cultura estranha,
e as igrejas, por vezes, tem ficado submissa nos ditames de uma determinada cultura, em vez
de às Escrituras. Os evangelistas de Cristo tem de, humildemente, procurar esvaziar-se de
tudo, exceto de sua autenticidade pessoal, afim de se tornarem servos dos outros, e as igrejas
tem de procurar transformar e enriquecer a cultura; tudo para a glória de Deus.
(Mc 7.8, 9.13; Gn 4.21, 22; I Co 9.19-23; Fl 2.5-7; I Co 4.5)

A UNICIDADE E A UNIVERSALIDADE DE CRISTO


Afirmamos que há um só Salvador e um só evangelho, embora exista uma ampla
variedade de maneira de se realizar a obra de evangelização. Reconhecemos que todos os
homens tem algum conhecimento de Deus através da revelação geral de Deus na natureza.

APOSTILA DO ALUNO – SEMINÁRIO CASA DE PROFETAS 85


CUMPRINDO A GRANDE COMISSÃO
Mas negamos que tal conhecimento possa salvar, pois os homens, por sua injustiça, suprimem NOTA
a verdade. Também rejeitamos, como depreciativo de Cristo e do evangelho, todo e qualquer
tipo de sincretismo ou de diálogo cujo pressuposto seja o de Cristo fala igualmente através de
todas as religiões e ideologias. Jesus Cristo sendo ele próprio o único Deus - homem, que se
deu uma só vez em resgate pelos pecadores, é o único mediador entre Deus e o homem. Não
existe nenhum outro nome pelo qual importa que sejamos salvos. Todos os homens estão
perecendo por causa do pecado, mas Deus ama todos os homens, desejando que nenhum
pereça, mas que todos se arrependam. Entretanto, os que rejeitam Cristo repudiam o gozo da
salvação e condenam-se à separação eterna de Deus.
Proclamar Jesus como “o Salvador do mundo” não é afirmar que todos os homens,
automaticamente, ou ao final de tudo, serão salvos; e muito menos que todas as religiões
oferecem salvação em Cristo. Trata-se antes de proclamar o amor de Deus por um mundo de
pecadores e convidar todos os homens a se entregar a ele como Salvador e Senhor no sincero
compromisso pessoal de arrependimento e fé. Jesus Cristo foi exaltado sobre todo e qualquer
nome. Anelamos pelo dia em que todo joelho se dobrará diante dele e toda língua o confessará
como Senhor.
(Gl 1.6-9; Rm 1.18-32; I Tm 2.5,6; At. 4.12; Jo 3.16-19; II Pe 3.9; II Ts 1.7-9; Jo 4.42; Mt
11.28; Ef 1.20,21; Fl 2.9-11 )
A RESPONSABILIDADE SOCIAL CRISTÃ
Afirmamos que Deus é o Criador e o Juiz de todos os homens. Portanto, devemos
partilhar o seu interesse pela justiça e pela reconciliação em toda a sociedade humana, e pela
libertação dos homens de todo tipo de opressão. Porque a humanidade foi feita à imagem de
Deus, toda pessoa, sem distinção de raça, religião, cor, cultura, classe social, sexo ou idade
possui uma dignidade intrínseca em razão da qual deve ser respeitada e servida, e não
explorada. Aqui também nos arrependemos de nossas negligências e de termos algumas vezes
considerado a evangelização e a atividade social mutuamente exclusivas. Embora a
reconciliação com o não seja reconciliação com Deus, nem a ação social evangelização, nem a
libertação política salvação, afirmamos que a evangelização e o envolvimento sócio - político
são ambos parte do nosso dever cristão. Pois ambos são necessárias expressões de doutrinas
acerca de Deus e do homem, de nosso amor por nosso próximo e de nossa obediência a Jesus
Cristo. A mensagem da salvação implica também uma mensagem de juízo sobre toda forma
de alienação, de opressão e de discriminação, e não devemos Ter medo de denunciar o mal e a
injustiça onde quer que existam. Quando as pessoas recebem a Cristo, nascem de novo em seu
reino e devem procurar não só evidenciar mas também divulgar a retidão do reino em meio a
um mundo injusto. A salvação que alegamos possuir deve estar nos transformando na
totalidade de nossas responsabilidades pessoais e sociais. A fé sem obras é morta.
(At 17. 26,31; Gn 18.25; Is 1.17; Sl 45.7; Gn 1.26,27; Tg 3.9; Lv 19.18; Lc 6.27,35; Tg 2.14-
26; Jo 3.3,5; Mt 5.20; 6.33; II Co 3.18; Tg 2.20)
URGÊNCIA NA TAREFA EVANGELÍSTICA
Mais de dois bilhões e setecentos milhões de pessoas, ou seja, mais de dois terços da
humanidade, ainda estão por ser evangelizadas. Causa-nos vergonha ver tanta gente

APOSTILA DO ALUNO – SEMINÁRIO CASA DE PROFETAS 86


CUMPRINDO A GRANDE COMISSÃO
esquecida; continua sendo uma reprimenda para nós e para toda a igreja. Existe agora, NOTA
entretanto, em muitas partes do mundo, uma receptividade sem precedentes ao Senhor Jesus
Cristo. Estamos convencidos de que esta é a ocasião para que as igrejas e as instituições para –
eclesiásticas orem com seriedade pela salvação dos não – alcançados e se lancem em novos
esforços para realizarem a evangelização mundial. A redução de missionários estrangeiros e
de dinheiro num país evangelizado algumas vezes talvez seja necessária para facilitar o
trabalho da igreja nacional em autonomia, e para liberar recursos para áreas ainda não
evangelizadas. Deve haver um fluxo cada vez mais livre de missionários entre seis continentes
num espírito de abnegação e prontidão em servir. O alvo deve ser o de conseguir por todos os
meios possíveis e no menor espaço de tempo, que todas as pessoas tenham a oportunidade de
ouvir, de compreender e de receber as boas novas. Não podemos esperar atingir esse alvo sem
sacrifício. Todos nós estamos chocados com a pobreza de milhões de pessoas, e conturbados
pelas injustiças que a provocam. Aqueles dentre nós que vivem em meio à opulência aceitam
como obrigação o seu dever, um estilo de vida simples afim de contribuir mais generosamente
tanto para aliviar os necessitados como para a evangelização deles.
(Jo 9.4; Mt 9.35-38; Rm 9.1-3; I Co 9.19-23; Mc 16.15; Is 58.6-7; Tg 1.27; 2.1-9; Mt 25.31-
46; At 2.44, 45; 4.34, 35)

LIBERDADE E PERSEGUIÇÃO
É dever de toda nação, dever que foi estabelecido por Deus, assegurar condições de paz,
de justiça e de liberdade em que a igreja possa obedecer a Deus, servir a Cristo Jesus e pregar
o evangelho sem impedimentos. Portanto, oramos pelos líderes das nações e com eles
instamos para que garantam a liberdade de pensamento e de consciência, e a liberdade de
praticar e propagar a religião, de acordo com a vontade de Deus, e com o que vem expresso na
Declaração Universal dos Direitos Humanos. Também expressamos nossa profunda
preocupação com todos os que foram injustamente encarcerados, especialmente com nossos
irmãos que estão sofrendo por causa do seu testemunho em Cristo Jesus. Prometemos orar e
trabalhar pela libertação deles. Ao mesmo tempo, recusamo-nos a ser intimidados por sua
situação. Com a ajuda de Deus, nós também procuraremos nos opor a toda injustiça e
permanecer fiéis ao evangelho, seja a que custa for. Não nos esquecemos de que Jesus nos
preveniu de que a nossa perseguição é inevitável.
(I Tm 1.1-4; At 4.19; 5.29; Cl 3.24; Hb 13.1-3; Lc 4.18; Gl 5.11; 6.12; Mt 5.10-12; Jo
15.18-21)

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL 1988

Dos Direitos e Garantias Fundamentais


Artigo 5º
VII – É assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades
civis e militares de internação coletiva;

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CUMPRINDO A GRANDE COMISSÃO
VIII – Ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção NOTA
filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e
recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;

Da Educação
Artigo 206
II – Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;
Artigo 210
&1 – O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais
das escolas públicas de ensino fundamental.

ESCOLA DE TIRANO
Uma sala de aula, provavelmente alugada. O Códice D acrescenta o fato do horário ser
das 11 às 16 horas diariamente.
O objetivo da escola foi de preparar homens para a obra de evangelização e o
pastorado.
Não é de se admirar a profundidade da epístola aos Efésios ao se lembrar do alicerce
teológico que esta igreja ganhou durante os anos. E também As igrejas de Colossos,
Hierápolis e Laodicéia, fundadas por Epafras, discípulo de Paulo, foram uma parte do fruto
deste trabalho. E quanto mais?

DEFINIÇÃO DE CULTURA
A palavra "cultura" não pode ser definida facilmente. No sentido mais
amplo, significa simplesmente os padrões seguidos por um determinado grupo. O termo
"cultura" não se utiliza geralmente a não ser que se trate de uma comunidade maior que a
família, seja está restrita ou mais ampla.
A cultura une várias gerações durante uma época. É recebida do passado, mas não por
um processo de herança natural. Cada geração tem que aprendê-la por si só. Em muitas
sociedades, certos elementos culturais se comunicam diretamente por meio dos ritos de
iniciação, e por meio de muitas outras formas de instrução deliberada. Isto significa que a
cultura compreende todos os aspectos da vida humana.
A cultura está intimamente ligada à linguagem e se expressa em provérbios, mitos,
contos populares e diversas formas de arte, que constituem parte do equipamento mental de
todos os membros do grupo.
As culturas jamais são estáticas, mas estão em contínuo processo de mudança. Mas
esta mudança deve ser um processo gradual que acontece dentro das normas da sociedade;
senão, ocorre a ruptura da cultura. A cultura dá um sentido de segurança, de identidade, de
dignidade, de ser parte de um todo maior e de partilhar a vida de gerações anteriores e também
das expectativas da sociedade com respeito a seu próprio futuro.
Na Bíblia podemos encontrar pontos-chaves para a compreensão da cultura humana na
tríplice dimensão de povo, terra e história, nos quais o Antigo Testamento concentra sua

APOSTILA DO ALUNO – SEMINÁRIO CASA DE PROFETAS 88


CUMPRINDO A GRANDE COMISSÃO
atenção. O étnico, o territorial e o histórico (quem somos, donde somos e donde viemos) NOTA
aparecem ali como tríplice fonte das formas da vida econômica, social, ecológica e artística de
Israel, das formas de trabalho e produção, e daí de riqueza e bem-estar.
Podemos tentar condensar estes diversos significados da seguinte maneira: a cultura é
um sistema integrado de crenças (sobre Deus, a realidade e o significado da vida), de valores
(sobre o que é verdadeiro, bom, bonito e normativo), de costumes ( como nos comportar,
como nos relacionar com os outros, falar, orar, vestir, trabalhar, jogar, fazer comércio, comer,
trabalhar na lavoura, etc.), e de instituições que expressam estas crenças, valores e costumes
(governo, tribunais, templos ou igrejas, família, escolas, hospitais, fábricas, lojas, sindicatos,
clubes, etc.), que unem a sociedade e lhe proporcionam um sentido de identidade, de
dignidade, de segurança e de continuidade.

CULTURA NA REVELAÇÃO BÍBLICA.


Os autores bíblicos usaram criticamente todo o material cultural de que dispunham, a
fim de expressarem sua mensagem. Por exemplo, o Velho Testamento faz várias referências
ao monstro marinho da Babilônia - o leviatã - enquanto que a forma da "aliança" de Deus com
Seu povo lembra o antigo "tratado" do suserano hitita com seus vassalos. Aqueles autores
também fizeram uso das imagens conceituais do universo "de três níveis", embora ainda não
afirmassem com isso uma cosmologia pré-copernicana. Ainda fazemos algo semelhante
quando falamos do sol que "nasce" e do sol que "se põe".
O processo pelo qual os autores bíblicos se utilizaram de palavras e imagens de seu
meio cultural, usando-as criativamente, estava sob controle do Espírito Santo, permitindo-lhes
depurá-las de implicações falsas ou nocivas, transformando-as, assim, em veículos da verdade
e da bondade. Toda comunicação tem ao mesmo tempo um significado (o que desejamos
dizer) e uma forma (a maneira com o fazemos). Ambos - forma e significado - são
inseparáveis, tanto na Bíblia como em outras obras ou pronunciamentos.
Algumas formas bíblicas (palavras, imagens, metáforas), entretanto, deveriam ser
mantidas, pois são símbolos importantes decorrentes da Escritura (cruz, cordeiro, taça).
Enquanto mantêm a forma, os tradutores esforçar-se-iam por reproduzir o sentido.
Escrevendo em grego, os autores neotestamentários usavam palavras que já tinham uma
longa história no mundo secular, mas revestiam-nas de significado cristão, com quando João
se referiu a Jesus como "o Logos". Esse era um procedimento perigoso, pois "logos" tinha
uma larga variedade de significados na literatura e na filosofia gregas, e a partir daí ideias não-
cristãs sem dúvida se associavam à palavra.
Estamos de acordo em que alguns mandamentos bíblicos se referem a costumes já
obsoletos em muitas partes do mundo. Por exemplo, o significado fundamental daquele
mandamento – lavar os pés uns dos outros – é que o mútuo amor deve expressar-se em serviço
humilde. Assim é que, algumas culturas, podemos limpar, ao invés dos pés, os sapatos. Está
claro que o propósito de uma “transposição cultural” como essa não é evitar a obediência,
mas, ao contrário, torná-la atual e autêntica.

APOSTILA DO ALUNO – SEMINÁRIO CASA DE PROFETAS 89


CUMPRINDO A GRANDE COMISSÃO
BARREIRAS CULTURAIS À COMUNICAÇÃO DO EVANGELHO. NOTA
Algumas pessoas resistem ao evangelho, não porque o achem falso, mas porque veem
nele uma ameaça à sua cultura, especialmente quanto à estrutura de sua sociedade e à sua
solidariedade nacional ou tribal. Até certo ponto não se pode evitar isso. Jesus Cristo é um
perturbador da ordem, tanto quanto uma pacifista. Ele é Senhor se exige toda a nossa lealdade.
Assim alguns judeus do primeira século viam o evangelho como algo que minava o judaísmo,
e acusaram Paulo de ensinar por toda a parte “contra o povo, contra a lei e contra este lugar”,
estavam sendo desleais a César e advogando costumes cuja prática era interditada aos
romanos. Ainda hoje Jesus desafia muitas das crenças e costumes caros a toda cultura e
sociedade.

SENSIBILIDADE CULTURAL NA COMUNICAÇÃO DO EVANGELHO


Testemunhas transculturais sensíveis não chegam ao seu novo local de trabalho com um
evangelho enlatado. É preciso que tenham uma compreensão clara da verdade do evangelho.
Mas estarão fadados ao fracasso em sua comunicação se tentarem impô-la às pessoas sem
referências à sua própria situação cultural e à situação cultural das pessoas que vão ouvir a
mensagem. Somente através de um compromisso amoroso e ativo com o povo local, levando
em conta sua maneira de pensar, compreendendo sua cosmovisão, ouvindo sua suas perguntas
e sendo sensíveis às suas dificuldades, é que a comunidade inteira dos que creem (de que o
missionário é parte) terá condições de reagir favoravelmente às necessidades desse povo.
Cremos que a chave principal da comunicação cristã persuasiva se encontra nos
próprios comunicadores e no tipo de pessoas que representam. É claro que precisam
distinguir-se por uma fé, amor e santidade cristã. Ou seja, precisam ter uma experiência
pessoal e crescente do poder de transformação do Espírito Santo, de modo que a imagem de
Jesus Cristo seja mais que nunca claramente vista em seu caráter e em suas atitudes.
Existe a humildade em reconhecer o problema que a cultura apresenta, e não em evitá-
lo ou simplificá-lo excessivamente. A humildade em se dar ao trabalho de compreender e
apreciar a cultura do povo ao qual fomos enviados. É nesse desejo que leva naturalmente ao
diálogo verdadeiro, “quem tem por propósito ouvir conscientemente, para melhor
compreender”.
Realizarmos nossa comunicação onde as pessoas realmente estão, e não onde
gostaríamos que elas estivessem. É isso que vemos Jesus fazer, e desejamos seguir exemplo
dele.
Como frequência, ignoramos os temores e frustrações das pessoas, seus sofrimentos e
preocupações, sua fome, pobreza, privações e opressão, e todas as suas necessidades
“imediatas” e temos sido lentos demais em nos regozijarmos ou chorarmos com elas.
Reconhecemos que essas necessidades “imediatas” podem, às vezes, ser sintomas de
necessidades mais profundas, que não sejam tão facilmente sentidas ou reconhecidas pelas
pessoas. Mas o médico não aceita necessariamente o autodiagnostico de seu paciente. Ainda
que vejamos a necessidade de começar onde as pessoas estão, não devemos parar aí. Gentil e
pacientemente aceitamos nossa responsabilidade de levá-las a ver-se a si mesma, da mesma

APOSTILA DO ALUNO – SEMINÁRIO CASA DE PROFETAS 90


CUMPRINDO A GRANDE COMISSÃO
forma que nós nos vemos a nós mesmos, como rebeldes a quem o evangelho fala diretamente NOTA
com a mensagem do perdão e da esperança. Começar onde as pessoas não estão é partilhar
uma mensagem irrelevante. Reconhecermos que um missionário dotado, dedicado e
experiente, raramente poderá comunicar o evangelho em outra língua ou cultura tão eficiente
quanto um cristão local treinado para isso. Confiarmos no Espírito Santo de Deus, que é
sempre o principal comunicador. É só Ele que abre os olhos dos cegos e leva as pessoas a
experimentar um novo nascimento.
Embora Jesus Se identificasse completamente conosco, Ele não perdeu Sua própria
identidade. Ele continuava sendo Ele mesmo. “Desceu dos céus... e tornou-Se homem” (Credo
de Nicéia). Contudo, ao Se tornar um de nós, Ele não deixou de ser Deus. Por isso mesmo,
“os evangelistas de Cristo devem, humildemente, procurar esvaziar-se de tudo, exceto de sua
identificação sem perda da identidade. Acreditamos que o verdadeiro auto-sacrifício leva à
verdadeira autodescoberta. No serviço humilde há abundante gozo.

CONVERSÃO E CULTURA.
A conversão envolve também uma ruptura tão completa com o passado, que dela só se
fala em termos de morte.
Fomos crucificados com Cristo. Através de Sua cruz morremos para o mundo sem
Deus, para sua perspectiva e seus padrões. Como quem se despe de uma roupa suja, também
“nos despimos” do velho Adão, nossa antiga e decaída humanidade. E Jesus nos advertiu para
o fato de que essa ruptura em relação ao passado pode envolver dolorosos sacrifícios, mesmo
a perda da família e das posses pessoais.
Está claro, para nós, que o significado fundamental da conversão é uma mudança de
lealdade. Outros deuses e senhores (ídolos, todos) tiveram domínio sobre nós. Mas agora
Jesus Cristo é Senhor.
A conversão envolve uma completa transformação do cristão, bem como uma total
renovação da mente e do caráter, de acordo com a semelhança de Cristo. O princípio que
governa a vida do converso é o fato que ela é vivida sobre o senhorio de Cristo ou (o que vem
a dar o mesmo) é vivida no reino de Deus. A autoridade de Cristo sobre nós é total. De
maneira que essa nova lealdade libertadora conduz inevitavelmente a uma reavaliação de cada
aspecto de nossas vidas e, em particular, de nossa cosmovisão, nossa conduta e nossas
relações.
A conversão não deve “desculturalizar” o convertido. Na verdade, como temos visto,
sua lealdade agora pertence ao Senhor Jesus, e todas as coisas do seu contexto cultural devem
submeter-se ao escrutínio do Senhor. Isso se aplica a toda a cultura, não somente às culturas
hindu, budista, islâmica ou animista, mas também à cultura cada vez mais materialista do
Ocidente. A crítica pode produzir uma colisão, à medida que elementos da cultura forem
submetidos ao juízo de Cristo e tiverem de serem rejeitados. Nesse ponto, como reação, o
convertido pode tentar adotar a cultura do evangelista em lugar da sua. Deve-se resistir firme
mas carinhosamente a essa tentativa.

APOSTILA DO ALUNO – SEMINÁRIO CASA DE PROFETAS 91


CUMPRINDO A GRANDE COMISSÃO
Dever-se-ia estimular o convertido para que visse suas relações com o passado com NOTA
uma combinação de ruptura e continuidade. Por mais que os novos convertidos sintam que
precisam renunciar por amor de Cristo, ainda são as mesmas pessoas, com a mesma herança e
a mesma família. “A conversão não desfaz; ela refaz.”
É sempre trágico, embora seja às vezes como traição às suas origens culturais. Se possível,
a despeito do conflito com sua cultura, os novos convertidos deveriam procurar identificar-se
com as alegrias, esperanças, dores e lutas de sua cultura própria.
Sociologicamente, reconhecemos que cada sociedade é composta de uma variedade de
subgrupos, subculturas ou unidade homogêneas.
É evidente que as pessoas recebem o evangelho com mais facilidade quando o mesmo
é apresentado a elas de maneira apropriada, não alienada, à sua cultura, e quando podem
recebê-lo com e entre seu próprio povo. Diferentes sociedades têm diferentes métodos de
tomada de decisão em grupo. Reconhecemos a validade da dimensão social da conversão
como parte do processo global, bem como a necessidade de cada membro de grupo particular
nela em pessoa, seja mais cedo ou mais tarde.

IGREJA E CULTURA.
No processo de formação de igrejas, como na comunicação e recepção do evangelho, a
questão da cultura é de vital importância.
Se o evangelho deve ser contextualizado, a igreja também o deve. Na verdade, o
subtítulo de nossa Consulta foi “a contextualização da Palavra e da Igreja na situação
missionária”.
Durante a expansão missionária do princípio do século XIX, pressupunha-se, em geral,
que as igrejas resultantes do trabalho missionário seriam moldadas nas igreja dos países de
origem. A tendência era reproduzir réplicas quase perfeitas. A arquitetura gótica, a liturgia, as
vestes clericais, o instrumentos musicais, hinos e músicas, processos de tomada de decisão,
sínodos e comissões, superintendentes e bispos; tudo isso era exportado e, sem imaginação
alguma, introduzido nas novas igrejas fundadas pelas missões.
Acrescente-se que tais padrões eram também ansiosamente adotados pelos novos
cristãos, resolvidos a não ficar para trás de seus amigos ocidentais, cujos hábitos e formas de
adoração tinham sido por eles atentamente observados. Mas tudo isso se baseava na falsa
premissa de que a Bíblia deu instruções específicas sobre tais assuntos, e que o padrão de
governo, culto, ministério e vida das igrejas de origem eram modelos perfeitos.
Agora, portanto, um conceito mais radical da vida eclesiástica autóctone precisa ser
desenvolvido, através do qual toda igreja possa descobrir e expressar sua identidade como o
corpo de Cristo dento de sua cultura.

LIBERDADE DA IGREJA.
Cada igreja é parte da Igreja Universal. O povo de Deus através de Sua graça forma
uma única comunidade multirracial e multicultural. Se cada igreja deseja desenvolver
criativamente de modo que se encontre e expresse a si mesma, é preciso que ela seja livre para

APOSTILA DO ALUNO – SEMINÁRIO CASA DE PROFETAS 92


CUMPRINDO A GRANDE COMISSÃO
fazê-lo. Esse é um direito inalienável que ela tem. Pois toda igreja é igreja de Deus. Unida a NOTA
Cristo ela é a morada de Deus através de Seu Espírito (Ef. 2:22). Algumas implicações na
direção de formas autóctones e de um ministério exercido por cada membro. Essa é uma das
muitas causas que têm levado à formação de Igrejas Independentes, notadamente na África, as
quais procuram novas formas de auto-expressão em termos de cultura local.
Mas isso não diz tudo. Outras igrejas ainda são quase completamente impedidas de
desenvolverem sua própria identidade e programa por políticas ditadas de longe, pela
introdução e continuação de tradições estrangeiras, pelo emprego de liderança estrangeira, por
processos alienígenas de tomada de decisão e, especialmente, pelo manipulação do dinheiro
Os que mantêm tal controle podem ainda estar genuinamente inconscientes da forma pela
qual seus atos são considerados e experimentados no outro lado. Podem ser considerados
pelas igrejas em questão como tirania.
O fato de que isso não é proposital, nem mesmo percebido, ilustra perfeitamente com
todos nós (quer saibamos ou não) nos envolvemos na cultura que fez de nós o que somos.
Opomo-nos resolutamente a essa “estrangeirice”, onde quer que exista, como sério obstáculo à
maturidade e missão, e como forma de dissipar o Espírito Santo de Deus.
O que acabamos de observar faz parte de um problema muito mais amplo, que não
podemos ignorar. O mundo contemporâneo não consiste em sociedades atomizadas e isoladas,
mas, sim, num sistema global inter-relacionado do macroestruturas econômicas, políticas,
tecnológicas e ideológicos, que, sem dúvidas alguma, resulta em muita exploração e opressão.
Sendo assim, o que deveríamos fazer? A única resposta honesta é dizer que não sabemos.
Não temos soluções prontas a oferecer para um problema mundial como esse. Na verdade,
sentimos que nós mesmos somos vítimas do sistemas. E, no entanto, somos parte dele. De
maneira que só podemos fazer alguns comentários.
Primeiro, o próprio Jesus Se identificava constantemente com os pobres e fracos.
Aceitamos a obrigação de seguir Suas pegadas nesse assunto, como em todos os demais. Pelo
menos, através do amor que ora e dá, pretendemos fortalecer nossa solidariedade para como
eles.
Segundo, concordamos que há ocasiões em que nosso dever de cristão é falar, de alto bom
som, contra a injustiça, em nome do Senhor que é o Deus da justiça tanto quanto a
justificação. Nele procuraremos a coragem e sabedoria para agirmos assim.
Terceira, esta consulta expressou sua preocupação sobre o sincretismo nas igrejas do
Terceiro Mundo. Mas não nos esquecemos de que as igrejas ocidentais caem no mesmo
pecado.
De fato, a forma mais insidiosa de sincretismo no mundo de hoje talvez seja a tentativa de
mesclar um evangelho privatizado de perdão pessoal com uma atitude mundana (ou mesmo
demoníaca) para com a riqueza e o poder. Não estamos nós mesmos isentos de culpa nesse
assunto.
Mas desejamos ser cristãos íntegros, para os quais Jesus realmente é Senhor de tudo. De
maneira que nós, que pertencemos ao Ocidente, ou somos oriundos dele, precisamos examinar
a nós mesmos e procurar nos liberar do sincretismo ao estilo ocidental. Concordamos que: “A

APOSTILA DO ALUNO – SEMINÁRIO CASA DE PROFETAS 93


CUMPRINDO A GRANDE COMISSÃO
salvação que afirmamos usufruir deve produzir em nós uma transformação total, em termos de NOTA
nossas responsabilidade pessoais e sociais. A fé sem obras é morta”.
Segundo, cada igreja adora o Deus vida da diversidade cultural. Se agradecemos a Ele
nossa herança cultural, devemos fazê-lo em prol das outras também.
Terceiro, toda igreja deveria participar de um companheirismo “no tocante e dar e
receber” (Fil. 4:15). Nenhuma igreja, é, ou deveria ser, autossuficiente.
Assim a igreja, sendo antes e acima de tudo serva de Jesus Cristo, deve aprender a
examinar toda cultura, seja estrangeira ou local, à luz do senhorio de Cristo e da revelação de
Deus.
Às vezes, em diferentes partes do mundo, um elemento cultural ao ser adotado pode
perturbar profundamente consciências supersensíveis, especialmente de novos convertidos. É
esse o problema do “irmão mais fraco”, sobre o qual Paulo escreve em conexão com carnes
oferecidas aos ídolos. Uma vez que os ídolos nada eram, o próprio Paulo tinha liberdade de
consciência para comer tais carnes.
Mas, por amor aos cristãos “mais fracos”, dotados de uma consciência demasiadamente
sensível, que se sentiram ofendidos vendo-o comer delas, absteve-se de fazê-lo, pelo menos
nas situações específicas em que tal ofensa pudesse de fato ocorrer. Esse princípio pode ser
aplicado ainda hoje. A Escritura leva a consciência a sério e recomenda que não a violemos.
É preciso educá-la para que ela fique “forte”, mas enquanto permanece “fraca” é
preciso respeita-la. Uma consciência forte nos tornará livres, mas o amor limita a liberdade.

INFLUÊNCIA DA IGREJA SOBRE A CULTURA.


Preferimos, entretanto, fundamentar a responsabilidade cultural da igreja na Escritura e
não na história. Lembremo-nos de que nossos semelhantes foram feitos à imagem de Deus, e
que nos foi recomendado honrá-los, amá-los e servir a eles em todas as esferas da vida.
A esse argumento da criação de Deus acrescentamos outro: o de Seu reino, que
irrompeu no mundo através de Jesus Cristo. Toda autoridade pertence a Cristo. Ele é Senhor
tanto do universo com da Igreja. E nos enviou ao mundo para sermos sal e luz.

CULTURA E O COMPORTAMENTO ÉTICO CRISTÃO.


A nova vida que Cristo concede a Seu povo está destinada a trazer um novo estilo de
vida. Ele é Senhor do universo e da Igreja. Ele também é Senhor do crente individual.
Sentimo-nos dominados pelo amor de Cristo. Ele nos prende por dentro e não nos deixa
nenhuma saída. Por gozarmos de uma vida nova através de Sua morte, não temos outra
alternativa (e nenhum desejo) senão viver para aquele que morreu por nós e depois ressuscitou
(II Cor. 5:14, 15). Devemos lealdade primeiramente a Ele, e essa lealdade consiste em agradá-
lo, viver uma vida digna dele e obedecer a Ele. Isso implica renúncia a todas as lealdades
menos significativas.
De maneira que não nos é permitido nos conformarmos aos padrões deste mundo, isso
é, a qualquer cultura dominante que deixe de honrar a Deus. Em lugar disso, o mandamento

APOSTILA DO ALUNO – SEMINÁRIO CASA DE PROFETAS 94


CUMPRINDO A GRANDE COMISSÃO
que temos é o de nos transformamos em nossa conduta, guiados por mente renovadas que NOTA
percebam a vontade de Deus.
A vontade de Deus foi perfeitamente obedecida por Jesus. Portanto, a coisa mais
impressionante em relação ao cristão deveria ser, não a sua cultura, mas sua semelhança com
Cristo.
A cultura nunca é estática. Ela varia tanto de lugar para lugar como de tempo para tempo.
De modo que em toda parte os cristãos precisam pensar seriamente sobre como sua nova vida
em Cristo deveria estar relacionada com a cultura contemporânea.
O evangelho não pressupõe a superioridade de uma cultura sobre outra, mas avalia todas
elas segundo seu próprio critério de verdade e justiça, e insiste na aceitação de valores morais
absolutos qualquer seja a cultura em questão. De fato, as igrejas que estudam as Escrituras não
deveriam achar difícil discernir o que pertence à categoria primeira, do “confronto direto”.
Sob a liderança do Espírito Santo, os princípios bíblicos também hão de guiá-las em relação à
categoria do “confronto indireto”. Um teste adicional proposto é indagar, no caso de
determinada prática, se ela dignifica ou diminui a vida humana.
Não basta aos convertidos renunciar pessoalmente aos males de sua cultura; é preciso
que a igreja inteira se empenhe na sua eliminação. Daí a importância de indagar como as
culturas mudam sob a influência do evangelho.
Naturalmente, o mal e o demoníaco está profundamente arraigados na maioria
culturas. Mesmo assim a Escritura clama por arrependimento e reforma a nível nacional, e a
história registra numerosos casos de mudança cultural para melhor. De fato, em alguns casos a
cultura não é tão resistente à mudança necessária como pode parecer. Entretanto, é preciso
muito cuidado ao procurar iniciá-la.
Primeiro, “as pessoas mudam como e quando querem mudar”. Isso parece axiomático.
Mais ainda: só querem mudar quando percebem os benefícios que advirão da mudança. É
preciso que tais benefícios seja cuidadosamente sustentados e pacientemente demonstrados,
quer estejam os cristãos advogando, em país ainda em desenvolvimento, os benefícios da
alfabetização ou o valor da água tratada, quer esteja advogando, em país ocidental
desenvolvido, a importância de um casamento e uma vida familiar estáveis.
Segundo, as testemunhas transculturais no Terceiro Mundo precisam respeitar muitos
os mecanismos intrínsecos à mudança social em geral, bem como “as corretas medidas de
inovação” em cada cultura particular.
Terceiro, é importante lembrar que todos os costumes, geralmente, desempenham
funções importantes dentro da cultura, e que mesmo práticas socialmente indesejáveis podem
desempenhar funções “construtivas”. Sendo assim, um costume nunca deveria ser abolido sem
antes ser discernida sua função e um outro costume colocado em seu lugar, capaz de exercer a
mesma função.

APOSTILA DO ALUNO – SEMINÁRIO CASA DE PROFETAS 95


CUMPRINDO A GRANDE COMISSÃO
ESTRUTURA SOCIAL E CRESCIMENTO DA IGREJA NOTA

Missionário, s.m. Pregador de missões.


Missão, s.f. Ato de enviar; incumbência; comissão diplomática; sermão doutrinal.

As pessoas são seres sociais que nascem, crescem, casam-se e geralmente são
sepultados junto a seus companheiros humanos. Eles formam grupos, instituições e
sociedades. A estrutura social é o meio pelo qual elas organizam seus relacionamentos entre si
e constroem sociedades.
As sociedades podem ser estudadas em dois níveis:
1- O de relacionamento interpessoal
2- O da sociedade como um todo
Um estudo de missões em cada um destes níveis pode nos ajudar a entender como as igrejas
crescem.

RELACIONAMENTOS INTERPESSOAIS: A PONTE BICULTURAL


Quando um missionário vai para outro país e ali se estabelece, seja qual for a sua tarefa
específica, ele se envolve em relacionamentos interpessoais com uma grande quantidade de
pessoas. Muitas delas não são cristãs, mas, muito provavelmente, ele passará boa parte do seu
tempo na companhia de cristãos convertidos.
Está claro que, na maioria dos casos, a comunicação transcultural se processa através de várias
etapas.
O missionário recebeu a mensagem em sua família, em sua igreja e em sua escola. Ele
a transmite aos líderes cristãos nativos que, por sua vez, a comunicam para os cristãos e não-
cristãos nas cidades e nas vilas. Com poucas exceções, a obra missionária dentro de um país
será, principalmente, feita por esses nativos desconhecidos.
Os relacionamentos entre o missionário e o nativo.
Algumas vezes isto tem sido chamado ponte Bicultural, e é a etapa crítica na qual
ocorre grande parte da tradução da mensagem para uma nova cultura.
A ponte Bicultural é o conjunto de relacionamentos entre pessoas de duas culturas.
É ela mesma uma nova cultura.
Status e função (ou papel)
Status – posições ocupadas por indivíduos em um sistema social.
Cada “Status” é associado com certas expectativas de comportamento.
O MISSIONÁRIO E OS NATIVOS.
“O que é que você faz?” Esta pergunta se faz repetidas vezes à pessoa que vai
estabelecer-se no estrangeiro. As pessoas fazem esta pergunta porque desejam saber como se
relacionar com o recém-chegado.
Os missionários geralmente respondem: “Nós somos missionários”.
Nesta declaração eles estão mencionando um “Status” com as funções que lhe são
próprias, todas perfeitamente claras para eles. Eles sabem o que significa “missionários”, e
como os missionários devem agir.
Mas o que acontece com os nativos, particularmente os não-cristãos que nunca
conheceram um missionário antes?

O que eles pensam destes estrangeiros?

APOSTILA DO ALUNO – SEMINÁRIO CASA DE PROFETAS 96


CUMPRINDO A GRANDE COMISSÃO
Tal como as línguas diferem entre si, assim também as funções desempenhadas em NOTA
uma cultura diferem daquelas desempenhadas em outra.
Missionário é uma palavra de origem latina, que representa um “Status” e uma função
encontrados no Ocidente. Na maioria das culturas ela não existe. Quando um missionário
aparece nestas culturas, as pessoas têm de observá-lo e tentar deduzir a partir do seu
comportamento em qual função desse povo ele se encaixa. Então elas concluem que ele é
deste tipo de pessoa e esperam que se comporte de acordo.
Nós, na verdade, fazemos a mesma coisa quando um estrangeiro chega e se apresenta
como um “sannyasin”. Baseados em seu aspecto poderíamos concluir que ele é um “hippie”,
quando, na verdade, é um santo hindu.
Como as pessoas têm encarado os missionários?
Na Índia os missionários eram chamados “dora”.
A palavra é usada para designar fazendeiros ricos e reis de pequena influência. Estes
governadores subalternos compravam grandes terrenos, levantavam muros, construíam
bangalôs e tinham servos. Eles também construíam bangalôs separados para suas segundas e
terceiras esposas. Quando os missionários chegaram, eles também compraram grandes
terrenos, levantaram muros, construíram bangalôs e tinham servos. Eles também construíram
bangalôs separados, mas para as missionárias instaladas no mesmo conjunto.
As esposas missionárias eram chamadas de “dorasani”. O termo não é usado para a
esposa de um “dora”, a qual era mantida em isolamento, longe dos olhos do público, mas para
a sua amante, que ele frequentemente levava consigo na carruagem ou no carro.
O problema aqui é de mal-entendido transcultural.
O missionário se considerava um “missionário”, não imaginando que um papel desse
inexistisse na sociedade indiana tradicional.
A fim de se relacionar com o missionário, o povo teve de lhe atribuir um papel dentro
de seu próprio conjunto de papéis, e foi o que aconteceu. Infelizmente, os missionários não
perceberam como o povo os via.
Uma Segunda função (ou papel) com a qual o povo, no passado, frequentemente
identificava os missionários foi a de “administrador colonial”. Geralmente ele era branco, tal
como os governadores coloniais, e às vezes tirava vantagens disto para conseguir os
privilégios concedidos às autoridades do governo.
Ele podia comprar passagens de trem sem ter de ficar na fila junto com o povo local, e
conseguia influenciar os funcionários menos graduados. Na verdade, ele frequentemente
usava estes privilégios para ajudar os pobres ou oprimidos, mas ao fazer uso deles, foi
identificado com os administradores coloniais.
O problema é que nenhum dos papéis, de ricos proprietários de terras ou de
administradores coloniais, permitia a comunicação ou a amizade pessoais e íntimas que teriam
sido muito mais eficientes na transmissão do evangelho. Suas funções (ou papéis) geralmente
mantiveram os missionários distantes do povo.
Mas que funções (ou papéis) os missionários deveriam ter tido?
Não há uma resposta simples para isto, pois os papéis devem ser escolhidos em cada
caso a partir dos papéis existentes na cultura para a qual ele vai. Ele deve se lembrar de que o
povo irá julgá-lo de acordo com as suas expectativas quanto ao desempenho desse papel.
Que papéis o missionário pode assumir?
Podemos buscar um modelo bíblico – o de relacionamento fraterno e o de sermos
servos uns dos outros. Como membros de um só corpo devemos destacar a nossa igualdade
em relação aos nossos irmãos e irmãs nativos.

APOSTILA DO ALUNO – SEMINÁRIO CASA DE PROFETAS 97


CUMPRINDO A GRANDE COMISSÃO
As designações para liderança dentro da igreja não se baseiam em cultura, raça ou NOTA
mesmo em poder econômico. São feitas de acordo com os dons e capacidades dados por Deus.
Tem de haver liderança na Igreja, exatamente como deve haver em qualquer outra
instituição humana que funcione.
Mas o conceito bíblico de liderança é servo. O líder é aquele que procura o bem estar
dos outros e não o seu próprio (Mateus 20:27).
Ele é dispensável e, neste sentido, o missionário é o mais dispensável de todos, pois a
sua tarefa é plantar a igreja e se mudar para outro lugar quando sua presença começar a
impedir o crescimento da nova igreja. O missionário é simplesmente um mensageiro, um
embaixador – uma fonte secundária, nunca uma fonte primária.
Enfrentamos uma situação difícil hoje, a estrela das igrejas nacionais que estão
amadurecendo continua a subir. Os missionários tornaram-se cada vez mais frustrados quanto
a aceitabilidade do seu papel que é questionado. Devemos levar a sério essa situação. O
mandamento bíblico desafia o cristão a se tornar um com aqueles aos quais leva a Palavra da
Vida.
Além disto, a história mostra que a vulnerabilidade e a flexibilidade são testemunhas
poderosas para o operação do Espírito dentro do homem. Finalmente, para que o movimento
missionário continue, novos papéis devem ser acrescentados e os velhos devem ser
relembrados.
Qualquer novo missionário pode preparar-se de um modo bastante simples e direto
para atender as exigências destes três papéis. Naquilo em que estes papéis forem aceitáveis do
ponto de vista da comunidade local, o novo missionário deve começar com eles. Infelizmente,
as agências que enviam e as comunidades missionárias locais talvez não estejam preparadas
para aceitar estas ideias. A mentalidade “vamos-logo-ao-que-importa” milita contra a ideia de
se dedicar ao aprendizado, à troca de ideias e ao contar histórias. Mas essa mentalidade
precisa ser desafiada, pois se ela implica em papéis que isolam o missionário dos habitantes
locais, é preciso desenvolver alternativas.
TESTEMUNHO DE DONALD N. LARSON
Em um simpósio sobre o aprendizado de língua e cultura, realizado na África Oriental,
uma missionária perguntou-me se eu sabia alguma coisa sobre elefantes.
Quando eu respondi que não, ela me perguntou especificamente se eu sabia o que
acontece quando um bando de elefantes se aproxima de uma poça d’água que está rodeado por
outro bando. Eu respondi que não sabia o que acontecia. Então ela me explicou que o elefante
que lidera o segundo grupo dá meia-volta e se aproxima de costas da poça. Logo que os outros
elefantes à volta do buraco sentem as suas costas, afastam-se e lhe dão lugar. Este é o sinal
para os outros elefantes que o primeiro grupo está pronto a dar-lhe um espaço ao redor da
poça.
Quando eu perguntei qual o ponto que ela estava querendo elucidar, ela declarou
simplesmente e com ênfase: “Nós não entramos de costas”. O incessante movimento
missionário no mundo hoje talvez exija que os missionários “entrem de costas” nas
comunidades que os recebem. Os papéis de aprendiz, comerciante e contador de histórias
talvez não seja um método apropriado para um método direto, mas podem ser necessários em
um método que enfatiza o “entrar de costas”.
O PAPEL DO MISSIONÁRIO NA TRANSFORMAÇÃO CULTURAL
O missionário tem sido historicamente um agente de transformação cultural nas
sociedades não-ocidentais. Contudo, o seu papel de iniciador de alterações culturais
frequentemente é, de diferentes maneiras, muito mal entendido pelo próprio missionário, por

APOSTILA DO ALUNO – SEMINÁRIO CASA DE PROFETAS 98


CUMPRINDO A GRANDE COMISSÃO
aqueles que o sustentam e pelos seus críticos. A atitude básica do missionário neste assunto, e NOTA
a política missionária fundamental na área que lhe diz respeito, vai inevitavelmente
influenciar de maneira profunda a comunicação bem-sucedida do evangelho e o possível
desenvolvimento de uma expressão “autóctone” de cristianismo.
Alguns críticos do empreendimento missionário têm exagerado de maneira grosseira a
influência do missionário na sua condenação da “violação” das culturas não-ocidentais, com a
destruição dos valores, a destribalização, a apatia ou o surgimento de conflitos.
Certamente tem havido na história missionária alguns desses casos específicos de
perturbação desnecessária e prejudicial da cultura, mas na maioria dos casos a participação do
missionário tem sido muito pequena em relação ao impacto dos negócios, da política e da
educação ocidentais, para não falar das influências frequentemente perniciosas de filmes,
livros e revistas. Também tem havido alguns casos notáveis onde o evangelho e a
transformação cultural resultante forneceram uma oportunidade para a reintegração de um
segmento de uma cultura já em processo de rápida transformação.
Por outro lado, muitas pessoas que sustentam o trabalho missionário cristão têm
medido o sucesso de todo o seu programa em termos de alguns exemplos visíveis e
simbólicos de transformação cultural. Podem ir desde a monogamia até o corte do cabelo,
desde a frequência à igreja até a eliminação da autoflagelação, mas o missionário vê nisso
sinais de que deu ministério está indo bem. Missões e missionários que declaram que não
estão saindo para apresentar a cultura ocidental, mas apenas para pregar o evangelho, neste
aspecto não são diferentes daqueles de quem dizem que são diferentes. Geralmente o
institucionalismo (representado por hospitais, escolas, assistência agrícola, etc.) que eles estão
rejeitando com tais declarações, mas na verdade não o seu papel de agentes de
ocidentalização.
Eles também ficam entusiasmados quando Ay Blah aprende a tomar banho com
sabonete, escovar os dentes com creme dental e cortar o cabelo à moda “civilizada”. E se Ta
Plooy não abandona a sua Segunda e terceira esposas ou não contribui para a tesouraria da
igreja, isto é um assunto de profundas preocupações, pois Ta Plooy obviamente não está
seguindo a “doutrina do evangelho” que ele está recebendo.
A MOTIVAÇÃO PARA A TRANSFORMAÇÃO CULTURAL
A transformação cultural só surge como expressão de uma necessidade sentida pelos
indivíduos dentro de uma sociedade. As pessoas não mudam o seu comportamento a não ser
que sintam necessidade de fazê-lo.
A necessidade pode ser trivial, como a de uma nova distração ou divertimento, ou ela
pode ser profunda, como a de segurança em um mundo em desintegração. De um modo geral
é mais ou menos inconsciente. As pessoas não a analisaram nem lhe deram um nome, mas ela
motiva o comportamento.
Entretanto, algo que nenhum missionário consciente da transformação cultural que se
processa ao seu redor jamais deve esquecer, é que a necessidade que é satisfeita por uma
transformação, muito provavelmente não é a necessidade que o observador casual de nossa
cultura ocidental poderia ver.
Entre alguns dos povos tribais de Laos e do Vietnã, por exemplo, o missionário vê a
necessidade de roupas. Muitos missionários interpretariam que as pessoas precisam de roupas
por razões de recato (como nos casos onde as mulheres habitualmente não usam nada da
cintura para cima) ou para se aquecer no inverno. A Segunda necessidade é a que é sentida em
um certo grau pelas próprias pessoas, mas ela fica obscurecida pelas outras necessidades que
elas sentem e que serão tratadas daqui a pouco.

APOSTILA DO ALUNO – SEMINÁRIO CASA DE PROFETAS 99


CUMPRINDO A GRANDE COMISSÃO
A necessidade, provocada pelo recato, uso de mais roupas, não é sentida de maneira NOTA
nenhuma, porque as pessoas se consideram adequadamente vestidas do ponto de vista do seu
recato.
Quando roupas ofertadas por pessoas do país de origem do missionário são
distribuídas, ou quando o missionário dá uma camisa usada, ou quando algum indivíduo
compra uma nova roupa, quais são as necessidades que estão sendo supridas? Uma é a
necessidade de parecer respeitável à vista das pessoas de fora, a necessidade de ser aceito
pelas pessoas que têm prestígio.
Esse é o motivo por que as mulheres frequentemente não usarão blusas na vila, mas
sim quando forem à cidade ou quando o missionário fizer uma visita. Assim a roupa pode ser
um símbolo de aceitação por parte do missionário, de posição social e prestígio em relação a
ele. Há também o desejo de ter boa aparência entre os seus companheiros de tribo, de usar
uma roupa difícil de se obter, uma coisa impossível de o vizinho comprar.
Um exemplo é o de um pregador de uma das tribos do sudeste asiático que ganhou um
casaco que havia sido ofertado junto com outras roupas. Era o único casaco que veio com
aquelas roupas ofertadas, ele era o único nativo que possuía um sobretudo. Ali nunca chegou a
fazer tanto frio a ponto de algum missionário precisar usar um casaco, embora um terno de lã
fosse adequado para a noite durante uns dois ou três meses do ano. Em viagem pelas matas
nas montanhas escarpadas, quando as pessoas em camisetas e calças de algodão estavam
suando bastante por causa do calor, o nosso amigo do casaco estava, naturalmente, usando o
casaco. Como é que as pessoas iriam vê-lo com um casaco se ele não o usasse?
Havia também a mulher que não usava nada acima da cintura exceto um enorme sutiã
cor-de-rosa.
Um homem que começa a lavar suas roupas depois de sua conversão provavelmente
não o faz por causa de seu amor para com Cristo, muito embora isso pareça ao missionário
uma confirmação de que o asseio está ligado à piedade.
Quais são as necessidades que se manifestam na mudança da poligamia para a
monogamia, na frequência à igreja, no governo da igreja, no aprender a ler, em enviar as
crianças à escola?
Seríamos os últimos a dizer que em alguns lugares a necessidade que o homem sente
de Deus jamais está ligada a algumas dessas necessidades, mas mesmo então, como em todas
as situações humanas, as motivações estão misturadas.
Explicitamente, a reação missionária típica à transformação cultural é aprovar aquela
que torna as outras pessoas mais parecidas com os missionários na forma, nos aspectos
exteriores do comportamento quer o significado do comportamento seja o mesmo ou não. É
bem possível incentivar o desenvolvimento que o missionário lamentaria profundamente.

O PAPEL DA IGREJA NA TRANSFORMAÇÃO CULTURAL


A cultura está em constante transformação e, o que é vital para o nosso propósito, ela
está constantemente se transformando por dentro. Embora se fale e se escreva bastante sobre
aculturação, raramente se descreveu o papel do inovador, do inconformista, do rebelde. Mas
todas as sociedades os têm, e eles têm um lugar na produção da constante transformação que é
característica da cultura. O importante para o missionário é notar que a transformação é quase
sempre iniciada por alguém de dentro da comunidade cultural. Ainda que a ideia possa ter
brotado pelo contato com outra cultura, ainda assim tem de ser introduzida de dentro para ser
aceita. A outra possibilidade é a mudança imposta sobre um povo por uma força maior, quer

APOSTILA DO ALUNO – SEMINÁRIO CASA DE PROFETAS 100


CUMPRINDO A GRANDE COMISSÃO
moral ou física. Este é o tipo de transformação pela qual as missões frequentemente têm sido NOTA
responsáveis, e que resultaram nessa reação tão infeliz.
O verdadeiro agente do Espírito Santo em qualquer sociedade para as transformações
na cultura dessa sociedade é a igreja, o corpo de crentes (não necessariamente a igreja
organizada ou qualquer denominação em particular). A igreja é o sal agindo em todo prato de
comida. É aquela parte da sociedade que tem um novo relacionamento com Deus – mas ela
reage de acordo com as atitudes e as pressuposições dessa sociedade. Ela entende, de um
modo intuitivo e não-analisado, as motivações e os significados de uma maneira que o
missionário não pode entender. Ela deve tomar as decisões.

A PARTE DO MISSIONÁRIO
O que, então, o missionário pode fazer pela transformação cultural? Será que ele só
deve ser um evangelista pregando um evangelho não-cultural sem fazer juízos de valor? Isso é
impossível, ainda que fosse desejável. Não pode haver pregação se não for em termos
culturais, e nenhum ser humano pode nem deve fugir de fazer juízos de valor.
O missionário não pode legitimamente forçar ou impor qualquer transformação
cultural. Nem ele tem uma base adequada para advogar transformações específicas em uma
cultura a não ser que seja um profundo conhecedor da cultura.
Entretanto, o missionário tem uma função extremamente importante na apresentação
cuidadosa, ponderada e séria de formas alternativas de comportamento cultural para os
cristãos em uma sociedade. Com base no seu conhecimento da história, sua compreensão da
igreja, em outras partes e, acima de tudo, o seu conhecimento das variadíssimas maneiras
pelas quais Deus tem lidado com os homens, conforme registrado nas Escrituras, ele pode
tornar claro a eles que há alternativas para o comportamento deles e ajudá-los, com oração,
estudo e tentativas, a selecionar aquelas formas culturais que seriam a melhor expressão do
seu relacionamento com Deus na sua cultura.
A responsabilidade básica do missionário é fornecer o material sobre o qual o cristão e
a igreja nativos possam crescer “na graça e no conhecimento” até o ponto em que possam
tomar decisões seguras e orientadas pelo Espírito quanto à sua própria conduta dentro da
cultura existente. Isto envolve uma completa liberdade de acesso à Palavra de Deus, com tal
incentivo, instrução e orientação no uso da Bíblia conforme seja necessário para se ter uma
comunidade cristã crescente e sadia.
O papel do missionário na transformação cultural, então, é o de um catalisador e de
uma fonte de novas ideias, novas informações. É a voz da experiência, mas uma experiência
baseada principalmente na sua própria cultura e, portanto, para ser usada com bastante
cuidado e compreensão. Parte do valor do estudo antropológico é, naturalmente, o de dar pelo
menos uma experiência vicária em mais de um ambiente cultural, pois pelo estudo neste
campo o missionário pode se conscientizar de um leque muito mais amplo de alternativas do
que a sua própria cultura oferece.
É a igreja que é a agência legítima na qual o missionário deve trabalhar. É o povo que
deve tomar as decisões, baseado em novas ideias que recebeu. É o povo que deve reinterpretar
as velhas necessidades e atitudes, examinando-as agora à luz do seu relacionamento com Deus
e com seus companheiros em Cristo Jesus.

APOSTILA DO ALUNO – SEMINÁRIO CASA DE PROFETAS 101


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NOTA

CONCLUSÃO DO CURSO

“Porque: “Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.” Como, porém,
invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem nada ouviram? E
como ouvirão, se não há quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados? Como
está escrito: “Quão formosos são os pés dos que anunciam coisas boas!”

ROMANOS 10:13-15

Esperamos que este curso tenha te ajudado a entender melhor os valores e


princípios de Deus para o cumprimento da Grande Comissão, que não está baseada
apenas no local (evangelismo) mas também no fora (missões), principalmente que
está no centro de sua vontade, que seu Filho Jesus Cristo seja conhecido por todos.
Por isso incentivamos a que você coloque em prática o aprendizado e busque a
direção do Senhor em qual área ele quer que você se envolva, e desta forma, de
acordo com sua obediência, certamente ele disponibilizará tudo o que for
necessário, pois o reino é dele.

Que você continue servindo ao Senhor onde e da forma que ele quer, e
certamente veremos muitas pessoas de diversas línguas, tribos e nações, se
curvarem ao Senhorio de Jesus, o único Senhor e Salvador!

Que Deus continue te abençoando!!

APOSTILA DO ALUNO – SEMINÁRIO CASA DE PROFETAS 102


CUMPRINDO A GRANDE COMISSÃO
NOTA

BIBLIOGRAFIA

1. ELWELL, Walter A. (Org.) Enciclopédia Histórico-Teológica da Igreja Cristã. São


Paulo: Edições Vida Nova, 1990. v.2. 600p.
2. Reynhard Bonk, Evangelismo por Fogo, Editora Atos Ltda.
3. Billy Graham, Steps to Peace with God, (Billy Graham Evangelistic Association).
4. CARRIKER, Timóteo. O caminho missionário de Deus: uma teologia bíblica de missões.
2.ed. São Paulo: Sepal, 1992. 321p.
5. WINTER, Ralph D., HAWTHORNE, Steven C. Missões transculturais: uma perspectiva
bíblica. 2.ed. São Paulo: Mundo Cristão, 1987. 161p.
6. STEUERNAGEL, Valdir. Obediência missionária e prática histórica: em busca de
modelos. São Paulo: ABU, 1993. 198p.
7. EKSTRÖN, Bertil. História da missão: a história do movimento missionário cristão.
Londrina: Descoberta, 2001. 136p.
8. TUCKER, Ruth A. “…até aos confins da terra”: uma história biográfica das missões
cristãs. 2.ed. São Paulo: Vida Nova, 1996. 590p.
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cultural. 2.ed. São Paulo: Mundo Cristão, 1987. 653p.
10. O EVANGELHO e a cultura. v.3. Série Lausanne. São Paulo: ABU, Belo Horizonte:
Visão Mundial, 1983. 53p.
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18. LIMPIC, Ted. Despertando a visão (cd-rom). São Paulo: Sepal, v.1.2002. e-
mail:info@sepal.org.br

OBS:
É proibida a reprodução total ou parcial desta apostila, sem a permissão por escrito, do
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