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INTRODUÇÃO
Na lição desta semana, estudaremos a continuidade da história da salvação no Novo Testamento, a partir de Jesus, o
primeiro missionário da Nova Aliança. Revisaremos, que mesmo após o cativeiro babilônico, Israel foi incapaz de
compreender o plano missional de Deus em alcançar todos os povos, desenvolvendo uma visão missional etnocêntrica. O
Novo Testamento nos revelará sua vocação natural de ser um livro mundial de missões, manifestando o amor e a graça de
Deus em alcançar todos os povos, fato este, reverberado em todas as suas páginas.
I – CONTEXTO MISSIOLÓGICO JUDAICO DO NT
A história nos aponta que os judeus, mesmo após o cativeiro babilônico, não conseguiram assimilar a ideia da
universalidade do evangelho, que contemplaria “todos os povos”, ao invés disso, segundo Verkuyl (2009, p.77), o judaísmo
da Palestina exigia que os pagãos fossem assimilados à comunhão judaica e empreendiam todos os esforços para alcançar
essa mudança. Já a comunidade judaica fora da Palestina, enfatizavam o monoteísmo. Ambos espiritualizaram a prática
religiosa e censuravam a vida decadente do mundo gentílico, porém sua mensagem era em grande parte autossotérica, isto é,
a pessoa podia salvar a si mesmo. Esse exclusivismo etnocêntrico missional judaico pode ser bem exemplificado na parábola
do fariseu e publicano (Lc 18.9-17); e na parábola da ovelha perdida, onde esses religiosos são representados pelos “[...]
noventa e nove justos que não precisam de arrependimento” (Lc 15.7); e o filho mais velho que ficou insatisfeito, evocando
a auto-justicação (Lc 15.28-30).
II – ENTENDENDO A METODOLOGIA MISSIOLÓGICA DO NOVO TESTAMENTO
Enquanto o Antigo Testamento sustentava o método missiológico centrípeto, ou seja, Israel ao viver uma vida na
presença de Deus, experimentando a totalidade de suas bençãos, as nações seriam despertadas e atraídas como íman para
Jerusalém e para o Senhor (1Rs 8.41-43; Sl 66.1-4; 67.1-8; Sf 3.9,10; Ml 1.11). O Novo Testamento sustenta o método
missiológico centrífugo, isto é, a igreja do Senhor Jesus Cristo, que foi comprada com o seu sangue, recebe dele a Grande
Comissão de ir às Nações, levando a mensagem do reino a toda a criatura, sendo, portanto, designada como testemunha (At
1.8), sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, com a finalidade de proclamar as virtudes daquele
que lhe chamou das trevas para sua maravilhosa luz (1Pd 2.9).
CONCLUSÃO
Concluímos que o Novo Testamento nos traz a continuidade do desenvolvimento da história da salvação, culminada
na encarnação do verbo, Jesus, primeiro missionário da Nova Aliança. Vimos que nosso Senhor separou 12 discípulos, os
ensinou, os treinou e os comissionou para levar as boas novas a todos os povos. A igreja nascente em At 2, expande suas
atividades a partir de Jerusalém, Judeia, Samaria e, por fim, chega aos confins da terra.
REFERÊNCIAS
• CARRIKER, Timóteo. O propósito de Deus e a nova vocação. ULTIMATO.
• GOHEEN, Michael W. A igreja missional na Bíblia, luz para as nações. VIDA NOVA.
• PETERS, George W. Teologia Bíblica de Missões. CPAD.
• BRADFORD, D. Kevin; HAWTHORNE, C. Steven; WINTER, Ralph. Perspectivas no movimento cristão
mundial. VIDA NOVA