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Henrique, EBD NA TV
TEXTO ÁUREO
“E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.”
(Mc 16.15)
VERDADE PRÁTICA
A ordem imperativa de JESUS aos seus discípulos aponta para a universalidade da
pregação do Evangelho no mundo.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Mt 9.37,38 A seara é a grande e são poucos os ceifeiros
Terça - Rm 15.20 Esforçando-se para pregar onde CRISTO não foi anunciado
Quarta - Lc 24.49; At 1.8 Cheios do ESPÍRITO para cumprir a Grande Comissão
Quinta - Gn 3.15; 6.11-14; Gn 12.3 DEUS deseja alcançar os povos do mundo inteiro
Sexta - At 9.15; 16.5; 22.14,15,21 A missão da Igreja de expandir o Reino de DEUS
em todas as nações
Sábado - Lc 24.46-49 Arrependimento para o perdão dos pecados
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SUBSÍDIOS EXTRAS PARA A LIÇÃO
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O Manual de Missões
INTRODUÇÃO
Todos os cristãos reconhecem a origem divina das Escrituras. Não é possível separar
missão da Bíblia. Nesta encontramos o tema de missões: JESUS, e “tudo o que diz
respeito à vida e a piedade” (2 Pe 1.3). O estudo de hoje não é uma defesa à
inspiração e à autoridade das Escrituras, porque todos os cristãos já reconhecem a
origem divina da Bíblia, mas mostra que a obra missionária está presente em toda a
Bíblia, desde o Gênesis ao Apocalipse.
CONCLUSÃO
Missões está em toda a Bíblia. Visto que o propósito fundamental da Palavra de
DEUS é a redenção humana e missões se insere nesse contexto, é correto afirmar
que está presente desde o Gênesis ao Apocalipse. Essa presença pode ser direta ou
indireta, nas ilustrações, figuras, profecias. O livro de Atos se sobressai em missões,
registra os grandes trabalhos missionários. Missões, contudo, está em toda a Bíblia. O
livro do Senhor é o manual de missões.
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INTRODUÇÃO
Dos 66 livros da Bíblia, Atos é o que mais se destaca na obra missionária, pois
registra missões por todos os ângulos, mostrando todas as possíveis atividades de um
missionário. O poder do ESPÍRITO SANTO, a obra da evangelização e as viagens
missionárias do apóstolo Paulo são o conteúdo de Atos. Essas viagens são o assunto
que vamos estudar hoje.
I. O LIVRO DE ATOS
1. O propósito de Atos. O propósito de Lucas, em seu Evangelho, foi escrever tudo o
que JESUS “começou não só a fazer, mas a ensinar” (v.1). No livro de Atos, o
propósito foi registrar o que JESUS continuou a fazer e a ensinar, agora, pelo
ESPÍRITO SANTO, através dos apóstolos, dando ênfase a ressurreição de JESUS,
que “se apresentou vivo, com muitas e infalíveis provas” (v.3).
2. Visão geral de Atos. O livro de Atos começa com o aparecimento de JESUS já
ressuscitado, reunindo-se com os seus discípulos durante 40 dias. JESUS, ao
ascender ao céu reafirma a promessa do ESPÍRITO SANTO, a fim de que os seus
discípulos se encham do poder de DEUS para pregar e fazer missões. A trajetória da
Igreja começa em Jerusalém (1.1–6.7); em seguida, temos a extensão do Cristianismo
na Palestina (6.8–9.31) e conversão de Saulo de Tarso até a introdução do evangelho
em Antioquia da Síria (9.1–11.19). Depois vem a campanha de Paulo na Galácia
(13.14–16.6); a proclamação do evangelho na Europa (At 16.8–18.18); e a chegada
de Paulo a Roma, a capital do Império Romano (19.21–28.31).
3. O valor de Atos. Sem o livro de Atos é impossível entender as epístolas paulinas. A
origem da Igreja estaria envolta em mistério, e não teríamos a garantia do
cumprimento das promessas de JESUS sobre a vinda do Consolador e nem
saberíamos qual a experiência dos apóstolos com o ESPÍRITO SANTO, como foi a
obra missionária, como a Igreja se expandiu pelo mundo. Essas narrativas são de
inestimável valor para todas as gerações de cristãos.
V. MISSÕES MUNDIAIS
1. O campo missionário é o mundo. JESUS disse: “o campo é o mundo” (Mt 13.38).
Ele não disse que o campo é Jerusalém, nem a Judéia, nem Roma, nem minha
cidade e a tua. Infelizmente há ainda os que pensam que o “campo” é a sua cidade e
por isso mostram-se não somente apáticos às missões, mas também se posicionam
contra elas. Outros não são contra, mas não se esforçam, são acomodados. É dever
de cada crente incentivar missões, orar pelos missionários e pelos que estão sendo
enviados e contribuir financeiramente para o sustento dos missionários.
2. “Tanto em Jerusalém como em toda a Judéia” (v.8). JESUS não disse para primeiro
pregar em Jerusalém, depois na Judéia, depois em Samaria e só então ser
testemunha até “os confins da terra”, mas mandou pregar “tanto em Jerusalém como
em toda Judéia, Samaria e até os confins da terra”. Isso fala de simultaneidade, do
contrário o evangelho estaria ainda em Israel, confinado entre os judeus, pois JESUS
mesmo disse: “porque em verdade vos digo que não acabareis de percorrer as
cidades de Israel sem que venha o Filho do Homem” (Mt 10.23).
CONCLUSÃO
Como resultado das viagens de Paulo, surgiram igrejas na Ásia e Europa, e com elas
apareceram as epístolas, que ocupam um terço do Novo Testamento, e o Cristianismo
se tornou universal. Em Atos, portanto, estão registradas as viagens missionárias
mais importantes da história do Cristianismo. É a receita de missões e de todas as
atividades de um missionário. Por essas razões, de todos os livros da Bíblia, Atos é o
livro de missões.
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INTRODUÇÃO
O terceiro milênio começa com 6 bilhões de habitantes e com 1.739 grupos étnicos no
planeta. Os últimos dados estatísticos nos mostram que cerca de 33% dos moradores
da terra ainda nunca ouviram falar de JESUS. O quadro é mais ou menos assim: 2
bilhões de pessoas seguem o Cristianismo, incluindo os cristãos nominais; 2 bilhões já
ouviram falar de JESUS pelo menos uma vez e 2 bilhões nunca ouviram falar de
JESUS. Que tipo de sociedade vamos encontrar no séc. XXI? Como alcançar essas
etnias? É sobre isso que vamos estudar hoje.
I. PANORAMA MUNDIAL
1. O fenômeno da globalização. A globalização é um fenômeno curioso que nos dá a
impressão de uma padronização das culturas mundiais. Depois da queda do Muro de
Berlim, marcando o fim da Guerra Fria em 1989, a globalização, ou mundialização,
vem ganhando espaço, dinamizada principalmente pelos modernos sistemas de
comunicação. À parte os efeitos colaterais, como o desemprego, não devemos negar
que essa nova ordem mundial tem facilitado muito a vida do homem. Isso facilita
também a evangelização e as missões, pois o evangelho é também uma mensagem
globalizada; é universal, portanto para todos os povos (Mc 16.15; Ef 2.14-19; Cl 3.11).
2. Perfil do mundo globalizado. Os aeroportos internacionais seguem um mesmo
padrão, para que você se sinta em casa em qualquer país. O sistema de shopping
centers também está padronizado em todo o mundo. Você não terá muita dificuldade
em comprar roupa em qualquer parte do mundo, ainda que não fale sequer uma
palavra em outra língua. Também não morre de fome, o sistema “fast food” (comida
rápida) está em qualquer parte do mundo. Parece que o mundo vai diminuindo à
medida que o tempo passa. Além desse mundo globalizado e secularista que não
quer saber de JESUS, há um outro mundo que não tem acesso à globalização, que
igualmente precisa de JESUS.
3. Os pobres do terceiro milênio. O número deles chega a mais de 800 milhões; mais
10% da população da terra, segundo dados recentes da ONU. Ninguém pode negar
que há mais recursos no mundo de hoje do que no mundo antigo. Isso deveria
melhorar o mundo, mas a humanidade continua na miséria moral e espiritual. Tanto
ricos como pobres estão clamando pelo pão do céu. Só JESUS pode dar sentido à
vida; só Ele pode dar ao homem a alegria de viver. Os tempos e as coisas mudam,
mas o sofrimento permanece atormentando os homens.
III. A TRANSCULTURAÇÃO
1. O Cristianismo e as culturas. O Cristianismo não tem o objetivo de padronizar o
mundo e nem destruir as culturas; sua mensagem, porém é universal. No dia do
triunfo de CRISTO e da Igreja, cada povo ou etnia se apresentará louvando a DEUS
na sua própria língua (Ap 5.9). Por isso o apóstolo Paulo disse que, sendo livre, se fez
servo de todos, judeu para os judeus, sem lei para os sem lei (vv.19-22) a fim de
ganhá-los para JESUS. Não é necessário destruir a cultura dessas 7.319 etnias para
levá-las à fé cristã, porque o Cristianismo é transcultural.
2. O respeito pelas outras culturas. Os missionários devem respeitar as culturas de
cada povo. Barnabé sabia que a tradição judaica era mais uma forma de manter a
identidade nacional, e que isso em nada implicaria na salvação dos novos crentes;
portanto, não seria necessário observar o ritual da lei de Moisés (At 15.19,20).
Convém lembrar que a importação de inovações para as nossas igrejas pode
desrespeitar a nossa herança espiritual. Muitas coisas não servem para a nossa
cultura, pois já temos a nossa identidade cultural, como igualmente esta pode não
servir para outras etnias pela mesma razão.
CONCLUSÃO
O Reino de DEUS cresce à medida que os pecadores vão se convertendo ao Senhor
JESUS. A Igreja é a única agência do Reino de DEUS escolhida pelo Senhor JESUS
para levar a mensagem do evangelho a um mundo que perece por causa do pecado.
Veja a grande importância da evangelização. Com isso você está dando continuidade
ao trabalho que JESUS começou. Esse trabalho proporciona crescimento espiritual,
aumenta a experiência com o Senhor JESUS, além das bênçãos prometidas aos que
corresponderem ao chamado do Mestre (Jo 15.16).
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INTRODUÇÃO
Quando JESUS ordenou que se levasse o evangelho a todas as nações, referia-se
também aos grupos étnicos. A palavra grega para “nações” ou “mundo”, usada nesse
contexto missiológico, (Mt 24.14; 28.19, Lc 24.47) é ethnos, de onde vem a palavra
“etnia”. A ordem não diz respeito meramente a países, mas aos diferentes grupos
étnicos, que se acham nos países politicamente organizados, e estes estão em torno
de 1.739.
I. JANELA 10/40
1. O que é a Janela 10 por 40? É a região onde habita 66% da população mundial, e
ocupa 33% da área total do planeta, compreendendo 62 países. Os dois maiores
países do mundo, em número de habitantes, encontram-se nessa área: China e Índia.
Os dois juntos representam cerca de 33% da população da terra. Esta região estende-
se desde o oeste da África até ao leste da Ásia, e é comparada a uma janela
retangular, estando entre 10 e 40 graus ao norte da linha do equador. Todas as terras
bíblicas encontram-se nessa janela. O apóstolo Paulo ultrapassou esses limites nas
suas viagens missionárias (Rm 15.19).
2. Características. É a área do mundo onde vive o maior número de povos não
alcançados, predominando os seguidores do Islamismo, do Hinduísmo e do Budismo.
O Islamismo está atingindo 1 bilhão de adeptos, o Hinduísmo, mais de 700 milhões. A
Janela 10/40 é conhecida como o Cinturão de Resistência; nela se encontram as
fortalezas de Satanás, pois 37 dos 50 países menos alcançados do mundo localizam-
se nessa região. Nessa área, estão 82% dos mais pobres do planeta. Bilhões de
pessoas são vítimas das enfermidades, misérias e calamidades.
CONCLUSÃO
A história da Igreja é marcada pelos desafios. Oramos 70 anos para que DEUS
fizesse ruir a Cortina de Ferro (os países comunistas) e DEUS ouviu a nossa oração.
Depois de tudo isso perguntamos: “O que estamos fazendo nesses países?”
Infelizmente, muito pouco. Restam ainda a China, a Coréia do Norte e Cuba. Apesar
de o evangelho estar sendo pregado nesses países, não deixa de ser mais um desafio
para a Igreja. A Janela 10/40 ainda é um dos maiores desafios missionários da
atualidade. Por isso todos os crentes devem orar, contribuir, apoiar e inteirar-se das
necessidades dos trabalhos missionários direcionados para essa região do planeta.
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Missionário James Hudson Taylor (1832-1905)
Hudson Taylor, missionário inglês que viveu na China por 51 anos. Foi o fundador
da “China Inland Mission” (Missão no Interior da China), responsável pelo envio de
mais de 800 missionários para aquele país, onde começaram 125 escolas resultando
na conversão à fé cristã de 18.000 pessoas e o estabelecimento de mais de 300
estações de trabalho, contando com cerca de 500 colaboradores locais em todas as
dezoito províncias.
Testemunho de Fé.
Por saber que deveria depender totalmente de DEUS para o seu sustento diário na
China, Hudson muitas vezes colocava-se em situações para provar sua própria
fidelidade e confiança em DEUS. Ele vivia basicamente se alimentando de aveia e
arroz, e grande parte do seu salário ofertava para a obra do Senhor. Certo dia,
quando evangelizava os pobres, um homem lhe pediu que fosse orar por sua esposa
que estava morrendo em casa. Ao chegar ali, viu uma casa cheia de crianças
passando fome, e a mãe que estava muito enferma. Compadecido daquela situação,
depois de orar, tirou do seu bolso a única moeda que tinha, o sustento da semana, e
ofereceu ao casal. Milagrosamente, naquele mesmo dia, alguém lhe procurou e trouxe
um envelope cheio de dinheiro. Esta experiência ensinou a Hudson Taylor que DEUS
era o seu provedor.
Hudson Taylor foi notado como um dos europeus mais influentes na China do século
XIX, não só por seu trabalho evangelístico entre aquele povo, como também por sua
liderança e engajamento na campanha da CIM contra o comércio do Ópio.
Frases Memoráveis.
“Confie nisso, a obra de DEUS feita da maneira de DEUS nunca terá falta do
suprimento de DEUS”.
“Não são os grandes homens que transformam o mundo, mas sim os fracos e
pequenos nas mãos de um grande DEUS”.
3. JESUS é singular. Basta uma lida nos Evangelhos para deixar qualquer um
perplexo. A perfeição e a singularidade que encontramos na vida e ministério de
JESUS são algo nunca visto na história. Não procurava status e associava-se com os
pecadores: publicanos e prostitutas (Mt 11.19; 21.31,32); embora santo, perfeito e
impecável, foi submetido aos nossos sofrimentos e provações. Rompeu barreiras
geográficas, culturais, étnicas e religiosas (Mc 7.24-27; Jo 4.9). Eis o modelo de
missionário: JESUS é de todos e para todos; é o único Salvador do mundo; é dever
nosso levar o seu nome para as nações (Lc 24.47; At 1.8).
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Muitos são os modelos adotados pelas igrejas locais no propósito de cumprir a missão
primordial da igreja; ganhar e acolher as almas no aprisco. Diga-se de passagem,
nenhum modelo humano é perfeito e jamais pode ser apresentado como a “única” e
definitiva fórmula para o crescimento de uma igreja. Isso é sectarismo.
Todavia, há uma lição básica que aprendemos na Bíblia; e esta sim legítima e perfeita
na propagação do Remo de DEUS. Ê a lei da semeadura e da colheita, que sugere
estratégias eficientes que podem ser adotadas para uma ação de grandes e
abençoados resultados.
A igreja e o princípio da semeadura. Essas estratégias estão implícitas no episódio da
passagem de JESUS por Samaria, que serviu para ensinar aos discípulos a
importância da ceifa no contexto da igreja. Rumando em direção ao Norte (Jo 4.3), o
Mestre deixara a região desértica de Israel e entrara na parte agricultável do país. Ali,
tendo como cenário os campos plantados, aguardando a hora da colheita, uma cidade
foi alcançada em apenas dois dias, com as boas novas do Reino (Jo 4.39-42).
Com esse quadro fértil diante dos olhos, faltando, ainda, quatro meses para a ceifa,
CRISTO aproveitou a oportunidade para mostrar que a colheita do evangelho é
sempre urgente. Não pode ser protelada (Jo 4.35).
Outra lição que também se extrai do episódio é a necessidade de conhecimento para
uma boa semeadura, que resulte em abundante colheita, principalmente em Israel,
onde havia bastante escassez de água, com o país cortado por colinas rochosas e
excesso de pedras nas áreas férteis. Isso obrigava os agricultores a serem criativos,
cavando reservatórios para reter as águas das chuvas (2 Cr 26.10) e descobrindo
técnicas propícias ao cultivo, como o uso da lei da gravidade para que as águas
reservadas chegassem aos campos plantados.
Hoje, a modernização da tecnologia permite que Israel e países com a agricultura
desenvolvida disponham de sistema de irrigação comandados por computadores,
mediante o qual cada semente recebe — milimetricamente — todos os dias, na hora
certa, a quantidade de água necessária para frutificar. Nem mais nem menos.
Além do conhecimento (Mt 16.2,3), que se aperfeiçoa a cada dia, a semeadura
produtiva requer um bom preparo da terra. Nos tempos bíblicos, lavrava-se a terra
com arados de madeira ou ferro, os quais eram puxados por juntas de bois,
conduzidas pelo lavrador (I Rs 19.19-21). Atualmente, equipamentos sofisticados
fazem o mesmo trabalho, ganhando tempo e baixando os custos de produção.
A plantação, por sua vez, requer boa escolha de terra e clima adequados à espécie
que se deseja plantar. Há plantações apropriadas ao clima frio e a regiões
montanhosas, enquanto outras só frutificam em climas tropicais e terreno plano. Cada
espécie, por conseguinte, exige uma forma de sementeira e cultivo para que os
resultados sejam mais proveitosos. Ou seja, não se faz a semeadura a esmo, de
modo dispersivo, como se estivesse simplesmente cumprindo uma obrigação
enfadonha. Não é jogar os folhetos na rua e esperar que “floresçam”. E preciso mais
do que isso.
Em sua passagem por Samaria, JESUS aplicou todos os recursos possíveis para
obter uma boa colheita.
Ele buscou o coração da mulher samaritana, cujo estado moral propiciava um bom
terreno para plantar a semente do evangelho.
O Mestre não iniciou seu diálogo fazendo críticas a ela, mas usando como ponto de
contato a sua ida ao poço de Jacó para apanhar água, preparando assim a “terra”
para tomar frutífera a mensagem.
Ele tratou com ela, passo a passo, até que estivesse pronta para crer em sua
messianidade.
JESUS a viu como um instrumento capaz de impactar os samaritanos com a fé, em
virtude de seu estado anterior à conversão (Jo 4.1-30).
O resultado foi uma boa colheita para o Reino de DEUS, na cidade de Sicar, de cuja
semeadura os discípulos não participaram, porém estavam agora recebendo os
méritos da ceifa (v.38).
A igreja e as implicações da semeadura. A lição ensinada pelo Mestre implica em a
igreja compreender o sentido de urgência da semeadura. Ele poderia chegar à
Galileia, seu destino final naquela ocasião, por outras vias de acesso. Até mesmo para
evitar a hostilidade dos samaritanos, rivais milenares dos judeus (Jo 4.9). Sua
passagem por Samaria, todavia, não foi obra do acaso, e sim fruto de uma decisão
amadurecida (Jo 4.4) de quem vê o mundo como um imenso campo a ser
urgentemente lavrado, semeado e ceifado (Mt 13.38). Ele viu ali uma necessidade e
tomou a decisão de passar por lá para supri-la.
Quando se fala em semeadura, a ideia ficaria incompleta se não se pensasse em
colheita. A Bíblia é rica em ilustrações que revela tratar-se de etapas que se
completam. Não basta lavrar a terra e semear. Ê preciso colher. Trata-se de um erro
pregar e largar ao abandono a sementeira.
Enfatizam-se muito os resultados qualitativos, e estes, de fato, não podem ser
esquecidos. A qualidade do que se faz é, em si, uma boa forma de atrair as pessoas.
Mas os resultados quantitativos contam, sim, para o Reino de DEUS (SI 126.5,6). A
colheita tinha tanta importância na vida do povo de Israel que as primícias eram
consagradas a DEUS, como ato de gratidão (Lv 23.9-14).
A igreja preparada para a colheita. Diante do exposto, verifica-se que a igreja precisa
estar preparada não só para a semeadura, mas também para a colheita. Isso implica
ter um projeto de vida integrado, que tenha por objetivo obter resultados eficientes em
seu trabalho. O que inclui planejamento, estrutura, preparação e ação.
Como pensar, por exemplo, numa grande colheita se não há depósitos suficientes
para guardar os grãos? Esta, sem dúvida, foi uma das primeiras providências de josé,
quando assumiu o posto de governador do Egito (Gn 41.46-49).
A título de reflexão, como funcionam os departamentos de cada igreja local? Eles
estão integrados a uma filosofia de trabalho implantado pela igreja, ou cada um age
como se fosse um feudo de propriedade particular por falta de um projeto de vida? A
Escola Bíblica Dominical cumpre a sua missão como a principal agência de ensino da
igreja, ou existe apenas para constar no organograma? A Secretaria de Missões está
inserida na execução de um programa missionário da igreja, ou desenvolve projetos
de sua particular iniciativa, em razão de esta se desobrigar de suas
responsabilidades?
Outra pergunta para reflexão: A abertura de novas congregações é feita à luz de um
planejamento que mobilize a igreja para a nova semeadura, ou apenas cumpre a
rotina de reuniões vazias que não impactam a comunidade?
Por outro lado, como desenvolver um programa de evangelização dos drogados, se
depois a igreja não sabe como recuperá-los? Como buscar as prostitutas nos
prostíbulos, se depois não há como integrá-las à vida social? Como tirar os mendigos
das ruas, se depois não há como restaurá-los? Afinal, depois de convertidos, eles não
desejarão continuar debaixo das marquises e, sim, abrigar-se em algum lugar para
serem curados até que possam viver uma vida normal.
Em síntese, os resultados de uma boa lavoura só aparecem quando as três fases do
processo se completam: semear, cultivar e colher (I Co 3.5-9). Seria algo como ganhar
as almas, discipulá-las e integrá-las na vida da igreja.
Organizar-se, portanto, é bíblico. Planejar também o é. Preparar-se para a colheita
muito mais. E executar o que foi planejado é a tarefa primordial. Estamos no tempo da
semeadura e da colheita. Ela é simultânea. Muitas vezes uns semeiam, enquanto
outros colhem. O trabalho, no entanto, precisa ser feito.
Esse é o projeto de vida da igreja para o qual todas as suas forças precisam ser
mobilizadas. A igreja ideal é uma meta. Muitas não chegaram, ainda, a esse padrão,
mas perseverar em buscá-lo é um dever, para que o Reino de DEUS seja recebido
nos corações humanos e, assim, a Igreja — com todos os seus santos — possa ao
final desta era adentrar ao seu destino final.
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TEXTO ÁUREO
“E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.”
(Mc 16.15)
VERDADE PRÁTICA
A ordem imperativa de JESUS aos seus discípulos aponta para a universalidade da
pregação do Evangelho no mundo.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Mt 9.37,38
A seara é a grande e são poucos os ceifeiros
Terça - Rm 15.20
Esforçando-se para pregar onde CRISTO não foi anunciado
Quarta - Lc 24.49; At 1.8
Cheios do ESPÍRITO para cumprir a Grande Comissão
Quinta - Gn 3.15; 6.11-14; Gn 12.3
DEUS deseja alcançar os povos do mundo inteiro
Sexta - At 9.15; 16.5; 22.14,15,21
A missão da Igreja de expandir o Reino de DEUS em todas as nações
Sábado - Lc 24.46-49
Arrependimento para o perdão dos pecados
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Mateus 28.19,20; Marcos 16.15-18
Mateus 28
19 - Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho,
e do ESPÍRITO SANTO;
20 - ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu
estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém!
Marcos 16
15 - E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.
16 - Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.
17 - E estes sinais seguirão aos que crerem: em meu nome, expulsarão demônios;
falarão novas línguas;
18 - pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano
algum; e imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão.
PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO
O tema deste trimestre é a obra missionária. Estudaremos a seguinte temática: "Até
os Confins da Terra: Pregando o Evangelho a Todos os Povos até a Volta de
CRISTO". Veremos que a obra de Missões envolve evangelização local e
transcultural, bem como a formação de missionários. Nesta primeira lição, trataremos
Missões sob um enfoque etnocêntrico, ou seja, a relação da Grande Comissão com
as Missões Transculturais.
Para tratar desses e outros assuntos, contaremos com o auxílio do pastor Wagner
Gaby, líder da Assembleia de DEUS em Curitiba (PR), conferencista, advogado,
escritor de obras da CPAD, entre elas: As Doenças do Século, Planejamento e Gestão
Eclesiástica, Relações Públicas para Líderes Cristãos e As Parábolas de JESUS,
todas publicadas pela CPAD.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição: I) Conceituar "A Grande Comissão"; II) Explicar Missões
Transculturais; III) Afirmar a visão global do Evangelho no mundo.
B) Motivação: Você já ouviu falar na expressão "Grande Comissão"? Essa expressão
traz consigo uma ideia de comissionamento para algo, ou seja, um chamado a
desempenhar uma ação. Aqui, percebemos que a Grande Comissão de JESUS para
nós tem a ver com Missões Transculturais e, a partir daí, desenvolvemos uma
percepção global na causa do Evangelho. Que tal você começar a pensar em um país
específico que poderia ser alcançado pelo Evangelho de CRISTO?
C) Sugestão de Método: Como introdução ao tema geral deste trimestre, e com o
auxílio de sites especializados ou livros de História de Missões, traga um panorama
de Missões ao longo dos séculos. Mostre como o Evangelho chegou às nações ao
longo dos séculos. É muito importante que seus alunos tenham uma noção clara do
desenvolvimento da história das Missões Transculturais no mundo.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Esta primeira lição nos convida a meditar a respeito da universalidade
de nossa responsabilidade missionária, o compromisso fiel com a evangelização e o
discipulado no mundo. Que possamos nos comprometer com a causa do Evangelho
em nosso bairro, cidade, estado, país e no mundo.
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens,
artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 95, p.36,
você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte
na preparação de sua aula: 1) O texto "A Tarefa Missionária é Bíblica", localizado
depois do primeiro tópico, aprofunda a reflexão a respeito da Grande Comissão da
Igreja de CRISTO; 2) O texto "O Chamado para o discipulado", ao final do tópico três,
amplia a reflexão a respeito da tarefa da Igreja de CRISTO na obra de evangelização
mundial.
PALAVRA-CHAVE - Etnia
ESBOÇO DA LIÇÃO
I – A GRANDE COMISSÃO
2. A questão cultural
II – MISSÕES TRANSCULTURAIS
1. Conceito
1. Evangelização e Discipulado
I – A GRANDE COMISSÃO
1. O que é a Grande Comissão
É o mandamento do Senhor para a sua Igreja proclamar o Evangelho a todas as
nações. Esse mandamento tem rastros no Antigo Testamento (Is 45.22; cf. Gn 12.3) e
está fundamentado no Novo (Mt 9.37,38; 28.19; At 1.8). Dessa forma, a Grande
Comissão pode ser melhor compreendida como uma ordem pós-ressurreição de
JESUS CRISTO dada aos seus discípulos (Mt 28.18-20; Mc 16.15-20; Lc 24.46-
49; Jo 20.21-23; At 1.4,5,8). A respeito dela, James Hudson Taylor, missionário inglês
na China por 51 anos, disse: “A Grande Comissão não é uma opção a ser
considerada. É um mandamento a ser obedecido”.
2. A questão cultural
O “Ide” de JESUS significa também atravessar fronteiras. Nesse caso, anunciar o
Evangelho em uma cultura diferente é o grande desafio da obra missionária. Logo,
não devemos desprezar a cultura de um povo a quem pretendemos evangelizar, nem
lhe impingir a nossa (1 Co 1.1,2). Entretanto, a cultura de um povo deve ser avaliada e
provada pelas Escrituras. Se por um lado a cultura é rica em beleza e bondade, pois o
homem foi criado à imagem e semelhança de um DEUS bom e amoroso; por outro,
em consequência da Queda, ela foi manchada pelo pecado e, em parte, dominada por
ações demoníacas. Portanto, estejamos prontos a pregar o Evangelho além de
nossas fronteiras! Preparemo-nos para esse desafio!
Se por um lado, a cultura é rica em beleza e bondade, pois o homem foi criado à
imagem e semelhança de DEUS; por outro, em consequência da Queda, ela foi
manchada pelo pecado e, em parte, dominada por ações demoníacas.”
SINÓPSE I
A Grande Comissão é um chamado para anunciar o Evangelho a cada criatura e em
qualquer lugar.
Auxílio Missiológico
“A Tarefa missionária é bíblica
[...] O que se aplica a missões é certamente aplicável ao missionário. Não somos
enviados como missionários meramente para propósitos de amizade ou para
demonstrar a singularidade dos cristãos no corpo de CRISTO. Essas são verdades
preciosas e pertencem ao domínio da genuína vida cristã, mas somos enviados
principalmente para compartilhar com o mundo os grandes benefícios do cristianismo.
Somos testemunhas de CRISTO; somos embaixadores de CRISTO; somos
pregadores do Evangelho de DEUS e portadores da mensagem de DEUS para a
humanidade. Nossa mensagem está contida em um livro, a Bíblia. Felizmente,
suportamos o desdém do mundo por sermos pessoas de um Livro, os mensageiros de
uma mensagem antiga. O desafio de um cristão é ser um ‘missionário’, um ‘enviado’,
comissionado pelo ESPÍRITO SANTO através da igreja (At 13.4) para ser testemunha
de CRISTO e proclamar a mensagem revelada do ato redentor de DEUS em CRISTO
JESUS. Isso, claro, requer um conhecimento absoluto da mensagem como é
encontrada na Bíblia, e uma familiarização íntima e pessoal com CRISTO” (PETERS,
George W. Teologia Bíblica de Missões. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2000, p.195).
II – MISSÕES TRANSCULTURAIS
1. Conceito
O prefixo trans vem do latim e tem o sentido de “movimento para além de” e “através
de”. Em linhas gerais, Missões Transculturais são transpor uma cultura para levar a
mensagem do Evangelho. Essa mensagem não pode se restringir a uma cultura
somente, mas alcançar todos os quadrantes da Terra, onde quer que esteja uma etnia
que ainda não tenha ouvido falar das Boas-Novas.
SINÓPSE II
As Missões Transculturais passam pelo desafio cultural dos povos nativos.
SINÓPSE III
A proclamação do Evangelho leva em conta a evangelização, o discipulado, o
arrependimento e a capacitação do ESPÍRITO.
Auxílio Missiológico
“O Chamado para o discipulado
A disciplina cristã é um ideal bíblico para o qual todo cristão é chamado. Ele está
implicado na vida exemplar de CRISTO e em seu chamado: ‘Sigam-me’. Ele está
implícito no programa de treinamento que o Mestre realizava com seus seguidores.
Ele está explícito na ordem de nosso Senhor como expressa na Grande Comissão e
registrado em Mateus 28.18-20. ‘Fazei discípulos’ é certamente central na comissão,
enquanto que ir, batizar e ensinar são os caminhos e métodos para fazer discípulos. A
disciplina cristã está implícita na salvação por meio de CRISTO e deve, portanto, ser
ensinada claramente e pregada enfaticamente assim como praticada humilde e
sinceramente. O conceito de discipulado cristão foi estudado previamente” (PETERS,
George W. Teologia Bíblica de Missões. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2000, p.329).
CONCLUSÃO
Temos um grande desafio em Missões Transculturais: alcançar o mundo inteiro com a
mensagem genuína do Evangelho. Por isso, como Igreja de DEUS, somos chamados
a sair “de Jerusalém” em perspectiva de alcançar os “confins da Terra”. Há muitos
povos neste mundo para serem alcançados, de sorte que DEUS conta com cada
crente comprometido com a causa do Reino de DEUS. É um imperativo do Reino nos
perguntarmos a respeito do que estamos fazendo para que “a água da vida” sacie a
sede dos que estão sedentos por vida eterna ao redor do mundo. O pecador depende
do envio do Corpo de CRISTO para ouvir de nós as Boas-Novas de salvação.
REVISANDO O CONTEÚDO
1. O que é a Grande Comissão?
É o mandamento do Senhor para a sua Igreja proclamar o Evangelho a todas as
nações.
2. Cite pelo menos dois objetivos da Grande Comissão.
Proclamar o Evangelho em palavras e ações a toda criatura; 2) Discipular os novos
convertidos, tornando-os fiéis seguidores de CRISTO.
3. Cite pelo menos duas barreiras em Missões Transculturais.
Barreiras geográficas: novas nações e novas culturas; b) Barreiras culturais: valores
de vida, costumes e hábitos.
4. O que percebemos em Mateus 28.18-20?
Em Mateus 28.18-20, percebemos uma ênfase em “fazer discípulos”.
5. O que a mensagem missionária tem de levar em conta nas Missões Transculturais?
Na Missão Transcultural, a mensagem missionária tem de levar em conta o apelo ao
arrependimento para o perdão dos pecados (Lc 24.46-49).
VOCABULÁRIO
Impingir: dar com força; obrigar a aceitar algo; impor; constranger.