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IMPORTANTES
DA HISTÓRIA
PORTUGUESA
À compreensão de Mensagem
(1934) de Fernando Pessoa
✓ Suposta lenda de que Lisboa teria sido primeiramente fundada por Ulisses e Luso.
✓Apesar de ter recuperado a sua independência, nunca mais fora o que foi durante as Grandes
Navegações.
✓Atraso intelectual em relação aos demais países da Europa. ( GERAÇÃO 70).
1. Brasão: Os Campos, Os
Castelos, As Quinas, A coroa, O
timbre .
2. Mar Português
3. O Encoberto: Os Símbolos, Os
Avisos, Os tempos,
“Para Pessoa, o que importa não é narrar os feitos heroicos
portugueses e deles depreender sua dimensão moral, tal como acontece
em Os lusíadas, mas extrair do acontecimento seu conteúdo simbólico,
uma vez que, em Mensagem, Portugal deixa de ser uma simples nação,
ou um ex-Império, e ascende à universalidade: “As nações todas são
mistérios. Cada uma é todo o mundo a sós.” (GAGLIARDI, 2013, p.18)
I. OS CAMPOS
O DOS CASTELOS
Portugal é rosto da
A Europa jaz, posta nos cotovelos: Europa, no sentido
De Oriente a Ocidente jaz, fitando, de que sempre se
E toldam-lhe românticos cabelos moveu em busca de
Olhos gregos, lembrando. novas conquistas,
não conformando-
O cotovelo esquerdo é recuado;
se, por exemplo,
O direito é em ângulo disposto. com a sua
Aquele diz Itália onde é pousado; pequeneza
Este diz Inglaterra onde, afastado, geográfica
A mão sustenta, em que se apoia o rosto.
Fita, com olhar esfíngico e fatal,
O Ocidente, futuro do passado.
O rosto com que fita é Portugal.
II. OS CASTELOS
Este, que aqui aportou,
PRIMEIRO / ULISSES
Foi por não ser existindo.
Sem existir nos bastou.
O mytho é o nada que é tudo.
Por não ter vindo foi vindo
O mesmo sol que abre os céus
E nos criou.
É um mytho brilhante e mudo
Assim a lenda se escorre
O corpo morto de Deus,
A entrar na realidade,
Vivo e desnudo.
E a fecundá-la decorre.
Em baixo, a vida, metade
Menção ao mito de Ulisses que
teria fundado Lisboa. Os mitos De nada, morre.
representam sim ilusão, mas uma
nação/ pessoa precisa de ilusão pra
viver. O nada é que é tudo!
QUINTO / D. AFONSO HENRIQUES
PRIMEIRO / O BANDARRA
Valete, Frates.
Três grandes partes da obra:
1. Brasão: Os Campos, Os
Castelos, As Quinas, A coroa, O
timbre .
2. Mar Português
3. O Encoberto: Os Símbolos, Os
Avisos, Os tempos,
“Para Pessoa, o que importa não é narrar os feitos heroicos
portugueses e deles depreender sua dimensão moral, tal como acontece
em Os lusíadas, mas extrair do acontecimento seu conteúdo simbólico,
uma vez que, em Mensagem, Portugal deixa de ser uma simples nação,
ou um ex-Império, e ascende à universalidade: “As nações todas são
mistérios. Cada uma é todo o mundo a sós.” (GAGLIARDI, 2013, p.18)
I. OS CAMPOS
PRIMEIRO / O DOS CASTELOS
A Europa jaz, posta nos cotovelos:
De Oriente a Ocidente jaz, fitando,
E toldam-lhe românticos cabelos
Olhos gregos, lembrando.
O cotovelo esquerdo é recuado;
O direito é em ângulo disposto.
Aquele diz Itália onde é pousado;
Este diz Inglaterra onde, afastado,
A mão sustenta, em que se apoia o rosto.
Fita, com olhar esfíngico e fatal,
O Ocidente, futuro do passado.
O rosto com que fita é Portugal.
II. OS CASTELOS
Este, que aqui aportou,
PRIMEIRO / ULISSES
Foi por não ser existindo.
Sem existir nos bastou.
O mytho é o nada que é tudo.
Por não ter vindo foi vindo
O mesmo sol que abre os céus
E nos criou.
É um mytho brilhante e mudo
Assim a lenda se escorre
O corpo morto de Deus,
A entrar na realidade,
Vivo e desnudo.
E a fecundá-la decorre.
Em baixo, a vida, metade
De nada, morre.
QUINTO / D. AFONSO HENRIQUES
PRIMEIRO / O BANDARRA
Valete, Frates.