Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
(F. Pessoa)
["Navigare necesse; vivere non est necesse" - latim, frase de Pompeu, general romano, 106-48 a.C., dita aos marinheiros,
amedrontados, que recusavam viajar durante a guerra]
“Nota preliminar”
O entendimento dos símbolos e dos rituais (simbólicos) exige do intérprete que possua
cinco qualidades ou condições, sem as quais os símbolos serão para ele mortos, e ele um
morto para eles.
• “Simpatia”: Tem o intérprete que sentir simpatia pelo símbolo que se propõe interpretar.
• “Intuição”: Por intuição se entende aquela espécie de entendimento com que se sente o
que está além do símbolo, sem que se veja.
• “Inteligência”: A inteligência analisa, decompõe, reconstrói noutro nível o símbolo.
• “Compreensão”: entendendo por esta palavra o conhecimento de outras matérias, que
permitam que o símbolo seja iluminado por várias luzes.
• A quinta é a menos definível. Direi talvez, falando a uns, que é a graça, falando a
outros, que é a mão do Superior Incógnito – Conversação do Santo Anjo da Guarda.
“Benedictus Dominus Deus noster qui dedit
nobis signum” (Bendito seja Deus nosso
Senhor, que nos deu sinal)
• Primeira parte: “Brasão”
Bellum sine bello (Guerra sem a guerra)
I. Os Campos
PRIMEIRO / O DOS CASTELLOS SEGUNDO / O DAS QUINAS
(Associação: Portugal e Cristo)
A Europa jaz, posta nos cotovelos:
De Oriente a Ocidente jaz, fitando, Os Deuses vendem quando dão.
E toldam-lhe românticos cabelos Compra-se a glória com desgraça.
Olhos gregos, lembrando. Ai dos felizes, porque são
Só o que passa!
O cotovelo esquerdo é recuado;
O direito é em ângulo disposto. Baste a quem baste o que Ihe basta
Aquele diz Itália onde é pousado; O bastante de Ihe bastar!
Este diz Inglaterra onde, afastado, A vida é breve, a alma é vasta:
Ter é tardar.
A mão sustenta, em que se apoia o rosto.
Fita, com olhar sphyngico e fatal, Foi com desgraça e com vileza
O Ocidente, futuro do passado. Que Deus ao Cristo definiu:
Assim o opôs à Natureza
O rosto com que fita é Portugal. E Filho o ungiu.
II. Os Castellos: os 7 castelos referem-se às regiões fortificadas que
D. Afonso Henriques conseguiu conquistar dos Mouros na região
que hoje é conhecida como Algarve (1249).
PRIMEIRO / ULISSES
II. OS AVISOS
• Primeiro: O Bandarra (sapateiro e profeta português do século XVI: trovas messiânicas)
• Segundo: Antonio Vieira (Sebastianismo – Quinto Império)
• Terceiro: Pessoa Ele-Mesmo (apelo, súplica)
TERCEIRA PARTE: “O ENCOBERTO”
Pax in Excelsis (Paz nas Alturas)
III. OS TEMPOS
PRIMEIRO/NOITE
A nau de um deles tinha-se perdido Senhor, os dois irmãos do nosso Nome • Episódio da exploração da
No mar indefinido. — O Poder e o Renome —
O segundo pediu licença ao Rei Ambos se foram pelo mar da idade América pelos irmãos
De, na fé e na lei À tua eternidade; Corte-Real (1500): Gaspar,
Da descoberta, ir em procura E com eles de nós se foi
Do irmão no mar sem fim e a névoa escura. O que faz a alma poder ser de herói. Miguel e Vasco
Tempo foi. Nem primeiro nem segundo Queremos ir buscá-los, desta vil
Volveu do fim profundo Nossa prisão servil:
Do mar ignoto à pátria por quem dera É a busca de quem somos, na distância
O enigma que fizera. De nós; e, em febre de ânsia,
Então o terceiro a El-Rei rogou A Deus as mãos alçamos.
Licença de os buscar, e El-Rei negou.
Como a um cativo, o ouvem a passar Mas Deus não dá licença que partamos.
Os servos do solar.
E, quando o veem, veem a figura
Da febre e da amargura,
Com fixos olhos rasos de ânsia
Fitando a proibida azul distância.
TERCEIRA PARTE: “O ENCOBERTO”
Pax in Excelsis (Paz nas Alturas)
III. OS TEMPOS
QUINTO / NEVOEIRO • MITO DO QUINTO IMPÉRIO: Universal e Cultural
• O próprio livro anuncia a ferramenta (Literatura)
Nem rei nem lei, nem paz nem guerra,
Define com perfil e ser para a retomada da grandeza lusitana.
Este fulgor baço da terra
Que é Portugal a entristecer — * Autor: ROB GONSALVES
Brilho sem luz e sem arder,
Como o que o fogo-fátuo encerra.
É a Hora!
(“Felicidades, Irmãos!”)
Valete, Fratres
FIM!
•E-mail: gustavobatista5@gmail.com