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MENSAGEM

Visão providencialista da história de Portugal 1


Segundo J. A. Seabra
• MENS (o pensamento)
• AG(E)itat (transforma)
• M(olem) (a matéria)

• Conclusão:
_ O espírito domina/transforma a matéria.
• DEUS escolheu Portugal para realizar uma
missão;
• «Bendito seja Deus Nosso Senhor por nos ter
dado o sinal»;
• O poeta/profeta anuncia a boa nova;
• Crença na chegada de um messias que salvará
a Pátria.
Brasão (o nascimento)
• Situa Portugal O dos Castelos
• Define o conceito de Pátria
• Nomeia os fundadores

• Ulisses
• Viriato
• D. Tareja
• D. Dinis
• D. Fernando, infante de Portugal
• D. Sebastião, rei de Portugal
Conceito de Pátria em ...
Os Lusíadas Mensagem

Um império geográfico Um império espiritual,


que importa expandir, recebendo os valores da
fazendo a guerra santa e cultura grega e latina;
encontrando novos O rosto da Europa;
continentes. Uma realidade que «jaz» e
(visão vertical) «fita».
(visão horizontal)
Sebastianismo de Pessoa não é o sebastianismo
de D. Sebastião mas o que ele representa
como arquétipo/modelo

A redescoberta, por cada português, do


verdadeiro espírito português
TÍTULO- Portugal- Mensagem
• Surge no seguimento de uma participação do
concurso do Prémio de Poesia Antero de
Quental (criado pelo Secretariado de
Propaganda Nacional da ditadura de Salazar)
• Tem por objetivo assinalar o destino imperial de
Portugal desde o passado até ao futuro.
• FP tenta conciliar a exaltação do sentimento
nacional com os mitos do Sebastianismo e do
Quinto Império
CLASSIFICAÇÃO DA OBRA
(narração de feitos históricos , Épico-lírico (expressão da subjetividade)
glorificação do herói)

- Discurso 3ª pessoa - Discurso 1ª pessoa


- Objetividade - Subjetividade
- Valorização das emoções - Valorização do real
- Caráter narrativo - Perspetiva pessoal e

simbólica
Estrutura de Mensagem
Obra composta por 44 poemas,
apresentados numa estrutura tripartida.

Mensagem

1.ª parte 2.ª parte 3.ª parte


Brasão Mar Português O Encoberto
Significado da estrutura de Mensagem
1.ª parte – “Brasão”
Brasão: a matriz, o símbolo, o emblema, o selo da pátria.

Nascimento da pátria

 Fundação da nacionalidade,
construção da pátria e do império.
 Poemas que aludem aos fundadores
e construtores, heróis lendários ou
históricos, convertidos em símbolos.
Significado da estrutura de Mensagem
2.ª parte – “Mar Português”
Mar Português: sonhado e desvendado pelos heróis e nautas; português por direito.

Realização da pátria

 Apogeu da ação portuguesa dos


Descobrimentos.
 Poemas inspirados na ânsia do
Desconhecido e no heroísmo da luta
com o mar e seu desvendamento.
Significado da estrutura de Mensagem
3.ª parte – “O Encoberto”
O sonho encoberto, apagado no nevoeiro; a chama que é preciso reacender.

Morte da pátria Renascimento

 Morte das energias de Portugal.


 Poemas de afirmação do
sebastianismo.
 Apelo ao sonho e ânsia messiânica da
construção do Quinto Império.
Significado da estrutura de Mensagem
Em síntese
 A estrutura da Mensagem representa um ciclo de nascimento, vida e morte da pátria.
 Mas esta morte não é definitiva, pois pressupõe um renascimento que será o novo império, futuro
e espiritual – o Quinto Império.
 Esse ciclo é visível na estrutura tripartida da obra – Brasão, Mar Português, O Encoberto.

2. Mar Português
Vida
Renascimento
Realização do império
do império
territorial sonhado
espiritual:
Quinto Império

1. Brasão 3. O Encoberto
Nascimento Morte
Os fundadores e Fim das energias
construtores do império do império
O DOS CASTELOS
Símbolo
Europa • Românticos cabelos – herança do da
norte mistura
personificada
• Olhos gregos – herança do sul de
(figura feminina • Deitada (jaz) sobre os cotovelos culturas
estática) segurando o rosto (Portugal) numa
única
Atitude contemplativa Fitando / fita
expectante, enigmática e Lembrando
misteriosa Olhar esfíngico e fatal

Portugal é o rosto da Europa, símbolo da


civilização ocidental e da Humanidade;
“ O rosto com que Missão: guiar a Europa, restaurar a
fita é Portugal” grandeza europeia e encaminhar o mundo
para a implantação do 5º Império(unidade
espiritual);
Portugal é escolhido para unir a terra:
construir o futuro.
QUESTIONÁRIO “O DOS CASTELOS”
1.1. A apresentação da Europa assenta na personificação: uma figura feminina deitada, apoiada nos
cotovelos, com “românticos cabelos” e “olhos gregos” sustentando o rosto, Portugal, com a mão
direita..

1.2. Representa o processo evolutivo da civilização europeia, isto é, nasceu a Oriente e estendeu-se
para Ocidente, acumulando, várias influências: ado Norte (^românticos cabelos) e do Sul (olhos
gregos).

1.3. A repetição do verbo “jazer” de conotação negativa e fúnebre, exprime o estado de inação,
estagnação da Europa, que é apresentada numa atitude contemplativa, a recordar as glórias do
passado, “fitando”, “lembrando”.

2. Simbolizam as origens culturais europeias, a greco-latina (italiana) e o império britânico (Inglaterra).

3. O olhar “esfíngico e fatal”, simultaneamente marcado pelo mistério e pelo destino, é o de um rosto
concreto, o de Portugal, que de foca no “Ocidente, futuro do passado”. Isto é, Portugal encontra-se
predestinado a uma missão, pelo estatuto de potência civilizadora de que já usufruiu: retirar a Europa
do estado presente de apatia e de decadência, dando continuidade a esse passado glorioso, fazendo
renascer o velho continente para uma nova glória, para um novo império.
Ulisses, «O mito é o nada que é tudo»
• 1º herói (grego) na galeria dos construtores da
Pátria;
• Fundador de Ulissipo (= Lisboa), segundo a lenda.
• Personagem de relevo na cultura grega, grande
navegante e hábil herói em muitas aventuras;
• paradoxo, verso 1;
• Relevo do deítico pessoal «Este», verso 6;
• Relevo do deítico espacial «Aqui», verso 6;
• Relevo do deítico pessoal «nos», verso 6;
ULISSES
TESE – O MITO É O NADA QUE É TUDO

Importância da referência a
O mito - a lenda- é o nada Ulisses:
(não existe), mas ao • É um herói mítico;
mesmo tempo, é tudo • A sua existência lendária não
porque explica o real, na invalida a sua força criadora de
ausência do conhecimento identidade nacional;
das causas • A sua ligação ao mar explica o
destino marítimo dos portugueses.

“Em baixo” ( a vida real e objetiva) apaga-se para que o mito se


engrandeça e eternize.
Ulisses que não é nada, porque é mito, explica o destino marítimo
dos Portugueses, que é tudo. É irrelevante que os heróis fundadores
tenham ou não tido existência real, o que importa é que todos
tenham funcionado com a força do mito, não existindo, é tudo.
(vivência interior, o que ele representa)
Pessoa tem a intenção de conferir a Portugal uma origem
mítica.

 Os heróis da Mensagem são focalizados pelo seu


lado mítico enquanto que n’Os Lusíadas, os heróis
são enfatizados pela sua perspetiva histórica
combativa.
• O mesmo sol que abre os céus
• É um mito brilhante e mudo _ (...)

• Este que aqui aportou


• Foi por não ser existindo.
• Sem existir nos bastou.
• Por não ter vindo foi vindo
• E nos criou. (...)
SOL DEUS

MITO

CICLO DA NATUREZA RELIGIÃO


UNIVERSO

MOTIVAÇÃO, FORÇA
IMPULSIONADORA, O “TUDO”

Fecunda a realidade, dá-lhe vida, passa de geração em geração, mantendo-se


viva , caso contrário fica reduzida a “metade de nada” e morre.
Lenda+realidade

«a fecundá-la decorre»

Sem mito, não há vida.


ou
A morte como passagem para uma outra
dimensão, espiritual e eterna. (perspetiva iniciática)
MITO D FUNDAÇÃO DE Lisboa por Ulisses -
Portugal

A partir das características desta figura (coragem, ousadia,


perseverança), FP aponta a vocação marítima dos
portugueses (descobrimentos e criação do Império)
Segundo Camões, Canto III, estrofe 21

(...)Esta foi Lusitânia, derivada


De Luso ou Lisa, que de Baco antigo
Filhos foram, parece, ou companheiros,
E nela antão os íncolas primeiros.

íncolas _ habitantes
D. Fernando, Infante de Portugal
• Escolhido por Deus para realizar uma missão;

• O herói fala na 1ª pessoa, aceitando a glória


de sofrer por Deus e pela Pátria;

• Profundamente convicto da sua missão;

• Importância da fazer «A sua santa guerra», v2


D. Sebastião, Rei de Portugal
• Discurso na 1ªpessoa;
• Loucura encarada de forma positiva;
• Fim do corpo (na batalha), mas permanência
da alma (eterna);
• Incentivo aos leitores (portugueses) para que
sigam o seu exemplo de dádiva total à Pátria;
• Figura messiânica que há-de regressar numa
manhã de nevoeiro. (V império)
D. Sebastião, Rei de Portugal
• Surge na 1ª parte mas retoma-se a sua figura
na 3ªparte, no poema D. Sebastião.

• Pergunta retórica:
«Sem a loucura que é o homem
Mais que a besta sadia,
Cadáver adiado que procria?»
D. Sebastião (in O Encoberto)

Sperai! Caí no areal e na hora adversa


Que Deus concede aos seus (…)

Que importa o areal e a morte e a desventura


Se com Deus me guardei?
É O que eu me sonhei que eterno dura,
É Esse que regressarei.»
D. Sebastião

LUÍS DE CAMÕES FERNANDO PESSOA


• Dedica a obra a D. Sebastião • Apresenta D. Sebastião como alguém
• Enaltece as suas virtudes como rei que se imortalizou por ter lutado pelos
seus objetivos de forma exímia;
•Apresenta o jovem como segurança e a
garantia da independência nacional • Apela aos portugueses para aderirem
à mesma atitude. Só dessa forma
•Exalta o rei como aquele a quem cabe a Portugal pode assumir um possível
missão de expandir a fé cristã. futuro promissor.
INTERROGAÇÃO
Quando olhamos para D. Sebastião,
deve-se optar pela figura de um rei
louco e doente, fraco líder ou antes
pela figura do nobre português que
ousou desejar e morreu na busca
dessa glória?
2ª PARTE- MAR PORTUGUÊS
2ªparte: Mar Português
• Poema O Infante
• Revelação (Teofania)
• O poeta/profeta anuncia:

«Deus quer, o homem sonha, a obra nasce.»


A obra (os descobrimentos) nascem da fórmula

Vontade de Deus + sonho do homem


A realização e o fim…
(…)Cumpriu-se o Mar e o Império se desfez.
Senhor, falta cumprir-se Portugal.»

O poeta acredita que, no futuro, haverá um


império imaterial, baseado no sonho e na
cultura, corporizado em D. Sebastião (V
Império), que representa um retorno ao
paraíso terrestre.
Os construtores do «Mar português»
• Os Lusíadas • Mensagem

Sofrendo tempestades e Quem quer passar além


ondas cruas (…) do Bojador/
Engolindo o corrupto Tem de passar além da
mantimento/ dor.
Temperado com árduo
sofrimento.
• C VI, est 97
“Deus quer, o homem sonha, a obra nasce.”

“sagrou-te” e foste desvendando a espuma “E viu-se a terra inteira, de repente,


(Portugal) Surgir, redonda, do azul profundo”

SACRALIZAÇÃO DO HERÓI Presente


“Cumpriu-se o Mar”

“Senhor, falta cumprir-se Portugal” Futuro profético


Presente decadente de Fernando Pessoa
«Horizonte»
• Importância da apóstrofe no verso 1

• Contraste na 1ºestrofe

• Medos coral e praias e arvoredos


Contraste

passado presente
A noite e a serração, abria em flor o Longe
As tormentas passadas o sul sidério/splendia
e o mistério
Processo de desocultação
• «de longe a abstrata linha» (o oculto)

• «Quando a nau se aproxima

Ergue-se a encosta»

• Mais perto sons e cores

• E no desembarcar aves, flores


Definição de sonho
1) «O sonho é ver as formas invisíveis

OXIMORO

2) «Movimentos da esp’rança e da vontade


Buscar na linha fria do horizonte

SINESTESIA
A árvore, a praia, a flor, a ave, a fonte

ENUMERAÇÃO

Os beijos merecidos da Verdade.

PERSONIFICAÇÃO
O MOSTRENGO
Localização “O mostrengo que está no fim do mar”

Caraterização “imundo e grosso”


“Na noite de breu ergueu-se a voar;/À roda da nau voou
Medo que provoca três vezes, /Voou três vezes a chiar,” (…)
nos nautas “E escorro os medos do mar sem fundo?”

Humanização “ e disse:”
Elogio prévio feito
os portugueses “Quem é que ousou entrar”
Sensações visuais, “a chiar”, “na noite de breu”, repetição do movimento
auditivas e cinéticas “rodou”, “ergueu-se a voar”
CONCLUSÃO

“tremendo” Progressão gradativa na afirmação de


um “eu” coletivo que traduz o amor à
Reação do Pátria e a fidelidade ao Rei.
homem “tremeu”
“Aqui ao leme sou mais do que eu:
do leme “Manda a Sou um Povo que quer o mar que é
vontade que teu;”
me ata ao leme”
ADAMASTOR O MOSTRENGO
Os Lusíadas Mensagem
• Descrito pormenorizadamente • Monstro voador imundo e grosso, que
com caraterísticas humanas- chia, vê, ouve e fala;
ameaçador e depois amargo por • Interroga e ameaça;
não ter sido correspondido com
Tétis; • O homem do leme assusta-se mas no
fim de tremer 3 vezes enfrenta-o ao
• Ameaça; apresentar-se como o representante
do POVO e da vontade de um rei
• Vasco da Gama sente medo anulação do mostrengo;
perante o discurso profético do
• Desaparece em resultado da atitude
Adamastor mas decide perguntar-
decidida do homem do leme, que
lhe (“quem és tu”) e ao toma consciência da missão que tem
identificar-se, ele sucumbe; de cumprir mas não se destrói
(aparece no penúltimo poema
• Desparece porque expõe a sua
“Antemanhã”) porque vê algo que
fraqueza e autodestrói-se. tem de ser cumprido, haja o que
houver
Poema Mar Português
• Estrutura interna:

• No poema destacam-se duas partes,


correspondendo às duas estrofes.

• 1ª estrofe _ ÉPICA esforço do povo


• 2ª estrofe_ LÍRICA reflexão sobre o esforço
O mar como princípio e fim de tudo
(circularidade)
A estrofe inicia-se e termina com uma apóstrofe,
Ó mar salgado (v.1) / ó mar (v.6).

ó marÓ mar
Diálogo eu/tu
Portugal (lágrimas de)

• Eu lírico Mar
Quem sofreu? Quantos(as)?
• Por te cruzarmos (...) Para que fosses nosso

• Mães choraram

• Filhos em vão rezaram

• Noivas ficaram por casar


Importância dos pontos de exclamação

 Revelam o tom épico

 Sofrimento causado pela conquista do mar


àqueles que ficavam em terra
Pergunta retórica

• Valeu a pena?

• RESPOSTA

(...)Tudo vale a pena


Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Lado contraditório do mar
• O mar tem «o perigo e o abismo».= sofrimento

• «Mas nele é que espelhou o céu.» =Absoluto-


sonho/glória

• O mar como espelho de Deus.


• Quem conquistar/conhecer o mar

• Chegará a Deus (absoluto, perfeição).


“(…)lágrimas de
saudade Portugal!”
Conquista da
glória
Aspeto
lírico Medo da “Para que fosses
“Deus ao mar o
perigo e o abismo
morte nosso ó mar!
de,/ Mas nele é
que espelhou o
céu.”
Angústia “Quem quer
passar além do
da Bojador/ Tem de
partida passar além da
dor.”
V Império
• Referência bíblica
• Conceito retomado por Bandarra, Pr. A. Vieira
e Fernando Pessoa
• Depois da Pérsia, Grécia, Roma, Carlos Magno

PORTUGAL
Um objetivo a alcançar…
• Estrutura interna:

1ªparte _estrofes 1 e 2 Lamento

2ªparte _ estrofe 3 Reflexão/incentivo

3ªparte _estrofes 4 e 5 Profecia


1ªparte
Triste de quem vive em casa
Contente com o seu lar,
Sem que um sonho (…)
Faça até mais rubra a brasa (…)

Triste de quem é feliz!


Vive porque a vida dura.
Sem o sonho, o homem apenas vegeta.
2ªparte _ Reflexão/incentivo
• A passagem inexorável do tempo:

(…)«Eras sobre eras se somem


No tempo que em eras vem.
Ser descontente é ser homem» (…)
• Em vez da calma e do conforto, é preconizado
o sonho, o risco, «a loucura», como forma de
encontrar o que verdadeiramente importa.
Se assim não for

• «Ter por vida a sepultura.»


• Conjuntivo com valor exortativo

(…)«Que as forças cegas se domem


Pela visão que a alma tem!» (…)
3ªparte: A profecia
(…)« A terra será teatro
Do dia claro, que no atro
Da erma noite começou. (…)

Grécia, Roma, Cristandade,


Europa _ os quatro se vão
Para onde vai toda a idade.» (…)
O advento do V Império
(…)«Quem vem viver a verdade
Que morreu D. Sebastião?»

Pergunta retórica
Antítese
Outros poemas…

• Srevo meu livro à beira mágoa


• Noite
• Tormenta
• Calma
• Antemanhã
Poema Nevoeiro
Portugal vivia num tempo de indefinição e
instabilidade depois do regicídio de D. Carlos e
do filho D. Luís.
1928- subida ao poder de Salazar, como
ministro das finanças, e das greves do
operariado.
 tempo de agonia, marasmo, e de declínio:
crise de identidade de Portugal.
Tom predominantemente disfórico
Estrutura
1ªestrofe: sextilha

2ª estrofe: sétima, composta de

3 versos + frase parentética+ 3 versos

3ª estrofe: verso monóstico


 Nem rei
 nem lei “Que é Portugal a entristecer-”

 nem paz
 nem guerra
 fulgor baço da terra
 brilho sem luz

 Ninguém sabe
 ninguém conhece
 nem o que é mal “Ó Portugal, hoje és nevoeiro…
 nem o que é bem
Tudo é incerto e derradeiro
Sombra
Tudo é disperso
Nada é inteiro
“(que ânsia distante perto chora?)”

Luz Angústia do presente


Esperança em que Portugal
renasça

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