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Casimiro de Abreu

NOME:Luisana Valerio
TURMA:204
Biografía
Casimiro José Marques de Abreu, nasceu em 4 de janeiro de
1839, em Barra de São João, no estado do Rio de Janeiro. Era
filho do comerciante português José Joaquim Marques e de
Luísa Joaquina das Neves. No entanto, seus pais nunca
viveram juntos. Portanto, ele era o que, naquele tempo,
chamava-se de “filho natural”, situação bastante complicada
se analisada pelos valores morais da época.
Na infância, viveu na Fazenda da Prata, propriedade herdada
do primeiro marido de sua mãe, que era viúva. O poeta teve
apenas educação primária e, entre 1849 e 1852, estudou no
Instituto Freese (Nova Friburgo), onde conheceu seu grande
amigo, o escritor Pedro Luiz Pereira de Souza (1839-1884).
Assim, em 1852, sem concluir o curso de Humanidades no
Freese, foi viver na cidade do Rio de Janeiro, onde, por
vontade do pai, trabalhou em um armazém de um amigo de
José Joaquim.
No ano seguinte, viajou com o pai para Portugal, onde iniciou sua carreira de escritor e
produziu a maior parte de sua obra. Sua peça de teatro Camões e o Jau foi encenada no
teatro D. Fernando em 1856, com sucesso. Nesse país, Casimiro de Abreu também
escreveu para o jornal A Ilustração Luso-Brasileira. No entanto, voltou ao Brasil em 1857,
quando escreveu para os periódicos A Marmota, O Espelho, Revista Popular e Correio
Mercantil, no qual conheceu os escritores Manuel Antônio de Almeida (1830-1861) e
Machado de Assis (1839-1908).

Morte
Em 1860, Casimiro de Abreu ficou noivo de Joaquina Alvarenga Silva Peixoto. Em abril foi
para Indaiaçu onde o pai se encontrava muito doente.
Com a morte do pai, Casimiro retorna para o Rio de Janeiro e sonha com um futuro
melhor ao lado da mãe, da irmã e de sua noiva.
Porém, sua doença se agrava e em julho, em busca de melhoras, foi para Nova Friburgo
tentar a cura da doença, mas não teve sucesso.
Casimiro de Abreu faleceu com apenas 21 anos de idade, na Fazenda Indaiaçu, no atual
município de Casimiro de Abreu, Rio de Janeiro, no dia 18 de outubro de 1860.
Obras
Casimiro morreu muito jovem e, portanto, publicou
somente uma obra de poesias intitulada As Primaveras
(1859). De seus poemas destacam-se:

Fora da Pátria, prosa (1855) Segredos, poesia (1857)


Meu Lar, poesia (1855) No Jardim, poesia (1857)
Minha Mãe, poesia (1855) Longe do Lar, prosa (1858)
Rosa Murcha, poesia (1855) Treze Cantos, poesia (1858)
Saudades, poesia (1856) Folha Negra, poesia (1858)
Suspiros, poesia (1856) No Leito (1858)
Camões e o Jau, teatro (1856) Primaveras, único livro
Carolina, romance (1856) publicado, poesias, (1859).
Camila, memórias (1856)
Meus Oito Anos, poesia (1857)
Obras Primas

As Primaveras – 1859 – é contida em três Livros:

I – primeiro livro – Canção do Exílio

II – segundo livro – Brasilianas Cânticos

III – terceiro livro – Livro Negro, Poesias Avulsas


Características literarias
Casimiro de Abreu é um escritor vinculado à
segunda geração romântica, ou
ultrarromantismo, que apresenta as seguintes
características:

Escapismo
Pessimismo
Saudosismo
Egocentrismo
Morbidez
Sofrimento amoroso
Exagero sentimental
Idealização da mulher e do amor
Sentimento de tédio e melancolia
Locus horrendus: descrição de “lugar
tempestuoso”
Além disso, a poesia do autor apresenta a
seguintes temáticas:
Nostalgia
Bucolismo
Religiosidade
Pressentimento da morte
Patriotismo
Enaltecimento da juventude

Seus poemas são marcados por:


Simplicidade
Versos regulares
Espontaneidade
Sentimentalismo
Melancolia
Mais Importantes

Livro Prosa Teatro


As Primaveras - único Carolina - romance (1856) Camões e o Jau -
livro publicado, poesias, Camila - memórias (1856) drama histórico (1856)
(1859). A virgem Loura - autografia
Crítica
Camóes E Jau CAMILA – é um conto incompleto cuja personagem
Peça dramática de um ato chama-se Camila

- Na primeira cena aparece Camões em um quarto CAROLINA –


pobre; acompanha-o um fiel servidor, o javanês PERSONAGENS:
Antonio. Carolina – donzela
- Febril, Camões monologa sobre o futuro glorioso que Fernando – vilão
espera Portugal. Durante certo tempo ele fica nesse Augusto – noivo
estado. De repente ao olhar através da janela ele vê que Augusto vai viajar durante dois anos pata ganhar
as caravelas de D. Sebastião vão descendo o Tejo em dinheiro.
busca da guerra da África. Ao contemplá-las muda o Fernando entra em cena para conquistar Carolina,
sentido desse monólogo: passa a ser de mau agouro e levando-a à prostituição.
pessimista. Camões previu o fracasso de Alcacerquibir. Augusto volta e se encontra com Fernando. Trocam
Resolve, num ímpeto, lançar ao fogo o manuscrito e os confidências. Vão a um bordel e lá encontram Carolina.
Lusíadas, no que foi impedido por Jau. Fernando morre ao vê-la, sente remorso.
- Época – 1578 – 1580. Augusto acha em seu bolso, depois, cartas de Carolina
- Casimiro cometeu um erro de tempo, pois os Lusíadas justificando-se.
já tinha sido publicado em 1572. Gênero: dramalhão passional
- Casimiro aproveitou-se de um mito sobre a vida de
Camões.
Características Da Poesia De Casimiro De Abreu
Casimiro de Abreu escreveu pouco, viveu pouco, mas tornou-se
um dos maiores “poetas românticos” e um dos mais populares do
Brasil, graças ao seu lirismo ingênuo de adolescente.
Simplicidade e pureza são as tônicas de suas poesias, razão pela
qual é considerado o mais ingênuo de nossos poetas.
A tendência romântica, também chamada de “Ultra Romantismo”
que se desenvolveu nas décadas de 1840 e 1850, recebeu muita
influência dos poetas europeus.

Casimiro de Abreu desenvolveu em sua obra os temas do


Romantismo: o amor, a saudade da infância, a tristeza da vida e a
saudade de sua pátria.
Também se deixou conduzir por outras preferências românticas
como Deus, natureza e morte.
O Livro As Primaveras
Um dos livros mais lidos de toda a poesia brasileira,
As primaveras de Casimiro de Abreu se dividem em
três partes de caráter bem distinto, que compõem um
desenho significativo.
A primeira, cujos poemas foram, na sua maioria,
escritos em Portugal, tem por núcleo temático o
sofrimento do exílio, de que decorre a evocação
saudosa e o louvor da pátria distante, na ausência
ou após o retorno.
A segunda é centrada nos temas galantes e
amorosos.
Já a terceira tem caráter menos definido,
consistindo numa coletânea variada que
recapitula as duas primeiras e termina por uma
seção intitulada O livro negro, dominada pela
premonição da morte.
O Poema Meus Oito Anos
O poema “Meus Oito Anos” faz parte do Livro I da coletânea “As
Primaveras”, publicada por Casimiro de Abreu em 1859, que
gira em torno da saudade da infância e da terra natal, a maior
parte delas escritas durante sua estada em Lisboa.
Neste poema, a infância é idealizada como um tempo e espaço
míticos, sendo reconhecido pela riqueza de detalhes visuais e
movimento. Foi por essa característica que o poema mereceu,
em 1956, um dos mais belos curtas-metragens do pioneiro
Humberto Mauro.
Sua estrutura consiste em redondilhas maiores, de sete sílabas,
sendo que a primeira e a última são idênticas quanto à forma e
conteúdo. As rimas são misturadas, ou seja, não possuem
esquema fixo, como propunha a norma clássica. Quanto à
posição na estrofe, são assonantes: vida/querida,
fagueiras/bananeiras, marcando assim toda a musicalidade no
poema.

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