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TRABALHO DE LITERATURA

Machado de
Assis
Antônio, Guilherme, Karoline e Luis – 2003

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Sumário

Introdução..........................................................................3

Biografia.............................................................................3

Obras..................................................................................4
Características das obras....................................................4

Principais obras.................................................................5

Dom Casmurro...................................................................6
Introdução........................................................................6

História............................................................................6

Temas Abordados em Dom Casmurro...................................7

Conclusão...........................................................................8

Referências.........................................................................9

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Introdução
Machado de Assis (1839-1908) foi um escritor brasileiro, um dos nomes mais
importantes da literatura brasileira do século XIX. Destacou-se principalmente no
romance e no conto, embora tenha escrito crônicas, poesias, crítica literária e peças de
teatro.

Biografia
Joaquim Maria Machado de Assis nasceu na Chácara do Livramento no Rio de
Janeiro, no dia 21 de junho de 1839. Foi o primeiro filho do mulato Francisco José de
Assis, um pintor e decorador de paredes, e da imigrante portuguesa Maria Leopoldina.

Machado de Assis passou sua infância e adolescência no bairro do Livramento. Seus


pais viviam na chácara do falecido senador Bento Barroso Pereira e sua mãe era a
protegida da dona da casa, D. Maria José Pereira.

Machado fez seus primeiros estudos na escola pública do bairro de São Cristóvão.
Tornou-se amigo do padre Silveira Sarmento, o ajudava nas missas e familiarizava-se
com o latim.

Quando tinha dez anos perdeu sua mãe. Seu pai resolveu sair da chácara e foi morar
em São Cristóvão com Maria Inês da Silva, só vindo a casar-se em 1854.

Sua madrasta trabalhava como doceira em uma escola e levava o enteado para assistir
algumas aulas. À noite, Machado ia para uma padaria, local onde aprendia francês com
o forneiro. À luz de velas, Machado lia tudo que passava em suas mãos e já escrevia
suas primeiras poesias.

Sem recursos para estudar, era autodidata, e com apenas 14 anos publicou o soneto "À
Ilma. Sra. D.P.J.A.", no Periódico dos Pobres, de 3 de outubro de 1854. Em 1855 seu
poema "Ela" é publicado na revista Marmota Fluminenses.

Fascinado por livraria e tipografia, em 1856 tornou-se aprendiz de tipógrafo na


tipografia Nacional. Dois anos depois, em 1858, já era revisor no Correio Mercantil e,
em 1860, redator do Diário do Rio de Janeiro, cargo que aceitou a convite de Quintino
Bocaiuva.

Machado escrevia para a revista O Espelho, a Semana Ilustrada e o Jornal das


Famílias. O primeiro livro que publicou foi a tradução de Queda que as mulheres têm
para os tolos. Em 1864, com 25 anos, publicou o seu primeiro livro de poesias,
Crisálidas.

Foi censor teatral, em 1862, e em 1867, foi promovido a ajudante do diretor de


publicação do Diário Oficial.

Em 1869, casou-se com Carolina Augusta Xavier de Novais, senhora portuguesa que
lhe ajudou na revisão dos livros e com quem esteve casado durante 35 anos.

Em 1872, publicou Ressurreição, o seu primeiro romance. Em 1873, torna-se primeiro


oficial da Secretaria de Estado do Ministério da Agricultura, Comércio e Obras Públicas.

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Continuou escrevendo em jornais e revistas. Seus escritos eram publicados em
folhetins, de seguida tornando-se livros. Foi o que aconteceu com uma de suas obras-
primas, Memórias Póstumas de Brás Cubas, publicado em livro 1881.

Entre 1881 e 1897, publicou crônicas na Gazeta de Notícias.

Com outros intelectuais, fundou, em 1896, a Academia Brasileira de Letras, tendo sido
presidente no ano seguinte.

Carolina foi a mulher ideal para Machado de Assis. Esgotado pelo intenso trabalho de
escritor e funcionário público, Machado sofria de epilepsia e a esposa ajudou-lhe não só
nas revisões como cuidando dele.

Sempre doente e para aumentar seu sofrimento, em outubro de 1904, morre sua
mulher, auxiliar e companheira. Em sua homenagem, Machado escreve o poema "A
Carolina".

Em 1908, licenciado das funções públicas, mesmo debilitado, escreveu seu último
romance “Memorial de Aires”.

No dia 29 de setembro de 1908, Machado de Assis faleceu na casa 18 da rua Cosme


Velho, no Rio de Janeiro, vítima de câncer.

Obras
Machado de Assis escreveu nove romances. Os primeiros – Ressurreição, A Mão e a
Luva, Helena e Iaiá Garcia -, apresentam alguns traços românticos na caracterização
dos personagens.

A partir de Memórias Póstumas de Brás Cubas, teve início sua fase propriamente
realista quando revelou seu incrível talento na análise do comportamento humano,
descobrindo, por trás dos atos bons e honestos, a vaidade, o egoísmo e a hipocrisia.

Características das Obras


1 – Personagens
São geralmente burgueses – classe dominante; procura desmascarar o “jogo” das
relações sociais; enfatiza o contraste entre aparência x essência; mostra-nos de maneira
impiedosa e enfatiza a vaidade, a futilidade, a hipocrisia, a inveja, o prazer carnal.

2 – Processo Narrativo
Há pouca ação e poucos fatos a serem apresentados. Os personagens envolvidos na
trama apresentam complexidade psicológica, ou seja, são personagens esféricos e o
narrador dialoga com o leitor, permitindo a este fazer reflexões sobre a obra, além de,
por vezes, a ordem cronológica da obra ser interrompida.

3 – Pessimismo
O pessimismo é indicado pela hipocrisia social. A imperfeição da humanidade mostra
que as causas nobres sempre ocultam interesses impuros.

4 – Linguagem

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As obras apresentam frases curtas e incisivas, repletas de humor e reflexão através de
frases irônicas e sugestivas, além de apresentar intertextualidade com obras
consagradas e perfeição gramatical. Cabe dizer, também, que suas obras apresentam
bastante metalinguagem, Machado utilizava a linguagem para explicar a própria
linguagem.

5 – Perfil Feminino
As personagens femininas são, geralmente, representadas como fortes, dominadoras,
sensuais, “dissimuladas”, ambíguas, astuciosas e, principalmente, adúlteras, o que
comprova a vulnerabilidade do amor.

Principais Obras
Peças de Teatro:
• Desencanto (1861); • Quase Ministro (1864);
• Queda que as mulheres têm; • Os Deuses de Casaca (1866);
pelos Tolos (1861); • Tu, Só Tu, Puro Amor (1881).

Poesias:
• Crisálidas (1864); • Americanas (1875);
• Falenas (1870); • Poesias Completas (1901).

Contos:
• Contos Fluminenses (1870); • Histórias sem Data (1884);
• Histórias da Meia-Noite (1873); • Páginas Recolhidas (1889);
• Papéis Avulsos (1882); • Várias Histórias (1896);
• O Alienista (1882); • Relíquias da Casa Velha (1906).

Romances:

• Ressurreição (1872); • Quincas Borba (1891);


• A Mão e a Luva (1874); • Dom Casmurro (1899);
• Helena (1876); • Esaú e Jacó (1904);
• Iaiá Garcia (1878); • Memorial de Aires (1908).
• Memórias Póstumas de Brás
Cubas (1881);

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Dom Casmurro
Introdução
Dom Casmurro é considerado pela crítica o terceiro romance da "Trilogia Realista" de
Machado de Assis. Seu protagonista é Bento Santiago, o narrador da história que,
contada em primeira pessoa, pretende "atar as duas pontas da vida",[2] ou seja, unir
relatos desde sua mocidade até os dias em que está escrevendo o livro. Entre esses dois
momentos, Bento escreve sobre suas reminiscências da juventude, sua vida
no seminário, seu caso com Capitu e o ciúme que advém desse relacionamento, que se
torna o enredo central da trama.

Ao longo dos anos, Dom Casmurro, com seus temas do ciúme, a ambiguidade de
Capitu, o retrato moral da época e o caráter do narrador, recebeu inúmeros estudos,
adaptações para outras mídias e interpretações no mundo inteiro: desde psicológicas e
psicanalíticas na crítica literária dos anos 30 e dos anos 40, passando pela crítica
literária feminista na década de 1970, até sociológicas da década de 1980, e adiante.

História
O romance inicia-se numa situação posterior a todos os seus acontecimentos. Bento
Santiago, já um homem de idade, conta ao leitor como recebeu a alcunha de Dom
Casmurro. A expressão fora inventada por um jovem poeta, que tentara ler para ele no
trem alguns de seus versos. Como Bento cochilara durante a leitura, o rapaz ficou
chateado e começou a chamá-lo daquela forma.

O narrador inicia então o projeto de rememorar sua existência, o que ele chama de
“atar as duas pontas da vida”. O leitor é apresentado à infância de Bentinho, quando ele
vivia com a família num casarão da rua de Matacavalos.

O primeiro fato relevante narrado é também seu primeiro motivo de preocupação.


Bentinho escuta uma conversa entre José Dias e dona Glória: ela pretende mandá-lo ao
seminário no cumprimento de uma promessa feita pouco antes de seu nascimento. A
mãe, que já havia perdido um filho, prometera que, se o segundo filho nascesse “varão”,
ela faria dele padre. Na conversa, dona Glória soubera da amizade estreita entre o
menino e a filha de Pádua, Capitolina.

Bentinho fica furioso com José Dias, que o denunciara, e expõe a situação a Capitu. A
menina ouve tudo com atenção e começa a arquitetar uma maneira de Bentinho escapar
do seminário, mas todos os seus planos fracassam. O garoto segue para o seminário,
mas, antes de partir, sela, com um beijo em Capitu, a promessa de que se casaria com
ela.

No seminário, Bentinho conhece Ezequiel de Souza Escobar, que se torna seu melhor
amigo. Em uma visita a sua família, Bentinho leva Escobar e Capitu o conhece.

Enquanto Bentinho estuda para se tornar padre, Capitu estreita relações com dona
Glória, que passa a ver com bons olhos a relação do filho com a garota. Dona Glória
ainda não sabe, contudo, como resolver o problema da promessa e pensa em consultar o
papa. Escobar é quem encontra a solução: a mãe, em desespero, prometera a Deus um

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sacerdote que não precisava, necessariamente, ser Bentinho. Por isso, no lugar dele, um
escravo é enviado ao seminário e ordena-se padre.

Bentinho vai estudar direito no Largo de São Francisco, em São Paulo. Quando conclui
os estudos, torna-se o doutor Bento de Albuquerque Santiago. Ocorre então o casamento
tão esperado entre Bento e Capitu. Escobar, por seu lado, casara-se com Sancha, uma
antiga amiga de colégio de Capitu. Capitu e Bentinho formam um “duo afinadíssimo”.

Essa felicidade, entretanto, começa a ser ameaçada com a demora do casal em ter um
filho. Escobar e Sancha não encontram a mesma dificuldade: têm uma bela menina, a
quem colocam o nome de Capitolina.

Depois de alguns anos, Capitu finalmente tem um filho, e o casal pode retribuir a
homenagem que Escobar e Sancha lhe haviam prestado: o filho é batizado com o nome
de Ezequiel.

Os casais passam a conviver intensamente. Bento vê uma semelhança terrível entre o


pequeno Ezequiel e seu amigo Escobar, que, numa de suas aventuras na praia – o
personagem era excelente nadador -, morre afogado.

Bento enxerga no filho a figura do amigo falecido e fica convencido de que fora traído
pela mulher. Resolve suicidar-se bebendo uma xícara de café envenenado. Quando
Ezequiel entra em seu escritório, decide matar a criança, mas desiste no último
momento. Diz ao garoto, então, que não é seu pai. Capitu escuta tudo e lamenta-se pelo
ciúme de Bentinho, que, segundo ela, fora despertado pela casualidade da semelhança.

Após inúmeras discussões, o casal decide separar-se. Arruma-se uma viagem para a
Europa com o intuito de encobrir a nova situação, que levantaria muita polêmica. O
protagonista retorna sozinho ao Brasil e se torna, pouco a pouco, o amargo Dom
Casmurro. Capitu morre no exterior e Ezequiel tenta reatar relações com ele, mas a
semelhança extrema com Escobar faz com que Bento Santiago o rejeite novamente. O
destino de Ezequiel é infeliz: ele morre de febre tifóide durante uma pesquisa
arqueológica em Jerusalém.

Triste e nostálgico, o narrador constrói uma casa que imita sua casa de infância, na
rua de Matacavalos. O próprio livro é também uma tentativa de recuperar o sentido de
sua vida. No fim, o narrador parece menosprezar um pouco a própria criação. Convence-
se de que o melhor a fazer agora é escrever outra obra sobre “a história dos subúrbios”.

Temas Abordados em Dom Casmurro


A obra contempla as seguintes temáticas:

• Adultério; • Corrupção humana;


• Amizade; • Estilo de vida burguês;
• Amor romântico; • Hipocrisia;
• Ciúme; • Jogo de interesses;

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Conclusão
Machado de Assis não foi um mero escritor, ele foi um dos maiores nomes da literatura
brasileira, tendo uma de suas obras como marco inicial de um dos movimentos literários
mais importantes da história da literatura brasileira.

Atualmente, Machado de Assis é visto como um escritor brasileiro de obras sem


precedentes, nas quais se encontram notáveis e significativas inovações literárias e
audácia em temas sociais de sua época.

Suas obras foram de extrema importância para as escolas literárias brasileiras dos
séculos XIX e XX e, atualmente, se mantêm como um grande interesse acadêmico e
público para entender não só o Brasil como também o mundo.

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Referências

Ebiografia

Guia do estudante

SOUZA, Warley. "Dom Casmurro"; Brasil Escola. Disponível em:


https://brasilescola.uol.com.br/literatura/dom-casmurro.htm.

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