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Aos 15 anos, em busca de um emprego, ele conheceu Francisco de Paula Brito, que era
dono da livraria e do jornal da cidade, e em 12 de fevereiro de 1855 a ‘Marmota
Fluminense’ publicou o poema “Ela”, de Machado de Assis:
Daí em diante, ele não parou mais de escrever na Marmota e de fazer amizades com os
políticos e literatos, frequentadores da livraria, onde o assunto principal era a poesia. Em
1856 tornou-se aprendiz de tipógrafo na tipografia Nacional, mas não era um dos melhores
funcionários. O diretor da Imprensa Oficial resolveu apresentar ele aos jornalistas Francisco
Otaviano, Pedro Luís e Quintino Bocaiúva, para incentivá-lo a ser um empregado mais
aplicado. Otaviano e Pedro Luís dirigiam o Correio Mercantil, onde Machado começou a
trabalhar, em 1858, como revisor de provas. Ele estreou como crítico teatral na revista “O
Espelho”.
Em 1860, ele foi chamado por Bocaiúva para trabalhar no “Diário do Rio de Janeiro”, quando
tornou-se representante do jornal no senado, além de continuar escrevendo os principais
textos do jornal e mantendo uma coluna de crítica literária.
Em 1864, Machado de Assis publicou seu primeiro livro de poemas, Crisálidas, que se
tratava de uma coletânea de suas poesias. Ele dedicou o livro a seus pais biológicos. Em
1867 foi condecorado pelo Imperador como Cavaleiro da Ordem da Rosa, por seus serviços
à língua nacional. No dia 8 de abril, ele foi promovido a ajudante do diretor do Diário Oficial,
quando iniciou sua “carreira burocrática"
Em 1868 ele conheceu Carolina Xavier de Novais, irmã do poeta português Faustino Xavier
de Novais, que lhe apresentou aos clássicos lusitanos. em 12 de novembro de 1869,
Joaquim e Carolina se casaram, porém não tiveram filhos.
O primeiro livro de contos de Machado de Assis, Contos Fluminenses (1870) e seu primeiro
romance, Ressurreição (1872), sedimentaram a imagem de um escritor que usava muito
bem a língua portuguesa e que preferia os relatos psicológicos às narrativas de ação
constante.
Machado de Assis se impôs, antes mesmo de ter publicado suas obras-primas, como a
maior expressão da literatura brasileira e, sem muita dificuldade, em 1896, fundou com
outros intelectuais, a Academia Brasileira de Letras.
Nomeado para a cadeira n.º 23, tornou-se, em 1897, seu primeiro presidente, cargo que
ocupou até sua morte.
Machado de Assis teve uma carreira literária ininterrupta, produziu de 1855 a 1908.
Escreveu poesias, romances, contos, crônicas, críticas e peças de teatro. O ponto alto de sua
produção literária é o romance e o conto, onde se observa duas fases:
A primeira fase das obras de Machado de Assis apresenta-se presa a algum aspecto do
“Romantismo”, com uma história cheia de mistérios, com final feliz ou trágico e uma
narrativa linear.
Apresenta também traços inovadores, como uma linguagem menos descritiva, menos
adjetivada e sem o exagero sentimental. As personagens têm um comportamento não só
movido pelo amor, mas também pela ambição e pelo interesse. São dessa fase os
romances:
● Ressurreição (1872)
● A Mão e a Luva (1874)
● Helena (1876)
● Iaiá Garcia (1878)
A segunda fase das obras de Machado de Assis inicia-se com Memórias Póstumas de Brás
Cubas (1881), onde retrata a miséria humana, indo até seu último romance, “Memorial de
Aires” (1908) - o livro da saudade, escrito após a morte de Carolina.
É nesse período que se encontram suas mais ricas criações literárias. Diferente de tudo
quanto havia sido escrito no Brasil, Machado inaugura o “Realismo”.
À Carolina
FONTE: https://www.ebiografia.com/machado_assis/