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SECRETARIA DA EDUCAÇÃO RECUPERAÇÃO PARALELA PARCIAL

Disciplina PORTUGUÊS Nota

Professor (a)
Aluno (a)
ROSE Data

/
Turma
/
AeB

✓ DATA: 03 de abril de 2023.
✓ ASSUNTO: TD de Revisão (valendo a Recuperação Paralela)
✓ INSTRUÇÕES:
A Atividade de Revisão e de Recuperação terá duas etapas:
Etapa 1: ler e analisar as questões no TD; Etapa 2: registrar APENAS as respostas do TD pelo GOOGLE FORMULÁRIOS ( o link no
grupo) Muito cuidado, a ordem dos itens está ALTERADA. Essa será a ÚNICA FORMA de receber as respostas. ATENÇÃO: o
formulário só ficará ABERTO durante o horário da aula de Português, depois desse horário ele será bloqueado e NÃO SERÁ MAIS
POSSÍVEL RECEBER RESPOSTAS.

QUESTÃO 1___________________________________________________________________
NEGRINHA
Negrinha era uma pobre órfã de sete anos. Preta? Não; fusca, mulatinha escura, de cabelos ruços e olhos
assustados. Nascera na senzala, de mãe escrava, e seus primeiros anos vivera-os pelos cantos escuros da cozinha, sobre
velha esteira e trapos imundos. Sempre escondida, que a patroa não gostava de crianças. Excelente senhora, a patroa.
Gorda, rica, dona do mundo, amimada dos padres, com lugar certo na igreja e camarote de luxo reservado no céu.
Entaladas as banhas no trono (uma cadeira de balanço na sala de jantar), ali bordava, recebia as amigas e o vigário, dando
audiências, discutindo o tempo. Uma virtuosa senhora em suma – “dama de grandes virtudes apostólicas, esteio da religião
e da moral”, dizia o reverendo. Ótima, a dona Inácia. Mas não admitia choro de criança. Ai! Punha-lhe os nervos em carne
viva.[...]
A excelente dona Inácia era mestra na arte de judiar de crianças. Vinha da escravidão, fora senhora de escravos –
e daquelas ferozes, amigas de ouvir cantar o bolo e estalar o bacalhau. Nunca se afizera ao regime novo – essa indecência
de negro igual.
LOBATO, M. Negrinha. In: MORICONE, I. Os cem melhores contos brasileiros do século.Rio de Janeiro: Objetiva, 2000 (fragmento)

A narrativa focaliza um momento histórico-social de valores contraditórios. Essa contradição infere-se, no


contexto, pela

A. falta de aproximação entre a menina e a senhora, preocupada com as amigas.


B. receptividade da senhora para com os padres, mas deselegante para com as beatas.
C. ironia do padre a respeito da senhora, que era perversa com as crianças.
D. resistência da senhora em aceitar a liberdade dos negros, evidenciada no final do texto.
E. rejeição aos criados por parte da senhora, que preferia tratá-los com castigos.

QUESTÃO 2___________________________________________________________________
Texto I
Eu amo a rua. Esse sentimento de natureza toda íntima não vos seria revelado por mim se não julgasse, e
razões não tivesse para julgar, que este amor assim absoluto e assim exagerado é partilhado por todos vós. Nós somos
irmãos, nós nos sentimos parecidos e iguais; nas cidades, nas aldeias, nos povoados, não porque soframos, com a dor e os
desprazeres, a lei e a polícia, mas porque nos une, nivela e agremia o amor da rua. É este mesmo o sentimento
imperturbável e indissolúvel, o único que, como a própria vida, resiste às idades e às épocas.
RIO, J. A rua. In: A alma encantadora das ruas. São Paulo: Companhia das Letras, 2008 (fragmento).
Texto II
A rua dava-lhe uma força de fisionomia, mais consciência dela. Como se sentia estar no seu reino, na região
em que era rainha e imperatriz. O olhar cobiçoso dos homens e de inveja das mulheres acabavam o sentimento de sua
personalidade, exaltavam-no até. Dirigiu-se para a rua do Catete com o seu passo miúdo e sólido. [...] No caminho trocou
cumprimento com as raparigas pobres de uma casa de cômodos da vizinhança.
[...] E debaixo dos olhares maravilhados das pobres raparigas, ela continuou o seu caminho, arrepanhando a
saia, satisfeita que nem uma duquesa atravessando os seus domínios.
BARRETO, L. Um e outro. In: Clara dos anjos. Rio de Janeiro: Editora Mérito (fragmento).

A experiência urbana é um tema recorrente em crônicas, contos e romances do final do século XIX e início do XX,
muitos dos quais elegem a rua para explorar essa experiência. Nos fragmentos I e II, a rua é vista, respectivamente,
como lugar que

A. desperta sensações contraditórias e desejo de reconhecimento.


B. favorece o cultivo da intimidade e a exposição dos dotes físicos.
C. possibilita vínculos pessoais duradouros e encontros casuais.
D. propicia o sentido de comunidade e a exibição pessoal.
E. promove o anonimato e a segregação social.
QUESTÃO 3___________________________________________________________________
TEXTO I
Versos de amor
A um poeta erótico

Oposto ideal ao meu ideal conservas.


Diverso é, pois, o ponto outro de vista
Consoante o qual, observo o amor, do egoísta
Modo de ver, consoante o qual, o observas.

Porque o amor, tal como eu o estou amando,


É espírito, é éter, é substância fluída,
É assim como o ar que a gente pega e cuida,
Cuida, entretanto, não o estar pegando!

É a transubstanciação de instintos rudes,


Imponderabilíssima, e impalpável,
Que anda acima da carne miserável
Como anda a garça acima dos açudes!
ANJOS, A. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1996 (fragmento).

TEXTO II
Arte de amar
Se queres sentir a felicidade de amar, esquece a tua alma.
A alma é que estraga o amor.
Só em Deus ela pode encontrar satisfação.
Não noutra alma.
Só em Deus — ou fora do mundo.
As almas são incomunicáveis.
Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo.
Porque os corpos se entendem, mas as almas não.
BANDEIRA, M. Estrela da vida inteira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1993.

Os Textos I e II apresentam diferentes pontos de vista sobre o tema amor. Apesar disso, ambos definem esse
sentimento a partir da oposição entre

A. satisfação e insatisfação.
B. egoísmo e generosidade.
C. felicidade e sofrimento.
D. corpo e espírito.
E. ideal e real.

QUESTÃO 4___________________________________________________________________
PSICOLOGIA DE UM VENCIDO
Eu, filho do carbono e do amoníaco,
Monstro de escuridão e rutilância,
Sofro, desde a epigênesis da infância,
A influência má dos signos do zodíaco

Profundissimamente hipocondríaco,
Este ambiente me causa repugnância...
Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia
Que se escapa da boca de um cardíaco.

Já o verme — este operário das ruínas —


Que o sangue podre das carnificinas
Come, e à vida em geral declara guerra,

Anda a espreitar meus olhos para roê-los,


E há de deixar-me apenas os cabelos,
Na frialdade inorgânica da terra!
ANJOS, A. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994

A poesia de Augusto dos Anjos revela aspectos de uma literatura de transição designada como pré-modernista.
Com relação à poética e à abordagem temática presentes no soneto, identificam-se marcas dessa literatura de
transição, como
A. a forma do soneto, os versos metrificados, a presença de rimas e o vocabulário requintado, além do ceticismo, que
antecipam conceitos estéticos vigentes no Modernismo.
B. o empenho do eu lírico pelo resgate da poesia simbolista, manifesta em metáforas como “Monstro de escuridão e
rutilância" e "influência má dos signos do zodíaco”.
C. a seleção lexical emprestada ao cientificismo, como se lê em “carbono e amoníaco”, “epigênesis da infância” e “frialdade
inorgânica”, que restitui a visão naturalista do homem.
D. a manutenção de elementos formais vinculados à estética do Parnasianismo e do Simbolismo, dimensionada pela
inovação na expressividade poética, e o desconcerto existencial.
E. a ênfase no processo de construção de uma poesia descritiva e ao mesmo tempo filosófica, que incorpora valores morais
e científicos mais tarde renovados pelos modernistas

QUESTÃO 5___________________________________________________________________
Desde dezoito anos que o tal patriotismo lhe absorvia e por ele fizera a tolice de estudar inutilidades. Que lhe
importavam os rios? Eram grandes? Pois que fossem... Em que lhe contribuiria para a felicidade saber o nome dos heróis
do Brasil? Em nada... O importante é que ele tivesse sido feliz. Foi? Não. Lembrou-se das coisas do tupi, do folklore, das
suas tentativas agrícolas... Restava disso tudo em sua alma uma satisfação? Nenhuma! Nenhuma!
O tupi encontrou a incredulidade geral, o riso, a mofa, o escárnio; e levou-o à loucura. Uma decepção. E a agricultura?
Nada. As terras não eram ferazes e ela não era fácil como diziam os livros. Outra decepção. E, quando o seu patriotismo se
fizera combatente, o que achara? Decepções. Onde estava a doçura de nossa gente? Pois ele não a viu combater como
feras? Pois não a via matar prisioneiros, inúmeros? Outra decepção. A sua vida era uma decepção, uma série, melhor,
um encadeamento de decepções.
A pátria que quisera ter era um mito; um fantasma criado por ele no silêncio de seu gabinete.
BARRETO, L. Triste fim de Policarpo Quaresma. Disponível em: www.dominiopublico.gov.br.Acesso em: 8 nov. 2011.

O romance Triste fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto, foi publicado em 1911. No fragmento destacado, a
reação do personagem aos desdobramentos de suas iniciativas patrióticas evidencia que

A. a dedicação de Policarpo Quaresma ao conhecimento da natureza brasileira levou-o a estudar inutilidades, mas
possibilitou-lhe uma visão mais ampla do país.
B. a curiosidade em relação aos heróis da pátria levou-o ao ideal de prosperidade e democracia que o personagem
encontra no contexto republicano.
C. a construção de uma pátria a partir de elementos míticos, como a cordialidade do povo, a riqueza do solo e a pureza
linguística, conduz à frustração ideológica.
D. a propensão do brasileiro ao riso, ao escárnio, justifica a reação de decepção e desistência de Policarpo Quaresma, que
prefere resguardar-se em seu gabinete.
E. a certeza da fertilidade da terra e da produção agrícola incondicional faz parte de um projeto ideológico salvacionista, tal
como foi difundido na época do autor.

QUESTÃO 6___________________________________________________________________
Diante do número de óbitos provocados pela gripe H1N1 – gripe suína – no Brasil, em 2009, o Ministro da Saúde
fez um pronunciamento público na TV e no rádio. Seu objetivo era esclarecer a população e as autoridades locais sobre a
necessidade do adiamento do retorno às aulas, em agosto, para que se evitassem a aglomeração de pessoas e a
propagação do vírus.

Fazendo uso da norma padrão da língua, que se pauta pela correção gramatical, seria CORRETO o Ministro ler,
em seu pronunciamento, o seguinte trecho:

A. Diante da gravidade da situação e do risco de que nos expomos, há a necessidade de se evitar aglomerações de
pessoas, para que se possa conter o avanço da epidemia.
B. Diante da gravidade da situação e do risco a que nos expomos, há a necessidade de se evitarem aglomerações de
pessoas, para que se possam conter o avanço da epidemia.
C. Diante da gravidade da situação e do risco a que nos expomos, há a necessidade de se evitarem aglomerações de
pessoas, para que se possa conter o avanço da epidemia.
D. Diante da gravidade da situação e do risco os quais nos expomos, há a necessidade de se evitar aglomerações de
pessoas, para que se possa conter o avanço da epidemia.
E. Diante da gravidade da situação e do risco com que nos expomos, tem a necessidade de se evitarem aglomerações de
pessoas, para que se possa conter o avanço da epidemia.

QUESTÃO 7___________________________________________________________________
Nenhuma dessas coisas preocupava Natividade. Mais depressa cuidaria do baile da Ilha Fiscal, que se realizou em
novembro para honrar os oficiais chilenos. Não é que ainda dançasse, mas sabia-lhe bem ver dançar os outros, e tinha
agora a opinião de que a dança é um prazer dos olhos. Esta opinião é um dos efeitos daquele mau costume de envelhecer.
Não pegues tal costume, leitora. Há outros também ruins, nenhum pior, este é o péssimo. Deixa lá dizerem filósofos que a
velhice é um estado útil pela experiência e outras vantagens. Não envelheças, amiga minha, por mais que os anos te
convidem a deixar a primavera; quando muito, aceita o estio. O estio é bom, cálido, as noites são breves, é certo, mas as
madrugadas não trazem neblina, e o céu aparece logo azul. Assim dançarás sempre.
Bem sei que há gente para quem a dança é antes um prazer dos olhos. Nem as bailadeiras são outra coisa mais que
mulheres de ofício. Também eu, se é lícito citar alguém a si mesmo, também eu acho que a dança é antes prazer dos olhos
que dos pés, e a razão não é só dos anos longos e grisalhos, mas também outra que não digo, por não valer a pena. Ao
cabo, não estou contando a minha vida, nem as minhas opiniões, nem nada que não seja das pessoas que entram no livro.
Estas é que preciso por aqui integralmente com as suas virtudes e imperfeições, se as têm. Entende-se isto, sem ser
preciso notá-lo, mas não se perde nada em repeti-lo.
ASSIS, Machado. Esaú e Jacó.

I. Em “Não pegues tal costume, leitora”, o verbo “pegues” concorda com o sujeito “leitora”.
II. Em “aceita o estio”, o verbo “aceita” concorda com o termo “primavera”.
III. Em “Assim dançarás sempre” o verbo aponta para um sujeito indeterminado.
IV. Os termos “bom” e “cálido” são predicativos do sujeito e concordam com “o estio” o termo “breves” é
predicativo do sujeito e concorda com “as noites”.

Está(ão) CORRETA(S) a(s) alternativa(s):

A. I e II, apenas.
B. I, II e IV, apenas.
C. II e III, apenas.
D. IV, apenas.
E. I, apenas.

QUESTÃO 8___________________________________________________________________
Leia o poema abaixo.

Inania verba
Ah! quem há de exprimir, alma impotente e escrava,
O que a boca não diz, o que a mão não escreve?
− Ardes, sangras, pregada à tua cruz, e, em breve,
Olhas, desfeito em lodo, o que te deslumbrava...

O Pensamento ferve, e é um turbilhão de lava:


A Forma, fria e espessa, é um sepulcro de neve...
E a Palavra pesada abafa a Ideia leve,
Que, perfume e clarão, refulgia e voava.

Quem o molde achará para a expressão de tudo?


Ai! quem há de dizer as ânsias infinitas
Do sonho? e o céu que foge à mão que se levanta?

E a ira muda? e o asco mudo? e o desespero mudo?


E as palavras de fé que nunca foram ditas?
E as confissões de amor que morrem na garganta?!
Olavo Bilac

A respeito da construção morfossintática do poema e das relações semântico-discursivas que dela


decorrem, assinale a alternativa CORRETA.

A. No primeiro terceto, o verbo "achará" concorda corretamente com seu sujeito "o molde".
B. No primeiro quarteto, os verbos na segunda pessoa do singular identificam o interlocutor do eu lírico, a "alma impotente e
escrava".
C. No segundo terceto, as formas verbais "foram" e "morrem" concordam, correta e respectivamente, com "fé" e "amor".
D. Na primeira estrofe, a forma "pregada" concorda corretamente com o substantivo "boca", do segundo verso.
E. Na segunda estrofe, o adjetivo "leve" concorda, corretamente, tanto com o substantivo "Palavra", quanto com "Ideia".

QUESTÃO 9___________________________________________________________________
Assinale a alternativa totalmente CORRETA com relação à concordância nominal.

A. Os tribunais, salvos exceções honrosas, reproduziam todos os defeitos do sistema.


B. A moça aguardava com inteligência curta os sentidos alertas.
C. A generosidade, o esforço e o amor, ensinaste-as tu em toda a sua sublimidade.
D. Era como se a substância não fosse já um crime de leso-gosto e leso-seriedade.
E. Parou um momento e, olhando para um e outro lados, endireitou a carreira.

QUESTÃO 10___________________________________________________________________
Um estabelecimento comercial que quisesse anunciar seu horário de funcionamento, tanto por números
quanto por extenso, deveria confeccionar o seguinte anúncio:
A. Abrimos 7h30 (sete e meia) e fechamos 12h30 (meio-dia e meia) para o almoço.
B. Abrimos 7h30 (sete e meias) e fechamos 12h30 (meio-dia e meia) para o almoço.
C. Abrimos 7h30 (sete e meia) e fechamos 12h30 (meio-dia e meio) para o almoço.
D. Abrimos 7h30 (sete e meio) e fechamos 12h30 (meio-dia e meia) para o almoço.
E. Abrimos 7h30 (sete e meia) e fechamos 12h30 (meio-dia e meios) para o almoço.

QUESTÃO 11___________________________________________________________________
Leia a seguir um trecho extraído do romance Triste fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto, para responder à questão.

[...] o Major Quaresma, de cabeça baixa, com pequenos passos de boi de carro, subia a rua, tendo debaixo do
braço um violão impudico.
É verdade que a guitarra vinha decentemente embrulhada em papel, mas o vestuário não lhe escondia inteiramente
as formas. À vista de tão escandaloso fato, a consideração e o respeito que o Major Policarpo Quaresma merecia nos
arredores de sua casa diminuíram um pouco. Estava perdido, maluco, diziam. Ele, porém, continuou serenamente nos seus
estudos, mesmo porque não percebeu essa diminuição.
[...]
– Policarpo, você precisa tomar juízo. Um homem de idade, com posição, respeitável, como você é, andar metido
com esse seresteiro, um quase capadócio – não é bonito!
O major descansou o chapéu de sol – um antigo chapéu de sol, com a haste inteiramente de madeira, e um cabo de
volta, incrustado de pequenos losangos de madrepérola – e respondeu:
– Mas você está muito enganada, mana. É preconceito supor-se que todo o homem que toca violão é um
desclassificado. A modinha é a mais genuína expressão da poesia nacional e o violão é o instrumento que ela pede. Nós é
que temos abandonado o gênero, mas ele já esteve em honra, em Lisboa, no século passado, com o Padre Caldas, que
teve um auditório de fidalgas. Beckford, um inglês, muito o elogia.
LIMA BARRETO, A. H. de. Triste fim de Policarpo Quaresma. São Paulo: Ateliê Editorial, 2001. p. 23-24.

Sobre o que Lima Barreto expõe acerca da contradição entre a cultura socialmente prestigiada e a cultura
popular neste trecho do romance Triste fim de Policarpo Quaresma, NÃO é correto afirmar que:

A. Policarpo discute com a irmã por causa de um violão.


B. a reação dos vizinhos e da irmã de Policarpo Quaresma evidencia o preconceito em relação à cultura genuinamente
nacional: o violão, a modinha e o
seresteiro são desprezados.
C. Policarpo é malvisto porque, ao adotar e divulgar o gosto popular, destoa da classe social a que pertence, cuja
superioridade é reforçada pela adoção de comportamentos europeizados.
D. a divisão social do gosto artístico, que se percebe no trecho do romance lido, indica o início da expressão de
interesses e perspectivas de setores sociais de maior prestígio.
E. o texto de Lima Barreto chama a atenção para a propagação da modinha, um gênero musical que, assim como as
serestas, o maxixe, o lundu e o samba, alcançou grande prestígio nas camadas populares.

QUESTÃO 12___________________________________________________________________
Analise as afirmações.

I. O Pré-Modernismo não é propriamente uma escola literária; é um movimento eclético em nossa literatura,
que reúne um conjunto de autores que receberam influências de diversos outros períodos.
II. As datas que marcam o início e o fim do Pré-Modernismo são 1902, ano em que foi publicada a obra Os
sertões, de Euclides da Cunha, e 1922, com a realização da Semana de Arte Moderna.
III. Os principais temas da produção literária do Pré-Modernismo são os de cunho social.

É (são) verdadeira(s):

A. I, apenas.
B. I e II, apenas.
C. I e III, apenas.
D. II e III, apenas.
E. I, II e III.

QUESTÃO 13___________________________________________________________________
Por não se tratar de uma _____ literária, mas sim de um período de transição, não são todas as características do
_____ que estão presentes nas obras dos escritores desse período. Cada escritor tem um _____ próprio e as próprias
temáticas de destaque.

Qual alternativa contém as opções para completar CORRETAMENTE as lacunas?

A. estética / Modernismo / linguajar.


B. estética / Simbolismo / estilo.
C. proposta / Parnasianismo / contexto.
D. escola / Pré-Modernismo / estilo.
E. proposta / Pré-Modernismo / princípios.

QUESTÃO 14___________________________________________________________________
Sobre o Pré-Modernismo, é CORRETO dizer que:

A. expunha a realidade social brasileira, mas manteve uma linguagem rebuscada herdada do Parnasianismo.
B. retrata fatos políticos, situação econômica e social contemporâneos, diminuindo a distância entre realidade e
ficção.
C. sofreu influência de correntes de vanguardas europeias.
D. a poesia do período é marcada pelo gosto documental naturalista e pelo uso de uma linguagem ornamentada.
E. foi um período de intensa movimentação literária que marcou a transição entre o Realismo e o Modernismo.

QUESTÃO 15___________________________________________________________________
Texto para a questão.

Assim se apresentou o Conselheiro, em 1876, na vila do Itapicuru de Cima. Já tinha grande renome.
Di-lo documento expressivo publicado aquele ano, na Capital do Império.
“Apareceu no norte um indivíduo que se diz chamar Antônio Conselheiro, e que exerce grande influência no espírito das
classes populares, servindo-se de seu exterior misterioso e costumes ascéticos, com que impõe à ignorância e à
simplicidade.
Deixou crescer a barba e cabelos, veste uma túnica de algodão e alimenta-se tenuemente, sendo quase uma múmia.
Acompanhado de duas professas, vive a rezar terços e ladainhas e a pregar e a dar conselhos às multidões, que reúne,
onde lhe permite os párocos; e, movendo sentimentos religiosos, vai arrebanhando o povo e guiando-o a seu gosto. Revela
ser homem inteligente, mas sem cultura.”
CUNHA, Euclides da. Os sertões. Coleção Os grandes Clássicos. São Paulo: Circulo do Livro, 1979.p 218-219.

Considerando que o texto transcrito é um documento publicado na capital do Império sobre Antônio Conselheiro,
segundo Euclides da Cunha, acerca da passagem “... e, movendo sentimentos religiosos, vai arrebanhando o povo
e guiando-o a seu gosto” pode-se inferir que o processo histórico vivido pelas sociedades humanas é quase
sempre traduzido ou revelado pelo(a)(s):

A. respeito total do governo a manifestações populares.


B. identificação cultural satisfatória entre governo e povo.
C. linguagem da supremacia, revelada com ironia.
D. discurso dos mandatários, de teor técnico e impessoal.
E. documentos éticos marcantes em defesa dos não esclarecidos.

QUESTÃO 16___________________________________________________________________
Assinale a alternativa CORRETA, segundo as regras da norma culta do português, quanto à
concordância verbal:

A. 90% dos entrevistados aprovam a resolução.


B. 2% do eleitorado não sabem em quem votar.
C. 1% dos alunos faltou ao exame.
D. 32% quer a retirada dos barracos já.
E. 1% conhecem a região profundamente.

QUESTÃO 17___________________________________________________________________
Se o sujeito é exercido por termo composto por expressões como "a maior parte de", por exemplo, e um
nome no plural, então o verbo:

A. irá sempre para o plural, concordando com o nome.


B. irá sempre para o singular, concordando com "parte".
C. pode ir para o plural apenas se for anteposto ao sujeito.
D. pode ir para o plural ou para o singular.
E. irá sempre para o plural se for posposto ao sujeito.

QUESTÃO 18___________________________________________________________________
Leia o trecho abaixo.

Aos __________ passos que dera sobre o tapete, onde seus grandes pés, afeitos por toda vida à independência do
chinelo e do tamanco, se __________ como um par de tartarugas, sentiu logo o suor dos grandes apuros inundar-lhe o
corpo e correr-lhe em bagada __________ fronte e pelo pescoço, nem que se o desgraçado acabasse de vencer naquele
instante uma légua de carreira ao sol. As suas mãos vermelhas e redondas gotejavam, e ele não sabia o que fazer
__________, depois que o Barão, muito solícito, lhe tomou o chapéu e o guarda-chuva.
No trecho acima, há lacunas de palavras que foram retiradas. Assinale a alternativa que contenha a
sequência CORRETA, na ordem em que as lacunas aparecem, das palavras que podem completá-las.

A. primeiro - destacava - pela - dele.


B. primeiro - destacavam - pelo - dela.
C. primeiros - distinguia - pela - deles.
D. primeiros - destacavam - pela - delas.
E. novos - distinguiam - pelo - delas.

QUESTÃO 19___________________________________________________________________

I. Em discurso direto, quanto à concordância, a primeira fala da charge estaria corretamente redigida da
seguinte forma: Depois dizem: “Os brasileiros não têm incentivo ao esporte.”
II. Na primeira fala, a expressão ao esporte poderia ser substituída por à práticas esportivas.
III. Na segunda fala, a forma verbal está no plural concordando com o sujeito 200 toneladas.

Está CORRETO o que se afirma em:

A. I apenas.
B. III apenas.
C. I e II apenas.
D. II e III apenas.
E. I, II e III.

QUESTÃO 20___________________________________________________________________
Alencar, patriota à antiga, indignou−se. O Cohen, com aquele sorriso indulgente de homem superior que lhe mostrava os
bonitos dentes, viu ali apenas «um dos paradoxos do nosso Ega». Mas o Ega falava com seriedade, cheio de razões.
Evidentemente, dizia ele, invasão não significa perda absoluta de independência. Um receio tão estúpido é digno só de uma
sociedade tão estúpida como a do Primeiro de Dezembro. Não havia exemplo de seis milhões de habitantes serem
engolidos, de um só trago, por um país que tem apenas quinze milhões de homens. Depois ninguém consentiria em deixar
cair nas mãos de Espanha, nação militar e marítima, esta bela linha de costa de Portugal. Sem contar as alianças que
teríamos a troco das colônias – das colônias que só nos servem, como a prata de família aos morgados arruinados, para ir
empenhando em casos de crise... Não havia perigo; o que nos aconteceria, dada uma invasão, num momento de guerra
europeia, seria levarmos uma sova tremenda, pagarmos uma grossa indenização, perdermos uma ou duas províncias, ver
talvez a Galiza estendida até ao Douro...

Em "exemplo de seis milhões de habitantes serem engolidos", a forma "engolidos":

A. só pode concordar, corretamente, com "milhões".


B. deveria estar no singular, para concordar com "exemplo".
C. concorda corretamente ou com "milhões" ou com "habitantes".
D. deveria estar no singular, por conta da preposição "de".
E. só pode concordar, corretamente, com "habitantes".

Tenha um bom desempenho!!!

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