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Romantismo

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Literatura
Origem
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Final do século XVIII;


Alemanha e Inglaterra.
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França é a grande impulsionadora do


Romantismo
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Revoluções que influenciaram o


Romantismo:
Revolução francesa – Após a Revolução
Francesa, o absolutismo entrou em crise,
cedendo lugar ao liberalismo (doutrina
fundamentada na crença da capacidade
individual do homem). A economia da época
estimula a livre iniciativa, a livre empresa. O
individualismo tornou-se um valor básico da
sociedade da época.
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Revolução Industrial – 1º momento


A Revolução Industrial gerou novos
investimentos que buscavam solucionar os
problemas técnicos decorrentes do aumento de
produção. Sua consequência mais evidente foi a
divisão do trabalho e o início da especialização
da mão-de-obra.
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Slogan
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“Liberdade de criação e expressão.”


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A difusão do livro -
especialmente através do
romance de folhetim -
permitiu que muitos
escritores vivessem de seus
direitos autorais. Foi o caso
de Victor Hugo, aqui
caricaturado como um
gigante da área literária.
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A liberdade de expressão
O primeiro efeito favorável da vitória burguesa para a
literatura reside no artigo onze da Declaração de Direitos
do Homem e do Cidadão:

"A livre comunicação dos pensamentos e opiniões é um


dos direitos mais preciosos do homem; todo cidadão pode
portanto falar, escrever, imprimir livremente." Como afirma
um historiador, "cada francês é agora um escritor em
potencial, todas as Bastilhas acadêmicas caem por terra e
uma aventura da palavra escrita está acontecendo."
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Na França sobretudo, permite não


apenas a extinção dos privilégios
seculares, mas também o fim das
barreiras rígidas entre as classes
sociais.
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Um novo sentido de vida, baseado


na livre iniciativa, exalta a audácia,
a competência e os méritos
pessoais de cada indivíduo,
independentemente de seus títulos
e seus antepassados.
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A era do Liberalismo está em seu


auge e com ela um conjunto
notável de mudanças na história
do Ocidente.
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Uma nova sociedade, um novo gosto, um novo
público

Novo conceito de arte Novo público

A burguesia generaliza curiosidade


 A arte deixa de ser uma atividade
pelas criações artísticas (imprensa e
social orientada por critérios objetivos
teatro);
e convencionais;

A arte transforma-se numa forma de A aliança da burguesia com o povo permite


autoexpressão que cria seus levar às massas o conhecimento dos novos
próprios padrões; tipos de arte;

A arte torna-se o meio empregado  Nasce um novo público que assiste às


pelo indivíduo singular para se peças e lê os folhetins e os livros, cujo
comunicar com indivíduos gosto é necessário atender;
singulares;
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Expressão plena dos estados Literatura
de alma, da paixões e das
emoções.
Atração pelo desconhecido,
pela aventura, pelo
misterioso.

Exaltação da liberdade A literatura Gosto por ambientes


individual e social. solitários e noturnos.
romântica

Visão da natureza como


Estilo mais simples e exemplo da manifestação
comunicativo, além de do poder de Deus e como
novos ritmos e formas refúgio acolhedor para o
métricas. homem que busca paz
interior.
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Um novo público para


Literatura

a literatura

Difusão cada vez maior do


jornal como meio de Aumento do número de
comunicação social e de pessoas alfabetizadas,
apresentação da literatura incluindo mulheres.
(folhetins).

Profissionalização do
Consolidação da burguesia. escritor e a difusão maciça
da literatura.
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Um mundo em
mudanças

Revolução Industrial:
• Moderna sociedade de Movimento de
classes; independência das colônias
• Burguesia industrial; da Espanha e de Portugal.
• Proletariado.

Revolução Francesa:
• Burguesia no poder.
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 Observe no quadro abaixo, as principais
diferenças entres os movimentos clássico e
romântico:
Classicismo Romantismo
 geral, universal  particular, individual

 impessoal, objetivo  pessoal, subjetivo


 apelo à inteligência  apelo à imaginação

 razão  sensibilidade

 erudição  folclore

 elitilização  motivos populares

 disciplina  libertação

 imagem racional do  imagem sentimental e subjetiva


amor e da mulher do amor e da mulher
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Características gerais do Romantismo

• subjetivismo: o escritor romântico quer


retratar em sua obra uma realidade
interior e parcial. Trata os assuntos de
uma forma pessoal, de acordo com o que
sente, aproximando-se da fantasia.
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• Idealização: motivado pela fantasia e pela


imaginação, o artista romântico passa a
idealizar tudo; as coisas não são vistas como
realmente são, mas como deveriam ser
segundo uma ótica pessoal.

Assim, a pátria é sempre perfeita; a mulher é


vista como virgem, frágil, bela, submissa e
inatingível; o amor, quase sempre, é espiritual e
inalcançável; o índio, ainda que moldado
segundo modelos europeus, é o herói nacional.
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• sentimentalismo: exaltam-se os sentidos, e


tudo o que é provocado pelo impulso é
permitido. Certos sentimentos, como a saudade
(saudosismo), a tristeza, a nostalgia e a
desilusão, são constantes na obra romântica.
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• Egocentrismo: cultua-se o "eu" interior,


atitude narcisista, em que o individualismo
prevalece; microcosmos (mundo interior) X
macrocosmos (mundo exterior).
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• Liberdade de criação: todo tipo de padrão


clássico preestabelecido é abolido. O escritor
romântico recusa formas poéticas perfeitas,
usa o verso livre e branco, libertando-se dos
modelos greco-latinos, tão valorizados pelos
clássicos, e aproximando-se da linguagem
coloquial.
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• Medievalismo: há um grande interesse dos


românticos pelas origens de seu país, de seu
povo. Na Europa, retornam à Idade Média e
cultuam seus valores, por ser uma época
obscura. Tanto é assim que o mundo medieval
é considerado a "noite da humanidade"; o que
não é muito claro, aguça a imaginação, a
fantasia. No Brasil, o índio representa o papel
de nosso passado medieval e vivo.
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• Pessimismo: conhecido como o "mal-do-


século". O artista se vê diante da
impossibilidade de realizar o sonho do "eu" e,
desse modo, cai em profunda tristeza,
angústia, solidão, inquietação, desespero,
frustração, levando-o, muitas vezes, ao
suicídio, solução definitiva para o mal-do-
século.
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• Escapismo psicológico: espécie de fuga. Já


que o romântico não aceita a realidade, volta
ao passado, individual (fatos ligados ao seu
próprio passado, a sua infância) ou histórico
(época medieval).
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• Condoreirismo: corrente de poesia político-


social, com grande repercussão entre os
poetas da terceira geração romântica. Os
poetas condoreiros, influenciados pelo
escritor Victor Hugo, defendem a justiça social
e a liberdade.
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• byronismo: atitude amplamente cultivada


entre os poetas da segunda geração romântica e
relacionada ao poeta inglês Lord Byron.
Caracteriza-se por mostrar um estilo de vida e
uma forma particular de ver o mundo; um estilo
de vida boêmia, noturna, voltada para o vício e
os prazeres da bebida, do fumo e do sexo. Sua
forma de ver o mundo é egocêntrica, narcisista,
pessimista, angustiada e, por vezes, satânica.
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• religiosidade: como uma reação ao


Racionalismo materialista dos clássicos, a vida
espiritual e a crença em Deus são enfocadas
como pontos de apoio ou válvulas de escape
diante das frustrações do mundo real.
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• culto ao fantástico: a presença do mistério, do


sobrenatural, representando o sonho, a
imaginação; frutos da pura fantasia, que não
carecem de fundamentação lógica, do uso da
razão.
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• nativismo: fascinação pela natureza. O artista


se vê totalmente envolvido por paisagens
exóticas, como se ele fosse uma continuação
da natureza. Muitas vezes, o nacionalismo
romântico é exaltado através da natureza, da
força da paisagem.
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• nacionalismo ou patriotismo: exaltação da


Pátria, de forma exagerada, em que somente
as qualidades são enaltecidas.
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• luta entre o liberalismo e o absolutismo:


poder do povo X poder da monarquia.
• Até na escolha do herói, o romântico
dificilmente optava por um nobre.
Geralmente, adotava heróis grandiosos,
muitas vezes personagens históricos, que
foram de algum modo infelizes: vida trágica,
amantes recusados, patriotas exilados.
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ROMANTISMO EM PORTUGAL
• Período de lutas políticas e reivindicações
liberais;
• Devido às agitações, escritores vão ´para a
França e Inglaterra, onde conhecem as novas
ideias literárias;
• O início se dá com a publicação do poema
“Camões”, de Almeida Garrett, em 1825.
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ª GERAÇÃO ROMÂNTICA PORTUGUESA


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REPRESENTANTES
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• Destacou-se como historiador e romancista,


mas também foi autor de poesias e contos;

• Escreveu alguns romances de fundo histórico,


ambientados na idade Média;

• Seu principal romance é Eurico, o presbítero.


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CONFESSIONALISMO
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• Poeta, prosador e dramaturgo.


• Principais obras:
- Poesia – Folhas caídas e Dona Branca;
- Romance – Viagem na minha terra;
- Tragédia teatral – Frei luís de Sousa.
• Não se enquadra nos padrões rígidos do
Classicismo, tampouco exibe o subjetivismo e o
sentimentalismo exagerado que caracterizam o
ideal romântico.
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2ª GERAÇÃO DO ROMANTISMO EM PORTUGAL


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EDGAR ALLAN POE


Edgard Allan Poe deixou poemas, contos, romance, temas policiais e
de horror. Muitas de suas obras exploram a temática do sofrimento
causado pela morte. O poeta acreditava que nada seria mais
romântico que um poema sobre a morte de uma mulher bonita. É
considerado o criador do conto policial, seus poemas mergulham na
tristeza e as narrativas em temas de horror. Suas obras foram um
marco para a literatura norte-americana contemporânea, com
destaque para "Contos do Grotesco e Arabesco", publicado na França
com o título de "Histórias Extraordinárias" (1837), contos que
influenciaram diversas gerações de escritores de livros de suspense e
terror, e os poemas, “O Corvo” (1845) e “Annabel Lee” (1849).
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CAMILO CASTELO BRANCO


• O criador da novela passional portuguesa;
• De sua grande produção ficcional, destacam-se as
notas:
- passionais: Amor de perdição, Carlota Ângela e
Amor de salvação;
- satíricas: Coração, cabeça, estômago e A queda dum
anjo;
- de influência realista: Eusébio Macário, A corja e A
brasileira de Prazins.
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SOARES DE PASSOS
• Antônio Augusto Soares de Passos
• O mais popular poeta do ultrarromantismo
português.
• Nascido na cidade do Porto em 1826 (um ano
depois da publicação do poema “ Camões” , de
Garret), o poeta teve sua vida marcada por
alguns episódios tipicamente românticos:
prestes a terminar o curso de direito em
Coimbra, é atacado pela tuberculose.
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• Formado, é preterido em um concurso público


e isola-se; consta que, durante quatro anos
permaneceu fechado em um quarto,
recebendo a visita de raros amigos;
• Morreu em 1860, tuberculoso, aos 33 anos de
idade.
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3ª GERAÇÃO DO ROMANTISMO EM PORTUGAL


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DÉCADA DE 1860
• Diluição das características românticas;
• Pré-Realismo;
• Questão Coimbrã;
• Final do ultrarromantismo;
• Sentimentos moderados;
• Simplicidade;
• Proximidade com a realidade.
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QUESTÃO COIMBRÃ
A Questão Coimbrã (também chamada de
“Questão do Bom Senso e Bom Gosto”)
representou uma polêmica travada em 1865
entre os literatos portugueses: Antônio Feliciano
de Castilho, escritor romântico português, e o
grupo de estudantes da Universidade de
Coimbra: Antero de Quental, Teófilo Braga e
Vieira de Castro.
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Além de ser o marco inicial do movimento realista


em Portugal, ela representou uma nova forma de
fazer literatura, trazendo à tona aspectos de
renovação literária aliado as ideias que surgiram
na época em torno de questões científicas.
Por isso, a questão Coimbrã se afasta dos moldes
ultrapassados dos ultrarromânticos, atacando
assim, as posturas de atraso cultural da sociedade
portuguesa da época.
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Essa fase antecipa características da Escola


Realista, que substituirá o Romantismo. O
subjetivismo e o emocionalismo cederão lugar
para uma literatura de tom exaltado, baseada
nos grandes debates sociais e políticos da época.
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Na década de 1860, os exageros


ultrarromânticos sobrevivem apenas em autores
menores. Os melhores depuraram o
romantismo, fugindo à pieguice e retomando a
um lirismo simples e sincero. Mantendo ainda o
subjetivismo romântico, os autores da terceira
geração já são pré-realistas.
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PRINCIPAIS REPRESENTANTES
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GERAÇÃO PRÉ-REALISTA
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 Obras inovaram em alguns aspectos a prosa


do Romantismo;
 Linguagem simples;
 Enredos mais simples, que giram em torno de
problemas amorosos e familiares. No final, os
mal-entendidos se esclarecem e tudo se
resolve.
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Suas obras principais são os romances:
 As pupilas do senhor reitor;
 A morgadinha dos canaviais;
 Os fidalgos da casa mourisca e Uma família
inglesa.
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ROMANTISMO NO BRASIL
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Como surgiu esse movimento


literário? O romantismo no Brasil
surge a partir da independência
política brasileira. Os primeiros
artistas românticos passam a ter
uma missão: criar uma cultura
literária própria nacional.
O país recebe também escolas
de ensino superior, imprensa
regular entre outras mudanças.
Em 1822, ocorre a Proclamação
de Independência do Brasil, com
isso surge uma necessidade de
criar uma nova cultura e uma
nova nação.
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O Romantismo no Brasil - Poesia


• Temas principais:
- Inspiração patriótica e libertária;
- Indianismo;
- Desilusão amorosa;
- Saudade;
- Morte;
- Exaltação da natureza brasileira.
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A prosa Romântica
• Romances urbanos ou de costumes;

• Romances góticos;

• Romances sertanejos ou regionalistas;

• Romances indianistas.
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Romance Indianista
Literatura

• No romance indianista, o índio e a floresta são símbolos da


nação brasileira.

• O romance indianista faz parte de um processo de construção


da identidade nacional.

• O primeiro romance indianista do Brasil, segundo a crítica


especializada, foi O guarani, de José de Alencar.

• Os romances indianistas do Romantismo brasileiro foram


produzidos no contexto histórico do Segundo Reinado.
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Características do Romance Indianista


• construção de uma identidade brasileira;
• Indígena como herói nacional;
• Reconstituição do passado histórico;
• Enaltecimento da moral burguesa;
• Valorização da bravura e da humildade;
• Idealização da natureza;
• selva como espaço da narrativa;
• Amor e mulher idealizados;
• Harmonia entre colonizado e colonizador;
• Processo de miscigenação idealizado;
• Retomada dos valores medievais;
• vassalagem amorosa.
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O papel principal
• Provocar no povo brasileiro o orgulho de ser
fruto da miscigenação entre índios e
portugueses.
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As principais obras do romance indianista


fazem parte da trilogia de José de Alencar:

• Ubirajara (1874) — relata a vida indígena


antes da chegada dos colonizadores.
• Iracema (1865) — mostra os primeiros
contatos entre índios e conquistadores.
• O guarani (1857) — retrata o Brasil já
colonizado e o convívio entre indígenas e
colonizadores.
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Romance sertanejo ou regionalista


• Focaliza a gente do interior, com seus
costumes e valores peculiares;
• É marcado pela busca do redescobrimento do
Brasil e sua diversidade regional e cultural.
• Constitui uma das mais importantes e
frequentes na literatura brasileira;
• Tem no vínculo direto com o real, expressões
utilizadas ainda hoje.
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• Explora o nacionalismo literário, já encontrado


no Indianismo, mas diferente das demais
correntes do romantismo, não sofre as
influências europeias;

• É fruto da tomada de consciência dos valores


específicos da cultura brasileira, está ligado às
particularidades de grupos sociais em suas
diferentes regiões.
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• Os escritores desse momento preocupavam-se


com o genius loci (termo latino que se refere
ao espírito do lugar, conjunto de características
socioculturais que caracterizam um lugar, um
ambiente, uma cidade), expressando, por meio
de variados textos, as características geográficas,
folclóricas e linguísticas da nação.
• Para escritores românticos, como José de Alencar
e Bernardo Guimarães, o regionalismo é um
mecanismo de escape para um tempo e espaço
idealizados. Havia uma hipervalorização do
pitoresco e da cor local.
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Joaquim Manuel de
Macedo:

• A Moreninha (1844);
• A carteira de meu tio
(1855);
• A luneta mágica (1869).
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Visconde de Taunay
• O escritor brasileiro Visconde de Taunay nasceu
em 1843 e faleceu em 1899.
• Além de escritor, foi militar, professor, deputado e
senador.
• Fez parte do romantismo e ficou conhecido por
sua prosa regionalista.
• Sua obra possui caráter nacionalista e retrata a
vida do homem do campo.
• Seu livro mais conhecido é o romance Inocência.
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Franklin Távora
• O escritor brasileiro Franklin Távora nasceu em
1842 e faleceu em 1888.
• Além de escritor, foi revisor e deputado
provincial.
• Ele fez parte do romantismo e ficou conhecido
por seus romances regionalistas.
• Suas obras valorizam a cultura regional associada
ao Norte do Brasil.
• Seu livro mais famoso é o romance O Cabeleira.
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• O romance regionalista romântico mostra os costumes da


sociedade rural do século XIX.
• O romance regionalista modernista abandona a
idealização romântica e realiza crítica sociopolítica.
• Um dos principais representantes do regionalismo
romântico foi Visconde de Taunay, com sua obra Inocência.
• Um dos principais representantes do regionalismo
modernista foi Graciliano Ramos, com sua obra Vidas
secas.
• O romance regionalista surgiu durante o Segundo Reinado,
no século XIX, com o livro O ermitão de Muquém, de
Bernardo Guimarães.
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Romance urbano ou de costumes


• Abrange temas amorosos e sociais no
ambiente urbano;
• Designam as obras que retratam o Brasil,
principalmente o Rio de Janeiro, no Segundo
Reinado (1831-1840);
• Apontam os aspectos negativos da vida
urbana e dos costumes burgueses.
• Abordam as intrigas amorosas e as
desigualdades econômicas. O fim é,
invariavelmente, feliz e com a vitória do amor.
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Características do romance urbano


Literatura

• O romance urbano é uma narrativa longa cujo


principal espaço de ação dos personagens é a
cidade, em oposição ao campo. Nesse sentido, a
cultura e os problemas da cidade são
evidenciados nesse tipo de narrativa. Assim, os
personagens são construídos de acordo com as
características inerentes a moradores dos
centros urbanos.
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O romance urbano do romantismo brasileiro, Literatura

também chamado de romance de costumes,


apresenta as seguintes características:
• aspecto melodramático;
• prevalência de um final feliz;
• amor idealizado;
• costumes da elite burguesa;
• eventual crítica política e social;
• Rio de Janeiro como espaço da ação;
• mulher idealizada;
• heroísmo;
• dificuldade amorosa;
• divulgação de valores morais;
• linguagem simples.
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Os principais romances urbanos da


literatura romântica brasileira:

José de Alencar:
• Lucíola (1862);
• Diva (1864);
• Senhora (1875).
Manuel Antônio de Almeida:
• Memórias de um sargento de milícias (1854).
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Obras e autores
• Memórias de um sargento de milícias –
Manuel Antônio de Almeida;

• “Cinco Minutos", "Sonhos d'Ouro",


'Encarnação', "A Viuvinha", "Lucíola", "Diva"
e "Senhora“ – José de Alencar.
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• Essa corrente do romantismo apresenta as


especificidades de clima, costumes e língua
diferentes entre si em um país que, por ter
dimensões continentais, tem impressa a
diversidade;

• As obras que marcam o Romance Regionalista são


apresentadas em folhetins, que eram capítulos
apresentados de maneira periódica, quase sempre
semanais, em jornais. Em comum têm a tentativa
de fixar o que os autores consideram de verdadeiro
no Brasil, o sertão e a paisagem intacta.
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Obras e autores
• A escrava Isaura – Bernardo Guimarães;

• Inocência – Visconde de taunay;

• O cabeleira – Franklin Távola;

• “O gaúcho”, “O tronco do Ipê”, “Til”, “O


sertanejo” – José de Alencar.
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1ª GERAÇÃO DO ROMANTISMO NO BRASIL

Fase indianista (nacionalista)


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CARACTERÍSTICAS
• Exaltação da natureza e da liberdade;
• Religiosidade;
• Figura do índio como herói nacional;
• Sentimentalismo;
• Saudosismo;
• Nacionalismo-ufanista;
• Nativismo;
• Cor local
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Leitores do século XIX


• O número de pessoas alfabetizadas no Brasil
era muito pequeno;
• A leitura ocorria num ambiente doméstico, em
meio a afazeres tipicamente femininos , e era
feito em voz alta;
• Os leitores visados por essa literatura
sentimental eram, sobretudo as mulheres.
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O nacionalismo como projeto


• 1836 – início do
Romantismo no Brasil;
• Publicação de Suspiros
poéticos e saudades,
de Gonçalves de
Magalhães;
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PRINCIPAIS REPRESENTANTES
• Gonçalves de Magalhães;
• Gonçalves Dias;
• José de Alencar.
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Gonçalves Dias
• Dimensão poética ao tema do indígena;
• Cantou também os temas consagrados pelo
Romantismo europeu:
- Dores de amor;
- Saudade;
- Natureza.
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José de Alencar
• Romances sociais ou urbanos:
- Cinco minutos; A viuvinha; Lucíola; A pata e a
gazela; Sonhos d’ouro; Senhora; Encarnação.
• Romances regionalistas:
- O gaúcho; O tronco do ipê; Til; O sertanejo.
• Romances históricos:
- As minas de prata; A guerra dos mascates.
• Romances indianistas:
- Iracema; Ubirajara; O Guarani.
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2ª GERAÇÃO ROMÂNTICA DO BRASIL


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CARACTERÍSTICAS
• Assim como em Portugal, a segunda geração brasileira
foi dominada pelo ultrarromantismo;
• Auge da tendência individualista e subjetiva;
• Desejo de morte;
• Solidão;
• Tédio;
• Melancolia;
• Visão trágica da existência;
• Pessimismo;
• Escapismo.
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PRINCIPAIS REPRESENTANTES
• Álvares de Azevedo;
• Fagundes Varela
• Casimiro de Abreu;
• Junqueira Freire;
• Bernardo Guimarães;
• Laurindo Rabelo.
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Álvares de Azevedo
• Subjetivismo
• Evasão na morte
• Saudosismo
• Pessimismo
• Sentimento de angústia
• Sofrimento amoroso
• Escapismo
• Exagero sentimental
• Marcas do isolamento social do poeta
• Extrema idealização: da vida, da mulher e do amor
• Amor e morte como temáticas principais
• Locus horrendus (lugar tempestuoso)
• Dualismo
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As obras do escritor foram reunidas em edição


póstuma intitulada Obras de Manuel Antônio
Álvares de Azevedo, em 1862. As principais são:

• Lira dos vinte anos


• O poema do frade
• O conde Lopo
• Macário
• Noite na taverna
• O livro de Fra Gondicário
• Poemas irônicos, venenosos e sarcásticos
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Se eu morresse amanhã
Se eu morresse amanhã, viria ao menos
Fechar os olhos minha triste irmã;
Minha mãe de saudades morreria
Se eu morresse amanhã!
Quanta glória pressinto em meu futuro!
Que aurora de porvir e que manhã!
Eu perdera chorando essas coroas
Se eu morresse amanhã!
Que sol! que céu azul! que doce n’alva
Acorda a natureza mais louçã!
Não me batera tanto amor no peito,
Se eu morresse amanhã!
Mas essa dor da vida que devora
A ânsia de glória, o dolorido afã...
A dor no peito emudecera ao menos,
Se eu morresse amanhã!
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CASIMIRO DE ABREU
• Nostalgia
• Bucolismo
• Religiosidade
• Pressentimento da morte
• Patriotismo
• Enaltecimento da juventude

Seus poemas são marcados por:


• Simplicidade
• Versos regulares
• Espontaneidade
• Sentimentalismo
• Melancolia
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Poesia
• As primaveras (1859)
Prosa
• Carolina (1856)
• Camila: memórias de uma virgem (1856)
Teatro
Camões e o Jau (1856)
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FAGUNDES VARELA
• A poesia de Varela é marcada pela angústia e pelo
sofrimento.
• Alguns de seus poemas apresentam o bucolismo e o
patriotismo da primeira geração.
• O poeta possui, também, versos com temática religiosa, e,
apesar de fazer parte, oficialmente, da segunda geração
romântica, é considerado como um autor de transição
entre a segunda e a terceira geração.
• Desse modo, sua poesia apresenta outras peculiaridades,
como crítica social e temática abolicionista.
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Obras de Fagundes Varela

Obras de Fagundes Varela


• Noturnas (1861)
• O estandarte auriverde (1863)
• Vozes da América (1864)
• Cantos e fantasias (1865)
• Cantos meridionais (1869)
• Cantos do ermo e da cidade (1869)
• Anchieta ou O Evangelho nas selvas (1875)
• Cantos religiosos (1878)
• Diário de Lázaro (1880)
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3ª GERAÇÃO DO ROMANTISMO NO BRASIL


(CONDOREIRA)
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M
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CARACTERÍSTICAS
• Pré-Realismo;
• Condoreirismo;
• Temas sociais e políticos;
• Desejo de liberdade;
• Tom retórico e exaltado;
• Amor sensual.
Prof. Adriana Christinne
Literatura

PRINCIPAIS REPRESENTANTES
• Fagundes varela;
• Castro Alves.
Prof. Adriana Christinne
Literatura

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