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Textos

Jornalísticos e
Informativos:
Gênero Editorial
Editorial é um texto de caráter
opinativo que geralmente reflete o
posicionamento da empresa jornalística
sobre um ou mais assuntos relevantes
abordados naquela edição, número ou
publicação. O editorial normalmente
aparece em uma das páginas iniciais da
publicação. O autor de um editorial
chama-se editorialista.
O editorial é um tipo de texto utilizado na
imprensa, especialmente em jornais e
revistas, que tem por objetivo informar,
mas sem obrigação de ser neutro,
indiferente.

É comum se ter uma seção chamada


Editorial na mídia impressa.

Então, a objetividade e imparcialidade


não são características dessa tipologia
textual, uma vez que o redator dispõe da
opinião do jornal sobre o assunto narrado.
Logo, os acontecimentos são
relatados sob a subjetividade
do repórter, de modo que
evidencie a posição da mídia,
ou seja, do grupo que está por
trás do canal de comunicação,
uma vez que os editoriais não
são assinados por ninguém.

Assim, podemos dizer que o


editorial é um texto mais
opinativo do que informativo.
O editorial possui um fato e uma
opinião. O fato informa o que
aconteceu e a opinião transmite
a interpretação do que
aconteceu.

Creative Commons Attribution 2.0


Imagem: Russell James Smith /

Generic
Pelas características
apontadas, podemos dizer que o
editorial é um texto:
dissertativo, pois desenvolve
argumentos baseados em uma
ideia central; crítico, já que
expõe um ponto de vista;
informativo, porque relata um
acontecimento.
Estrutura
A página editorial tem um estilo que acompanha
as tendências do jornal, o próprio ‘estilo’ ou
“design” do jornal. Esse ‘estilo’ é equilibrado,
denso ou leve, conforme a linha do veículo.”

 Geralmente, grandes jornais reservam um


espaço predeterminado para os editoriais em
duas ou mais colunas, logo nas primeiras
páginas internas.

 Os boxes (quadros) dos editoriais são


normalmente demarcados com uma borda para
marcar claramente que aquele texto é opinativo,
e não informativo.
Parágrafo 1 - Apresentação do tema (situando o leitor) e já
com um posicionamento pontuado. Usar linguagem objetiva
e vocabulário acessível.

Parágrafo 2 - Contextualização do tema, e indicativos


concretos do problema, apresentando dados reais,
verossímeis. Mais uma vez, posicionamento sobre o
Estratégia assunto.

de Parágrafo 3 - Análise das possíveis motivações que tornam o


tema relevante, com argumentos de autoridade ( opinião de
construção especialistas que reforcem credibilidade da matéria),
justificativas que reforcem o posicionamento apresentado e
de um exemplos concretos que ilustrem a argumentação.
Parágrafo 4 - Caráter conclusivo, apresentando o
Editorial posicionamento crítico final.. É preciso extremo cuidado para
não construir editoriais moralistas. Expor o que há de
concreto, o que motiva essa afirmação, esse posicionamento.

A conclusão do Editorial, principalmente, não deve esquecer


o que motivou a opinião, o que se afirmou no início, sem
fugir do assunto. O bom arremate opinativo é aquele que
retoma o tema e traz uma projeção, aponta para uma
solução, indica um caminho ancorado em exemplos
concretos.
 Exemplos de Editorial de Jornal
Protestos no Brasil e a Crise Econômica
Desde o ano passado nos deparamos com as diversas manifestações
que se espalham pelas capitais e cidades do país. Todas elas
demostram a insatisfação dos brasileiros com a política, economia
e os problemas sociais no geral.
O que mais ouvimos no café, no supermercado, nas paragens de
ônibus ou mesmo no trânsito são frases do tipo: “Aonde vamos
parar”, “Isso é culpa do PT”, “Estamos afundando” “O preço das
coisas aumentam e nosso salário nunca”.
Essa frases proferidas pelos mais diversos tipos de brasileiros nos
indicam que a insatisfação e a crise econômica cresce cada vez
mais no país, e os que tem possibilidades (mínima parcela) estão
deixando o Brasil para terem vidas melhores longe da nação verde
e amarelo.
Mas será que essa é a solução? Vale ressaltar que muitos dos
que deixam o país tem conhecimentos superficiais sobre a
política e a economia e, na maioria das vezes, são os mais
preconceituosos com os nortistas e nordestinos.
Sabemos que a chave para a solução dos problemas
instaurados no país, de ordem social, política e econômica
tem somente uma alternativa: o investimento em políticas
públicas voltadas para o desenvolvimento educativo no país,
sobretudo da implementação de disciplinas que abordem as
questões sobre diversidade, pluralidade e gênero.
Mas isso é somente a ponta do iceberg. Ou seja, a solução não
é deixar o país, mas lutar para a melhoria do nosso Brasil, que
se deparou com o iceberg e quer mudar o curso. A frase
“salve-se quem puder” deve ser mudada para “salvemos o
nosso país todos juntos”.

Equipe Folhetim de Minas


Um ano de Covid no país
Solidariedade e coesão para o enfrentamento à
pandemia do coronavírus
26/02/21 - 03h00

Em 26 de fevereiro de 2020, foi confirmado oficialmente o primeiro


caso de Covid-19 no Brasil. Naquela época, a crença popular era de
que o perigo maior estava na China e que, devido às especificidades
do clima e da cultura locais, dificilmente viveríamos as mesmas
dificuldades observadas no país asiático.

Exatamente um ano depois, os chineses retomaram sua rotina e


registram poucas dezenas de novos contágios por dia, e em várias
partes do mundo a letalidade diminuiu, enquanto por aqui se contam
mais de 250 mil mortes desde o início da pandemia e vive-se um novo
pico da doença que provoca mais de mil óbitos por dia há mais de um
mês.
Por trás de tamanha inversão de expectativas está um misto
de reação tardia, descaso com prevenção, falta de consenso
entre os diversos níveis da Federação e uma profunda falta
de solidariedade expressa na resistência ao uso da máscara,
nas aglomerações infecciosas e, agora que a vacina começa a
chegar a conta-gotas, nos moralmente indefensáveis fura-
filas – sintoma de uma cultura de privilégios que contamina
toda a América do Sul a ponto de ganhar destaque nas
páginas do “The New York Times”.

Com esse imenso custo em vidas e recursos, é inadmissível


que não se tire aprendizado dos erros cometidos até agora ou
não se corrija o rumo das ações em direção à tão desejada
cura. Já passou da hora de municípios, Estados e União
coordenarem esforços, superando vaidades e aspirações
políticas, para que equipamentos médicos e imunizantes
essenciais cheguem a quem realmente precisa. Igualmente,
não existe mais justificativa para preconceitos e
comportamentos egoístas na população que jogam por terra
os esforços diários de médicos e enfermeiros e que somente
prolongam e fortalecem a pandemia.
(Disponível em: https://www.otempo.com.br/opiniao/editorial/um-ano-
de-covid-no-pais-1.2452076)
MAIS EXEMPLOS DE EDITORIAL:
https://www.otempo.com.br/opiniao/editorial

https://agora.folha.uol.com.br/editorial/

https://www.hojeemdia.com.br/opini%C3%A3o/
colunas/editorial-1.334042

https://istoe.com.br/categoria/editorial/

https://www.jb.com.br/pais/editorial

https://brasil.elpais.com/noticias/editoriales/
OBRIGADO!
Muito bom estar com vocês!

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