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Língua

Portuguesa
Bem-vindos (as)

PROFESSOR:
Erivan Júnior
Conjunções Coordenativas.
PARA QUE SERVEM AS CONJUNÇÕES

Imagem: Pensando / Nevit

Documentation License.
COORDENATIVAS ?

Dilmen / GNU Free


As conjunções coordenativas estabelecem relações
sintáticas e lógicas simples e são frequentemente empregadas
em textos que visam à comunicação direta com o público.
É o caso, por exemplo, de textos como
receitas, folhetos informativos, cartazes e até
mesmo o do jornal falado de rádio e televisão.
Nesses textos, quando não se emprega o período
simples, a preferência normalmente é pelo
período composto por coordenação, com a
presença ou ausência das conjunções
coordenativas.
RELEMBRE UM POUCO...
Além de conectar orações independentes sintaticamente, as
conjunções coordenativas também podem unir palavras e
sintagmas que exerçam função sintática semelhante em um
enunciado.

Ex.: Jardim Brasil e Peixinhos são bairros do município de

Imagem: Idea / Pictofigo / Creative


Olinda.

Commons Attribution-Share Alike


3.0 Unported.
VALE SABER...
A palavra grega “syndeton” expressa a ideia de
“ligação entre vários elementos”. Dela, originou-se a
palavra síndeto, que, em português, significa “presença de
conjunção coordenativa”. SINDÉTICO é, portanto, a
qualidade daquilo em que ocorre a presença da conjunção
coordenativa. ASSINDÉTICO, antecedido pelo sufixo “a”,
indica negação, privação. Refere-se, portanto, à qualidade
daquilo em que não ocorre a presença de conjunção.
uma piscada / The people
Imagem: Emoticon dando
LEMBRE-SE...

from the Tango! project /


Public Domain.
As principais conjunções coordenativas são as seguintes:

a) ADITIVA : e, nem

Ex. Podemos avançar e cruzar o rio.

A oração destacada expressa uma ideia articulada à oração anterior


por meio da conjunção e.

Ex. Eles não quiseram saltar o abismo, nem parecia uma boa ideia.

A conjunção nem introduz a adição de orações com valor negativo.


b) ALTERNATIVA: ou, ora...ora, quer...quer,
seja...seja

Ex. Podemos pular o abismo ou voltar sem o ouro.

A ideia das orações acima é excludente e foi


articulada pela conjunção coordenativa ou .

Tkgd2007 / Public Domain.


Imagem: Emoticon Feliz /
c) CONCLUSIVA: então, assim, por isso e logo.

Ex. Os meninos tiveram medo da floresta, então fizeram outro


percurso.

A segunda oração é introduzida pela conjunção coordenativa


então (o seu conteúdo é resultado do conteúdo da primeira
oração).

Tango! project / Public Domain.


Imagem: The people from the
d) EXPLICATIVA : pois, porque, que

Ex. Os meninos fizeram outro percurso, pois tiveram medo da


floresta.

A segunda oração é introduzida pela conjunção coordenativa


pois, que indica uma explicação para o conteúdo da primeira
oração.
e) ADVERSATIVA : mas, porém, contudo, todavia, entretanto,
no entanto.

Ex. Os meninos tinham pressa, mas escolheram o caminho


errado.
A conjunção coordenativa mas, na segunda oração, indica uma
quebra de expectativa em relação à primeira oração, uma vez
que os meninos tinham pressa.
VALE SABER QUE ...

São muitas as relações expressas pelas conjunções


adversativas, especialmente por mas. Em geral, elas indicam
uma desigualdade entre duas orações, tendo importante papel
na organização de informações e na estruturação
argumentativa.

Imagem: Tenho uma idéia /


Producer / Public Domain.
PARA MELHOR ENTENDER !!!

Observe com atenção o trecho de um texto:

“O menino tentou enxugar uma lágrima, não havia lágrima.


Voltou para o quarto, emburrado: a gente também não tem
nenhum direito nesta casa - pensava”.

a) O trecho é formado por dois períodos. Como ele poderia ser


articulado em um só período, com o emprego da conjunção
coordenativa?
RESPOSTA :

Imagem: Cautela / Rursus /


“ O menino tentou enxugar
uma lágrima, mas não havia

Domínio Público.
lágrima, então voltou para o
quarto, emburrado...”.

b) Comparando o efeito da versão proposta no item anterior com


a versão original, quais os efeitos de sentido criados pela
versão original?
RESPOSTA :

Ela é mais concisa. Além disso, por não explicitar a


relação entre as orações, exige maior envolvimento do
leitor, que deve completar os sentidos dos enunciados.
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES, FIQUE LIGADO!!

a) A omissão das conjunções coordenativas torna o texto mais


conciso, permitindo que se enfatizem as ações e os estados
expressos pelas orações nem tanto a relação existente entre

Imagem: Idéia / Producer / Public Domain


elas.
b) A ausência de conjunção em períodos compostos por
coordenação pode conferir diferentes efeitos de sentido aos
textos. Esse recurso sintático corresponde à figura de
linguagem denominada assíndeto. O assíndeto pode expressar
simultaneidade e agilidade na descrição de quadros rápidos.
Além disso, apenas sugere relações entre ideias, em vez de
explicitá-las.
POSIÇÃO DAS CONJUNÇÕES COORDENATIVAS

Nem todas as conjunções coordenativas encabeçam a oração


que delas recebe o nome.

1) Das conjunções coordenativas apenas mas aparece


obrigatoriamente no começo da oração; contudo, entretanto,
no entanto, porém e todavia podem vir no início da oração, ou
após um dos termos.
Exemplos:

Tentou subir, mas


não conseguiu.

Tentou subir, porém


não conseguiu.

Tentou subir, não o


conseguiu, porém..

Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-SA-NC


2) POIS, quando conjunção coordenativa
conclusiva, vem sempre posposta a um termo
da oração a que pertence.

Exemplos:

Era, pois, um homem de grande caráter


e foi, pois, também um grande estilista.(J.
Ribeiro)
3) As conjunções coordenativas conclusivas logo, portanto e
por conseguinte podem variar de posição, conforme o ritmo, a
entonação, a harmonia da frase.

Exemplos :

Auregann / Creative Commons Attribution-Share


Imagem: projet d'information des lecteurs /
Ele era, portanto,um sábio.
Ele era, um sábio, portanto.

Alike 3.0 Unported


POLISSEMIA CONJUNCIONAL

1) A conjunção e, normalmente aditiva, pode ter valor


adversativo ou explicativo:

Ex. Terminei o trabalho e não pude aproveitá-lo.


( valor adversativo )

Ex. Faça o que eu mando e não se arrependerá.


(valor explicativo)
2) A conjunção coordenativa que, normalmente explicativa,
pode ter valor aditivo quando tem o sentido de e.

Exemplo:

Imagem: Logo de duas pessoas conversando /


Ele fala que fala, fala que fala.

Selena Wilke / Public Domain.


OBSERVAÇÃO IMPORTANTÍSSIMA !!!

Às vezes, apesar de não haver conectivos ligando certas


orações, é possível observar certo tipo de relação semântica
entre elas, como se a conjunção estivesse implícita. Veja esses
exemplos:

Ex. Estou procurando a carteira há uma hora, não achei.(mas


/oposição)
Ex .Você não foi à escola ontem, estou aqui hoje.(por isso
/conclusão)
Ex. Passou perto da igreja, resolveu entrar.(e / adição)
ATIVIDADES:

1) Leia um trecho desse poema para


resolver as questões propostas:
MOTIVO (CECÍLIA MEIRELLES)

Eu canto porque o instante existe


E a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
Sou poeta.
Irmão das coisas fugidias,
Não sinto gozo nem
tormento.
Atravesso noites e dias
No vento.
→ Do primeiro quarteto, retire:

a) As conjunções coordenativas
e classifique-as.

b) Quantas orações ligadas por


conjunções existem no
primeiro período? Identifique-
as.

c) Que tipo de relação existe


entre essas orações?

d) Que tipo de relação


estabelece a conjunção nem,
em “nem sou triste” ?
RESPOSTAS:

a) e , nem :aditivas.

b) Três orações ; “Eu canto”,


ligada à 2ª, “ o instante
existe”, pela conjunção porque
e a 3ª, “a minha vida está
completa”, ligada à 2ª pela
conjunção e .

c) Entre a 2ª e a 3ª existe uma


relação de adição.

d) Relação de adição,
equivalente a e não.
SITES UTILIZADOS NA PESQUISA

• profdiafonso.blogspot.com
• www.portalsaofrancisco.com.br
• pt.wikipedia.org/wiki/Conjunção
• www.infoined.blogger.com.br
• www.vestibular1.com.br
• www.educacional.com.br
• www.coladaweb.com
• educacao.uol.com.br
• www.gramaticaparaconcursos.com
• portuguescolegiao.files.wordpress.com
• Sarmento, Leila Lauar & Tufano, Douglas. Português: Literatura, gramática
e produção do texto. Volume Único. São Paulo. Editora Moderna. 2004, 1.
ed.
• Abaurre, Maria Luiza M. & Abaurre, Maria Bernadete M., Pontara, Marcela.
Português: Contexto, interlocução e sentido. São Paulo, 2008, 1. ed.
Gratidão pela
presença
virtual de
todos!

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