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Índice

1.0. Introdução .......................................................................................................... 2

2.0. Conceitos básicos ............................................................................................... 3

2.1. Frase complexa ...................................................................................................... 3

2.2. Alguns aspetos a considerar na frase complexa ................................................. 4

3.0. A Coordenação .................................................................................................. 4

3.3.2. Coordenadas adversativas ................................................................................. 6

3.3.4. Coordenadas alternativas .................................................................................... 7

3.3.5. Coordenadas conclusivas .................................................................................... 7

3.3.6. Coordenadas explicativas ................................................................................... 7

4.0. A Subordinação .................................................................................................. 7

4.1. Orações subordinadas adverbiais ..................................................................... 11

5.0. Conclusão......................................................................................................... 16

6.0. Referencias bibliográficas................................................................................ 17

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1.0.Introdução

Uma das qualidades que define o ser humano e os outros e a fala, isto e, a capacidade de
produzir e entender palavras codificadas e ainda mais codifica-las, entretanto, como
estudantes do curso de línguas, especialmente a língua portuguesa, foi nos dada a
responsabilidade de fazer uma analise no que diz respeito a frase, isto e, frase complexa,
o presente trabalho tem como objetivo primordial conceituar a frase complexa, de seguida
identificar os processos de juncão de orações para que haja a frase complexa, sendo eles
a coordenação e a subordinação, e identificar os diferentes tipos de coordenação assim
como a subordinação, faremos um breve resumo das matérias seguidos de exemplos.

O trabalho será submetido a cadeira de língua portuguesa IV como parte de uma atividade
avaliativa orientada pelo dr. Arsénio Adriano, a realização do mesmo só foi possível
devido a contingente interação dos membros do grupo que com a ajuda de certos materiais
eletrónicas assim como físicos também fez-se a revisão e análise do material bibliográfico
já publicados de autores que trabalharam com os conceitos relacionados e relevantes para
o desenvolvimento da pesquisa que no final do mesmo iremos referencia-los na
bibliografia, o mesmo será posteriormente apresentado na sala de aulas.

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2.0.Conceitos básicos

De um modo simples, define-se a frase como sendo todo o enunciado com o sentido
completo. A frase pode ser simples ou complexa;

Ela é simples quando é constituídas por apenas uma oração e complexa quando, na sua
composição, verificar-se duas ou mais orações.

2.1. Frase complexa


Segundo Montenegro (2010), uma frase complexa realiza-se quando seus constituintes se
organizam em volta de dois ou mais núcleos verbais. Uma frase complexa é, pois,
formada por mais de uma oração.

De forma mais simples, Pinto, J. M. C. (2002), diz: “frase complexa é aquela que contem
dois ou mais verbos conjugados, e por consequência, duas ou mais orações.”

De acordo com o mesmo pensamento, Araújo L. (2011), nos permite entender que a frase
complexa é constituída por duas ou mais frases simples ou orações que estão ligadas entre
si por dois processos conhecidos como coordenação e subordinação;

1. Na Coordenação, de acordo com Bezerra, R (2015), as orações mantêm uma


independência sintática umas das outras, ou seja, uma oração não exerce uma função
sintática (sujeito, objeto direto, objeto indireto, complemento nominal etc.) para a
outra. Há tão somente uma dependência semântica, ou seja, de sentido, entre as
orações do período coordenado;
2. Na Subordinação, diferentemente da coordenação, de acordo Bezerra, R (2015), as
orações estão ligadas umas às outras por uma relação de dependência, não só por um
vínculo semântico, mas principalmente por um vínculo sintático, isto é, uma oração
vai exercer uma função sintática para a outra.
Por isso, uma oração, no período subordinado, só subsistirá se a outra também existir e
vice-versa.

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2.2.Alguns aspetos a considerar na frase complexa

Para se descobrir quantas orações existem em um período, em geral, basta contar o


número de verbos ou de locuções verbais presente na estrutura. Portanto, ao analisar um
período, primeiro destaque os verbos e/ou as locuções verbais. Por exemplo:

“Na hipótese de nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira votação, far-
se-á nova eleição no último domingo de outubro do ano anterior ao término do mandato
presidencial vigente, concorrendo os dois candidatos mais votados e considerando-se
eleito, agora em segundo turno, aquele que obtiver a maioria dos votos válidos” (Bezerra,
R. 2015).

A partir do exemplo dado, pode-se concluir que na frase acima existem praticamente
cinco (5) orações; logo, o número dos verbos existentes num período determina o número
das orações do mesmo.

É preciso notar também que as conjunções, os pronomes relativos, algumas preposições


e alguns advérbios, segundo Bezerra, R. (2015), possuem papel fundamental para a
construção do período composto, Essas classes morfológicas são as que fazem a ligação
ou que funcionarão como uma “ponte” entre as orações. A esses elementos de união a
gramática denomina de “conectores” ou “elementos de conexão” ou ainda
“articuladores”.

Ex; Enquanto exerce funções típicas, o órgão executivo pratica atos de chefia de estado,
chefia de governo e atos de administração. Quando atua atipicamente, o órgão executivo
legisla uma vez que pode emitir medidas provisórias (Bezerra, R. 2015).

Como se pode observar, temos neste exemplo os conectores: “enquanto, quando, uma
vez que.”

3.0.A Coordenação

O período coordenado, como diz Bezerra, R. (2015), é aquele em que aparecem orações
sintaticamente independentes umas das outras. Saliente-se que a independência é
sintática, pois no período coordenado sempre existirá uma dependência semântica, isto é,
de sentido, de forma que a retirada de uma oração prejudica o sentido do enunciado. Por

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isso, diz-se que no período coordenado há vínculo semântico, mas não há vínculo
sintático.

Bezerra, R. (2015), sustenta que, como não existe o vínculo sintático, as orações no
período coordenado classificam-se pela presença ou não das conjunções coordenadas. Daí
elas serem:

3.1.Assindéticas; Quando não possuem conjunção, conectivo; apresentam-se


justapostas.

Ex. 1; Todos saíram mais cedo, foram para uma lanchonete próximo da escola.

 “Todos saíram mais cedo”: oração assindética


 “foram param uma lanchonete próximo da escola”: oração assindética

Ex. 2; “Raspou, achou, ganhou”. Orações assindética

3.2.Sindéticas; são assim consideradas quando se ligam às outras pelas


conjunções coordenativas. As conjunções coordenadas são de cinco tipos e
podem expressar as relações de “adição, alternância ou disjunção, oposição
adversativa, conclusão e explicação”. Sendo assim, de acordo com Bezerra,
R. (2015), verificam-se as seguintes orações:
3.2.1. Coordenadas aditivas

Estas correspondem a aquelas orações que exprimem adição, soma de pensamentos,


acréscimo de ideias, simultaneidade de ações. Para que estas orações sejam formadas é
necessário o das conjunções aditivas e as principais conjunções aditivas são: e, nem, mas
também, mas ainda, senão também, bem como, como também, “que” quendo
equivale “e”. Por exemple:

a) Muitos deixaram o local consternados e foram para a delegacia.


b) Os pensamentos não só fazem bem à alma, mas também possibilitam a ajuda ao
próximo.
c) O conferencista discursou sobre a poluição mundial, como também falou sobre os
efeitos do lixo industrial.
d) Não fez o exame hoje nem foi ao curso de inglês.
e) Estuda que estuda, e não consegue aprovação no concurso.

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Bezerra, R. (2015), sustenta que nem sempre a conjunção “e” funcionará como aditiva;
como se pode ver, nas construções abaixo, ela aparece como a conjunção coordenada
adversativa:

 Estudou tudo, e não passou no exame.


 Trabalhou muito, e não obteve sucesso.

Desta forma, conjugação “e” equivale a conjugação adversativa, “mas”.

3.3.2. Coordenadas adversativas

As coordenadas adversativas são aquelas que promovem oposição, ressalva, contraste. A


ideia contida na oração adversativa se contrapõe à da oração assindética.

As principais conjunções adversativas são: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no


entanto, ao passo que, senão (= do contrário, mas sim, porém), antes (= mas, pelo
contrário).

a) Aprecia frutos do mar, mas não gosta de lagosta.


b) Não foi ao shopping, antes preferiu o velho futebol do sábado à tarde.
c) Eu sou pobre, ao passo que ele é muito rico.
d) Ele gosta muito da praia, entretanto não aprecia muito os vendedores ambulantes.
e) Não obteve a aprovação desejada, senão vaias de todos os lados.

A conjunção coordenada adversativa pode aparecer deslocada dentro da oração sindética.


Quando isso acontece, o emprego da vírgula se torna obrigatório para isolar a conjunção
(Bezerra, R. 2015). Como por exemplo:

 Sempre apreciou vinhos do porto, mas os bebe moderadamente.


 Sempre apreciou vinhos do porto; bebe-os, porém, moderadamente. (Conjunção
deslocada)
 Sempre apreciou vinhos do porto; bebe-os moderadamente, contudo. (Conjunção
deslocada).

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3.3.4. Coordenadas alternativas

Coordenadas alternativas são aquelas que expressam uma alternância, uma disjunção. As
principais conjunções alternativas são: ou, ou… ou, ora… ora, quer… quer, seja…
seja, já… já, talvez…talvez.

 Ora o rapaz levantava um braço, ora coçava a cabeça, ora se espremia na cadeira.
 Responda todo o capítulo do livro ou não sairá no intervalo.
 Quer ele falasse, quer ele ficasse calado, todos o recriminavam.

3.3.5. Coordenadas conclusivas

Bezerra, R. (2015), sustenta que as orações Coordenadas conclusivas são aquelas que
exprimem uma conclusão, uma dedução lógica da ideia contida na oração precedente. E
as principais conjunções conclusivas são: logo, pois (posposto ao verbo), portanto, por
isso, por conseguinte. Por exemple:

 Ele estuda bastante, logo será aprovado em breve.


 A testemunha foi intimada, por conseguinte deveria comparecer.
 A empresa não enviou a proposta, portanto está fora da licitação.

3.3.6. Coordenadas explicativas

Estas são aquelas que justificam a informação da oração precedente; fornecem, portanto,
uma explicação, um motivo. São as principais conjunções explicativas as seguintes: que,
porque, pois (anteposto ao verbo), porquanto (Bezerra, R. 2015). Como por exemplo:

 Não corra, que você pode cair.


 Saia da sala agora, porque não aceito malcriações.
 Não desanime, pois o ânimo é a alma do negócio.

É importante que se ponha sempre em conta de que após orações imperativas, ou seja,
aquelas que dão ordem ou fazem um pedido, a estrutura que se segue é geralmente
explicativa. Por exemplo:

 Não deixe os estudos, porque a vida não está fácil.

4.0.A Subordinação

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A oração subordinada, de acordo com Montenegro (2010), é aquela que é obtida numa
frase complexa que desempenha uma função sintática na frase em que se encontra. Elas
podem desempenhar as funções sintáticas de sujeito, complemento ou modificador, e
segundo o tipo de função sintática que desempenham, estas orações podem ser
classificadas como substantivas, adjetivas ou adverbiais. E, as orações subordinadas, de
acordo com Azóia, F. e Santos, F. (2005), são introduzidas por conjunções e locuções
subordinativas que ligam elementos sintáticas e semanticamente dependentes.

É fundamental que perceba que no período composto por coordenação as orações se


classificam em assindéticas (sem conectivo) e sindéticas (com conectivo). Já no período
composto por subordinação as orações se classificam em:

Oração principal: aquela que rege a oração subordinada. Não é principal porque contém
algo a mais do que a subordinada, mas sim porque possui uma outra oração a qual
exercerá uma função sintática em relação àquela, e;

Oração subordinada: que é a oração que exercerá uma função sintática (sujeito, objeto
direto, objeto indireto, complemento nominal, aposto, predicativo, agente da passiva,
adjunto adnominal ou adjunto adverbial) para uma outra oração a qual lhe servirá como
oração principal.

Ex.; 1. Ele pediu que ninguém se atrasasse.

 “Ele pediu” oração principal.


 “…que ninguém se atrasasse.” Oração subordinada.

Ex.; 2. A lei foi promulgada quando o sol já ia se pôr.

 “A lei foi promulgada” Oração principal.


 “…quando o sol já ia se pôr”. Oração subordinada.

Orações subordinadas substantivas

Estas orações, de acordo com Azóia, F. e Santos, F. (2005), são as que funcionam como
argumento de um verbo, de um nome ou adjectivo da frase superior. E elas subdividem-
se em:

Completivas: que exercem a função de completar; podendo ser completivas verbais,


adjectivais e nominais, e são introduzidas pelas conjunções subordinativas completivas,

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como por exemplo, que, se, para ou por um elemento omisso, desempenhando, entre
outras, a função de sujeito e complemento directo. Por exemplo:

 É importante que a paz volte. (sujeito)


 Mostrou que a justiça existe. (C. directo)
 Ela afirmou adorar música jazz. (c. directo)
 Disse para virdes aqui. (C. directo)
 Perguntei se tens aquele livro. (C. directo)

Relativas sem antecedente: as que são introduzidas pelos pronomes e quantificadores


relativos (que, o que, onde, quanto), desempenhando uma função sintáctica de sujeito,
complemento directo, complemento indirecto, complemento preposicionado e
modificador do grupo verbal. Por exemplos:

 Quem vai ao mar perde o lugar. (sujeito)


 Os alunos procuram quem os ajude no jornal da escola. (C. directo)
 O miúdo pede dinheiro a quem passa. (C. indirecto)
 Os avós precisam de quem cuide deles. (C. preposicionado)
 Os antiquários compram objectos onde calha. (modif. grupo verbal)

Orações subordinadas adjectivas relativas com antecedente

Orações subordinadas adjectivas relativas com antecedente desempenham uma função


sintáctica própria de um adjectivo, constituindo-se modificador do nome restritivo ou
apositivo. E são introduzidas por um pronome relativo ou por um quantificador relativo
associado a um antecedente que ocorre na subordinante. Elas subdividem-se em:

Relativas explicativas: estas orações são introduzidas pelas palavras relativas que,
quem, o/a qual, os/as quais, cujo(a), cujos (as), onde, quanto, desempenhando a função
sintáctica de modificadores apositivos do nome. (A omissão da relativa explicativa não
altera o sentido da subordinante.) Por exemplos:

 Este escritor, que nasceu no Brasil, foi nomeado para o Nobel.


 Aquele Presidente, a quem todos chamam padrinho, continua a surpreender.
 Os alunos, onde quer que estejam, sentem as dificuldades do acesso ao Ensino
Superior.

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Estas orações, de acordo como Bezerra, R. (2015), explicam, estendem o significado,
exprimem o sentido geral do substantivo antecedente. Geralmente o substantivo ou
pronome substantivo representa um ser único. As orações adjetivas explicativas possuem
um valor aproximado de um aposto explicativo. Podem, portanto, ser retiradas da oração
sem prejuízo para o sentido. Aparecem na escrita isoladas por vírgula(s).

Relativas restritivas: estas são introduzidas pelas palavras relativas que, quem, o/a qual,
os/as quais, cujo(a), cujos (as), onde, quanto, tendo a função de restringir a informação
dada sobre o antecedente, ou seja, identificar a parte do domínio denotado pelo
antecedente, desempenhando a função sintáctica de modificador restritivo do nome. (A
omissão da relativa restritiva implica uma alteração do sentido da subordinante.)

De acordo com Bezerra, R. (2015), percebe-se que as orações relativas restritivas,


restringem, particularizam, limitam a significação do substantivo ou pronome substantivo
antecedente. Indicam que a informação prestada pela oração não se aplica ao todo, mas
tão somente a uma arte do todo. Elas geralmente aparecem dentro da estrutura oracional
sem virgulação. Ademais, as orações adjetivas restritivas não podem ser retiradas da
oração, pois são indispensáveis ao sentido geral do enunciado. Por exemplo:

 O homem que caminhava na calçada da direita olhava-nos com desdém.

“…que caminhava na calcada da direita…” (O. Subordinada relativa restritiva)

Por meio desde pelo enunciado do exemplo acima, se pode observar que “há outros
homens que caminhavam na calçada esquerda”.

 O romance que foi escrito por Miguel Sousa Tavares tornou-se num campeão
de vendas.
 A maioria das pessoas a quem se telefona não responde aos inquéritos.
 A nódoa de pêssego onde cai fica.

É importante referir que, de acordo com Bezerra, R. (2015), há orações, como já vimos,
que só podem ser explicativas ou restritivas. Não há variações. Como se pode observe
pelos exemplos a seguir:

 O homem que fuma geralmente incomoda os outros.

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 Neste período percebe-se que não todos os homens que fumam. Logo, não são
todos que incomodam os outros. Só incomodam aqueles que fumam. Portanto, a
oração é essencialmente restritiva.
 O homem, que é mortal, deve sempre buscar as coisas mais nobres e sublimes dá
vida.
 Já neste período, a informação “que é mortal” se aplica indistintamente a todos
os homens. Portanto, a oração é essencialmente explicativa.

Entretanto, como sustenta Bezerra, R. (2015), há orações adjetivas que podem ser tanto
restritivas quanto explicativas, dependendo do sentido que lhes queiramos dar. Por
exemplo:

 A empresa tem 300 funcionários que moram em Chimoio.


 A empresa tem 300 funcionários, que moram em Chimoio.

Através destes exemplos pode-se perceber que na primeira estrutura oração adjetiva
restritiva não se pode dizer exatamente quantos funcionários possui a empresa. Sabe-se
tão somente que ela possui 300 que residem na cidade de Chimoio. Por outro lado, já na
segunda estrutura adjetiva explicativa, percebe-se que a empresa só possui 300
funcionários e todos residem em Olinda.

4.1.Orações subordinadas adverbiais

Orações subordinadas adverbiais funcionam como modificadores da frase ou do grupo


verbal. E ainda, de acordo com Bezerra, R. (2015), elas são aquelas que estabelecem
circunstâncias várias para um fato contido na oração principal. Elas exercem, portanto, o
papel de adjuntos adverbiais. São, na maioria das vezes, introduzidas pelas conjunções
subordinativas adverbiais. Quanto a classificação são: causais, consecutivas, concessivas,
condicionais, comparativas, conformativas, finais, temporais e proporcionais.

Causais: são aquelas que estabelecem a causa, o motivo para o fato (efeito) contido na
oração principal. Iniciam uma oração subordinada que indica causa.

As principais conjunções subordinativas causais são: que, porque, já que, uma vez que,
visto que, visto como, pois, como (quando equivale: já que, visto que), porquanto.

Ex.: Não vou à praia visto que está a chover. Como está a chover, não vou à praia.

Dado que está a chover, não vou à praia. Não vou à praia, uma vez que está a chover.

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Bezerra, R. (2015), estabelece alguns princípios sustentando que:

 A conjunção “como” só poderá ser utilizada como causal quando a oração


subordinada se antepuser à oração principal.
 O verbo da oração antecedente está no imperativo. Não é possível se antepor a
segunda oração à primeira. Não é possível reduzir a segunda oração para o
infinitivo precedido da preposição “por”. Por exemplo:

O governo elevou a taxa de juros, porque o consumo aumentou nas grandes cidades.
(Subordinada causal)

 O verbo da oração antecedente não se encontra no imperativo. É possível iniciar


o período com a oração em destaque (“Porque o consumo aumentou nas grandes
cidades, o governo elevou a taxa de juros”.). É igualmente possível a redução da
segunda oração para o infinitivo precedido da preposição “por” (“O governo
elevou a taxa de juros, por aumentar o consumo nas grandes cidades”.) (Bezerra,
R. 2015).

Consecutivas: Estas orações indicam a consequência, o efeito de um fato (causa) contido


na oração principal. As principais conjunções subordinativas adverbiais consecutivas são:
que (precedido dos termos intensificadores “tão, tal, tanto, tamanho”), que (quando
equivale “sem que”), sem que, de modo que, de forma que, de sorte que, de maneira
que.

Por exemplo:

 Falou que ficou rouco. (O. Subordinada adverbial consecutiva)


 Não vai a um baile de formatura sem que não dance a noite toda. (O.
Subordinada adverbial consecutiva)

Bezerra, R. (2015), afirma que em muitas estruturas consecutivas formadas pela


correlação “tão, tal, tanto, tamanho… que…”, omite-se o primeiro elemento da
correlação; fazendo com que se tenha tão somente a conjunção “que” introduzindo a
oração consecutiva. Por exemplo:

“Saiu do hospital gritando que fazia dó.” Em vez de: (Saiu do hospital gritando TANTO
que fazia dó.)

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“Os olhos brilham, o prazer arregaça-lhe o focinho, e as pernas voam que parecem asas.”
Em vez de: (…voam TANTO que parecem asas.”)

Concessivas: estas orações, como explica Bezerra, R. (2015), são as que indicam uma
oposição, um óbice, um empecilho, alguma coisa que poderia impedir a realização do fato
contido na oração principal. Uma das principais características deste tipo de oração é a
presença de um verbo no modo subjuntivo.

As principais conjunções subordinativas concessivas são: embora, apesar de que, mesmo


que, ainda que, que, sem que (quando equivale “embora não”), conquanto, ainda quando,
posto que, por mais que, por muito que, por menos que, se bem que.

Por exemplo:

 Fez todo o exercício sem que ninguém o ajudasse. (O. Subordinada adverbial
concessiva)
 Por mais que o governo se esforce, a violência continua aumentando nas grandes
cidades. (O. Subordinada adverbial concessiva)

Condicionais: segundo a explicação dada por Bezerra, R. (2015), as subordinadas


condicionais, são orações que estabelecem uma condição para a realização do fato
expresso na oração principal. As principais conjunções subordinativas condicionais são:
se, caso, a não ser que, desde que, contanto que, salvo se, sem que (quando equivale “se
não”), a menos que.

A não ser que a taxa de juros caia consideravelmente, não adquiriremos mais produtos
importados. (O. Subordinada adverbial condicional)

Caso o Governador não se manifeste sobre o caso, levaremos o problema às raias


judiciais. (O. Subordinada adverbial condicional)

Contanto que todos saíssem antes da meia-noite, não se opunha a que a festa fosse na
casa dele. (O. Subordinada adverbial condicional)

Bezerra, R. (2015), sustenta que em algumas construções interrogativas o “SE”


funcionará não como uma conjunção condicional, mas como uma conjunção causal. Por
exemplo:

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Senhor, por que me enviastes para esta missão se sabíeis que eu era franco? (adverbial
causal)

Finais: são orações que indicam a finalidade, o objetivo, o alvo do fato contido na oração
principal. As principais conjunções subordinativas finais são: que, para que, a fim de que,
porque (quando equivale “para que”, “a fim de que”).

Por exemplo:

 Façamos o projecto de modo a que se torne viável. (O. Subordinada adverbial


final)
 Organizou-se uma festa para que todos ficassem contentes. (O. Subordinada
adverbial final)

Temporais: São as orações subordinadas que expressam o tempo, o momento do fato


contido na oração principal.

As principais conjunções subordinativas temporais são: enquanto, quando, ssim


que, logo que, mal (quando equivale a “logo que, assim que”), desde que, antes que,
agora que, depois que, sem que (quando equivale “antes que”).

Por exemplo:

 Mal eles cheguem, vamos jantar.


 Cada vez que fores à praia, não te esqueças de levar o chapéu. (O. Subordinada
adverbial temporal)
 Agora que chegaste, já podemos conversar. (O. Subordinada adverbial temporal)
 Desde que as férias começaram, não tenho tido sossego. (O. Subordinada
adverbial temporal)

Comparativas: são orações subordinadas que estabelecem um processo de comparação


entre dois elementos, um elemento estará na oração principal e o outro, na oração
subordinada. A comparação poderá ser de igualdade, de superioridade ou de
inferioridade. Uma característica interessante das orações adverbiais comparativas
é o fato de o verbo da oração comparativa geralmente se encontrar elíptico, oculto,
já que, frequentemente, ele será o mesmo da oração principal. (Bezerra, R. 2015),

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As principais conjunções subordinativas comparativas são: como, assim como, tal e
qual, tal qual, mais que ou do que, menos que ou do que, tanto quanto, feito (quando
equivale a “como”).

Por exemplo:

 Não sei por que saiu correndo desesperadamente, feito um louco. (O.
Subordinada adverbial comparativa)
 Os escoteiros partiram para a selva num só movimento, qual exército
marchando contra o inimigo. (O. Subordinada adverbial comparativa)

Bezerra, R. 2015), explica que nas estruturas comparativas, a conjunção comparativa liga
partes da oração de mesma função. Entretanto, em muitos casos, a bem da clareza, o
segundo elemento da comparação deve, a despeito de funcionar como objeto direto, vir
encabeçado por uma preposição, geralmente a preposição “a” para evitar ambiguidades.
Por exemplo:

 A ela, à presumida mulher, aborreço-a quase tanto como ao marido.


 Os pés dos gentios hão de logo pulverizá-la como aos meus pés.
 Acusaram-no de haver beneficiado mais a sua família que ao povo romano.

Bezerra, R. 2015), sustenta também que quando a conjunção comparativa “como” se


refere a um termo que está precedido por uma preposição, deve obrigatoriamente vir
acompanhada da mesma preposição. Como por exemplo:

E por esta causa tratamos dele como de filho de Benfica.

Acostumei-mea olhar para a morte como para o tempo de meus padecimentos.

Proporcionais: as orações subordinadas adverbiais proporcionais, como diz Bezerra, R.


2015), são orações que indicam uma concomitância, uma simultaneidade, uma proporção
com o fato expresso na oração principal. As principais conjunções subordinativas
proporcionais são: à medida que, à proporção que, ao passo que, quanto mais… mais,
quanto mais… menos, quanto menos… mais, quanto menos… menos. Por exemplo:

À medida que o progresso avança, o meio ambiente sofre com o uso excessivo de seus
recursos. (O. Subordinada adverbial proporcional)

Quanto mais ela estuda mais duvidas surgem. (O. Subordinada adverbial proporcional)

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5.0. Conclusão

No presente trabalho destacamos o estudo de coordenação e subordinação onde o grupo


percebeu que na subordinação uma oração depende sintaticamente da outra, isto é, há uma
Oração principal, que é incompleta, e há uma oração subordinada, que se liga à oração
principal completando-a, ou seja, a oração subordinada funciona como o termo que falta
para completar a oração principal. Onde na coordenação e bem diferente pois na
coordenação as orações são unidas sem que uma dependa da outra sintaticamente, isto é,
são orações independentes e completas sintaticamente, que vêm ligadas por conjunções
ou locuções, ou ainda simplesmente justapostas sem qualquer conector, estes estudos
foram todos trazidos e mostrados com exemplos claros ao longo do trabalho, para fácil
compreensão.

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6.0.Referencias bibliográficas
 Araújo, L. (2011), frases simples e complexas.
 Britos, M. A. (1998), A terminologia Linguística para o Ensino Básico e
Secundário: Algumas Reflexões sobre o Subdomínio de Sintaxe. Porto.
 Bezerra, R. (2015), Nova gramatica da Língua Portuguesa, EDITORA MÉTODO
LTDA. Rua Dona Brígida, 701, Vila Mariana–04111-081–São Paulo–SP
 Fátima Azóia, Fátima Santos (2005), Orações Subordinadas, Texto Editores
 Ignácio, S. E. (1993), O Ensino da Análise Sintática. Alfa,
 Montenegro, M. H, (2010), A Nova Terminologia do Ensino do português: frases
complexas. Ponta Delgada.
 Pinto, J.M. de C. (2002), Gramática na Língua e no Discurso, Porto Editora,
Porto.

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