Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
5.0. Conclusão......................................................................................................... 16
1
1.0.Introdução
Uma das qualidades que define o ser humano e os outros e a fala, isto e, a capacidade de
produzir e entender palavras codificadas e ainda mais codifica-las, entretanto, como
estudantes do curso de línguas, especialmente a língua portuguesa, foi nos dada a
responsabilidade de fazer uma analise no que diz respeito a frase, isto e, frase complexa,
o presente trabalho tem como objetivo primordial conceituar a frase complexa, de seguida
identificar os processos de juncão de orações para que haja a frase complexa, sendo eles
a coordenação e a subordinação, e identificar os diferentes tipos de coordenação assim
como a subordinação, faremos um breve resumo das matérias seguidos de exemplos.
O trabalho será submetido a cadeira de língua portuguesa IV como parte de uma atividade
avaliativa orientada pelo dr. Arsénio Adriano, a realização do mesmo só foi possível
devido a contingente interação dos membros do grupo que com a ajuda de certos materiais
eletrónicas assim como físicos também fez-se a revisão e análise do material bibliográfico
já publicados de autores que trabalharam com os conceitos relacionados e relevantes para
o desenvolvimento da pesquisa que no final do mesmo iremos referencia-los na
bibliografia, o mesmo será posteriormente apresentado na sala de aulas.
2
2.0.Conceitos básicos
De um modo simples, define-se a frase como sendo todo o enunciado com o sentido
completo. A frase pode ser simples ou complexa;
Ela é simples quando é constituídas por apenas uma oração e complexa quando, na sua
composição, verificar-se duas ou mais orações.
De forma mais simples, Pinto, J. M. C. (2002), diz: “frase complexa é aquela que contem
dois ou mais verbos conjugados, e por consequência, duas ou mais orações.”
De acordo com o mesmo pensamento, Araújo L. (2011), nos permite entender que a frase
complexa é constituída por duas ou mais frases simples ou orações que estão ligadas entre
si por dois processos conhecidos como coordenação e subordinação;
3
2.2.Alguns aspetos a considerar na frase complexa
“Na hipótese de nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira votação, far-
se-á nova eleição no último domingo de outubro do ano anterior ao término do mandato
presidencial vigente, concorrendo os dois candidatos mais votados e considerando-se
eleito, agora em segundo turno, aquele que obtiver a maioria dos votos válidos” (Bezerra,
R. 2015).
A partir do exemplo dado, pode-se concluir que na frase acima existem praticamente
cinco (5) orações; logo, o número dos verbos existentes num período determina o número
das orações do mesmo.
Ex; Enquanto exerce funções típicas, o órgão executivo pratica atos de chefia de estado,
chefia de governo e atos de administração. Quando atua atipicamente, o órgão executivo
legisla uma vez que pode emitir medidas provisórias (Bezerra, R. 2015).
Como se pode observar, temos neste exemplo os conectores: “enquanto, quando, uma
vez que.”
3.0.A Coordenação
O período coordenado, como diz Bezerra, R. (2015), é aquele em que aparecem orações
sintaticamente independentes umas das outras. Saliente-se que a independência é
sintática, pois no período coordenado sempre existirá uma dependência semântica, isto é,
de sentido, de forma que a retirada de uma oração prejudica o sentido do enunciado. Por
4
isso, diz-se que no período coordenado há vínculo semântico, mas não há vínculo
sintático.
Bezerra, R. (2015), sustenta que, como não existe o vínculo sintático, as orações no
período coordenado classificam-se pela presença ou não das conjunções coordenadas. Daí
elas serem:
Ex. 1; Todos saíram mais cedo, foram para uma lanchonete próximo da escola.
5
Bezerra, R. (2015), sustenta que nem sempre a conjunção “e” funcionará como aditiva;
como se pode ver, nas construções abaixo, ela aparece como a conjunção coordenada
adversativa:
6
3.3.4. Coordenadas alternativas
Coordenadas alternativas são aquelas que expressam uma alternância, uma disjunção. As
principais conjunções alternativas são: ou, ou… ou, ora… ora, quer… quer, seja…
seja, já… já, talvez…talvez.
Ora o rapaz levantava um braço, ora coçava a cabeça, ora se espremia na cadeira.
Responda todo o capítulo do livro ou não sairá no intervalo.
Quer ele falasse, quer ele ficasse calado, todos o recriminavam.
Bezerra, R. (2015), sustenta que as orações Coordenadas conclusivas são aquelas que
exprimem uma conclusão, uma dedução lógica da ideia contida na oração precedente. E
as principais conjunções conclusivas são: logo, pois (posposto ao verbo), portanto, por
isso, por conseguinte. Por exemple:
Estas são aquelas que justificam a informação da oração precedente; fornecem, portanto,
uma explicação, um motivo. São as principais conjunções explicativas as seguintes: que,
porque, pois (anteposto ao verbo), porquanto (Bezerra, R. 2015). Como por exemplo:
É importante que se ponha sempre em conta de que após orações imperativas, ou seja,
aquelas que dão ordem ou fazem um pedido, a estrutura que se segue é geralmente
explicativa. Por exemplo:
4.0.A Subordinação
7
A oração subordinada, de acordo com Montenegro (2010), é aquela que é obtida numa
frase complexa que desempenha uma função sintática na frase em que se encontra. Elas
podem desempenhar as funções sintáticas de sujeito, complemento ou modificador, e
segundo o tipo de função sintática que desempenham, estas orações podem ser
classificadas como substantivas, adjetivas ou adverbiais. E, as orações subordinadas, de
acordo com Azóia, F. e Santos, F. (2005), são introduzidas por conjunções e locuções
subordinativas que ligam elementos sintáticas e semanticamente dependentes.
Oração principal: aquela que rege a oração subordinada. Não é principal porque contém
algo a mais do que a subordinada, mas sim porque possui uma outra oração a qual
exercerá uma função sintática em relação àquela, e;
Oração subordinada: que é a oração que exercerá uma função sintática (sujeito, objeto
direto, objeto indireto, complemento nominal, aposto, predicativo, agente da passiva,
adjunto adnominal ou adjunto adverbial) para uma outra oração a qual lhe servirá como
oração principal.
Estas orações, de acordo com Azóia, F. e Santos, F. (2005), são as que funcionam como
argumento de um verbo, de um nome ou adjectivo da frase superior. E elas subdividem-
se em:
8
como por exemplo, que, se, para ou por um elemento omisso, desempenhando, entre
outras, a função de sujeito e complemento directo. Por exemplo:
Relativas explicativas: estas orações são introduzidas pelas palavras relativas que,
quem, o/a qual, os/as quais, cujo(a), cujos (as), onde, quanto, desempenhando a função
sintáctica de modificadores apositivos do nome. (A omissão da relativa explicativa não
altera o sentido da subordinante.) Por exemplos:
9
Estas orações, de acordo como Bezerra, R. (2015), explicam, estendem o significado,
exprimem o sentido geral do substantivo antecedente. Geralmente o substantivo ou
pronome substantivo representa um ser único. As orações adjetivas explicativas possuem
um valor aproximado de um aposto explicativo. Podem, portanto, ser retiradas da oração
sem prejuízo para o sentido. Aparecem na escrita isoladas por vírgula(s).
Relativas restritivas: estas são introduzidas pelas palavras relativas que, quem, o/a qual,
os/as quais, cujo(a), cujos (as), onde, quanto, tendo a função de restringir a informação
dada sobre o antecedente, ou seja, identificar a parte do domínio denotado pelo
antecedente, desempenhando a função sintáctica de modificador restritivo do nome. (A
omissão da relativa restritiva implica uma alteração do sentido da subordinante.)
Por meio desde pelo enunciado do exemplo acima, se pode observar que “há outros
homens que caminhavam na calçada esquerda”.
O romance que foi escrito por Miguel Sousa Tavares tornou-se num campeão
de vendas.
A maioria das pessoas a quem se telefona não responde aos inquéritos.
A nódoa de pêssego onde cai fica.
É importante referir que, de acordo com Bezerra, R. (2015), há orações, como já vimos,
que só podem ser explicativas ou restritivas. Não há variações. Como se pode observe
pelos exemplos a seguir:
10
Neste período percebe-se que não todos os homens que fumam. Logo, não são
todos que incomodam os outros. Só incomodam aqueles que fumam. Portanto, a
oração é essencialmente restritiva.
O homem, que é mortal, deve sempre buscar as coisas mais nobres e sublimes dá
vida.
Já neste período, a informação “que é mortal” se aplica indistintamente a todos
os homens. Portanto, a oração é essencialmente explicativa.
Entretanto, como sustenta Bezerra, R. (2015), há orações adjetivas que podem ser tanto
restritivas quanto explicativas, dependendo do sentido que lhes queiramos dar. Por
exemplo:
Através destes exemplos pode-se perceber que na primeira estrutura oração adjetiva
restritiva não se pode dizer exatamente quantos funcionários possui a empresa. Sabe-se
tão somente que ela possui 300 que residem na cidade de Chimoio. Por outro lado, já na
segunda estrutura adjetiva explicativa, percebe-se que a empresa só possui 300
funcionários e todos residem em Olinda.
Causais: são aquelas que estabelecem a causa, o motivo para o fato (efeito) contido na
oração principal. Iniciam uma oração subordinada que indica causa.
As principais conjunções subordinativas causais são: que, porque, já que, uma vez que,
visto que, visto como, pois, como (quando equivale: já que, visto que), porquanto.
Ex.: Não vou à praia visto que está a chover. Como está a chover, não vou à praia.
Dado que está a chover, não vou à praia. Não vou à praia, uma vez que está a chover.
11
Bezerra, R. (2015), estabelece alguns princípios sustentando que:
O governo elevou a taxa de juros, porque o consumo aumentou nas grandes cidades.
(Subordinada causal)
Por exemplo:
“Saiu do hospital gritando que fazia dó.” Em vez de: (Saiu do hospital gritando TANTO
que fazia dó.)
12
“Os olhos brilham, o prazer arregaça-lhe o focinho, e as pernas voam que parecem asas.”
Em vez de: (…voam TANTO que parecem asas.”)
Concessivas: estas orações, como explica Bezerra, R. (2015), são as que indicam uma
oposição, um óbice, um empecilho, alguma coisa que poderia impedir a realização do fato
contido na oração principal. Uma das principais características deste tipo de oração é a
presença de um verbo no modo subjuntivo.
Por exemplo:
Fez todo o exercício sem que ninguém o ajudasse. (O. Subordinada adverbial
concessiva)
Por mais que o governo se esforce, a violência continua aumentando nas grandes
cidades. (O. Subordinada adverbial concessiva)
A não ser que a taxa de juros caia consideravelmente, não adquiriremos mais produtos
importados. (O. Subordinada adverbial condicional)
Contanto que todos saíssem antes da meia-noite, não se opunha a que a festa fosse na
casa dele. (O. Subordinada adverbial condicional)
13
Senhor, por que me enviastes para esta missão se sabíeis que eu era franco? (adverbial
causal)
Finais: são orações que indicam a finalidade, o objetivo, o alvo do fato contido na oração
principal. As principais conjunções subordinativas finais são: que, para que, a fim de que,
porque (quando equivale “para que”, “a fim de que”).
Por exemplo:
Por exemplo:
14
As principais conjunções subordinativas comparativas são: como, assim como, tal e
qual, tal qual, mais que ou do que, menos que ou do que, tanto quanto, feito (quando
equivale a “como”).
Por exemplo:
Não sei por que saiu correndo desesperadamente, feito um louco. (O.
Subordinada adverbial comparativa)
Os escoteiros partiram para a selva num só movimento, qual exército
marchando contra o inimigo. (O. Subordinada adverbial comparativa)
Bezerra, R. 2015), explica que nas estruturas comparativas, a conjunção comparativa liga
partes da oração de mesma função. Entretanto, em muitos casos, a bem da clareza, o
segundo elemento da comparação deve, a despeito de funcionar como objeto direto, vir
encabeçado por uma preposição, geralmente a preposição “a” para evitar ambiguidades.
Por exemplo:
À medida que o progresso avança, o meio ambiente sofre com o uso excessivo de seus
recursos. (O. Subordinada adverbial proporcional)
Quanto mais ela estuda mais duvidas surgem. (O. Subordinada adverbial proporcional)
15
5.0. Conclusão
16
6.0.Referencias bibliográficas
Araújo, L. (2011), frases simples e complexas.
Britos, M. A. (1998), A terminologia Linguística para o Ensino Básico e
Secundário: Algumas Reflexões sobre o Subdomínio de Sintaxe. Porto.
Bezerra, R. (2015), Nova gramatica da Língua Portuguesa, EDITORA MÉTODO
LTDA. Rua Dona Brígida, 701, Vila Mariana–04111-081–São Paulo–SP
Fátima Azóia, Fátima Santos (2005), Orações Subordinadas, Texto Editores
Ignácio, S. E. (1993), O Ensino da Análise Sintática. Alfa,
Montenegro, M. H, (2010), A Nova Terminologia do Ensino do português: frases
complexas. Ponta Delgada.
Pinto, J.M. de C. (2002), Gramática na Língua e no Discurso, Porto Editora,
Porto.
17