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Helton Ubisse
Jotália Cossa
Shílzia Hassamo
Universidade Save
Chongoene
2024
Crisalda Michamo
Helton Ubisse
Jotália Cossa
Shílzia Hassamo
Universidade Save
Chongoene
2024
CAPĺTULO I:Fundamentação Teorética
Neste capítulo, importa referenciar o entendimento de Severino (2002), que fala sobre o quadro
teórico que constitui categorias e conceitos, formando sistematicamente um conjunto
logicamente coerente, dentro do qual o trabalho do pesquisador se fundamenta e se desenvolve.
(p. 34)
Ex:
Segundo Lima (2006) a oração é caracterizada como uma frase que divide-se em sujeito e
predicado, termos essenciais para que haja uma oração, de acordo com a tradição gramatical.
1.2.Noções de coordenação
Para Rapouso (2013) a coordenaçã integra-se na classe mais vasta dos processos paratáticos,
caracterizados por combinarem unidades gramaticais idênticas ou semelhantes, por vezes sem
qualquer articulação formal, de tal maneira que, no constituinte resultante, as duas unidades são
equivalentes, encontrando-se no mesmo nivel hierarquico da estrutura sintactica.
Na visao de Peres e Moia (1995) o processo gramatical de coordenação consiste em ligar duas
ou mais estruturas por um operador designado conjuncao coordenativa, de tal modo que as
expressoes que são coordenadas desempenham conjuntamente uma funcao sintactica na frase em
que se inserem.Em geral, as expressoes coordenadas são da mesma categoria sintactica, seja
possivel coordenar constituintes de diferentes categorias.
Mais de metade doos rapazes e raparigas que se encontram nesta sala são açorianos.
( coordenação copulativa de nomes)
O Paulo fez um desenho ou escreveu um poema.( cordenação disjuntiva de sintagmas
verbais ou de frases, consoante a análise sintáctica)
Como se pode verificar, em todas estas estruturas o constituinte resultante na coordenação tem
no seu conjunto a mesma função sintáctica que teriam os constituintes que são coordenados, se
ocorresem isoladamente.
1.2.1.Características da coordenação
Mateus et all (2003) afirma que a coordenação caracteriza-se por combinar constituintes do
mesmo nível categorial- nucleos ou constituintes plenamente expandidos, sintagmas ou frases,
que desempenham as mesmas funções sintácticas e semânticas.A expressão linguística resultante
é uma unidade complexa que exibe as mesmas funções dos termos iniciais:
Segundo Casteleiro (1995) as orações que integram as frases complexas formadas por
coordenacao dispoem-se em geral, segundo uma ordem fixa a qual implica, portanto, uma certa
hierarquizacao entre elas.É o que concluimos da analise de exemplos como os seguintes:
Assim, no exemplo acima verifica-se que as tre oracoes constituintes contêm o mesmo sujeito
( os esquilos). Ora, tal sujeito está expresso na oração inicial. E esta, portanto, que deve preceder
lógica e formalmente as seguintes, podendo, por isso, ser designada como oração coordenante.
As outras são orações coordenadas àquela, a primeira assindenticamente, isto é, sem conjunção
expressa, e a última sindenticamente, ou seja, com a conjunção explicitada.
No exemplo acima podemos notar que a segunda oração implica um contraste relativamente a
primeira, o qual é expresso por meio da conjunção mas. Do ponto de vista lógico formal a
primeira funciona, pois, como oração coordenante relativamente a segunda.
Nota: Na frase acima a oração coordenada releva, de certo modo apagamento de um constituinte
do complemento predicativo (anaimais).
Ela disse que estava cansada [mas que não se podia deitar]
Quando estiveres de ferias [ou quando não tiveres aulas podes ir ao cinema]
1.2.4.Propriedades das estruturas paratáticas
Em seguida apresentaremos a
Com efeito, nas frases acima o menbro cordenante não é sujeito de nenhum constituinte incluido
no segundo menbro coordenado; do mesmo modo, o segundo termo coordenado não é
selecionado como um complemento ou um adjunto de um elemento presente no primeiro
menbro coordenado.Pelo contrário, como a coordenação de domínios subordinados motra,
ambos os termos coordenados desempenham a mesma função sintáctica e a mesma função
semântica.
iii. Uma outr apropriedade que nos permite distinguir a subordinacao da coordenacao é a
mobilidade dos constituintes.De facto contrariamente ao tradicionalmente assumido,os
termos corrdenados tem muito pouca mobilidade. Assim, diferentemente do que acontece
com as frases subordinadas completivas e adverbiais como nos exemplos:
Ele so confessou que detestava cozinhar á Maria.
Que detestava cozinhar, ele so confessou á Maria.
Ele vai ao restaurante quando não quer fazer o jantar.
Quando não quer fazer o jantar, ele vai ao restaurante.
As frases coordenadas não podem ser facilmente deslocadas na frase. vejam-se os seguintes
contrastes:
Esta mesma falta de mobilidade se verifica em estruturas de coordenacao não frasica, como
ilustrado seguidamente:
A manipulação efectuada consiste em não considerar como parte integrante dos partes
coordenados os conectores coordenativos que o introduzem. Adicionalmente os casos
considerados são aqueles em que os termos são semanticamente simétricos e formalmente
independentes um do outro, sendo irrelevante qual deles ocupa a posicao de coordenante e de
coordenado.
O menbro coordenante tem de estar numa posição estrutural que lhe permita fixar o conteudo do
constituinte eliptico, motivo pelo qual tem de o precder.Quanto ao exemplo:
* Eles não foram de férias mas [a Ana e o Pedro] foram para o Algarve.
São equivalentes a:
A-Hoje so tenho tido arrelia: o tránsito esta diabólico, bati com o carro e faltei ao
trabalho
viii. Nas frases presentes numa estrutura de subordinacao apenas o segundo procedimento é
possivel, dado que as frases subordinadas não podem caracteristicamente repartir-se por
fragmentos discursivos autonomos.Assim, enquanto as frases a seguir:
A- Se a Maria não come a sopa…
B- A mae não a leva ao cinema,
A- Embora hoje esteja quente…
B- A crianaca tem frio.
Paralelas a :
A-Hoje so tenho tido arrelias: o transito esta diabolico, bati com o carro e faltei ao trabalho, Bati
com o carro e faltei ao trabalho.
A- Hoje so tenho tido arrelia: o transito esta diabolico, bati com o carro e faltei ao trabalho
Segundo Rapouso et all (2013) a articulação dos termos de uma estrutura composta pode ser feita
de duas maneiras distintas: Coordenação simples e coordenação correlativa.
1.2.5.1.Coordenação simples
É aquela composta por uma única conjunção indroduzindo o segundo termo (e articulando-o ao
primeiro), e os conectores que ocorrem nessas frases, designam-se conjuções coordenativas
simples.
1.2.5.2.Coordenação correlativa
É aquela composta por duas conjuções ou locuções cada uma delas introduzindo um dos tempos
(e a segunda articulando o primeiro com o segundo), como se ilusta nos exemplos abaixo:
Nota: A este tipo de conjunções simples sendo o todo formado pelo seu redobro nem…nem…
ou…ou…ora…ora…, a este de conector denomina-se conjunção coordenativa correlativa por
redobro ou simplesmente correlativa.
No caso dos exemplos abaixo em que o conector complexo inclui ou mais elementos de
natureza adverbial e, na maioria dos casos um dos seus menbros ou ambos é uma locução
( excetua-se tanto…como): não só.. mas também, não só…como (também); a este tipo de
conector chama-se locução conjuncional coordenativa correlativa adverbial ou
simplesmente locução correlativa.
Segundo Raouso et all (2013) a coordenacao binaria é aquela que envolve dois termos, como
podemos verificar nos seguintes exemplos:
*[A Ana foi ao concerto mas o Rui foi ao cinema mas o Luis foi ao teatro]
Na visao de Rapouso et all (2013) coordenação simples sindêtica é aquela em que a conjunção
coordenativa só ocorre realizada antes do último termo. Em seguida mostraremos de forma
ordenada exemplos de coordenaçã simples, binária e sindética:
Peres e Moia (1995) acrescentam cinco estruturas de coordenação, que são nomeadamente:
Copulativa ou aditiva;
Disjuntiva ou alternativa;
Adversativa;
Conclusiva;
Explicativa.
Ex:
Confirmando o que dissemos sobre a sintaxe destas estruturas, vemos que, na segunda frase, a
função sintáctica de sujeito é desempenhada pelo sintagma nominal a Rita e o Paulo. Assim
sendo, podemos dizer que os sintagmas nominais a Rita da primeira frase e a Rita e o Paulo da
segunda são equivalentes no que respeita a função sintática.
No plano semântico, a frase A Rita comprou um carro é ambíguia, na medida em que pode
significar que o Paulo e a Rita compraram um carro juntos ou cada um comprou o seu carro.
Assim sendo, podemos considerar que a conjução coordenativa e está a desempenhar uma de
duas funções: ou esta permitir a refrencia a uma entidade coletiva formada apartir das entidades
Rita e Paula, entidade essa que é o comprador de um carro- leitura grupal-, ou esta a permitir
que a propriedade de comprar um carro se aplique tanto a Rita como ao Paulo, tomados
independentimente um do outro-leitura distribuitiva.
Atraves desses exemplos pode ver-se que as orações regidas pelas formas de origem verbal
quer..quer… e seja..seja, a apresentam comportamento sintáctico diverso entre si e ainda
relativamente a ou…ou ( ou nem…nem).
Assim quer…quer são compatives com formas finitas do verbo ser, mas seja…seja… so
adimitem o infinitiva.Neste sentido quando quer se combinar com seja esta forma readire o seu
valor verbal plena.
A origem verbal da forma quer esta bem patente no facto de ela so ser compativel com o
conjuntivo.Por sua vez, o valor verbal de seja esta patente na exigencia de concordancia com o
sujeito da oração.
Por outro lado as orações disjuntivas regidas pelas formas correlatas quer…quer e seja…seja
exigem a presença de uma oração coordenante colocada antes ou depois delas e a qual de certo
modo de subordinam pelo menos em termos logico-semânticos.
Pelo contrário as oraçõs disjuntivas regidas de ou…ou … nem…nem… e ora …ora… não
dependem de nenhuma oração coordenante.
Alem do valor de negação contido em nem…nem … existe entre esta e ou…ou uma diferença
importante já assinalada anteriormente.
Assim no caso de ou…ou…se uma oração é verdadeira a outra tem de ser falsa e vice
versa.No caso de nem…nem … so podem ser ambas falsas.Com ora…ora… todas possibilidades
são admitidas por isso se diz, como vimos anteriormente que ou e ou são disjuntivas plenas e as
outras são distribuitivas.
A coordenação copulativa pode ser efectuada mediante outros conectores- muitos dos quais
constituidos por mais de uma unidade gráfica e por isso tradicionalmente designados locuções
conjuncionais- para alem de e. É, por exemplo, o caso de assim como, de bem como, de nem, e
das expressões descontinuas não so… mas também e tanto… como.
Nem
Nem só pode ser usado quando ocorre, em posição apropriado, uma expressão com uma marca
negativa, como não ou ninguem. Quando este oprerador não está presente nem tem de ser
substituido pelo coordenador e seguido do operador de negação, isto é, pela sequencia e na.
Vejam-se as seguintes frases gramaticais, resultantes dessa substituição nas frases gramaticais
dadas acima:
Casos existem, porem, em que os termos da alternativa não se excluem necessariamente são os
casos de estrutura de disjunção inclusiva. Como os que a seguir exemplificamos:
Podes ouvir musica, ou ler, ou passear no jardim, ou fazer oque te der na real gana.
Leva do que quiseres, peras ou maça
Na visao de Casteleiro (1995) desiganam-se como orações copulativas aquelas que implicam
uma relacao de coordenacao aditiva.Sao em geral, introduzidas pelas conjuncoes e e nem ( que
tem valor de negação sendo equivalente a e não ) e ainda por coordenadores correlatos do tipo
nem..nem…, não so… mas… tambem,etc. Eix alguns exemplos:
Valor adversativo
Passo a vida a corre e estou sempre atrasada. ( mas estou sempre atrasada)
Fui convidada para a afesta e não fiquei centente. ( mas não fiquei contente)
Valor conclusivo
Acabei a tarefa que tinha entre mãos e vou descansar. ( por isso vou descansar)
Estava doente e não conseguia levantar-se da cama. ( portanto, não conseguia levanatr
ada cama)
Valor condicional
Não fazes o que te peço, e fico zangada. (se não fazes oque peço, fico zangada.)
Valor de sequencialidade temporal
As orações coodenadas mesmo sem a presença de um marcador temporal explícito, podem ainda
expressar a ordenação temporal dos acontecimentos, quando denotam situações que são, pelo seu
conteúdo, facilmente entendidas como sequenciais. Notemos os exemplos a seguir, em que está
implícito o valor temporal dos advérbios.
1.2.5.7.Orações adversativas
Ontem ficamos em casa, mas hoje, contudo ( entretanto,porem, todavia etc, ), saimos.
As conjunções mas e e devem ocupar o inicio da frase coordenada.As outras formas adversativas
já mencionadas gozam de grande mobilidade na oração.
Das duas posições posições mencionadas nestes exemplos a ultima ( em fim de oração ) é, sem
duvidas, a menos boa mas aceitavel, contudo.
Essa condicao pressupoe que nem tudo pode ser coordenado numa lingua natural.Existem, de
facto, incompatibilidades, que podem sertanto de ordem semantica como de ordem sintactica.
ilustraremos em seguida os exemplos que denotam a incompatibilidade semântica:
O que acontece nesta frase é que se pretende que o sintagma preposicional com director funcione
como argumento simultaneamente do predicado verbal dirigir-se e do predicado verbal falar.
Uma estratégia de otencao de uma estrutura gramatical é a pronominalização:
*O Paulo está ansioso por ir para férias e em passar os dias de papo para o ar.
A razão por que nesta frase se viola esta condição reside no facto de no argumento interno do
predicador ansioso, se coordenarem dois sintagmas preposicionais, dos quais apenas um é
introduzido pela preposição requerida para esse argumento, isto é, por . Gramaticais são as
seguintes:
O Paulo está ansioso por ir para férias e por passar os dias de papo para o ar.
O Paulo está ansioso por ir para férias e passar os dias do papo para o ar.
1.4. Elipse ;;
O Paulo apresentou uma proposta aos colegas durante a reunião e a Ana também
apresentou uma proposta aos colegas durante a reunião.
O Paulo apresentou uma proposta aos colegas durante a reunião mas a Ana não
apresentou uma proposta aos colegas durante a reunião.
A não omissão dos elementos idênticos nas estruturas de coordenação é interpretada como um
processo enfático, que veincula uma informação menos precisa do que a das estruturas elípticas
correspndentes, na medida em que não destaca informação nova que seria a realizada nas
estruturas abaixo.
Esta tensão entre não redundância e caracter informativo está presente em todas as
estrututuras de coordenação elípticas e não elípticas assim, uma frase como :*O Paulo apresentou
a proposta e a Ana. Não é redundante, mas é suficientemente informativa.
A coordenação dos dois SNs da frase acima produz uma interpretação pragmaticamente anámala
( apresentar uma proposta é uma situação diversa de apresentar uma pessoa), mas não há
indicações formais que mostrem que os constituintes a coordenar são as frases.Pelo contrário em
"O Paulo apresentou a proposta e Ana também e O Paulo apresentou a proposta e a Ana não "
são exemplos não reduntantes e informativos: em ambos os casos o conteudo do predicado do
segundo termo coordenado é estabelecido pelo primeiro, e a presença dos advérbios também e
não indica que exite um predicado elíptico denotativamente idêntico como podemos ver em O
Paulo apresentou a proposta e Ana também ou disjunto em O Paulo apresentou a proposta e a
Ana não relativamente ao predicado realizado do primeiro menbro coordenado.
1.5.Anáfora
Segundo Mateus (2003) na retórica, a anáfora é considerada uma figura de estilo que consiste na
repetiçã de uma palavra ou de um grupo de palavras no início de enunciados sucessivos, visando
enfatizar tal expressão:
Na linguística moderna, o conceito de anáfora não é uniforme, tendendo, de qualquer modo, a ser
visto como o processo que consiste em utilizar uma forma linguística ou um vazio para remeter
para algo que foi dito anteriormente neste caso o antecedente.
1.5.1.Anáfora nominal
Sentou-se uma rapariga ao meu lado no teatro; esta rapariga era minha vizinha e
começamos a conversar.
O meu irmão chegou de férias, aquele querido.
1.5.2.Anáfora pronominal
Nos dois primeiros exemplos ilustram casos distintos de elipse, no terceiro exemplo o vazio
substitui o nome casa, sendo um caso típico de elipse nominal, e por fim o último exemplo
ilustra um caso de elipse do SV, tendo o bazio o valor de resolver esse problema sozinha.
1.6.Processos de Enfatização
Um meio sintáctico usual de realizar a ênfase consiste em alterar a ordem habitual de colação
das palavras na frase.
Ex:
Ex:
Ex:
Repetição enfática
Segundo Rapouso (2013) num uso estilisticamente marcado, a coordenação adversativa marca a
repetição enfática de um adjectivo ou de um verbo, com a finaldade de reforçar alguma
propriedade que se atribuiu ao sujeito da predicação ou à entidade representada pelo nome
modificado (no caso de a repetição envolver um adjectivo atribuitivo, como se ilustra abaixo):
Neste cuso, o segundo termo coordenado pode combinar-se com um advérbio quantificacional,
como muito, como mesmo ou realmente.O advérbio muito pode ele próprio ser coordenado
desde modo:
Nesta construção, o contraste típico da coordenação adversativa advêm não de uma oposição
entre proriedades ou valores de verdade, mas sim da própria intensidade atribuída à propriedade
ou a actividade, intensidade essa sentida pelo falante como algo inesperado.
1.5.Coordenação e aposição
Segundo Mateus et all (2003) a coordenação distingue-se da aposição, um proceso que consiste
em justapor a sintagmas ou frases outros sintagmas e frases, materializando-se a conexão entre
essas unidades atraves da utilização de pausas e de uma entoação específica:
Em qualquel dos casos acima o aposto não pode ser substituido por um sintagama
coordenado:
Por outro lado as frases que apresentaremos a diante mostram que a aposição é compatível com
a coordenação, embora a presença da conjunção copulativa seja facultativa.
Em suma a aposição não pode ser reduzida a um caso de coordenação na medida em que
pode incluir processos de formação de unidades sintácticas complexas distintos da coordenação
e ser, inclusivamente, compatível com este.