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Trabalho de Campo 1
Relação de subordinação e coordenação
Nampula
Junho de 2022
Índice
1.Introdução ..................................................................................................................................... 3
1.3.Metodologia ............................................................................................................................... 4
2.1.Sindética .................................................................................................................................... 6
2.2.Assindéticas ............................................................................................................................... 7
3.Subordinação .............................................................................................................................. 10
4.Conclusão ................................................................................................................................... 13
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1.Introdução
O presente trabalho tem como tema, coordenação e subordinação. Para tanto, percebe-se
que se faz necessário e fundamental, para um bom entendimento desses processos, estabelecer as
diferenças existentes entre a coordenação e a subordinação. Esta dependente sintática e
semanticamente da oração principal; aquela independente do ponto de vista sintático, mas
dependente no que diz respeito ao sentido (semântica). Feito isso podemos avançar nossos
estudos no que se refere à análise do período composto por coordenação e por subordinação em
língua portuguesa. A fim de rever certas definições da gramática tradicional que muitas vezes por
serem mal compreendidas por parte dos professores e dos alunos comprometem o aprendizado
destes no que diz respeito a esse assunto. Em contrapartida, procura-se abordar alguns aspectos à
luz das contribuições linguísticas acrescentando as análises, elementos como a pragmática, a
semântica, a intenção do falante, elementos que por serem postos de lado pela GT comprometem
o entendimento do funcionamento da língua como um todo e suas possíveis variações a depender
do contexto em que são produzidas.
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1.1.Objetivo geral
➢ Compreender o uso das orações coordenadas e subordinadas.
1.2.Objetivos específicos
➢ Descrever as orações coordenadas e subordinadas.
➢ Demostrar a importância do uso das orações coordenadas e subordinadas nas frases.
1.3.Metodologia
O presente trabalho, fundamentaliza-se no uso de uma metodologia qualitativa
incluindo a consulta bibliográfica, em diversas obras acessíveis, a partir de uma leitura atenta,
critica e exaustiva, em que de uma forma descritiva e interpretativa analisou-se o tema em
abordagem.
O trabalho, sendo de cunho académico, leva consigo uma estruturação constituída por
elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais. E sendo um trabalho científico e de carácter
apresentativo, perspectiva-se brindar o auditório no âmbito da apresentação do mesmo, e mostrar
sua disponibilidade e abertura em casos de dúvidas, críticas e sugestões relacionadas ao mesmo.
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2.Coordenação e Subordinação
Segundo (Abreu, 1997) salienta que “as gramáticas do português definem a coordenação
como a relação sintática entre duas orações independentes e a subordinação como a relação
sintática em que uma oração (a subordinada) completa o sentido de uma outra, chamada principal
(p. 89)”.
Em segundo lugar, porque a divisão entre coordenação e subordinação às vezes não fica
bastante clara, como no caso das orações coordenadas explicativas e subordinadas usais, o que
leva a crer que a diferença entre elas não é alguma coisa que tenha um caráter "digital", mas antes
"analógico". De fato, Kuno, em obra de 1973 (apud Haiman & Thompson, 1984), sugere que a
dicotomia entre coordenação e subordinação deve ser substituída por um continuum.
Também Haiman & Thompson (1984) citados por (Abreu, 1997) dizem que “esses dois
tipos de relação sintática configuram um fenômeno essencialmente multidimensional. O
problema que se coloca é como fazer uma descrição desses dois processos, mostrando o que
aproxima ou distancia uma determinada oração de um ou de outro processo” (p. 67).
Um dos caminhos poderia ser utilizar situações concretas de discurso, para daí tentar
estabelecer diferenças e aproximações. É o que propõe, por exemplo, Koch (1984, p.111),
dizendo que:
Dentro desse enfoque, Koch mostra que orações sintaticamente "desligadas “podem
apresentar relações de interdependência pragmática. Segundo Koch citado por (Abreu, 1997),
“São chamados períodos compostos por coordenação aqueles em que as orações estão
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articuladas, mas não há dependência entre elas. O período composto por subordinação, por sua
vez possui orações articuladas, mas com uma relação de dependência” (p.78).
O mesmo autor diz que coordenação na língua portuguesa e composto por orações que
são autônomas, independentes entre si, mas que juntas complementam o sentido da frase... já o
período composto por subordinação apresenta orações que são dependentes entre si, são
subordinadas. Em síntese, um período composto por coordenação e formado por orações
coordenação; um período composto por subordinação e formado por uma oração principal e outra
(s) subordinação (s); e um período composto por coordenação e subordinação possui os dois tipos
de relações.
2.1.Sindética
Para (Marcos , 2005), “na coordenação sindética, a ligação das orações coordenadas e
feita com recurso a conjugações coordenativas” (p. 241).
Exemplos: Explicação:
Ontem fui a praia e amanhã vou passear no As conjunções coordenativas nunca
campo ocorrem na primeira oração coordenada,
Vou ao cinema ou vou ao teatro precedem apenas a segunda oração
Visitei o museu. Mas não o pude ver todo coordenada
Tenho algum tempo, logo fico um pouco mais
A Ana tem dor de cabeça, porque apanhou
demasiado sol.
Nem almocei, nem lanchei. Quando se recorre as conjunções
Não só ontem fui a praia, como amanhã vou correlativas, estas ocorrem antes de
passear no campo. cada uma das orações coordenadas.
Logo, ou vou ao cinema ou vou ao teatro
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Disjuntivas Ou Ou...ou, quer...quer,
Nem...nem
Adversativas Mas, porém, todavia,
contudo
Conclusivas Logo, portanto, por
conseguinte, por isso
Explicativas Pois, que, porque, porquanto
2.2.Assindéticas
Segundo (Marcos , 2005) “na coordenação assindética, a ligação das orações
coordenadas e feita através de uma pausa” (p. 241).
Exemplos: Explicação:
Encontrei a Ana, encontrei a Sofia, mas a ti As orações coordenadas assindéticas estão
não te vi. ligadas pela pausa, podendo combinar-se
Vou ao super mercado, vou ao talho e venho numa frase complexa orações sindéticas e
para casa. assindéticas
As coordenadas assindéticas são usadas para
fazer uma enumeração.
2.3.Orações coordenadas
De acordo com (Marcos , 2005), “como característica das orações coordenadas podem
sintetizar-se os seguintes aspectos” (p. 242):
A ordem das orações não pode ser alterada *E amanhã vou passear no campo, ontem fui
a praia.
Mas não o pude ver todo, visitei um museu
O sujeito e referenciado na primeira oração Tenho algum tempo, logo[eu] fico um pouco
podendo não ser na segunda coordenada mais.
*tem dor de cabeça, porque a Ana apanhou
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demasiado sol.
Uma oração coordenada pode estar ligada a Encontrei a Ana, encontrei a Sofia, mas a ti
outra oração já formada por coordenação não ter vi.
Exemplos: Explicação:
O Manuel vai as aulas e o Eduardo vai com A segunda oração coordenada introduz
ele informações acerca do referido na primeira
Não vou trabalhar, nem fico em casa oração coordenada.
Não só comi fruta, como também comi
gelado.
Exemplos: Explicação:
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2.6.Oração coordenadas adversativas
Para (Marcos , 2005), “a oração adversativa e coordenada através de uma conjunção
adversativa que apresenta um contraste entre as orações coordenadas” (p. 243).
Exemplos:
Explicação:
A segunda oração coordenada apresenta uma ideia que contradiz a informação expressa
na primeira oração.
Exemplos:
Explicação:
Exemplo:
Explicação:
3.Subordinação
Nas orações ligadas por subordinação existe uma estrutura de encaixe, ou seja, a oração
subordinada é um constituinte da oração subordinante.
Subordinante
Exemplos: Explicação:
Esta calor, embora não seja verão. A oração subordinante pode constituir uma
unidade de sentido, como acontece no
Pensei fazer um piquenique.
primeiro exemplo, ou pode necessitar dever o
seu valor completo pela oração subordinada,
como acontece na segunda oração complexa.
Orações subordinadas
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Oração subordinada substantiva completiva: pode constituir um sujeito ou um
complemento do verbo, do nome ou do adjetivo. Existe uma relação de dependência da oração
subordinante para com a oração subordinada substantiva completiva, visto que está completa o
seu sentido.
➢ Finitas
➢ Não finitas
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de férias
Disse que eventualmente
viria
Se +infinitivo Perguntou-me se venho
+condicional amanha
Quis saber se seria possível
antecipar a consulta.
não finitas: o verbo está no modo infinitivo. Não são introduzidas por qualquer palavra (Ø):
Exemplo:
De acordo (Marcos , 2005), “A oração subordinada adjetiva estabelece a sua relação estrutural de
encaixe com a oração subordinante. Ocupando uma posição típica de adjetivo” (p. 252).
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Temporal assim que, antes que +
logo que + tempos do futuro
tempo do
passado e
do presente
Embora; Apesar de + infinito
Concessiva Ainda que, se
bem que
Se, caso; desde A + infinitivo
Condicional que (Ø) + gerúndio
(Ø)+ particípio
Comparativa Como, do
que
Consecutiva Que A ponto de + infinitivo
4.Conclusão
Diante do que foi exposto, concluímos dizendo que a importância da análise
sintática se evidencia na medida em que esteja voltada para a compreensão, a assimilação e
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o desempenho da língua escrita. Desse modo, a eficácia do seu ensino dependerá da
metodologia empregada e da abordagem sempre vinculada ao texto. Pois é muito mais
importante que o aluno saiba utilizar as conjunções e preposições de forma consciente e
adequada do que memorizar o rol e o nome desses conectivos. Logo, ao ensinar análise
sintática estamos criando condições para que o aluno entenda o texto e compreenda o
mecanismo de estruturação da frase, permitindo-lhe produzir textos escritos valendo-se de
estruturas assimiladas em conseqüência da observação e do exercício.
5.Referências Bibliográficas
Abreu, A. S. (1997). Coordenacao e subodinacao, uma proposta de descricao gramatical.
Marcos , J. (2005). Gramatica moderna da lingua portuguesa .
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