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Índice
Capitulo I:...................................................................................................................................4

1.1 Introdução....................................................................................................................................4

1.2 Objectivos....................................................................................................................................4

1.2.1 Objectivo geral...........................................................................................................4

1.2.2 Objectivos específicos...............................................................................................4

1.3 Metodologia de pesquisa...........................................................................................................4

Capitulo II: Fundamentação Teórica..........................................................................................5

2.1 Frase e Enunciado.......................................................................................................................5

2.2 Virgula..........................................................................................................................................6

2.3 Gramaticalidade e Agramaticalidade.......................................................................................8

Capitulo III:..............................................................................................................................10

3.1 Conclusão..................................................................................................................................10

3.2 Referências bibliográficas.......................................................................................................11

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Capitulo I:

1.1 Introdução

O presente trabalho da cadeira de linguística descritiva do Português II, tem como


pano de fundo dotar o estudante de ferramenta básica de Sintaxe e Semântica, à luz das novas
teorias de linguagem, facto que lhe permitirá, como futuro professor, ensinar com correcção a
Língua Portuguesa. Uma grande parte deste ensino e desta comunicação assenta numa boa
aprendizagem do conhecimento explícito, pois só o uso correto do mesmo permitirá que a
comunicação se faça de forma correta. Este estudo, do ponto de vista da metodologia, utiliza
o paradigma interpretativo, uma metodologia qualificativa e a investigação- ação.

1.2 Objectivos

1.2.1 Objectivo geral

 Falar dos apectos linguísticos da organização textual.

1.2.2 Objectivos específicos

 Distinguir a frase do enunciado;


 Mencionar as funções gerais e especificas da vírgula;
 Diferenciar gramaticalidade da agramaticalidade.

1.3 Metodologia de pesquisa

Para a elaboração deste trabalho usou se, o método de Pesquisa bibliográfica, onde se
fez uma série de recola de informações pertinentes para o efeito do trabalho científico em
abordagem. Que é aquela que pode ser elaborada através de material já existente como livros,
artigos científicos, entre outros meios, seguida de uma pesquisa do tipo discretiva.

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Capitulo II: Fundamentação Teórica

2.1 Frase e Enunciado

Embora designem objectos metalinguísticos teoricamente diferentes, não raro vermos


utilizar, indiferentemente, os termos frase e enunciado. É verdade que, por vezes, podemos
aplicar os dois termos a uma mesma sequência linguística, dependendo da perspectiva teórica
em que nos situamos. Há casos, porém, que seria errado fazer tal confusão. O enunciado e a
frase são sequências linguísticas que derivam de uma ou mais proposições. (CHOMSKY,
1981).

CHOMSKY (1981, 1988) define frase assim: “Domínio sintáctico de predicação em


que existe informação de tempo (modo, aspecto) e acordo, ou seja, em que a relação entre o
predicado (SV) e o sujeito (SN) é estabelecida através do núcleo funcional.”

Para enunciado, encontramos na mesma fonte a seguinte definição, também atribuída


a LEVINSON (1983): “O resultado da produção discursiva num contexto particular. [(…)]
um enunciado corresponde, não apenas a uma frase mas a uma parte de discurso (uma frase,
uma parte de frase, duas frases, etc. ) associada ao contexto em que é enunciada.”

Porém, embora as noções de frase e de enunciado refiram realidades distintas, têm


sido comummente confundidas ao longo dos tempos nas gramáticas tradicionais, sendo
muitas vezes utilizadas de modo equivalente. Por exemplo, Bechara utiliza o termo enunciado
enquanto Vilela e Nunes et al. utilizam o termo frase, referindo-se a actos de fala:

“Sendo a frase a mais pequena unidade comunicativa, é normal que em cada frase o
falante tenha uma intenção bem definida: qualquer frase incorpora necessariamente uma certa
função comunicativa, um determinado objectivo. De acordo com a intenção do falante, há
determinados tipos de frase.” (VILELA, 1999).

“São vários os tipos de frase, consoante a mensagem a transmitir numa comunicação


emissor-receptor.” (NUNES, 1979).

A gramática de MATEUS (2000), faz uma ligação entre os termos “frase” e “acto
ilocutório”, utilizando a designação “tipo de frase” com o intuito de classificar “actos
ilocutórios”.

Chamamos de frase todo enunciado que não apresente um núcleo verbal, mas que
atenda a uma necessidade comunicativa, sobretudo em situações específicas.

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A ausência do núcleo verbal não impede que a comunicação seja realizada, prova
disso são as frases que exprimem um acontecimento, sentimento etc. O principal objetivo da
linguagem é estabelecer comunicação, sendo assim, as frases, ao contrário das orações, não
são proferidas em um contexto comunicacional mais elaborado, mas em situações
específicas, embora sejam dotadas de elementos que permitem seu entendimento. (MATEUS,
2000).

2.2 Virgula

No geral

COSTA (s/d) diz-nos que a pontuação é formada por um conjunto de sinais, que
quando acrescentados às palavras fazem com que o texto se torne mais claro. Este autor diz-
nos ainda que a pontuação não ocorre só no discurso escrito, mas também no discurso oral,
dando-lhe coesão e coerência, e refletindo a sua expressividade. A pontuação indica-nos,
ainda, o ritmo com que devemos ler.

NUNES (2006) acrescenta ainda que é a pontuação que marca a mudança de


tonalidade e que esta pode ser utilizada simplesmente para chamar a atenção.

PINTO (2000, p.251) diz-nos que “a pontuação estará intrinsecamente ligada ao


conteúdo que se quer exprimir. Se por um lado pode existir – e existe – o estilo de quem
escreve, por outro não nos podemos abstrair daquilo que no momento se exprime, que é o
conteúdo.”

COSTA (s/d, p.24) diz-nos “A descoberta da pontuação tem sido movida pela
necessidade de exprimir mais e melhor, isto é, de tornar a escrita cada vez mais significativa.”

Aceitando esta ideia como válida e tendo também em mente que, como nos diz
PINTO (2000), o primeiro objetivo de quem escreve tem de ser fazê-lo com clareza,
utilizando, para tal, a pontuação, é necessário e obrigatório falar e explicitar dois conceitos
que estão intimamente ligados com a clareza dos textos: a coesão e a coerência textual.

Funções específicas

CUNHA & CINTRA (2002) dão-nos outra divisão – sinais pausais e sinais melódicos.
Para estes autores, a vírgula insere-se nos sinais pausais pois representa um momento de
silêncio no discurso.

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No que diz respeito à função expressiva VASCONCELOS (2010) diz-nos que um dos
grandes argumentos utilizados para justificar a utilização da vírgula está relacionado com a
prosódia, no entanto, se seguirmos apenas a prosódia corremos o risco de numa frase utilizar
a vírgula em excesso e de a colocar em sítios onde o seu uso é proibido, pois utilizaríamos a
vírgula cada vez que na leitura realizássemos uma pausa. O mesmo autor adverte-nos ainda
para a subjetividade da prosódia, pois cada indivíduo lê e fala de forma diferente.

Já no que diz respeito à sua função gramatical, VASCONCELOS (2010) diznos que
em contexto de sala de aula, a vírgula é dos aspetos menos trabalhados, embora seja o sinal
de pontuação que mais utilizado.

Ou seja, a vírgula é usada para:

 Isolar o vocativo;
 Para isolar elementos repetidos;
 Nas datas, para separar o nome da localidade;
 Para isolar o adjunto adverbial antecipado;
 Para separar orações coordenadas assindéticas;
 Para isolar as orações subordinadas adjetivas explicativas.
 Para separar os elementos paralelos de um proverbio;
 Separar elementos de uma numeração;
 Separar o complemento pleonástico antecipado;
 Marcar a omissão de um termo (normalmente o verbo).

2.3 Gramaticalidade e Agramaticalidade

CHOMSKY (1987) defendeu que “uma gramática é uma teoria de uma língua particular e a
GU1 é a teoria geral das línguas naturais”. Esta descrição faz-nos afirmar que o sentido
particular da gramática é conferido à norma de uma língua onde há um conjunto de sistemas
de ordem linguística pertencente a um grupo de indivíduos, ao passo que a dimensão da
gramática universal é mais alargada por focar o modo comum da organização estrutural de
frases nas línguas.

ELISEU (2008), num estudo que efectuou sobre a gramaticalidade, afirmou que sempre que
uma construção não obedecer às regras gramaticais do falante, esta torna-se agramatical. Por
exemplo, a frase “Eu te toquei” é gramatical para o falante do português brasileiro e
agramatical para o falante do português europeu. De acordo com a norma europeia, a

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agramaticalidade, sem dúvidas, prende-se com a presença do pronome clítico te na posição
proclítica sem que haja na frase um elemento a sustentar a atração do clítico para esta
posição.

Para tornar a frase gramatical devia colocar-se o clítico na posição enclítica, tomando a frase
a estrutura “Eu toquei-te”.

Muitas frases gramaticais são sentidas como pouco «naturais», apresenta-se a seguinte
comparação:

a) O rapaz a quem a Maria viu na discoteca é meu colega.

b) O rapaz que a Maria viu na discoteca é meu colega.

a) É agramatical por possuir uma preposição que está sendo regida pelo verbo ver, a
preposição na frase antecede o pronome relativo quem. Não deve haver preposição porque o
verbo ver é transitivo directo, embora em alguns caso possa ocorrer como intransitivo como
em ele já viu, mas nunca como transitivo indirecto.

É, para nós, importante distinguir a gramaticalidade da agramaticalidade porque as


funções gramaticais são realizações que só podem ocorrer dentro de frases, ou seja, os dois
termos (gramaticalidade e agramaticalidade) só podem ser analisados em contextos frásicos.

Em muitos casos, os falantes consideram aceitáveis combinações de palavras não em


conformidade com os padrões de organização sintáctica da variante dominante da sincronia
linguística em questão.

Quanto à gramaticalmente, numa sequência ou é não-agramatical. Quanto à não-


gramatical, pode considerar que há vários graus.

Observando as sequências a. b. c. d., verificamos que a primeira é gramatical – é uma frase –


e que as restantes três são mal-formadas, isto é, não frases do português:

 O rapaz aprecia o livro.


 *O rapaz amedronta o livro.
 *O rapaz desmaia o livro.

A não gramaticalidade, é neste caso, de natureza sintáctico-semântica: no léxico do


português, os predicadores endoidecer e valsar não seleccionam sujeitos caracterizados pelo
traço [-animado], como mesas e braço, respectivamente. Mas, no contexto literário em que se

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encontram, aqueles versos, podem receber interpretações que correspondem a um contínuo de
aceitabilidade.

Capitulo III:

3.1 Conclusão

Após o fim do trabalho, conclui-se que, a frase é uma sequência de palavras


organizadas numa estrutura hierárquica (também designada estrutura de constituintes por
formar diferentes tipos de grupos de palavras), obedecendo aos princípios e regras
gramaticais de uma língua, ou seja, deve possuir conteúdo proposicional e núcleo verbal.
Assim, com base no posicionamento desses autores, podemos assumir que são as gramáticas
a descreverem as regras e os princípios gramaticais para estruturar e interpretar as frases.
Assumimos também que a frase é uma sequência de palavras que obedece a determinados
parâmetros de uma dada língua.

A gramaticalidade de uma sequência é condição necessária, mas não suficiente, para a


sua aceitabilidade. Perturbações de vária ordem e outros factores de natureza física ou
psíquica podem ser responsáveis por performances de diferentes graus de aceitabilidade,
podendo mesmo atingir a inaceitabilidade.

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3.2 Referências bibliográficas

DUARTE, I. (2000). Língua Portuguesa: Instrumentos de Análise. Universidade


Aberta.

ELISEU, A. (2008). Sintaxe do Português. Editora: Editorial Caminho.

CHOMSKY, N. (1981). Lectures on Government and Binding. Dordrecht: Foris.

LEVINSON, S. C. (1983). Pragmatics. Cambridge: C.U.P.

VILELA, M. (1999). Gramática da Língua Portuguesa. 2ª edição. Livraria Almedina.


Coimbra.

MATEUS, M. (2003). Gramática da Língua Portuguesa. 5ª ed., Editorial Caminho.

NUNES, C. L. (1979). Nova Gramática de Português. Didáctica Editora.

PINTO, J. P. (2000). Investigar a nossa prática - reflectir e investigar sobre a prática


profissional. GTI, pp. 5-28.

COSTA, M. R. (s/d). A pontuação. Porto: Porto Editora.

CUNHA, C., & CINTRA, L. (2002). Nova Gramática do Português Contemporâneo.


Lisboa: Edições joão Sá da Costa.

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