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Anália Panguene
Fátima Manuel
Kenet Quem o
Helsheyda Domingos
Tete
Outubro, 2023
Anália Panguene
Fátima Manuel
Kenet Quem o
Helsheyda Domingos
Tete
Outubro, 2023
Índice
1 Introdução....................................................................................................................................4
1.1 Objectivos do Trabalho............................................................................................................ 5
1.1.1 Geral...................................................................................................................................... 5
1.1.2 Específicos.............................................................................................................................5
1.2 Metodologia do trabalho...........................................................................................................5
2 Introdução ao estudo de base descritivo-leitura do texto descritivo.............................................6
2.1 Contextualização...................................................................................................................... 6
2.2 Conceitualização de termos......................................................................................................6
2.2.1 Texto..................................................................................................................................... 6
2.2.2 Descrição............................................................................................................................... 7
2.2.2.1 Fases de descrição.............................................................................................................. 7
2.3 Tipos de texto da base descritiva..............................................................................................8
2.4 Objectivo do texto da base descritiva.......................................................................................8
2.5 Tempo do texto da base descritiva............................................................................................8
2.6 Gramática Textual.................................................................................................................... 8
2.6.1 Elementos da descrição..........................................................................................................8
2.6.2 Características linguísticas do texto da base descritiva..........................................................8
2.6.3 Princípios de produção de texto descritivo coesão, coerência e progressão...........................9
2.7 Análise Textual.......................................................................................................................10
2.7.1 O conteúdo dos textos descritivos........................................................................................11
2.7.2 A estrutura dos textos descritivos........................................................................................12
3 Considerações Finais................................................................................................................. 13
Referências Bibliográficas............................................................................................................14
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1 Introdução
Cassany, (1997) refere que texto é um modelo teórico, com determinadas características
linguísticas e comunicativas e que é necessário compreender alguns critérios de modo a
determinar que tipo compreende cada texto. Estes critérios englobam fatores contextuais, quanto
ao tema, ao propósito, à relação emissor-recetor, à função e a fatores textuais, quanto às opções
linguísticas, verbos, marcadores discursivos, entre outros.
1.1.2 Específicos
O termo texto abrange tanto textos orais, como textos escritos que tenham como extensão
mínima dois signos linguísticos, um dos quais, porém, pode ser suprido pela situação, no caso
de textos de uma só palavra, como “Socorro!”, sendo sua extensão máxima indeterminada.
Weinrich, (1971), ressalta que os textos podem ser definidos a partir de aspectos diversos: “a) a
sequência coerente e consistente de signos linguísticos; b) a delimitação por interrupções
significativas na comunicação; c) o status do texto como maior unidade linguística”.
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2.2.2 Descrição
Santos (2009) refere que a descrição é a representação de alguém ou algo que, oralmente
ou por escrito, fixa a sua atenção em características, qualidades ou circunstâncias do que se
descreve e que se pode concretizar de um modo preciso ou generalizado.
Apesar de técnica, esta explicação coincide com uma definição mais tradicional da
descrição: “descrever é pintar com palavras”.
Segundo Van Dijk (1985) ao longo da criação de um texto descritivo, no que diz respeito
à textualização, as ideias do texto deverão ser ordenadas segundo uma estrutura que as organize
do geral para o particular, da forma ao conteúdo, de cima para baixo, do interior para o exterior,
da direita para a esquerda, do próximo para o mais afastado, sempre em função da finalidade, das
intenções e da natureza do discurso que contém a descrição.
Neste sentido, esta estrutura deve ser concebida como um modelo hierárquico, tão
estruturador e estruturado, quanto o é a superestrutura narrativa, defendendo que a sequência
descritiva procede decisões do escritor orientadas pelo efeito que deseja produzir nos seus
destinatários: em detalhe, apresenta os elementos do objeto do discurso e guia o olhar do
destinatário de acordo com procedimentos espaciais, temporais ou hierárquicos (Adam, 1987).
Um observador;
Um tema-núcleo, que pode ser um objeto, um ser animado ou inanimado, ou um processo;
Um conjunto de dados pertinentes ao tema-núcleo selecionado.
A descrição tem sido normalmente considerada como uma expansão da narrativa. Sob
esse ponto de vista uma descrição resulta frequentemente da combinação de um ou vários
personagens com um cenário, um meio, uma paisagem, uma coleção de objectos. Esse cenário
desencadeia o aparecimento de uma serie de subtemas, de unidades constituitivas. Que estão em
relação metonímica de inclusão
Com base em Marques (2000), a coerência está, pois, relacionada com os conteúdos e
pertence ao domínio pragmático-semântico da comunicação linguística. É a coerência que
consubstancia, num texto, os objetivos que o emissor pretende alcançar junto do recetor e o grau
de compatibilidade semântica com o mundo empírico.
Segundo o autor acima citado, a coesão, por seu lado, regula os nexos gramaticais e
formais com que unimos palavras para construir frases, frases para construir parágrafos,
parágrafos para construir textos. É a coesão que garante, num texto, a correção no plano da
expressão, quer no que toca à gramaticalidade, quer ainda no que respeita à concatenação da
sequência discursiva, com o máximo de clareza e economia.
A coesão textual distribui-se assim por cinco grandes áreas, sendo elas a coesão
gramatical (regras de concordância, ordem das palavras); a coesão lexical (substitutos lexicais); a
coesão frásica (pontuação, conjunções e locuções conjuncionais); a coesão temporal (tempos
verbais, advérbios e locuções adverbiais de tempo, numerais ordinais, etc.) e a coesão enunciativa
(expressões modalizadoras, em que o autor do texto será implícito, expressões que contribuem
para sequencializar a enunciação textual).
Segundo Rebelo et al (2000), a progressão do texto não implica uma forma fixa e
imutável, pois tudo depende do tema que se apresenta no primeiro enunciado. Se o tema é
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retomado ao longo do texto, ou numa parte do texto, com uma série de informações novas,
designa-se a progressão de tema contínuo ou constante.
Gramática Exemplos
Lá encontravam-se os cacifos…
-Usar advérbios e outras expressões para dar Tudo ali era. Ao fundo, à esquerda, era a
informações sobre os lacais que estão a ser entrada.
descritos
Quase todos os textos que lemos ou ouvimos exigem que façamos uma série de
inferências para podermos compreendê-lo integralmente. Se assim não fosse, nossos textos teriam
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que ser excessivamente longos para poderem explicitar tudo o que queremos comunicar. Na
verdade, é assim: todo texto assemelha-se a um icebergo que fica à tona, isto é, o que é
explicitado no texto, é apenas uma parte daquilo que fica submerso, ou seja, implicitado.
Compete, portanto, ao receptor ser capaz de atingir os diversos níveis de implícito, se quiser
alcançar uma compreensão mais profunda do texto que ouve ou lê.
Em outras palavras: “o texto será incoerente se seu produtor não souber adequá-lo à
situação, levando em conta intenção comunicativa, objetivos, destinatário, regras socioculturais,
outros elementos da situação, uso dos recursos linguísticos etc.
Paisagens
O cortiço (Fragmento)
Eram cinco horas da manhã e o cortiço acordava, abrindo, não os olhos, mas a sua
infinidade de portas e janelas alinhadas.
Um acordar alegre e farto de quem dormiu de uma assentada sete horas de chumbo. Como
que se sentiam ainda na indolência de neblina as derradeiras notas da última guitarra da noite
antecedente, dissolvendo-se à luz loura e tenra da aurora, que nem um suspiro de saudade perdido
em terra alheia. A roupa lavada, que ficara de véspera nos coradouros, umedecia o ar e punha-lhe
um fartum acre de sabão ordinário. As pedras do chão, esbranquiçadas no lugar da lavagem e em
alguns pontos azuladas pelo anil, mostravam uma palidez grisalha e triste, feita de acumulações
de espumas secas.
No confuso rumor que se formava, destacavam-se risos, sons de vozes que altercavam,
sem se saber onde, grasnar de marrecos, cantar de galos, cacarejar de galinhas. De alguns quartos
saíam mulheres que vinham pendurar cá fora, na parede, a gaiola do papagaio, e os louros, à
semelhança dos donos, cumprimentavam-se ruidosamente, espanejando-se à luz nova do dia.
3 Considerações Finais
Posteriormente a pesquisa desencadeada e que culminou com a realização deste trabalho
concluímos que o texto da base descritiva tem como objectivo oferecer ao leitor/ouvinte a
oportunidade de visualizar o cenário onde uma accao se desenvolve e as personagens que dela
participa. A descrição esta presente no nosso dia-a-dia, tanto na ficção (nos romances, nas
novelas, nos contos, nos poemas) como em outros tipos de textos (nas obras técnico-científicas,
nas enciclopédias, nas propagandas, nos textos jornais e revistas).
A descrição pode ter uma finalidade subsidiaria na construção de outros tipos de textos,
funcionando como um plano de fundo, o que explica e situa a accao (na narração) ou que
comenta e justifica a argumentação. Existem características linguísticas ou próprias do texto de
base descritiva que o diferencia de outros tipos de textos. Os advérbios de lugar são elementos
essenciais para a coesão e coerência de texto de base descritiva permitindo a localização espacial
dos cenários e personagens descritivos.
Referências Bibliográficas
Álvarez, M. (1998). Tipos de escrito I: narración y descripción. Madrid: Arco.
Adam, J. (1985). Quels types de textes? In Le Français dans le monde (Vol. 192). Paris: Edicef.
Vandijk, T. (1997). Text and Context - explorations in the Semantics and Pragmatics of
Discourse. New York: Longman Inc.