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UNIVERSIDADE PÚNGUÈ

Faculdade de Letras, Ciências Sociais e Humanidades

Geomorfologia fluvial
Curso de Licenciatura em Ensino de História
Trabalho de pesquisa
Suraia Joaquim Francisco Pedro

Tete

Novembro, 2023
Suraia Joaquim Francisco Pedro

Geomorfologia fluvial

Trabalho a ser apresentado na Faculdade


de Letras, Ciências Sociais e
Humanidades da Universidade Púnguè,
como requisito parcial de avaliação sob
supervisões do docente:

Mestre Ameno

Tete
Novembro, 2023
Índice

1 Introdução...........................................................................................................................................4

1.1 Objectivos do Trabalho....................................................................................................................4

1.1.1 Objectivo Geral.............................................................................................................................4

1.1.2 Objectivos Específicos..................................................................................................................4

1.2 Procedimentos metodológicos..........................................................................................................4

2 Geomorfologia....................................................................................................................................5

2.1 Contextualização da investigação.....................................................................................................5

2.1.1 Objectivo da Geomorfologia.........................................................................................................5

2.2 Geomorfologia Fluvial.....................................................................................................................5

2.2.1 Conceitos.......................................................................................................................................6

2.2.2 Processos fluviais..........................................................................................................................6

2.2.3 Canais fluviais...............................................................................................................................6

2.2.4 Leitos.............................................................................................................................................6

2.2.5 Sistemas de referência geomorfologia...........................................................................................7

2.2.5.1 O sistema de William Morris Davis............................................................................................7

2.2.5.2 O sistema de Walther Penck (1924)............................................................................................7

2.2.5.3 O sistema de Lester c. King........................................................................................................7

2.2.5.4 O sistema de John T. Hack (1960)..............................................................................................8

3. Considerações Finais..........................................................................................................................8

Referências Bibliográficas......................................................................................................................9
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1 Introdução

O presente trabalho foi desenvolvido no âmbito da cadeira de Geomorfologia, o


mesmo tem como tema uma abordagem muito similar a própria disciplina que é
Geomorfologia fluvial. Em trabalho tem como objectivo primordial compreender sobre a
Geomorfologia fluvial. Superficialmente a Geomorfologia Fluvial coloca-se, na atualidade,
entre os setores mais dinâmicos no campo da geomorfologia, procurando compreender a
dinâmica do modelado terrestre.

Falar da Geomorfologia ou Morfologia nos remete a existência de uma ciência que


estuda as formas de relevo terrestre, sua gênese, sua evolução no tempo buscando
compreender suas relações processuais pretéritas e atuais no espaço.

1.1 Objectivos do Trabalho


1.1.1 Objectivo Geral

 Compreender sobre a geomorfologia fluvial.

1.1.2 Objectivos Específicos


 Descrever a geomorfologia fluvial;
 Explicar sobre os sistemas de referência geomorfologia;
 Detalhar sobre os processos e canais fluviais.

1.2 Procedimentos metodológicos


Como destaquei nas notas introdutórias, esse faz referência a cadeira de
Geomorfologia e tem como objectivo central compreender a Geomorfologia fluvial. O mesmo
foi feito duma forma individual. Para a efectivação do mesmo tive como o meu principal
motor a “Internet”. Quanto a metodologia recorri algumas referências bibliográficas, as
mesmas referências aparecem na última página do trabalho. Quanto a revisão da literatura
baixei alguns artigos em formato PDF, fiz a analise, reflexão em torno dos conteúdos e por
fim selecionei os mais relevantes e digitei o trabalho.

A compilação de informação, processamento de dados e elaboração do trabalho foi


feito num computador com auxílio dos softwares Microsoft Office Word. Realçar que durante
a nossa investigação aprendemos bastante com o tema.
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2 Geomorfologia
2.1 Contextualização da investigação
Neste trabalho nos propusemos a compreender sobre a Geomorfologia, desta feita,
para entendermos sobre este item temos que abordar sobretudo os seus constituintes. As
formas de relevo, que constituem o seu objeto de estudo, devem, portanto, ser estudadas não
só espacialmente, mas também no tempo (duração, permanência), desde as estruturas mais
extensas e antigas até as mais elementares. Disso resulta considerar também, como integrantes
de seu objeto de estudo, que é a superfície terrestre, os processos responsáveis pelas ações
capazes de criar e destruir as formas de relevo.

A existência e o funcionamento desses processos, na superfície terrestre, têm suas


origens mais amplas em forças oriundas do interior do planeta (forças endógenas) e externas,
vindas a partir da atmosfera (forças exógenas).

2.1.1 Objectivo da Geomorfologia


Percebo que o objectivo da Geomorfologia é descrever e explicar as formas de relevo
terrestre que se estende a todas as regiões do globo e a todos os objetos topográficos, sejam
quais forem suas dimensões.

As formas, como todo objeto concreto do espaço geográfico, apresentam, ao mesmo


tempo, um lado empírico e subjetivo no qual elas são apreendidas por uma operação sensorial
individual, e um lado objetivo e científico, no qual elas são mensuradas e explicadas da
mesma forma por observadores diferentes. Por estas razões a observação e a medição devem
ser priorizadas na coleta de dados geomorfológicos. Daí a necessidade de completar o
trabalho de campo com o exame destas formas através de imagens orbitais de satélite,
fotografias aéreas verticais e com manipulações laboratoriais.

2.2 Geomorfologia Fluvial


As abordagens sobre este tema são arcaicas conforme mostram as investigações. A
ideia da esculturação do relevo ligada à ação dos rios foi desenvolvida pelos pesquisadores do
século XVIII, porém, no início, persistia o conceito de que os vales fluviais fossem o
resultado de uma ação catastrófica, isto é, os rios teriam passado a drenar vales anteriormente
formados. No fi m daquele século, o conceito de ação catastrófica passou a ser refutado,
estabelecendo-se o princípio de que os rios erodem para formar os seus próprios vales.
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Sorby (1859), citado por Christofoletti (1981) preocupou-se com o estudo das formas
de leito, enquanto que Powell (1876) foi um dos primeiros a demonstrar as leis fundamentais
da ação fluvial. Este autor estabeleceu o conceito de nível de base de erosão fluvial, a partir
do qual formulou a ideia de ciclo de erosão que, na fase final, conduziria à peneplanização do
relevo.

2.2.1 Conceitos
A Geomorfologia Fluvial interessa se pelo estudo dos processos e das formas
relacionadas ao escoamento dos rios. Os rios constituem os agentes mais importantes no
transporte dos materiais intemperizados das áreas elevadas para as mais baixas e dos
continentes para o mar. Engloba o estudo dos rios e das bacias hidrográficas

Segundo Teixeira, et all (2000), os rios funcionam como canais de escoamento. O


escoamento fluvial faz parte integrante do ciclo hidrológico e a sua alimentação se processo
através das águas superficiais e das subterrâneas

2.2.2 Processos fluviais


Perante a minha pesquisa conclui os seguintes processos fluviais:
a) Erosão/Sedimentação;
b) Transporte/Deposição.

Teixeira, et all (2000), estes processos alternam se no decorrer do tempo e,


espacialmente, são definidos pela distribuição da velocidade e da turbulência do fluxo dentro
do canal. As correntes fluviais podem transportar a carga sedimentar de diferentes maneiras,
suspensão, saltação e rolamento de acordo com a granulação das partículas tamanho e forma e
das características da própria corrente.

2.2.3 Canais fluviais


Existem três tipos de canais fluviais: as rochosos, aluviais e semi-controlados (rochas
ou alúvios resistentes).

2.2.4 Leitos
Tipos de leito corresponde ao espaço ocupado pelo escoamento das águas e pode ser
divido em:

 Leito de vazante: utilizado para o escoamento das águas baixas;


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 Leito menor: bem delimitado, encaixado entre as margens. O escoamento das águas
nesse leito tem a frequência suficiente para impedir o crescimento da vegetação;
 Leito maior (planície de inundação): regularmente ocupado pelas cheias (periódico
ou sazonal) ou em intervalos irregulares

2.2.5 Sistemas de referência geomorfologia


Os fortes contrastes na morfologia das paisagens estimularam os primeiros geólogos,
tais como William Morris Davis, Walter Penck, Lester, King e John Hack, a especular sobre
suas causas (Press et al., 2006).

Assim, a sistematização da ciência geomorfológica surge com William Morris Davis


(1899), nos Estados Unidos, representante da tendência anglo-americana, constituindo a
primeira interpretação dinâmica da evolução geral do relevo com o ciclo de erosão geográfico
(Casseti, 1994).

2.2.5.1 O sistema de William Morris Davis


O sistema de Davis (1899), desenvolvido com base nas áreas húmidas e fundamentado
no conceito de nível de base de erosão fluvial, sugere que o processo de denudação se inicia a
partir de um rápido soerguimento da massa continental. o sistema fluvial produz forte
entalhamento dos talvegues, originando verdadeiros canhões, que caracterizam o estado
antropomórfico denominado de juventude em que a capacidade de transporte do rio excede a
carga recebida das vertentes.

Para Davis, caracteriza-se pelo rebaixamento do relevo de cima para baixo, o que
torna necessário admitir a continuidade da estabilidade tectônica, bem como dos processos de
erosão. Canhões, perfil de equilíbrio e denundação ou desnudação

2.2.5.2 O sistema de Walther Penck (1924)


Walther Penck foi um dos principais críticos do sistema de Davis, sobretudo ao
afirmar que a denudação é concomitante ao soerguimento, com intensidade diferenciada pela
ação da tectônica, atribuindo desse modo a devida importância aos efeitos processuais,
desenvolvendo o conceito de depósitos correlativos e a articulação com a Climatologia e a
Biogeografia.

De acordo com essa concepção, emersão e denudação acontecem simultaneamente e


quando o processo de entalhamento dos vales é superior ao da denudação, as vertentes
convexas dominam na superfície terrestre; quando a intensidade do entalhamento é igual à da
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denudação, predominam as vertentes retilíneas e quando o entalhamento é menos intenso do


que a denudação, as vertentes côncavas dominam.

2.2.5.3 O sistema de Lester c. King


Esse sistema procura restabelecer o conceito de estabilidade tectônica considerado por
Davis, mas admite o ajustamento por compensação isostática e considera o recuo paralelo das
vertentes como forma de evolução morfológica, de acordo com a proposta de Penck (1924).

King (1955) argumenta que o recuo paralelo das vertentes ocorre devido, sobretudo, à
desagregação mecânica, a partir de determinado nível de base, iniciado pelo geral,
correspondente ao oceano.

2.2.5.4 O sistema de John T. Hack (1960)


Quando John Hack reconheceu que o soerguimento não poderia aumentar a elevação
acima de um limite crítico, mesmo que operasse por longos períodos de tempo. O enfoque
acíclico do conceito de “equilíbrio dinâmico” é de Hack (1960), que se fundamenta na teoria
geral dos sistemas, vinculada à linhagem anglo-americana pós-davisiana.

O princípio básico da teoria é de que o relevo é um sistema aberto, mantendo


constante troca de energia e matéria com os demais sistemas terrestres, estando vinculado à
competição entre a resistência dos materiais da crosta terrestre e o potencial das forças de
denudação.

Ab’Saber (1969) deu a maior contribuição à teoria Geomorfológica com o estabelecimento de


três níveis de abordagem:

Compartimentação topográfica regional e caracterização morfológica analisa os


diferentes níveis topográficos e as características do relevo, destacando a morfologia;

Estrutura superficial da paisagem: relaciona os depósitos correlativos com as


condições climáticas, enfatizando a morfogênese; e

Fisiologia da paisagem: analisa os processos atuais e a morfodinâmica, inserindo o


homem como agente desses processos.
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3. Considerações Finais
Posteriormente a pesquisa desencadeada por mim e que culminou com a realização
deste trabalho constatei que Geomorfologia é uma ciência geológica nos Estados Unidos,
enquanto que, na Europa, de um modo geral, é uma ciência geográfica. O desenvolvimento
dos estudos geomorfológicos mostra que, no passado, as pesquisas estavam calcadas na
estrutura geológica estando a morfologia da paisagem dependente, principalmente, da idade
geológica.

A visão de Davis foi tão predominante no início do século XX, que obscureceu a
hipótese de Penck, o qual propôs que o soerguimento tectônico compete com a erosão para
controlar a morfologia da paisagem. A análise sobre a atuação dos grandes processos
tectônicos passa pelo entendimento dos eventos que se desenvolvem no interior das placas
tectônicas e, principalmente, em suas bordas, que definem diferentes tipos de limites-
transformantes, divergentes e convergentes.

Frisar que a Geomorfologia fluvial destaca-se no contexto da ciência geomorfológica,


dando ênfase aos processos que ocorrem no canal fluvial principal e de seus tributários.
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Referências Bibliográficas

Ab’Saber, A. N. 919690. Um conceito de Geomorfologia a serviço das pesquisas sobre o


Quaternário. São Paulo: IGEOG-USP.

Casseti, W. (1994). Elementos de Geomorfologia. Goiânia: Editora da UFG.

Christofoletti, A. (1981). Geomorfologia Fluvial. São Paulo: Edgard Blucher.

Davis, W. M. (1899). The geographical cycle. London: Geogr. Journal.

Hack, J T. (1960). Interpretation of erosional topography in humid-temperate regions. Amer.


Journal Sci, New Haven.

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