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1.Geomorfologia Estrutural
1.1.Conceito de Geomorfologia
O termo Geomorfologia (do latim geo = terra, morfo = forma, logos = estudo) também é
erudito e recente, designando o ramo do conhecimento das Ciências da Natureza que
estuda as formas dos relevos.
1.2.Natureza da Geomorfologia
Sabendo das características específicas dos diferentes tipos de depósitos que ocorrem
em diferentes condições climáticas, torna-se possível compreender a dinâmica evolutiva
comandada pelos elementos do clima considerando sua posição em relação aos níveis de
base actuais, vinculados ou não a ajustamentos tectônicos.
técnicas, como o uso de miras graduadas para controle de processos erosivos, podendo
chegar a níveis elevados de sofisticação análises específicas.
A escola geomorfológica alemã, por outro lado, encabeçada por Albrecht Penck e
Walther Penck, defensora de uma concepção integradora dos elementos que compõem a
superfície terrestre, se contrapôs às ideias de W. Davis, fundamentada na noção de
ciclo, tida como “finalista”.
1.3.Objecto de Estudo
A geomorfologia é uma ciência que tem por objectivo analisar as formas do relevo,
buscando compreender as relações processuais pretéritas e actuais.
Podem ser mencionados diversos exemplos de Ciências Geológicas, algumas das quais
mantêm estreitos vínculos com a Geomorfologia. A Geotectónica, a Geologia
Estrutural, a Paleontologia, a Sedimentológica e a Estratigrafia são os exemplos mais
notáveis.
Notas.
1.7.Importância da Geomorfologia
Procura investigar, com base em teorias, princípios e leis o entendimento das relações
entre os solos e relevos, passando pela compreensão dos processos dinâmicos
(intemperismo) que agem na parte superficial da crosta, responsáveis pela elaboração
dos relevos e gênese dos solos, isto é, morfogênese (entendida como processos erosivos)
2.Sistemas Geomorfológicos
Todo sistema possui uma estrutura que é constituída por elementos. Para
compreendermos melhor a noção de sistema, é interessante saber o que é um elemento,
nesta unidade apresenta se a classificação do sistema e as suas principais características.
Um sistema, segundo o autor, pode ser definido como o conjunto dos elementos e das
relações entre si e entre seus atributos.” (CRISTOFOLETTI, 1974, p.1). A aplicação
desta teoria de sistemas aos estudos da Geomorfologia, tem sido utilizado para focalizar
melhor as pesquisas e delinear com mais exactidão os estudos desta ciência.
Todo sistema possui uma estrutura que é constituída por elementos. Para
compreendermos melhor a noção de sistema, é interessante saber o que é um elemento,
que para o autor unidade básica do sistema. O problema da escala é importante quando
se quer caracterizar os elementos de determinado sistema. Um rio é elemento no sistema
hidrográfico (CRISTOFOLETTI, 1974:2), por exemplo.
a) Isolados: que, por serem isolados, não sofrem mais nenhuma perda nem recebem
energia ou matéria do ambiente que os circundam. Ex. com um soerguimento tem uma
energia inicial livre que vai perdendo força até chegar a uniformidade da área, em que a
energia é diminuta;
Ex.A Terra, que recebe energia solar, mas não recebe nem fornece quase nada de
matéria para outros astros;
Importa dizer que o relevo formado pelos agentes internos sofre a acção dos agentes
externos, como a chuva, o vento, os mares, os organismos vivos e o intemperismo. São
os escultores do relevo, que fazem um duplo trabalho: a erosão ou destruição e a
acumulação ou construção
São as forças internas do planeta, causadas pelas pressões e altas temperaturas das
camadas mais profundas. Geralmente essas manifestações são violentas e rápidas, como
é o caso dos terremotos e vulcões. Esses movimentos são construtores e modificadores
do relevo terrestre, podendo levar milhões de anos ou apenas um dia.
a) Tectonismo
b) Vulcanismo
Vulcão é uma elevação cônica terminada em cratera, formada por uma fenda na crosta
terrestre, por meio da qual massas rochosas em fusão e gases procedentes do interior da
Terra atingem a superfície do planeta, por um condutor ou canal denominado chaminé.
Quando um vulcão entra em erupção, ele expele lavas, gases e material piroclástico.
Lava é a massa de rocha fundida à temperatura média de 600 a 1000ºC. A emissão de
gases é uma forma encontrada pela natureza para aliviar as fortes pressões internas.
c) Abalos sísmicos
Nos últimos anos, os cientistas voltaram sua atenção para localidades assoladas por
terremotos que causaram grandes danos materiais, além de numerosas vítimas.
Terremotos ou sismos são catástrofes naturais ante as quais não se tem defesa ou
protecção.
Existem agentes externos, na superfície terrestre, que modificam o relevo, não tão
rapidamente como os vulcões ou terremotos, mas sua acção contínua transforma lenta e
ininterruptamente todas as paisagens da Terra. A acção dos ventos, do intemperismo e
da água sobre a crosta terrestre determinam a erosão.
A intensidade da erosão é determinada pela resistência das rochas e pela acção e energia
do agente erosivo. Assim, por exemplo, certas regiões desérticas são submetidas a
enormes diferenças de temperatura. Durante o dia ela chega a alcançar mais de 40ºC e à
noite, devido à perda de calor, menos de 0ºC. Essas mudanças bruscas produzem finas
aberturas nas rochas, que pouco a pouco, dividem-se em partes e destroem-se.
Nas zonas frias, a água que se infiltra na rachadura das rochas pode congelar, se dilatar
e partir a rocha, num processo denominado gelivação.
O vento é outro agente de erosão. Sua acção engloba três fases: a de desgaste da rocha
(erosão), determinando curiosas formas nas paisagens; a de transporte de materiais
resultantes dessa erosão e, por fim, a deposição desses sedimentos, dando origem a
outra forma de relevo. O vento desprende as partículas soltas das rochas e vai polindo-
as até transformá-las em grãos de areia.
O trabalho de movimentação eólica carrega a areia até depositá-la nas praias e nos
desertos, onde pode formar grandes acumulações móveis conhecidas como dunas. São
enormes montes de areia acumulada pelo vento e que mudam frequentemente de lugar.
A água, em seus estados líquidos e sólido, actua sobre o relevo. As águas da chuva e do
degelo, ao deslizarem pelo solo, assumem grande importância ao transformarem-se em
rios torrenciais. A acção erosiva de um rio é extremamente destrutiva em seu curso
superior, pois aí se encontram os maiores declives. O desgaste diminui à medida que se
vai aproximando das planícies.
3.3.Abrasão marinha
A acção contínua das ondas do mar ataca a base, os paredões rochosos do litoral,
causando o desmoronamento de blocos de rochas e o consequente afastamento do
paredão. Esse processo dá origem a costas altas denominadas falésias.
No âmbito desta unidade visa demonstrar como os agentes externo e interno exercem
influência sobre modelagem diferentes formas de relevo terrestre, principalmente
agentes com impactos palpáveis como o tectonismo, assim como o processo da erosivo.
Ao abordar sobre a evolução das formas de relevo, deve se ter em conta as alterações
que deram origem a diferentes formas de relevo, sendo a destacar as planícies, planaltos,
montanhas e depressões, assim como algumas estruturas.
O relevo não se caracteriza apenas pela sua altitude mas também pelo seu aspecto. Ao
longo de milénios a superfície da Terra foi-se alterando e dando origem a diferentes
formas de relevo. Na superfície terrestre as forma do relevo são muito variadas, no
entanto destacamos quatro principais: planície, planalto, depressão e montanha.
Planície
Planalto
Muitas culturas, como as dos incas e astecas, se desenvolveram em planaltos. Nas zonas
tropicais e equatoriais, o homem busca esse tipo de relevo para sua moradia, pois ali
encontra boas condições climáticas determinadas pela altura. São bons exemplos a
Cidade do México, a 2.276m, e Quito (Equador), a 2.800m de altitude.
Montanha
Depressão
4.3.Tipos de estruturas
Falhas são fracturas mediante as quais as rochas se deslocam, de forma que perdem a
sua continuidade original. Existe um movimento relativo, em qualquer direcção, dos
blocos de rochas, ao longo do plano de falha (a superfície de fractura ao longo da qual
teve lugar o movimento relativo).
Nas falhas normais e inversas também há deslizamento ao longo do plano de falha, mas
a direcção do movimento tem agora uma componente vertical. Quando o movimento se
dá de modo a que o bloco superior desliza ao longo do declive no sentido descendente,
em relação ao bloco inferior, diz-se que temos uma falha normal.
Quando a situação se inverte, ou seja, quando o bloco superior sobe ao longo do declive,
"cavalgando" o bloco inferior, diz-se que temos uma falha inversa ou de cavalgamento
Este processo se deu nas eras Paleozóica, Mesozóica e Cenozóica, contudo ainda
ocorrem nos dias actuais.