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Universidade Licungo

Faculdade de ciências naturais e Tecnologias


Licenciatura em Ensino de Geografia
2º Ano

Adélio Serafim André António


Berta Roliz António
Gloria Mário Raposo
Lucas Castro Martins
Lurdes Gentil Siada

Pesca e Silvicultura

Quelimane

2022
Adélio Serafim André António
Berta Roliz António
Gloria Mário Raposo
Lucas Castro Martins
Lurdes Gentil Siada

Pesca e Silvicultura

Trabalho de Pesquisa do curso de


Licenciatura em Ensino de Geografia
Faculdade de Ciências e Tecnologia, com
a finalidade de avaliação na cadeira de
Geografia de Moçambique.

Docente:

Dr. Manuel Cassamo

Quelimane

2022
Índice
1 Introdução.....................................................................................................................3

1.1 Objectivos.......................................................................................................................4

1.1.1 Geral.........................................................................................................................4

1.1.2 Especificos................................................................................................................4

1.2 Metodologia....................................................................................................................4

2 Fundamentação teórica.................................................................................................5

2.1 Pesca e Silvicultura.........................................................................................................5

2.1.1 Pesca.........................................................................................................................5

2.1.1.1 Tipos de pesca............................................................................................5


2.1.1.2 Principais espécies pesqueiras....................................................................6
2.1.1.3 Pesca na era colonial...................................................................................6
2.1.1.4 Pesca na era pós-colonial............................................................................7
2.1.1.5 Pesca na actualidade...................................................................................8
2.1.2 Silvicultura................................................................................................................8

2.1.2.1 Importância das florestas............................................................................9


2.1.2.2 Principais espécies florísticas de Moçambique..........................................9
3 Conclusão...................................................................................................................10

4 Referências bibliográficas..........................................................................................11
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1 Introdução

Moçambique é um pais rico em diversidade florestal, pois, este não se encontra em


qualquer parte do mundo, dai a necessidade de preservar as diferentes espécies existentes, um
factor determinante para o desenvolvimento da nossa economia. A silvicultura não produz
apenas matéria básica para o homem, mas também para o equilíbrio do planeta, tanto pela
variedade dos seres vivos como pela influência no clima, conservação do solo e qualidade
paisagística.

O presente trabalho enquadra-se no campo de acção da cadeira de Introdução a Geografia


com o tema de abordagem: Pesca e silvicultura. A extensa costa moçambicana, com cerca de
2500 km, mais a riqueza das águas interiores, constituídas por numerosos rios e lagos, fazem
com que a pesca, em maior ou menor escala, esteja presente praticamente em todo o país,
constituindo o produto desta actividade um complemento importante na dieta familiar da
população que a pratica.
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1.1 Objectivos

1.1.1 Geral

 Estudar a pesca e silvicultura.


1.1.2 Especificos

 Explicar a importância da pesca na vida da população, bem como da economia;


 Descrever o sector da pesca na era colonial, pós-colonial e actualidade
 Explicar a importância da silvicultura;
 Identificar as espécies florísticas de Moçambique.

1.2 Metodologia

Segundo Marconi e Lakatos (2004, p. 44), “método é o caminho pelo qual se chega a
determinado resultado, ainda que esse caminho não tenha sido fixado de antemão de modo
reflectido e deliberado”.

Tipo de pesquisa

a) Quanto a natureza: Pesquisa básica

De forma directa, a pesquisa básica gera conhecimentos novos para avanço da ciência sem
aplicação prática prevista.
b) Quanto aos procedimentos: Pesquisa bibliográfica

Nesta pesquisa será aplicada a pesquisa bibliográfica de modo a garantir o suporte


científico mediante o comentário ou estudos que anteriormente forma desenvolvidos por
diversos autores em torno do tema em estudo. Igualmente, a pesquisa bibliográfica será
aplicada de modo a ajudar na triangulação dos dados que são colhidos durante a pesquisa e,
observados pelo autor do trabalho no decurso desta.
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2 Fundamentação teórica

2.1 Pesca e Silvicultura

2.1.1 Pesca

A Pesca é uma actividade do sector primário que consiste na captura de peixes e outros
mariscos com objectivo de fornecer alimentos a população e a matéria-prima a indústria.

2.1.1.1 Tipos de pesca

Em Moçambique pratica-se 3 principais tipos de pesca, nomeadamente:

 Pesca Artesanal

É praticada tanto no litoral como nas águas interiores pela grande maioria da população,
sendo pescadores individuais, cooperativas de pesca, associações de pescadores, utilizam
instrumentos simples, como anzóis, linhas, redes, canoa, e pequenos barcos a motor; a
produção é de pequena escala; o rendimento é muito baixo; a produção destina-se a venda no
mercado local e consumo dos pescadores (Ambrósio, s/d).

 Nas Águas Interiores

As águas interiores com recursos pesqueiros significativos, são constituídas pela reserva
de Cabora Bassa, Lago Niassa, Lagoas Costeiras e estuários, pequenos lagos e reservas e rios
em cerca de 15.000 km de rios.

A exploração de recursos pesqueiros das águas interiores é de grande importância para a


população rural. É a chamada pesca de pequena escala praticada por pescadores individuais
ou associados. Usam redes, pequenos barcos (canoas) e ocasionalmente barcos a motor. No
lago Niassa e na Reserva de cahora bassa, este tipo de pesca tem experimentado um certo
progresso.

 Pesca Industrial e Semi-Industrial

Geralmente, é praticada no alto mar por grandes empresas pesqueiras; a produção é de


grande escala, utiliza técnicas e métodos modernos especializando-se em uma ou em algumas
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espécies, o rendimento é muito elevado, é uma pesca virada para o mercado interno e
internacional (Ambrósio, s/d).

2.1.1.2 Principais espécies pesqueiras

Segundo sotaria (s/d), No mundo aquático existe uma grande variedade de espécies, aqui
iremos dar alguns exemplos: camarão, lagosta, caranguejo, corvina, marora, sardinha,
anchoveta, carapau, cavala, atum, peixe-pedra, salmonete, pargo, tubarão, holotúrias,
mexilhão, crustáceos, etc.

2.1.1.3 Pesca na era colonial

Segundo CEASM (1990), durante o período colonial havia, por um lado, um subsector de
pesca industrial fundamentalmente voltado para a produção do camarão para a exportação,
provendo divisas. Por outro lado, havia um subsector de pesca artesanal no seio do qual se
pode distinguir:

 Uma pesca que opera a partir dos grandes centros urbanos e vilas e cujos meios de
produção e infra-estruturas de apoio em terra pertencem a empresários portugueses,
em que o seu pescado servia para o consumo urbano; e
 Uma pequena pesca que usava meios de produção mais rudimentares e tinha como
base a economia familiar, mas desempenhando um importante papel no
aprovisionamento em proteína animal às populações.

A pesca artesanal tinha o suporte dos cantineiros rurais, que asseguravam o abastecimento
em insumos de produção e bens de consumo aos pescadores e viabilizavam o escoamento dos
seus excedentes de produção para outras zonas de consumo (Anónimo, 1999).

Durante o período colonial, os escassos excedentes gerados pela pesca artesanal eram
captados por urna rede comercial rural, orientada principalmente para a comercialização de
produtos agrícolas para exportação, onde o pescado constituiu produto secundário da sua
actividade.

Segundo (Anónimo, 1999), na área de influência dos principais centros de fixação dos
colonos ou, mais raramente, em áreas de evidente aptidão pesqueira, surgiu uma pesca de tipo
artesanal e semi-industrial, conduzida por pequenos armadores estrangeiros para abastecer os
colonos com peixe de primeira qualidade.
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A pesca industrial apenas surgiu na última década do período colonial, exclusivamente


orientada para a captura de camarão para exportação, não tendo a sua produção de peixe
adquirido qualquer significado para o abastecimento do pais.

Neste tipo de pesca a totalidade dos armadores e dos técnicos, quer em terra quer a bordo,
eram colonos, ocupando os moçambicanos apenas os postos de trabalho não especializados.

2.1.1.4 Pesca na era pós-colonial

De acordo com (CEASM, 1990; FFP, 2000), com a independência nacional, uma das
primeiras medidas tomadas para o desenvolvimento das actividades do sector pesqueiro, foi
enquadrá-lo no Ministério da Indústria e Comércio (MIC) que, em 1976, cria a Direcção
Nacional das Pescas (DNP). Na altura, dois objectivos foram traçados para o desenvolvimento
da pesca de pequena escala: aumentar a oferta de pescado para o consumo de toda a
população e melhorar a situação económica e o nível de vida das comunidades de pescadores
(CEASM, 1990).

No caso da pesca industrial, o objectivo central estava voltado na captação de divisas


através de exportações de crustáceos. A pesca artesanal foi considerada como tendo um papel
na economia dos distritos costeiros e dos que se localizam nas grandes massas de águas do
interior, constituindo, juntamente com a agricultura, a actividade de rendimento mais
importante para as famílias rurais desses distritos.

De acordo com (CEASM, 1990), no que diz respeito à pesca artesanal, as principais
medidas tomadas incluíram:

 Atribuição de objectivos de equilíbrio financeiro e de rentabilidade aos CP;


 Introdução de instrumentos de mercado nas transacções entre os pescadores
artesanais e as empresas estatais para o desenvolvimento da pesca de pequena
escala;
 Manutenção do papel dos CP relativo à pesca de pequena escala;
 A reestruturação e separação das funções exercidas pela UDPPE;
 Redução dos subsídios às empresas estatais do sector, dando-lhes autonomia
financeira; e, constituição de sociedades (gestoras, holdings) com capitais públicos.
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2.1.1.5 Pesca na actualidade

Sotaria (s/d), afirma que, a pesca em Moçambique, sobretudo a artesanal, esta inteiramente
virada ao auto-consumo da população que a pratica. Contudo, não nos esqueçamos da pesca
semi-industrial, cujo pescado, sobretudo o camarão, destina-se a exportação para o mercado
europeu contribuindo deste

Esta actividade é desenvolvida dentro de normas que devem ser estritamente observadas:
respeito pelo calendário localmente estabelecido, uso de técnicas recomendadas entre outros
dispositivos, que concorrem para a defesa e protecção de recursos pesqueiros e do ambiente.

Em Moçambique, a pesca industrial e semi-industrial esta virada a captura de camarão e


de gamba, espécies marinhas mais capturadas nas águas de Maputo, Beira e Quelimane, para
exportação no mercado europeu, asiático, americano e africano.

2.1.2 Silvicultura

Silvicultura pode ser definida como a ciência da plantação, tratamento e exploração


florestal. Como ciência, dedica-se ao estudo e aperfeiçoamento de métodos naturais e
artificiais de regeneração e melhoramento de povoamento florestal (Sotaria, s/d).

Numa outra vertente a silvicultura consiste na prática de cultivar, conservar arvores ou


arbustos dentro de um sistema de uso da terra para fins de lenha, forragem, fruta,
medicamentos, sombra, melhoramento de solos, conservação de águas, entre outros.

Os factores físico-geográficos (clima, relevo, solos) e económicos (capital) e tecnológicos


influenciam de forma directa e indirectamente para o desenvolvimento da actividade de
silvicultura.

De acordo com Ambrósio (s/d), actualmente, Moçambique constitui um importante


destino de exploração de matéria-prima proveniente dos recursos florestais para alimentar as
indústrias imobiliárias dos países da Asia, Europa, América. A exploração florestal no nosso
país contribui também para a captação de divisas para o cofre do estado que depois são usados
para a construção de infra-estruturas sócias económicas como escolas, hospitais, estradas,
entre outras infra-estruturas.
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2.1.2.1 Importância das florestas

Segundo MICOA (2004), as florestas fornecem a lenha, o carvão, material de construção,


alimentos silvestres, plantas medicinais, pasto para os animais, etc.; borracha para o fabrico de
papel, carvão, postes; a serradura para o fabrico de álcool, madeira para o fabrico de
mobiliário, purificação do ar; etc.; estabelecem o controlo da erosão dos solos, criam balanço
no processo fotossintético, criam equilíbrio ecológico, permitem enriquecimento da camada
superficial dos solos, produção de madeira para a exportação.

2.1.2.2 Principais espécies florísticas de Moçambique

As principais espécies florestais exploradas em Moçambique são: Chanfuta, Jambirre,


Umbila, Mecrusse, Messassa, Panga-panga, Pau-preto, Pau-ferro, Pau-rosa, Pinheiro,
Eucalipto, Sândalo, entre outras, muito comuns nas regiões centro, principalmente as
províncias de Sofala, Zambézia e Manica e, norte, nas províncias do Niassa, Cabo Delgado e
Nampula (MICOA, 2004).
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3 Conclusão

Em Moçambique, a pesca industrial e semi-industrial esta virada a captura de camarão e


de gamba, espécies marinhas mais capturadas nas águas de Maputo, Beira e Quelimane, para
exportação no mercado europeu, asiático, americano e africano.

A Silvicultura é uma área da agricultura que se dedica ao cultivo e conservação das


florestas, com o objectivo de extrair delas a riqueza necessária para a vida do Homem. Numa
outra vertente, a silvicultura é um processo de selecção, tratamento científico mais
aprofundado de animais e melhoramento de espécies para fins económicos.

A actividade pesqueira em Moçambique ocupa um lugar significativo na economia do


país, sendo considerada hoje uma das principais contribuintes para o auto-emprego, para a
melhoria da dieta alimentar da população e para o equilíbrio da balança comercial do país. A
principal razão de atracão da população para a zona costeira está relacionada com o acesso
facilitado aos recursos, à existência de oportunidades, se considerar que as principais cidades,
serviços e indústrias tais como turismo, comércio e portos estão localizados na zona costeira
(Hoguane, 2007).
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4 Referências bibliográficas

Anónimo (1999). Síntese das actividades dos combinados pesqueiros no período


compreendido entre 1979 e 1989. Maputo.

Ambrósio, P. C. (s/d). Geografia de Moçambique II. Universidade Católica de


Moçambique – Centro de Ensino á Distância

MICOA. (2004). Plano Estratégico do Sector do Ambiente (2005-2015). Maputo,


MICOA.

Sotaria, G. C. (s/d). Geografia de Moçambique. Instituto Superior de Ciências e Educação


a Distância (ISCED). Beira.

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