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Introdução

O presente trabalho enqundra-se na cadeira de Psicologia de Desenvolvimento tem como


tema: Comparação entre as Teorias de Desenvolvimento Humano o associativismo e o
Beahrevorismo com as fases do desenvolvimento, assunto esse de extrema importância para a
educação

Além a presente introdução o trabalho esta estruturado da seguinte maneira: Desenvolvimento,


Conclusão e Referências bibliográficas
Associativismo

Esses teóricos consideram que a aprendizagem é resultado da formação de conexões entre


estímulos e respostas observáveis.

Edward Lee Thorndike “via a aprendizagem como uma série de conexões e vínculos estímulo-
resposta (E-R).

Sua teoria descreve as formas em que as conexões são estabelecidas (fortalecidas ou


enfraquecidas). “Achava que a aprendizagem era, basicamente, um empreendimento de
tentativas e erros e prestou pouca atenção à possibilidade de formação de conceito e de
pensamento” (idem, p.209);

Thorndike formulou três leis fundamentais de aprendizagem:

A lei da prontidão: quando o organismo se encontra num estado em que as unidades de


transmissão (as conexões E-R) estão prontas a transmitir, então a transmissão é
satisfatória, ao contrário ela será perturbada. Ele se refere a prontidão neurológica e não
maturacional.

A lei do exercício (uso e desuso): quanto mais uma conexão E-R for utilizada, mais forte se
tornará, quanto menos for utilizada mais fraca se tornará ” e esclarece que a prática apenas
melhora se for seguida de uma informação retroactiva positiva (conseqüência sobre o
acto).

A lei do efeito: uma conesão E-R é fortalecida se for seguida de satisfação (recompensa).
Do mesmo modo, uma conexão é enfraquecida se for seguida de um aborrecimento
(punição).

A partir das leis de Thorndike começou a ser realçado a importância da motivação na educação.

O russo Ivan Pavlov (prémio Nobel da medicina em 1904) notou que os cães salivavam, não só
quando a carne era directamente colocada nas suas bocas, mas também antes disso (ao som de
passos, sinos...).

Para descrever esse fenômeno criou a expressão “reflexo condicionado”, que é fruto de um
estímulo incondicionado, tal como acontece quando uma luz forte incide sobre os olhos e a
pessoa os fecha, ou quando a carne é colocada na boca do cão e esse começa a salivar.

Ele notou também que se um estímulo neutro – que por si só não desencadeia determinada
resposta – for repetidamente associado a um estímulo incondicionado – que automaticamente
desencadeia uma determinada resposta – o estímulo neutro acaba por adquirir o poder de
desencadear a resposta. A esse processo chamou o nome de condicionamento clássico.

Exemplo do cão que saliva ao som do sino. O cão associa o som à carne. A carne seria o estímulo
incondicionado (EI) pois origina uma resposta que não depende da experiência ou aprendizagem
anterior. O som ou sinal denomina-se de estímulo condicionado (EC), pois a resposta que dá
origem precisa ser aprendida. A salivação à carne chama-se resposta incondicionada (RI) e a
salivação ao som resposta condicionada (RC).

Outro conceito importante desenvolvido por Pavlov refere-se a Generalização do Estímulo. Isso
acontece quando “quando um estímulo condicionado é associado a um reflexo, outros estímulos
similares também adquirem o poder de dar a resposta. O estímulo condicionado inicial
generaliza-se e o organismo começa a responder a outros estímulos que, de algum modo, se
assemelham ao inicial.
Implicações Educacionais do Associativismo

Muitos teóricos defendem que “mas das razões pela qual os educadores precisam de conhecer o
condicionamento é que um grande número de reflexos autônomos podem ser condicionados ao
longo de toda a escolaridade.

O aluno, por exemplo, pode ser condicionado a ter medo da Matemática, da Biologia, da Física,
etc. Nesse sentido, o medo é associado a uma experiência real acontecida em sala de aula.

Em termos de generalização dos estímulos, uma criança que foi condicionada a ter medo de
matemática pode generalizar esse medo a outras disciplinas escolares.

O processo que quebra a associação entre um estímulo e uma resposta condicionada chama-se de
extinção. Alcança-se a extinção quando o EC perde o seu poder de evocar a RC; isso é
conseguido com a apresentação repetida do EC sem se seguir o EI.

Behaviorismo

Burrhus Frederik Skinner (1904-1990) de uma linhagem comportamentalista-associacionista


defende uma Psicologia de comportamento totalmente ligada ao meio. Ou seja, “é o meio que
causa as mudanças no comportamento, porque as conseqüências da resposta influenciam a
acção futura e porque estas consequências ocorrem no meio exterior. Tudo o que a pessoa faz,
ou pode fazer no futuro, é um resultado directo da sua história única de reforços e punições.

Essa teoria enfatiza a psicologia de um ‘organismo vazio’, uma psicologia em que as condições
do meio (estímulos) se associam a e afectam o repertório de respostas do organismo.
Para Skinner, a mente não é relevante para a compreensão da razão porque as pessoas se
comportam desta ou daquela maneira, pois considera que a aprendizagem é uma associação
entre estímulo (E) e resposta (R), embora nem sempre por esta ordem, realçando também as
associações R-E como associações E-R, isto é, verificou que o condicionamento ocorre quando a
resposta é seguida de um estímulo reforçador.

Reforço

Skinner retoma a lei de efeito (de Thorndike) – que afirma que a aprendizagem é uma
associação entre um estímulo e uma resposta resultante da conseqüência de um acto – e
denomina-a de reforço.

Só que na concepção de Skinner o reforço não oferece ao indivíduo que aprende uma
recompensa, nem lhe proporciona um sentimento de satisfação, tal como propunha Thorndike,
mas ele é medido e observado.

O Reforço Positivo – É qualquer estímulo que, quando acrescentado à situação, aumenta a


probabilidade de ocorrência da resposta.

O Reforço Negativo – é qualquer estímulo que, quando retirado da situação, aumenta a


probabilidade de ocorrência da resposta.

Em ambos casos não se faz menção da subjectividade e ao prazer. O seu principal objectivo é
aumentar a probabilidade de ocorrência da resposta

Condicionamento Clássico

Tal como no associativismo, a teoria behaviorista tem no condicionamento clássico um dos seus
principais pressupostos.

O Condicionamento Clássico é o processo de aprendizagem que se baseia na associação de um


estímulo condicionado e um estímulo natural, de modo que o individuo reaja ao estímulo
condicionado do mesmo modo que reage ao estímulo natural.
Um exemplo clássico é o da experiência de Pavlov com um cão (referida na teoria associativa,
unidade 4). O cão foi condicionado a salivar como reacção ao som de uma campainha,
aprendeu a dar resposta a um estímulo não adequado e adquire uma nova conduta.

A aquisição seria o processo de associação do estímulo condicionado (EC) e do estímulo


incondicionado (EI), de modo a ser aprendida a resposta condicionada,

Durante o condicionamento podem ocorrem os seguintes processos: a) extinção, que é a


eliminação da resposta pretendida, pela apresentação repetida do estímulo condicionado sema
presença o estímulo incondicionado; b) Recuperação espontânea – que é o aparecimento
temporário de uma resposta extinta, após algum tempo; c) Recondicionamento – apresentação
de um novo reforço (EI), associado ao estímulo condicionado (EC) que aumenta a resposta; d)
Reextinção – a diminuição da resposta pela apresentação apenas do estímulo condicionado; e)
Generalização do estímulo – processo que consiste em estender a resposta aprendida a novos
estímulos que se assemelham ao estímulo usado no treino e; f) discriminação – processo que
consiste em estabelecer diferenças entre estímulos semelhantes, respondendo-lhes de modo
diversificado.

Condicionamento Operante

É o processo de aprendizagem dinamizado pela obtenção do reforço e que é baseado na sua


associação á resposta operante.

Se no condicionamento clássico é o sujeito que responde a estímulos, no condicionamento


operante é o sujeito que toma iniciativa de modo a obter recompensa. Skinner observou o
comportamento de um rato colocado numa caixa, a um dado momento ele começa a explorar o
ambiente, cheira, arranha, locomove, Pará, ergue-se, etc., até que, pro acaso, acciona uma
alavanca e cai um alimento. A tendência foi de que o rato repetia a pressão a alavanca para
obter alimento.

Nesta experiência existe uma associação entre a resposta operante (premir a alavanca) e o
reforço (alimento. Assim a aprendizagem foi condicionada.
O reforço é um estímulo agradável que, ao surgir em conseqüência de um comportamento,
aumenta a sua ocorrência. O reforço pode ser positivo quando o estímulo apetecível aumenta a
freqüência do comportamento ou negativo, quando a retirada de um estímulo aversivo
aumenta a ocorrência do comportamento.

Implicações educacionais da teoria behaviorista de aprendizagem

Para os behavioristas aprender é mudar o comportamento. Neste sentido a principal tarefa do


professor é ensinar, ou seja, estimular a mudança de comportamento do aprendente, o aluno.

No campo da educação escolar o behaviorismo alimenta as considera ‘pedagogias tradicionais ’


nas quais o professor é o principal agente do processo educativo, ele explica, dita, fala, manda,
deposita o conteúdo a um aluno que é passivo, que apenas escuta, faz, obedece e assimila o
conteúdo. Paulo Freire denominou-a de educação bancária, na medida em que o aluno se
transforma em um depósito de conteúdos, em um ‘banco’.

No acto da avaliação o aluno deve ‘vomitar’ o conteúdo tal e qual o aprendeu, com os pontos,
as vírgulas e incluindo os suspiros do professor. A aprendizagem, deste modo, não é
significativa.

Comparação entre as Teorias de Desenvolvimento Humano o associativismo e o


Beahrevorismo com as fases do desenvolvimento

A aprendizagem é um fenômeno observável durante toda a vida. Ao elucidar os princípios que


regem a aquisição de comportamentos aprendidos, bem como os elementos necessários à
mudança do repertório comportamental, o Behaviorismo se tornou bastante conhecido e
aplicado na aprendizagem. O conteúdo a ser ensinado deve ser subdivido em pequenas partes,
distribuídas em uma sequência lógica que possibilite a passagem gradual de uma etapa à outra.
É importante o uso de reforçadores ao longo de todo processo e não apenas no final.O uso de
reforçadores é de grande importância para o processo de aprendizagem escolar, mas deve-se
ter cuidado com o excesso de punição, pois tende a levar à esquiva (evitação). Cada estudante
tem seu próprio ritmo de aprendizagem e esse deve ser respeitado. O professor deve estimular
uma atitude ativa por parte do estudante, ou seja, que o estudante participe das atividades e
não seja um mero receptor de informações. Isso permite que o professor perceba se o aluno
está aprendendo e quais suas dificuldades e também possibilita o uso de reforçadores. Mas
lembre-se: reforçar não é sinônimo de elogiar. Pode-se reforçar positivamente, por exemplo,
dedicando atenção ao aluno, mostrando-se interesse por suas opiniões.

O associativismo considera, no processo de aprendizagem, tanto os fatores orgânicos quanto os


ambientais. O conhecimento é construído na interação entre o sujeito e o objeto. O sujeito tem
potencialidades e características próprias, mas o meio precisa favorecer esse desenvolvimento
para que elas se concretizem. A presença ativa do sujeito diante do conteúdo é essencial –
portanto, não basta somente ter contato com o conhecimento para adquiri-lo. É preciso "agir
sobre o objeto e transformá-lo"

A teoria associacionista, especialmente do behaviorismo, tem sido aplicada com grande


frequência no campo da educação. Isso se deve ao entendimento da associação, como tal, da
mudança de comportamento, atitude ou pensamento causada pela experiência de certas
experiências.

Nesse processo de aprendizagem, o sujeito é principalmente passivo, capturando a relação


entre estímulos e sua intensidade devido às características dos eventos em questão. Os
processos mentais têm pouca relevância para a realização de associações, sendo o processo de
percepção da realidade mais relevante.
Conclusão

Depois de ter realizado o trabalho temos o conclusão: Muitos teóricos defendem que “mas das
razões pela qual os educadores precisam de conhecer o condicionamento é que um grande
número de reflexos autônomos podem ser condicionados ao longo de toda a escolaridade.

É que Para os behavioristas aprender é mudar o comportamento. Neste sentido a principal


tarefa do professor é ensinar, ou seja, estimular a mudança de comportamento do aprendente,
o aluno.
Referências bibliográficas

Becker, F. (2013). Sujeito do conhecimento e ensino de matemática. Schème Revista Eletrônica


de Psicologia e Epistemologia Genéticas.

Antônio Domingos Braço. Psicologia de Desenvolvimento. UCM

Psicologias: uma introdução ao estudo de psicologia. 13ª ed. reformulada e ampliada (1999) –
3ª tiragem. São Paulo: Saraiva, 200

A família e a educação: uma perspectiva da integração família-escola. Estudos de Psicologia


(Campinas), v. 7, n. 1, p. 134-139, 1990.

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