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Thorndike e o Conexionismo

Thorndike, acreditava que o psicólogo devia estudar o comportamento, não os elementos


mentais ou a experiência consciente.
Chamou de Conexionismo ao tratamento experimental no estudo da associação – a
abordagem à aprendizagem, baseada nas conexões entre as situações e as respostas. Afirmou que,
para analisar a mente humana, ele deveria localizar as conexões de forças variáveis entre as
situações e os seus respetivos elementos e componentes e as respostas e os seus respetivos
facilitadores e inibidores, a prontidão às respostas e a direção das respostas.
A aprendizagem é o estabelecimento de conexões, e mente é o sistema de conexões do
homem (Thorndike, 1931).
Esta posição era uma extensão direta da antiga noção filosófica de associação, mas com uma
diferença significativa: em vez de abordar associações e conexões entre ideias, Thorndike trabalhava
com as conexões entre as situações verificáveis objetivamente e as respostas.
Alegava que o comportamento deveria ser reduzido aos elementos mais simples, ou seja, as
unidades de estímulo e resposta. Concordava com a visão atomística, analítica e mecanicista dos
empiristas britânicos e dos estruturalistas. Para ele, as unidades de estímulo-resposta consistem em
elementos do comportamento (e não da consciência) e são os blocos da construção que compõem os
comportamentos mais complexos.
A caixa-problema
Thorndike projetou e construiu caixas-problema para utilizar nas pesquisas com os animais.
Para conseguir escapar da caixa, o animal tinha de aprender a mexer no trinco.
Em uma série de experimentos, colocava um gato faminto na caixa feita de ripas de madeira,
deixava comida do lado de fora e como um prêmio para quando conseguisse escapar. O gato tinha
que puxar uma alavanca ou uma corrente e, por vezes, tinha de repetir o processo até que o trinco se
soltasse.
No início, o gato exibia comportamentos aleatórios, como empurrar, farejar e arranhar com
as patas na tentativa de conseguir alcançar a comida. Por fim, acabava por executar o
comportamento correto e abria a porta. Na primeira tentativa, este comportamento ocorria sem
querer, nas tentativas subsequentes, os comportamentos aleatórios mostravam-se menos
frequentes até que a aprendizagem fosse completa. Então o gato começava a demonstrar o
comportamento adequado assim que era colocado na caixa.
Afim de registar dados, Thorndike adotava medições quantitativas da aprendizagem. Uma
das técnicas consistia em registar o número de comportamentos incorretos, ou seja, das ações que
não resultavam na abertura da caixa. Depois de uma série de tentativas esse número diminuía. Outra
técnica consistia em registar o tempo decorrido desde o instante em que o gato era colocado na

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caixa até ao momento em que conseguia sair. Assim que a aprendizagem se concretizava, esse
intervalo diminuía.
As leis da aprendizagem
A tendência a respostas fracassadas que não resultavam na abertura da porta tendia a desaparecer,
ou seja, a ser apagada após diversas tentativas. A tendência a respostas que conduziam ao êxito era
gravada depois de algumas tentativas. Esse tipo de aprendizagem começou a ser conhecido como
aprendizagem por tentativa e erro, embora Thorndike preferisse chamar de tentativa e sucesso
acidental.
Aprendizagem por tentativa e erro – aprendizagem baseada na repetição das tendências de
resposta que levam ao êxito.
Qualquer ato que, executado em determinada situação, produza satisfação fica associado a
ela de tal modo que, quando ela se repete, a probabilidade de o ato também se repetir é maior do
que antes. Inversamente, qualquer ato que produza desconforto em uma situação especifica vai dela
se dissociar de maneira que, quando ela se repetir, a probabilidade de o ato se repetir também é
menor do que antes. Posteriormente, perante um programa completo de pesquisa com seres
humanos, Thorndike reavaliou a lei do efeito. Os resultados revelaram que a recompensa realmente
fortalecia a resposta adequada, porém a punição a uma resposta não produzia um efeito negativo
comparável. Ele reviu o seu ponto de vista, dando mais ênfase à recompensa do que à punição.
Lei do efeito – os atos que produzem satisfação em determinada situação tornam-se
associados a ela, quando a situação se repete, o ato tende a ocorrer.
Uma lei associada – a lei do exercício ou a lei do uso e desuso – afirma que qualquer
resposta a uma determinada situação a ela se associa. Quanto mais usada a resposta na situação,
mais sólida será a associação, assim como ocorre o contrário: o desuso prolongado da resposta tende
a enfraquecer a associação.
Lei do exercício – quanto mais um comportamento é realizado em uma situação, mais forte
se torna a associação entre comportamento e situação.
Em outras palavras, a simples repetição da resposta a uma determinada situação tende a
fortalecer a resposta. Pesquisas complementares convenceram Thorndike de que as consequências
da recompensa a uma resposta são mais eficazes do que a mera repetição da resposta.
Pavlov (1849-1936)

O trabalho de Ivan Pavlov sobre a aprendizagem ajudou a transferir a ênfase da visão


tradicional do associacionismo – das ideias subjetivas para os eventos psicológicos quantificáveis e
objetivos, tais como a secreção glandular e o movimento muscular.

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Pavlov e a experiência dos cães
Esta consistia em Pavlov começar por mostrar um pedaço de carne a um cão e dar-
lhe para comer, com o tempo o cão assim que via o pedaço de carne ( estímulo incondicionado)
começava a salivar (resposta incondicionada). Entretanto antes de mostrar o pedaço de carne ao cão
tocou uma campainha (estímulo neutro) do qual não obteve qualquer reação por parte do cão.
Após esta observação inicial começou a juntar o toque da campainha com o pedaço de carne
de modo a criar uma associação dos estímulos. O cão começou por associar o toque da campainha ao
pedaço de carne e sempre que Pavlov tocava a mesma (resposta condicionado) o cão salivava
(resposta condicionada).
Desta forma podemos afirmar que existem três tipos de estímulos e dois tipos de respostas.
Os estímulos neutros, incondicionados e condicionados e as respostas incondicionadas e
condicionadas.
Os estímulos neutros são aqueles que em nada interferem no comportamento, é como se
não existissem.
Os estímulos incondicionados são as respostas naturais e que envolvem qualquer tipo de
aprendizagem por parte do individuo (por ex.: o pedaço de carne).
Os estímulos condicionados são estímulos previamente neutros que após ser associado a um
estimulo incondicionado produz uma resposta condicionada (por ex.: o cão aprendeu a associar o
toque da campainha ao pedaço de carne).
As respostas incondicionadas são as que ocorrem naturalmente em reação ao estimulo
incondicionado, não implicam qualquer tipo de esforço por parte do individuo (por ex.: o cão saliva
quando vê a carne).
As respostas condicionadas são as respostas aprendidas a um estímulo anteriormente
neutro {por ex.: o cão saliva quando ouve a campainha (estimulo anteriormente neutro)}.
A torre do silêncio. A preocupação de Pavlov em impedir que as influências externas
afetassem a confiabilidade da pesquisa era tão grande que ele construiu cubículos especiais, um para
o animal e outro para o observador. O pesquisador conseguia manipular os diversos estímulos a
serem condicionados, coletar saliva e mostrar a comida sem ser visto pelo animal.
Mesmo com essas precauções, Pavlov não se sentia totalmente satisfeito. Temia que os
estímulos ambientais externos pudessem contaminar os resultados. Com os fundos recebidos de um
empresário russo, projetou um prédio de três andares para as pesquisas, que ficou conhecido como
a “Torre do silêncio”. As janelas possuíam vidros extremamente espessos e as portas das salas eram
chapas de aço duplas que, quando fechadas, impediam totalmente a entrada de ar. Vigas de aço
reforçadas de areia sustentavam o piso, e o prédio era circundado por uma vala cheia de palha.
Desse modo, qualquer vibração, ruido, temperatura externa, odor e correnteza eram eliminados.

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Pavlov queria que o único elemento a exercer influência sobre o animal fosse o estímulo a ser
condicionado.

Reação ao programa de Watson


A psicologia deve ser uma ciência do comportamento – não o estudo introspetivo da
consciência – puramente objetiva, uma ciência natural experimental. Teria de investigar tanto o
comportamento humano como o animal. Os psicólogos precisavam de deixar de lado as ideias
mentalistas e empregar apenas os conceitos do comportamento tais como o estímulo e a resposta.
As metas da psicologia deviam ser a previsão e o controle do comportamento.

Os métodos do Behaviorismo
A nova psicologia tentou adaptar os métodos naturais científicos às próprias
necessidades. Essa tendência foi ainda mais clara no caso do behaviorismo.
Watson insistia em que a psicologia se limitasse aos dados das ciências naturais, ao que fosse
passível de observação. Em poucas palavras: a psicologia devia limitar-se ao estudo objetivo do
comportamento. Somente os métodos objetivos rígidos de investigação deviam ser adotados nos
laboratórios behavioristas. Para Watson, esses métodos incluíam:
 Observação, com e sem uso de instrumentos;
 Métodos de teste;
 Método de relato verbal;
 Método do reflexo condicionado.
A observação constituía a base fundamental para outros métodos. Métodos de teste objetivo
já eram adotados, mas Watson propôs tratar os resultados dos testes como amostragens do
comportamento, e não como indicadores de qualidades mentais. Para ele, o teste não media a
inteligência nem a personalidade, ao contrário, simplesmente media as respostas do individuo à
situação do estímulo de ser submetido ao teste.
Apesar da aversão pela introspeção, não pôde ignorar os trabalhos realizados pelos
psicofísicos com o uso da introspeção. Portanto, sugeriu que as reações orais, por serem observáveis
objetivamente, seriam significativas para o behaviorismo, assim como qualquer tipo de resposta
motora. “Falar é fazer – ou seja, comportar-se. Falar abertamente ou para nós mesmos (pensar) é um
comportamento tao objetivo quanto jogar basebol”.
O método do reflexo condicionado foi adotado em 1915, dois anos a partir da fundação
formal do behaviorismo. Os métodos do condicionamento eram pouco usados, no entanto, Watson
foi bastante responsável pela sua ampla aplicação na pesquisa psicológica americana.

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Descrevia o condicionamento em termos de substituição do estímulo. A resposta torna-se
condicionada quando associada ou conectada a um estímulo diferente daquele que a originou. (no
caso dos cães de Pavlov, a resposta condicionada consistia na salivação mediante o som da
campainha e não pela visualização da comida). Ele escolhe esse tratamento por oferecer um método
objetivo de analise de comportamento, de redução em unidades básicas, ou seja, em ligações de
estímulo-resposta (E-R). Todo o comportamento podia ser reduzido a esses elementos, portanto o
método de reflexo condicionado permitia aos psicólogos conduzirem investigações acerca da
complexidade do comportamento humano em laboratórios.
Para a psicologia, esse enfoque exclusivo nos métodos objetivos e a eliminação da
introspeção significariam uma mudança na natureza e no papel do sujeito humano no laboratório de
psicologia. Para Wundt e Titchener, o individuo desempenhava o papel tanto do observador como do
observado, já que observavam a própria experiência consciente. O seu papel era muito mais
importante do que o do pesquisador.
No behaviorismo, os indivíduos em si tornaram-se menos importante. Eles não mais
observam, em vez disso, eram observados pelo pesquisador. Com essa mudança de enfoque, o
sujeito humano do laboratório, normalmente chamado de observador, passou a ser conhecido como
sujeito. Os verdadeiros observadores eram os pesquisadores, psicólogos responsáveis, que
estabeleciam as condições experimentais e registravam as respostas dos sujeitos.

O objeto de estudo do behaviorismo


Os principais objetos de estudo da psicologia behaviorista de Watson eram os elementos do
comportamento, ou seja, os movimentos musculares do corpo e as secreções glandulares. Sendo
uma ciência do comportamento, a psicologia tratava exclusivamente dos atos passíveis de descrição
objetiva, sem o emprego da terminologia subjetiva ou mentalista.
Apesar da meta estabelecida reduzir todo o comportamento em unidades de estímulo-
resposta (E-R), o behaviorista basicamente devia envidar esforços para compreender o
comportamento do organismo na totalidade. Por exemplo: embora a resposta fosse apenas um
espasmo do joelho, ela também podia ser mais complexa. Watson chamava essas respostas mais
complexas de “atos”. Considerava atos de resposta inclusive os fatos de comer, escrever, dançar ou
construir uma casa. Em outras palavras, o ato envolve o movimento do organismo no espaço.
Aparentemente, Watson concebia os atos de resposta em função da realização de alguma meta que
afetasse o ambiente de algum individuo, e não como uma simples conexão de elementos
musculares. Entretanto, os atos de comportamento, independentemente da sua complexidade,
podiam ser reduzidos em resposta glandulares ou motoras inferiores.

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As repostas podem ser explicitas ou implícitas. São explicitas notórias e diretamente
observáveis. As respostas implícitas são as que ocorrem dentro do organismo – como, por exemplo,
o movimento das vísceras, as secreções glandulares e os impulsos nervosos.
O estímulo também pode ser simples ou complexo. Os feixes de luz que incidem sobre a
retina dos olhos são estímulos relativamente simples, porém há outros mais complexos. Do mesmo
modo que o conjunto de reações envolvido em uma ação pode ser reduzido em respostas
componentes, é possível analisar a situação de estimulo reduzindo-a em estímulos componentes
específicos. Assim, a psicologia behaviorista de Watson investiga o comportamento de todo o
organismo em relação ao seu ambiente. Para propor leis especificas do comportamento,
primeiramente é necessário analisar os complexos de estimulo-resposta, reduzindo-os em estímulos
elementares e nas unidades de resposta.

As emoções
Para Watson, as emoções não passavam de simples respostas fisiológicas a estímulos
específicos. Um estimulo (ameaça de agressão física) produz mudanças físicas internas, tais como o
aumento do batimento cardíaco, acompanhado das respostas explicitas apropriadas e adquiridas.
Essa explicação para as emoções nega a existência de qualquer perceção consciente da emoção ou as
sensações dos órgãos internos.
Embora Watson tenha observado que respostas emocionais têm envolvimento no
movimento explicito, acreditava nas reações internas como sendo predominantes. A emoção
constitui uma forma de comportamento implícito no qual as reações internas são expressas por meio
de manifestações físicas como o rubor das faces, a transpiração ou o aumento do batimento
cardíaco.

Albert, Peter e os coelhos. Watson demonstrou sua teoria das respostas emocionais
condicionadas nos estudos experimentais realizados com o bebê Albert, de 11 meses,
condicionando-o a ter medo de um rato branco, que ele não temia antes de ser submetido ao
condicionamento. Para estabelecer a relação de medo, provocava-se um enorme barulho (batendo
em uma barra de aço com um martelo) atrás da cabeça de Albert, sempre que o rato lhe era
mostrado. Em pouco tempo, a mera visualização do rato produzia sinais de medo na criança. Esse
medo condicionado generalizava-se a outros estímulos similares como um coelho, uma pele branca
de animal ou a barba branca do pai natal. Sugeriu que todos os medos, todas as aversões e
ansiedades do adulto eram, do mesmo modo, condicionados no inicio da infância. Eles não surgem,
assim como Freud afirmava, de conflitos inconscientes. Watson rejeitava totalmente a noção do
inconsciente porque, assim como o consciente, não era possível observa-lo objetivamente. No início,

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era fascinado com vários conceitos de Freud, mas acabou descartando a psicanálise, chamando-a de
“macumba”.
Watson descreveu a experiencia de Albert como apenas um estudo-piloto preliminar.
Todavia ele jamais foi reproduzido com êxito. Apesar dos psicólogos notarem algumas serias falhas
metodológicas na pesquisa, seus resultados foram aceitos como uma prova cientifica e são
mencionados em praticamente qualquer livro básico da psicologia.

Contracondicionamento – processo de extinção do condicionamento. Pretende-se que o


pequeno alberto perca o medo, de forma progressiva e sem nunca ultrapassar os seus limites de
conforto.
1. Vamos expor a criança ao estimulo condicionado, mas na ausência do estimulo
incondicionado (barulho).
2. A resposta condicionada extinguir-se-á progressivamente.

Circunstancias em que se matem os comportamentos emocionais disfuncionais.


1. Respostas emocionais condicionadas (as crianças de entre os rios associam a ponte/estímulo
neutro à morte/estimulo incondicionado).
2. Respostas de evitamento (as crianças de entre os rios deixam de passar na ponte).

Condicionamento Sujeito a Contracondicionamento

Watson tornou a metodologia e a terminologia da psicologia mais objetivas. Embora suas


posições a respeito de determinados tópicos estimulassem muita pesquisa, suas formulações iniciais
não são válidas. Como uma escola de pensamento distinta, o behaviorismo de Watson foi substituído
por outras formas de objetivismo psicológico nele baseado.

Três estágios do behaviorismo


O behaviorismo de Watson constitui o primeiro estagio da evolução da escola de
pensamento comportamental. O segundo estágio, o neobehaviorismo, compreende o período de
1930 a mais ao menos 1960, e engloba os trabalhos de Tolman, Hull e Skinner. Esses
neobehavioristas compartilhavam diversos pontos em comum:
 O estudo da aprendizagem constitui o tópico central na psicologia.
 Em sua maioria, os comportamentos, independentemente da sua complexidade, podem
ser entendidos pelas leis do condicionamento.

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 A psicologia deve adotar o principio do operacionismo.

O behaviorismo de Skinner
Em diversos aspetos, a posição de Skinner representa uma renovação do behaviorismo de
Watson. Skinner defendia um sistema empírico sem estrutura teórica para a condução de uma
pesquisa.
Skinner resumia a sua visão da seguinte forma: “nunca ataquei um problema construindo
uma hipótese. Jamais deduzi teoremas, nem os submeti a verificação experimental. Ate onde consigo
enxergar, não tenho nenhum modelo preconcebido de comportamento e, certamente, nem
fisiológico nem mentalista e, creio nem conceitual”.
O behaviorismo de Skinner dedica-se ao estudo das respostas. Preocupava-se em descrever e
não em explicar o comportamento. Tratava apenas do comportamento observável, e ele acreditava
que a tarefa da investigação cientifica era estabelecer as relações funcionais entre as condições de
estimulo controladas pelo pesquisador e as respostas subsequentes do organismo.
O que acontecia na relação entre estímulo e resposta não era o tipo de dado objetivo com o
qual o behaviorismo skinneriano lidava. Assim, o behaviorismo puramente descritivo de Skinner foi
denominado adequadamente de abordagem do “organismo vazio”. Nessa visão, o organismo
humano seria controlado e operado pelas forças do ambiente, pelo mundo exterior, e não pelas
forças internas. Skinner não duvidava da existência dessas condições mentais ou fisiológicas internas,
apenas não aceitava a sua validade no estudo cientifico do comportamento.
Skinner não considerava necessário usar grande quantidade de indivíduos nas experiencias
ou realizar comparações estatísticas entre as respostas medias dos grupos dos pesquisadores. O seu
método consistia na investigação compreensiva de um único individuo.

O condicionamento operante – situação de aprendizagem que envolve o comportamento


emitido por um organismo em vez de eliciado por um estimulo detetável. O comportamento
operante ocorre sem qualquer estimulo antecedente externo observável. Opera no ambiente do
organismo.
Skinner acreditava no comportamento operante como sendo o melhor representante da situação
típica de aprendizagem. Na maioria das vezes, o comportamento do tipo operante, portanto a
melhor abordagem cientifica para o seu estudo são os processos de condicionamento e extinção.
A demonstração da clássica experiência da caixa de Skinner envolvia o ato de pressionar a barra que
fora contruída de modo a que controlasse as variáveis externas. Colocava-se um rato privado de
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comida dentro da caixa, onde ele poderia explorar o ambiente à vontade. No decorrer desta
experiência o rato pressionava uma alavanca ativando assim um mecanismo que libertava uma
bolinha de ração. Depois de conseguir algumas bolinhas (reforço) o condicionamento geralmente
estabelecia-se com rapidez. O rato quando pressionava a alavanca atuou sobre o ambiente e assim
serviu como instrumento para a obtenção de alimento.
Com base nesta experiencia básica, Skinner derivou a sua lei da aquisição que afirma que a força de
um comportamento operante aumenta quando de seguida recebe um estimulo reforçador.

Esquemas de reforço
A pesquisa inicial com o rato demonstrou o papel do reforço no comportamento operante. O
comportamento do rato era sempre reforçado cada vez que ele pressionava a barra, ou seja, o rato
recebia alimento sempre que executava a resposta correta.
Esquema de reforço – condições que envolvem diferentes razoes ou intervalos de tempo entre
reforços.
A pesquisa de Skinner demonstrou que, quanto menor o intervalo entre os reforços, mais rápida será
a resposta do animal. Quando o intervalo aumentava a taxa de respostas diminuía.

O comportamento verbal
Na visão de Skinner os sons emitidos durante a fala são uma espécie de comportamento. Essas
respostas de comportamento verbal podem ser reforçadas pela emissão de outros sons ou por
gestos, do mesmo modo que o comportamento de pressionar a barra pode ser reforçado pelo
alimento. O comportamento verbal requer a interação entre duas pessoas no mínimo, um falante e
um ouvinte, o falante emite uma resposta (um som) e o ouvinte reforça, e não reforça ou pune o que
o falante disse. Desse modo, o ouvinte controla o comportamento subsequente do falante.
Este processo pode ser observado no comportamento dos pais quando uma criança começa a falar.
As palavras inaceitáveis, o uso incorreto ou a má pronúncia provocam diferentes reações nos pais.
Dessa forma a criança é ensinada a falar corretamente.
Por se tratar de um comportamento, a fala está sujeita a contingências de reforço, previsão e
controle, assim como qualquer outro tipo de comportamento.

Os aparelhos de condicionamento operante de Skinner


os aparelhos condicionantes de Skinner trouxeram-lhe fama entre os psicólogos, mas foi o “berço
automático” que lhe rendeu notoriedade.
Outro equipamento apresentado por Skinner foi a maquina de ensinar inventada na década de 1920.

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Durante a segunda guerra mundial Skinner desenvolveu um sistema de orientação para guiar as
bombas lançadas dos aviões de guerra sobre alvos específicos em terra.

A modificação de comportamento
É o uso de reforço positivo para controlar ou modificar o comportamento individual ou coletivo
A Psicologia Aplicada Animal: o QI animal
Dois antigos alunos de Skinner demonstraram que o condicionamento operante pode ser observado
no animal de laboratório e aplicado ao mundo real com resultados que qualquer pessoa talvez já
tenha notado.
As críticas ao Behaviorismo de Skinner
As criticas ao behaviorismo de Skinner tinham como alvo o seu extremo positivismo e a oposição à
teoria, a qual os seus operantes alegavam ser impossível eliminar completamente.
Skinner emitia afirmações ousadas a respeito das questões económicas, sociais, politicas e religiosas
derivadas do seu sistema.
As visões de Skinner sobre o comportamento verbal e a explicação sobre como a criança aprendia a
falar também foram contestadas.
As contribuições do behaviorismo de Skinner
Apesar de todas as criticas ao behaviorismo de Skinner, Skinner foi o campeão inconsciente da
psicologia behaviorista entre as décadas de 1950 e 1980. Durante esse período a psicologia
americana foi moldada muito mais pelo seu trabalho do que pelas ideias de qualquer outro
psicólogo.
O objetivo geral de Skinner era a melhoria da vida humana e da sociedade. Esperava que a sua
tecnologia do comportamento ajudasse a aliviar o sofrimento humano e sentia-se muito frustrado ao
ver que as suas ideias ano eram aplicadas de forma mais sabia e mais ampla.

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