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Origens e pioneiros:

Aristóteles (384-322 A.C.) – Princípio da contiguidade;

Hermann Ebbinghaus (1850-1909) - estudo experimental da Aprendizagem;

- Pai da Psicologia da Aprendizagem


Hermann Ebbinghaus

Século XIX - primeiras investigações sobre a memória;

Sílabas non sense para avaliar a capacidade e o tempo de armazenamento e facilidade


de recuperação do material armazenado;

Princípios sobre o armazenamento da memória;

Muito influente para os trabalhos posteriores de Pavlov e Thorndike.


Ivan Petrovich Pavlov (1849-1936)

Fisiologista russo conhecido pelo trabalho sobre o papel do


condicionamento na Psicologia do Comportamento (reflexo
condicionado).

Premiado com o Nobel de Fisiologia e Medicina (1904), pelas suas descobertas sobre
os processos digestivos de animais.

Um dos muitos cães usados por Pavlov nas


suas experiências (Museu Pavlov).
Recipiente utilizado para o armazenamento da
saliva está implantado no maxilar do animal.
Ao estudar a produção de saliva nos cães percebeu que a salivação passava a ocorrer
diante de situações e estímulos que anteriormente não causavam tal comportamento
(som dos passos do assistente ou apresentação da tigela de alimento).

Após diversas experiências em laboratório teorizou o mecanismo do


CONDICIONAMENTO CLÁSSICO.

processo, pelo qual um organismo aprende a responder de um determinado


modo a um estímulo que previamente e, por si, só não suscitava tal resposta.
Condicionamento Clássico

EI RI

Comida - Estímulo Incondicionado - elicita uma resposta incondicionada >>>


Salivação - REFLEXO INCONDICIONADO
+
EN

Campainha não provoca qualquer tipo de resposta >>>> Estímulo Neutro

EC RC

Após repetição da associação Estimulo Incondicionado (comida) com o Estímulo Neutro


(campainha), cão aprende a salivar perante o estímulo que antes não provocava resposta (neutro)
mesmo na ausência do estímulo incondicionado (comida) >>>> ESTÍMULO CONDICIONADO
(campainha) provoca RESPOSTA CONDICIONADA – aprendida (salivação).
Teorias, Fatores e Processos de Aprendizagem

• Teoria Behaviorista / Comportamentalista

Aprender = Associação Estímulo – Resposta

Formando = Agente Passivo


Edward L. Thorndike (1874-1949)

>> Inspirou-se nos trabalhos de Pavlov;

Publicou conjunto de obras - “Psicologia Educacional” (1913, 1914) ;

CONEXIONISMO:

Aprendizagem resulta de conexões (associações ao nível do SNC), entre


experiências sensoriais (perceções de estímulos ou acontecimentos) e impulsos neuronais
(respostas do organismo), que se manifestaM através do comportamento.
Centrou estudos na aprendizagem que ocorre através de tentativas ou seja, ensaios e
erros.

>> Nem todos os comportamentos aprendidos podem ser explicados pelo


condicionamento clássico;

APRENDIZAGEM: resulta da capacidade que o organismo tem de aprender com os erros


e selecionar os acertos para uso posterior.

APRENDER É RESOLVER UM PROBLEMA.


Experiências com gatos:

Gato colocado dentro de jaula que podia abrir ao premir um pequeno trinco ou alavanca;

Pretendia que o gato aprendesse a abrir a porta: o gato esfomeado tinha como objetivo
alcançar a comida que estava do lado de fora;

… só tinha que aprender a abrir o trinco!


VERIFICOU QUE:

>> Tempo que o gato precisava para abrir a gaiola era


cada vez menor;

>> Nas tentativas para abrir a gaiola, vai fazendo


progressivamente menos erros;

>> Mudança de comportamento - significa que o gato


aprendeu, não mediante reflexo condicionado, mas
mediante tentativas cada vez mais eficazes >> traduzem
papel ativo na aprendizagem.

APRENDIZAGEM - consiste em estabelecer uma


conexão a nível do SNC, entre estímulo e reação,
conseguida após uma série de tentativas e erros.
➢ Leis da Aprendizagem de Thorndike:

>> Lei do Efeito - conexões entre uma situação e uma resposta são fortalecidas se
seguidas de satisfação; e esquecidas se seguidas de insatisfação. “Respostas ou
comportamentos seguidos por consequências ou efeitos satisfatórios tendem a repetir-se;
respostas seguidas por consequências desagradáveis tendem a não se repetir”.

>> Lei do Exercício ou Frequência - prática ou repetição fortalece as conexões,


a falta de prática ou repetição enfraquece-as;

>> Lei da Prontidão ou Maturidade Específica - para existir aprendizagem é


necessário que o sujeito esteja preparado para estabelecer uma ligação entre um estímulo-
resposta, ou seja tenha capacidades e condições necessárias para que as conexões
possam ser estabelecidas).
Teoria de Thorndike - acusada de desumanizante - animais e seres humanos
entendidos como autómatos.

Contributos não devem contudo ser minimizados:

✓ 1º Psicólogo a realçar a importância da motivação na aprendizagem;

✓ Se o indivíduo é recompensado por aprender, é muito mais provável


que a aprendizagem ocorra;

✓ Conceito de transferência - quem aprende, consegue resolver


melhor novos problemas se estes tiverem elementos semelhantes aos
que já tenham sido anteriormente resolvidos com sucesso.
John Broadus Watson (1878 - 1958)

Psicólogo, fundador do Behaviorismo ou


Comportamentalismo.
Frequentou o curso de Filosofia, mas desistiu e mudou para PSICOLOGIA .

Doutorou-se em Neuropsicologia defendendo tese sobre a relação entre


o comportamento dos ratos de laboratório e o SNC.

Diversas investigações sobre o comportamento de ratos e macacos; defendeu a aplicação


dos mesmos princípios para o comportamento humano e a abolição da barreira entre
a Psicologia Humana e a Psicologia Animal.

PSICOLOGIA não devia centrar-se nas preocupações introspetivas, filosóficas mas nos
COMPORTAMENTOS OBJETIVOS, CONCRETOS e OBSERVÁVEIS.
APRENDIZAGEM - resultado de um processo de condicionamento;

Qualquer comportamento humano ou animal (desde uma simples emoção, até à


resolução de um problema matemático) pode ser explicado pelo encadeamento
de associações simples entre estímulos e respostas.

J. Watson – “Todas as formas de comportamento podem ser aprendidas”.


Critica: as Teorias Inatistas (aprendizagem depende do potencial de
inteligência com que nascemos) e as Maturacionistas (aprendizagem depende
do processo de maturação fisiológica).

Defende:

“Controlando e manipulando os estímulos proporcionados a uma criança


recém-nascida, podemos fazer dela tudo o que quisermos: advogado, médico,
pedinte, prostituta…

…. moldar a sua personalidade seria apenas uma questão de


modificar criteriosamente o seu ambiente de aprendizagem em função dos
nossos objetivos”.
COMPORTAMENTOS
OBJETIVAMENTE OBSERVÁVEIS

MUDANÇA DE
APRENDIZAGEM
COMPORTAMENTOS

ESTÍMULO - RESPOSTA
PRINCÍPIOS
MECANICISTAS
Condicionamento clássico em crianças (1920) :
https://www.youtube.com/watch?v=FMnhyGozLyE

- Watson e a assistente condicionaram uma reação de


medo num bebé de 11 meses (Albert):

. 9 m - Albert não tinha medo de ratos, coelhos, cachorros, máscara; única coisa que lhe
provocava medo era um ruído forte de martelo numa barra de aço;

. 11 m - colocaram Albert em cima de um tapete com um rato branco; quando Albert tenta
alcançar o animal, batem com o martelo na barra de aço;

. Bebé assusta-se, começa a chorar;

. Após combinarem várias vezes os dois estímulos, Albert fugia ao ver o rato branco - rato
(estímulo condicionado) adquiriu o poder de elicitar o choro e medo (resposta
condicionada).
Teorias, Fatores e Processos de Aprendizagem
Condicionamento Clássico

Vantagens e Limites do CC:

O comportamento é em função do estímulo;

Ensino: encarado como fornecimento de estímulos


adequados;

Formador teria de fornecer estímulos adequados;

Aprendizagem depende apenas dos estímulos.


Burrhus Frederic Skinner (1904-1990)
Psicólogo norte-americano, um dos mais importantes do
Behaviorismo.

Procurando forma objetiva de estudar o comportamento desenvolveu o


CONDICIONAMENTO OPERANTE.

Utilizou ratos e pombos nas suas experiências.

Conceito de REFORÇO desempenha papel fundamental na Teoria Behaviorista - um


dos seus principais legados académicos.
Seguindo Watson defende: Comportamento deve ser o alvo de estudo da
Psicologia.
Acredita que é possível antecipar, modificar e controlar o comportamento
desde que se modifiquem e controlem os estímulos do meio - todo o
comportamento aprendido resulta da história prévia de REFORÇOS e
PUNIÇÕES a que o sujeito foi submetido.

Controlando as consequências dos comportamentos, controlamos o que o


sujeito aprende e o seu comportamento no futuro.

SER HUMANO É FRUTO EXCLUSIVAMENTE DA SUA


EXPERIÊNCIA DE VIDA.
>>> APRENDIZAGEM - determinada pelas suas consequências (ideia de Thorndike,
necessário esperar quase 4 décadas para que a Lei do Efeito obtivesse reconhecimento
generalizado).

>>>>> Skinner estabelece princípios básicos do Condicionamento Operante; a sua


sistematização e aplicação à educação e a problemas clínicos e sociais.
➢ Skinner-Box - investigou como o comportamento de ratos pode ser
modificado por planos de reforços: através de reforço determinado
comportamento surge com mais probabilidade.

Ratos esfomeados são colocados numa caixa com


alavancas; apenas uma solta o alimento;

Ao descobrir qual a alavanca certa, os animais


armazenam o local desta alavanca na memória;

Depois de várias experiências, o animal vai


diretamente para a alavanca certa.
>> São experimentadas várias respostas:

. Comportamento com êxito, gratificante – torna-se mais frequente.

. Atos frustrados - menos prováveis ;

– RESULTADOS são importantes para a Aprendizagem >>>>


ATUAM COMO REFORÇO.

➢ O Comportamento Operante passa pela resposta de pressão na


alavanca que era reforçada com o alimento – processo conhecido como
reforço positivo, uma vez que se produz um aumento da resposta através
da atribuição de uma recompensa.
Processo pelo qual uma resposta se torna mais provável ou frequente.

RESPOSTAS OPERANTES - fortalecidas e reforçadas pela repetição da relação que se


estabelece entre a ação e as consequências por ela geradas.

OPERANTES - atos iniciados pelos próprios indivíduos e são influenciados pelas suas
consequências:

>>> OPERANTE repetidamente acompanhado de consequências AGRADÁVEIS - ato


tem mais probabilidades de ser repetido.

>>> OPERANTE acompanhado de consequências DESAGRADÁVEIS - o


comportamento tem menos probabilidade de ser repetido.
CONDICIONAMENTO OPERANTE ou INSTRUMENTAL -
comportamento do indivíduo é instrumento para obter uma recompensa ou
um castigo.

Diferença entre Condicionamento Clássico e Operante:

✓clássico (Pavlov) - cão obtinha a comida independentemente da reação


que tivesse;

✓operante (Skinner) - comida só era acessível se ele conseguisse


manipular a alavanca e abrir a gaiola.
“Teaching Machine” - proposta de Skinner para a resolução do problema do défice no
processo de aprendizagem humana.

Permite o reforço imediato da resposta correta. O professor pode supervisionar toda a


turma trabalhando com estes aparelhos ao mesmo tempo. Cada criança progride no seu
próprio ritmo, completando tantos problemas quanto lhe for possível durante a hora de aula.

https://www.youtube.com/watch?v=jTH3ob1IRFo

https://www.youtube.com/watch?v=jm9VMdQaAQQ _Tablet Edition


Teorias, Fatores e Processos de Aprendizagem
Condicionamento Operante

Vantagens e Limites do CO:

⚫ O ENSINO - ARRANJO DAS CONTINÊNCIAS DE REFORÇO;

⚫ O FORMADOR – deve FAZER SURGIR O COMPORTAMENTO ÓTIMO USANDO OS


ESTÍMULOS E REFORÇOS APROPRIADOS;

DIMINUI O PAPEL DO INDIVÍDUO ENQUANTO CONSTRUTOR DA PRÓPRIA


APRENDIZAGEM;

⚫ REFORÇO NEM SEMPRE FUNCIONA DEVIDO AOS DIFERENTES SIGNIFICADOS E


CONSEQUÊNCIAS PARA CADA UM;

APELA À MASSIFICAÇÃO DO ENSINO.


Princípios da Aprendizagem Behavorista/Comportamental

1. O papel das consequências

Mudanças de comportamento podem acarretar consequências:

agradáveis - reforçam a frequência do comportamento,

desagradáveis - reduzem a probabilidade de ocorrência.

Ex.: Aluno gosta de livro que lê, provável que volte a ler outro;

Aluno acha que a leitura do livro é aborrecida, provavelmente virar-se-á para outro

tipo de atividades que lhe sejam mais agradáveis.


2. Reforços

eficácia do reforço deve ser demonstrada;

reforço para determinado sujeito pode não ter eficácia para outro.
Reforços primários - satisfazem as necessidades humanas básicas
(comida, água, segurança, afeto, sexo).
Reforços secundários - adquirem valor através da associação com os
reforços primários ou com outros reforços secundários já estabelecidos.

Ex.: - Dinheiro não tem valor para criança pequena até que ela aprenda que
este pode ser usado para comprar coisas;

- As notas obtidas na escola adquirem valor quando a criança percebe


que a sua obtenção lhe proporcionará amor, afeto e reconhecimento
dos outros.
Categorias de reforços secundários:

- Reforços sociais - valorização, sorrisos, beijos ou atenção;

- Atividades reforçadoras - acesso a brincadeiras, jogos ou outras atividades


interessantes;

- Reforços simbólicos - dinheiro, pontos, estrelas/bolinhas de bom


comportamento, ou pontos que podem ser trocados por outros reforços.
REFORÇO POSITIVO ou RECOMPENSA: qualquer estímulo que, quando acrescentado
à situação, aumenta a probabilidade da resposta acontecer;

Estímulo agradável que reforça a probabilidade da resposta dada ocorrer novamente;


as reações recompensadas têm tendência a ser repetidas;

envolve acrescentar algo positivo depois de acontecer uma dada resposta;

são consequências agradáveis dadas para fortalecer um comportamento

Ex.: Prof. elogia aluno pelo teste - reforço positivo acrescentado à nota aumenta
a probabilidade de que tal desempenho se repita;

Dinheiro, boas notas académicas, abraços, beijos são reforços positivos.


REFORÇO NEGATIVO: qualquer estímulo que, quando retirado ou evitado aumenta a
probabilidade de ocorrência de resposta;

Remoção ou evitação de estímulo desagradável que reforça a probabilidade da


resposta ou comportamento efetuado possa ocorrer novamente; as reações que
libertam o organismo de situação penosa têm tendência a ser repetidas.

implica remover, terminar ou evitar um estímulo ou situação desagradável;

significa que a eliminação de um estímulo aversivo serve para fortalecer ou


manter a resposta.

Ex.: Quando para evitar uma multa pomos o cinto de segurança ;


Quando para não nos queimarmos na praia colocamos protetor solar;
Quando para evitar aborrecermo-nos com a nossa mãe arrumamos o quarto.
PRINCÍPIO DE PREMACK: é possível promover atividades menos agradáveis ou
menos desejáveis, relacionando-as com outras mais desejadas e agradáveis.

Ex.: “Se comeres a sopa podes ir para o computador”;

“Se terminares os trabalhos de casa podes ir brincar”.

David Premack
University of Pennsylvania
REFORÇOS INTRÍNSECOS e EXTRÍNSECOS

Reforço intrínseco - comportamentos ou situações nas quais a pessoa gosta de estar


envolvida, por si mesma, pelo valor que têm para si, sem necessitar de outra
recompensa.

Ex.: Brincar, jogar, desenhar, cantar ou ler, pelo gosto da atividade em si, etc.

Reforço extrínseco - estímulos ou recompensas dadas para motivar a pessoa a envolver-se


na situação ou para demonstrar determinado comportamento.

Ex.: Elogio por determinado comportamento, oferecer um chocolate por se ter portado
bem, etc.
Controvérsias sobre recursos extrínsecos:

✓podem desvalorizar os reforços intrínsecos;

>>>>>>>> Investigadores referem - uso controlado e prudente pode ser proveitoso


no âmbito da educação e da aprendizagem.
3. Reforços práticos e uso de reforços na sala de aula:

✓ Qualquer coisa que a criança goste pode funcionar como um reforço eficaz;

✓ Preferível o uso destes às punições;

✓ Ter em atenção que o seu uso deve ser ponderado.

Reforço mais útil e mais simples: reforçar os comportamentos que pretendemos que se
repitam.
1. Decidir quais os comportamentos que se pretende que os alunos
manifestem e reforçá-los quando ocorram;

2. Pequeno reforço a seguir ao comportamento tem maior efeito


reforçador, que grande reforço dado mais tarde; feedback imediato torna
mais clara a conexão entre comportamento e consequência;

3. Quando iniciam nova tarefa podem necessitar de ser reforçados ao longo de


cada passo; aproximações aos comportamentos pretendidos também
devem ser recompensadas;

4. Deve dizer-se aos alunos quais os comportamentos que se pretende;

5. Quando os alunos os exibem e são reforçados devem explicar-lhes o


porquê do reforço.
4. AS PUNIÇÕES / CASTIGOS

Punição ou castigo: envolve apresentar ou retirar um estímulo para enfraquecer um


comportamento;

Quando a consequência de um comportamento ou resposta enfraquece ou diminui a


probabilidade de repetição desse comportamento, isto é, as reações que conduzem a
consequências indesejadas ou penosas têm tendência a ser suprimidas.

Ex.: A Joana não come a sopa.


Os pais castigam-na proíbem-na de ver televisão,
assim a tendência para recusar comer a sopa tenderá
a diminuir.
Punição pode revestir duas formas: por apresentação, por
supressão.

1- Punição por apresentação - estímulos que diminuem a probabilidade de


ocorrência da resposta, ao serem acrescentados à situação;

- Reduz-se as possibilidades do comportamento voltar a ocorrer, ao


apresentar estímulo aversivo no seguimento do comportamento.

Ex.: Marcar falta ou dar trabalho adicional pelo facto do aluno se ter
portado mal.
2 - Punição por supressão – Estímulos que diminuem a probabilidade
de ocorrência da resposta ao serem retirados da situação;

Reduz-se as possibilidades do comportamento voltar a ocorrer por supressão de


estímulo agradável no seguimento do comportamento.

Ex.: Estava combinado ir passear, mas por se ter portado mal não vai.
❖ Skinner não considerava a punição como forma poderosa e
eficaz de influenciar o comportamento.
❖ Experiências de punição a ratos:

✓probabilidade do comportamento castigado acontecer de novo diminui,


mas apenas temporariamente;

✓pode conduzir ao desenvolvimento de comportamentos emocionais


negativos, sem esquecer outros efeitos secundários.
ATENÇÃO:
Se uma consequência aparentemente desagradável não reduz a frequência do
comportamento - não está a funcionar como uma punição.

Ex.: se alunos mandados para a rua por mau comportamento não reduzem o mau
comportamento na sala de aula; ir para a rua não está a funcionar como punição.
5. EXTINÇÃO
Extinção - gradual e progressivo enfraquecimento e desaparição de resposta
aprendida, porque não há reforço (positivo ou negativo);

- Reações que não são recompensadas têm tendência a desaparecer.


6. PROGRAMAS DE REFORÇO
Quando se aprende um comportamento novo este processo é mais fácil e
rápido se é reforçado.
Utilização positiva do reforço para a sala de aula:

>> reconhecer os comportamentos positivos de forma percetível para os alunos;

>> ofereçer muito reforço quando os alunos trabalhem com material novo ou tentem
novas atividades;

>> assegurar-se que todos os alunos, inclusive aqueles que causam problemas com
frequência recebem algum elogio, privilégio ou outras recompensas quando fazem bem
alguma atividade;

>> estabelecer diversos tipos de reforço para poder identificar os reforços eficazes.
Utilização do castigo na sala de aula ou em situação educativa:

>> Deve-se estruturar a situação de forma a que se possa utilizar o reforço negativo em
vez do castigo;

>> Se necessário utilizar castigo, há que


ser consistente na aplicação do castigo;

>> Adaptar o castigo à infração;

>> Concentrar-se nas ações e comportamentos dos alunos e não nas suas características
pessoais.
- Condicionamento operante – constitui o suporte psicológico do Ensino Programado
e da Programação Educativa e que Skinner propõe com a sua Máquina de Ensinar.

Nas escolas os comportamentos dos alunos podem ser modelados pela cuidadosa
sequência e pelas recompensas ou reforços apropriados.
PONTOS FORTES E LIMITAÇÕES DAS TEORIAS BEHAVIORISTAS DE
APRENDIZAGEM:

✓ Sujeito – um organismo que responde a estímulos exteriores;

✓ Aprendizagem - considerada uma forma de condicionamento;

✓ Teorias realçam o “saber fazer”, o comportamento exterior, observável e suscetível de


ser medido;

✓ Baseiam-se no comportamento exterior do aluno e na análise da tarefa a aprender;

Educando considerado como um recipiente passivo e moldável.


Princípios psicopedagógicos inerentes a estas teorias:

✓ Definir com a maior exatidão possível os objetivos finais da aprendizagem;

✓ Analisar a estrutura das tarefas para determinar os objetivos do percurso;

✓ Estruturar o ensino em unidades muito pequenas de forma a permitir um melhor


condicionamento do aluno e conduzi-lo através de experiências positivas de aprendizagem
(step by step);
✓ Apresentar estímulos capazes de suscitar reações adequadas;

✓ Evitar ocasiões de erro e, no caso deste ocorrer, ignorá-lo ou por último puni-lo, de
forma a evitar a instalação de hábitos errados;

✓ Proporcionar aos alunos feedback imediato dos resultados obtidos e retroalimentação


adequada;

✓ Recompensar, retirar recompensas ou em último caso punir os alunos de acordo com


os seus comportamentos.
Explorando a Psicologia: Behaviorismo – Parte 1 – 13m 34s
https://www.youtube.com/watch?v=16y8EdiR2qo

Explorando a Psi: Behaviorismo – Final – 12m 52s


https://www.youtube.com/watch?v=B-BJ8Z7NhvE

O que é o Behaviorismo - 4m 10 s
https://www.youtube.com/watch?v=2sWHkqznj94
QUESTÕES ?

Maria Helena Martins

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