Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
SUMÁRIO
O Autismo .................................................................................................................... 3
Caracterizando o Autismo............................................................................................ 3
Características Clínica: CID e DSM ............................................................................. 6
Critérios de Diagnóstico ............................................................................................... 8
Métodos de Tratamento ............................................................................................... 9
ABA – Análise Aplicada do Comportamento.............................................................. 10
Como ABA é usada para ensinar crianças com autismo? ......................................... 12
O que é DTT? ............................................................................................................ 13
Catherine Maurice ..................................................................................................... 16
Qual a maneira correta de usar a ABA? .................................................................... 17
PECS - Um caminho para a comunicação................................................................. 21
FASES DO PECS ...................................................................................................... 26
Materiais para criar o PECS ...................................................................................... 33
Criando livros PECS .................................................................................................. 34
TEACCH .................................................................................................................... 34
Referências................................................................................................................ 40
2
www.soeducador.com.br
Autismo, educação e proposta de intervenção
O Autismo
Caracterizando o Autismo
O autismo, inicialmente, foi descrito por Leo Kanner (1943), como Síndrome
O primeiro paciente observado por Leo Kanner, foi Donald Triplett, em 1938.
Durante seu trabalho foram descritas onze crianças, entre meninas e meninos. A
partir desse momento o autismo passou a ser estudado por diversos pesquisadores,
humor, até deficiência mental isolada. Mesmo assim, hoje, o quadro clínico do
3
www.soeducador.com.br
Autismo, educação e proposta de intervenção
significa “próprio” (ZAFEIRIOU et al., 2007). Clemens Benda (apud BENDER, 1959)
como tripé dos sintomas autísticos, destaca que o termo “idiotia”, de origem grega
4
www.soeducador.com.br
Autismo, educação e proposta de intervenção
Stelzer (2010, p. 7) explica que: O termo tem origem no grego: “autos” que
tem o mesmo significado de “autismo”, de origem latina, descrevendo uma pessoa que
eram responsáveis por esse quadro clínico. Na época afirmava que o autismo era
causado devido o comportamento frio e obsessivo dos pais em relação aos filhos. No
entanto, essa hipótese foi afastada pela literatura médica, e como citado acima,
biológico.
que essas condições são bastante comuns e ao contrário do que se imagina estão
que ele tem, se você entrar numa sala cheia de pessoas portadoras da síndrome do
autista, ficará surpreso com a variedade de características que eles apresentam, muitas
em diversos graus.
5
www.soeducador.com.br
Autismo, educação e proposta de intervenção
intensidade para cada pessoa, ou seja, um indivíduo pode ter comprometimento mais
comprometimento nos três pés do tripé descrito por Wing e Gould (1979).
Segundo Gauderer (1997) apud SANTOS (2015, p.13) define o autismo: Como
durante toda a vida. Atribui ao aparecimento do autismo aos três primeiros anos de
significados, que muitos parecem ficar realizando sem uma finalidade muito clara.
éaquele que não se modifica, qualquer variação do seu “mundo” lhe traz ao extremo
desproporcional.
dificuldade de interação social. Para ele o olhar dos outros, os sons, os movimentos e
6
www.soeducador.com.br
Autismo, educação e proposta de intervenção
desorientados.
aspectos, seja a questão do olhar, para demonstrar o afeto usa-se vários canais,
exemplificando toque físico, tato visual, no entanto, o autista não tem essas
habilidades, não gosta do contato, seja físico ou visual, o que lhe causa enorme
desconforto.
Psiquiatria).
psicose infantil na nona revisão. Atualmente, o CID está na sua décima edição (CID –
7
www.soeducador.com.br
Autismo, educação e proposta de intervenção
concordância com os DSM III e o DSM III-R., no entanto, o DSM-IV incluía o autismo
Desenvolvimento (BOSA e COL, 2002). Bosa e Col. (2002 apud SANTOS, 2015, p.
15) afirmam que o Autismo hoje é visto como nos mostra dentro das classificações
três grupos do tripé, tais como interação, comunicação e uso imaginário, estando
presente desde os primeiros anos de vida das crianças. Nesse sentido, Melo (2004
apud SANTOS, 2015, p. 15) explica que estas alterações surgem “[...] tipicamente
Critérios de Diagnóstico
8
www.soeducador.com.br
Autismo, educação e proposta de intervenção
Segundo AMA (2015) devido os sintomas estarem presentes antes dos 3 anos
Para SANTOS (2015, p. 39) “[...] temos que pensar que o diagnóstico de autista
autista ao contato com o mundo, uma vez que esse não faz uso da linguagem verbal”.
desenvolvimento da área afetada, as quais serão utilizadas durante toda a sua vida.
Para tanto, faz-se necessário um diagnóstico correto para que o tratamento comece
Métodos de Tratamento
nenhuma está preparada para enfrentar essa realidade sem receber orientação
especializada.
Cuidar de uma criança com autismo pode ser uma carga imensa, em certos
casos o transtorno impõe certas limitações que um simples passeio no parque torna–
9
www.soeducador.com.br
Autismo, educação e proposta de intervenção
cura para este transtorno, contudo, existem inúmeras terapias que promete resultados,
Uma vez que o espectro do autismo vai daquele que nem consegue falar aos
com o problema.
autismo, mostrando que é possível tornar o nosso mundo mais acessível a eles.
10
www.soeducador.com.br
Autismo, educação e proposta de intervenção
O que é ABA?
aprendizagem.
11
www.soeducador.com.br
Autismo, educação e proposta de intervenção
significa que, à medida que você vai levando a vida, vão lhe acontecendo coisas que
comportamento no futuro. Por exemplo, se durante seu caminho para o trabalho você
acena e sorri para o motorista do carro ao lado, e ele deixa que você atravesse na sua
frente, você provavelmente vai tentar a mesma estratégia no dia seguinte. Seu
comportamento de acenar e sorrir ficará mais frequente, porque foi reforçado pelo
outro motorista!
fazemos novamente. Tentamos coisas e elas não funcionam; então é menos provável
consequência.
conceitos podem ser aplicados para trabalhar com uma vasta gama de
comportamentos humanos.
12
www.soeducador.com.br
Autismo, educação e proposta de intervenção
Estresse e
Educação/
Relaxamento
Ed Especial
ser usada para tratar muitas questões diferentes e cobrir muitos tipos diferentes de
Para ensinar crianças com autismo, ABA é usada como base para instruções
“guarda-chuva” que englobe muitas aplicações, as pessoas usam o termo “ABA” como
autismo.
13
www.soeducador.com.br
Autismo, educação e proposta de intervenção
muito pequena. A intervenção precoce é importante, mas esse tipo de técnica também
O que é DTT?
https://www.appliedbehavioranalysisedu.org/how-is-discrete-trial-training-used-in-aba-therapy/
O Ensino por Tentativas Discretas (Discrete Trial Teaching – DTT) é uma das
14
www.soeducador.com.br
Autismo, educação e proposta de intervenção
durante uma série de “tentativas” (trials), junto com o reforço positivo (prêmios)e o
grau de “ajuda” (prompting) que for necessário para que o objetivo seja alcançado.
aprendendo como chutar e controlar a bola com os pés. Então, depois que
desenvolveu essas habilidades, começou a chutar a gol. Se foi sortudo, teve alguém
– pai, mãe, um irmão mais velho – que lhe proporcionou muitas oportunidades para
(“dando ajudas!”).
É importante notar que apesar do termo “DTT” ser frequentemente usado como
sinônimo de “ABA”, ele não o é. A ABA é muito mais abrangente e inclui muitos tipos
15
www.soeducador.com.br
Autismo, educação e proposta de intervenção
autismo.
controle (aqueles que não receberam o tratamento de ABA usado por Lovaas),
16
www.soeducador.com.br
Autismo, educação e proposta de intervenção
Resultados
ABA desenvolvida por Lovaas. (Behavioral treatment and normal and intellectual
functioning in young autistic children. Ivar O. Lovaas, Journal of Consulting and Clinical
Catherine Maurice
indistinguíveis dos seus colegas – inspirou muitos pais a considerar a ABA como
17
www.soeducador.com.br
Autismo, educação e proposta de intervenção
opção de tratamento para seus filhos. Vale a pena ler o livro para entender como ABA
funciona dentro de uma família real. Também é uma boa maneira para ajudar amigos
e parentes a entender o que você está se propondo fazer com um programa ABA.
ensinar crianças com autismo, desde então muitos psicólogos vêm fazendo muitas
continua a evoluir. Muitas técnicas têm sido descobertas e tornado o ensino de ABA
consultoria em metodologias do tipo ABA e cada um tem seu jeito próprio de aplica-
las, mas todos usam os mesmos conceitos básicos (ou deveriam usar!). A ciência
somente a maneira de aplicá-la varia! Pense em ABA fazendo uma analogia com
tocar piano. Quando você aprende a tocar, pode tocar rock, música clássica, blues
ou jingles. Os sons podem variar, mas todos eles usam a mesma metodologia básica
18
www.soeducador.com.br
Autismo, educação e proposta de intervenção
Bondy, Ph.D, Lori Geade , CCC/SLP. Eles e a equipe da Pirâmide, oferecem serviços
comunicação antes que o professor controle respostas O PECS escrito pela Sra
Como pode ver o PECS pode ser um sistema de comunicação muito funcional
usado como uma ponte a linguagem verbal para crianças com autismo.
Como PECS pode ajudar crianças com autismo? A maneira que o PECS ajuda
19
www.soeducador.com.br
Autismo, educação e proposta de intervenção
inadequados.
Nacional - 2001)
CRIANDO O PECS
Nome da criança
papel contact
20
www.soeducador.com.br
Autismo, educação e proposta de intervenção
21
www.soeducador.com.br
Autismo, educação e proposta de intervenção
Linguagem: Onde ir? O que fazer? O que fazer depois? Como fazer? O que
Articulação
Expressão vocal
Sintaxe
Semântica
A comunicação envolve:
Estabelecer atenção
Colher informação
Processar informações
Armazenar informação
Cobrar informação
Enviar informação
Sintaxe: parte de gramática que estuda a disposição das palavras na frase e
das frases no discurso, bem como a relação lógica de frases entre si e a correta
22
www.soeducador.com.br
Autismo, educação e proposta de intervenção
tese fundamental é que a ideia que temos de um objeto qualquer nada mais é senão
a soma de ideias de todos os efeitos imagináveis atribuídos por nós e que possa ter
Função da comunicação
- Atenção
23
www.soeducador.com.br
Autismo, educação e proposta de intervenção
- Contato visual
- Retornar
Parceiros receptiva
- Frequentemente esquece
Não importa se são alunos verbais ou não verbais. A maioria dos estudantes
24
www.soeducador.com.br
Autismo, educação e proposta de intervenção
- O que acontecerá
- Posso escolher
- Posso trocar
Noção de tempo
escritas.
- Definir recompensas
- Definir consequências
25
www.soeducador.com.br
Autismo, educação e proposta de intervenção
- Não use quadros ambíguos nem complexos para evitar que ocorra um
colapso
Estratégias visuais
A nossa meta é descobrir como usar estratégias que possam apoiar uma
motoras e que não conseguem realizar sinais, quando utilizado de forma frequente a
26
www.soeducador.com.br
Autismo, educação e proposta de intervenção
FASES DO PECS
Há 6 fases para se ensinar uma criança a utilizar o PECS. Estas fases devem
no aumento da comunicação.
Fase 1:
A primeira lição para iniciar o PECS é fazer com que a criança peça de forma
este adulto será a pessoa com que nós queremos que a criança se dirija na maioria
das vezes.
fisicamente para alcançar a figura de seu desejo, retirar e entregar ao primeiro adulto.
27
www.soeducador.com.br
Autismo, educação e proposta de intervenção
O mais cedo possível o auxílio físico do segundo adulto dever ser retirado até
Objetivo da fase 1:
O objetivo desta faze é que a criança inicie uma comunicação e também para
alertas verbais. A criança desde o início aprenderá a solicitar seu desejo de dentro
para fora.
Fase 2:
item desejado, este item de grande valor (reforçador). A criança é incentivada a utilizar
esta forma de comunicação durante o dia inteiro e o item deve ser colocado a uma
Fase 3:
de artigos em uma placa, fazendo escolhas a respeito de que item irá querer. O
28
www.soeducador.com.br
Autismo, educação e proposta de intervenção
profissional ou pais, perguntam: “O que você quer fazer?” mostrando a placa, mas
esta pergunta deverá ser desvanecida rapidamente assim que a criança consiga de
forma espontânea fazer suas escolhas tão bem quanto responder uma pergunta.
Deve-se iniciar esta fase com uma disposição pequena, geralmente 2 artigos.
Quando a criança estiver mais segura para escolher um item de seu desejo, um
terceiro deve ser adicionado e assim por diante até que a criança consiga encontrar
um item de seu desejo dentro de uma disposição com várias figuras (6 em cada placa).
Fase 4:
Nesta fase a criança consegue com facilidade fazer um pedido para uma
A criança combinará uma figura “eu quero” com outra figura de seu item de
desejo ou atividade. As duas figuras deverão ser unidas a uma tira da sentença e a
tira inteira será entregue a outra pessoa que a criança está se comunicando e esta
.
EX:
Fase 5:
As fases 5
e6
ocorrem ao
mesmotempo, onde é
focalizada extensão diferente
29
www.soeducador.com.br
Autismo, educação e proposta de intervenção
começada na fase.
30
www.soeducador.com.br
Autismo, educação e proposta de intervenção
Fase 6:
figura:
“ eu vejo”
“ eu escuto”
“ eu sinto “ e etc...
EU QUERO
IR SHOPPING
31
www.soeducador.com.br
Autismo, educação e proposta de intervenção
feita.
experiências e etc.
Exemplos da fase 7
“O quê?”
“Onde?
“Quando?
“Quem? “
“Por quê? “
32
www.soeducador.com.br
Autismo, educação e proposta de intervenção
PÁSSARO AZUL
EU VEJO UM 1
Exemplos da fase 8
Esta também poderá ser a última fase para indivíduos que não conseguem
chegar a fala.
Exemplos da fase 9
Nesta fase chega o momento de substituir figuras por palavras e colocar a fala
33
www.soeducador.com.br
Autismo, educação e proposta de intervenção
A pessoa que está junto deve ajudar a criança a verbalizar junto apontando o
Qualquer som produzido pela criança deve ser reforçado verbalmente “isso”
EU VEJO ÔNIBUS
Exemplos da fase 10
O PECS não deve ser retirado em sua totalidade, mas de forma gradual.
Bordmakers
Desenho próprio
34
www.soeducador.com.br
Autismo, educação e proposta de intervenção
uma criança pode ter um livro que organize todos os símbolos que precisar usar: no
TEACCH
aquisições.
35
www.soeducador.com.br
Autismo, educação e proposta de intervenção
filhos autistas.
da percepção ou compreensão;
36
www.soeducador.com.br
Autismo, educação e proposta de intervenção
permanecendo em casa.
modelo desde 1996, tentando dar-se uma resposta alternativa aos alunos com
especial que fossem de encontro às necessidades dos seus filhos portadores das
forma a atingir ao longo da vida mais autonomia. O Modelo TEACCH tem como
37
www.soeducador.com.br
Autismo, educação e proposta de intervenção
• Processamento visual;
• Memorização de rotinas funcionais;
• Interesses especiais.
minimizar muitos problemas que perseguem estas crianças, tornando o seu dia a dia
do Espetro do Autismo padecem de falta de estrutura, o que por sua vez aumenta a
TEACCH
38
www.soeducador.com.br
Autismo, educação e proposta de intervenção
dos materiais e atividades, permitindo que as crianças que frequentam este espaço se
• Promoção da autonomia;
educativo.
A criança autista não tem estrutura mental que lhe permita organizar-se, através
dificuldades são minoradas, a criança sente-se mais segura e confiante. Neste modelo
crianças autistas para a vida adulta, pois é feito um grande investimento na sua
39
www.soeducador.com.br
Autismo, educação e proposta de intervenção
autoestima.
40
www.soeducador.com.br
Autismo, educação e proposta de intervenção
Referências
41
www.soeducador.com.br