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O QUE É AUTISMO?
Sumário
Definição 4
Bibliografia 18
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Definição
Os pesquisadores ainda não descobriram uma causa para o autismo. Muito do que se
sabia já foi refutado. Sabe-se que provavelmente é uma combinação de fatores genéticos,
neurológicos e ambientais em ação, o que é o caso de muitos distúrbios e condições
psiquiátricas.
Um texto muito conhecido foi o escrito por Leo Kanner em 1943 traz as histórias de 11
crianças são apresentadas com “um isolamento extremo desde o início da vida e um
desejo obsessivo pela preservação da mesmices”. Ele usa o termo “autismo infantil
precoce”, pois os sintomas já eram evidentes na primeira infância, e observa que essas
crianças apresentavam maneirismos motores e aspectos não usuais na comunicação,
como a inversão de pronomes e a tendência ao eco (Autismo e Realidade).
O objetivo foi ilustrar uma forma aparentemente nova de transtorno emocional. Apesar de
essas crianças apresentarem a combinação de autismo extremo, obsessividade,
estereotipia e ecolalia, elas diferem da esquizofrenia porque a condição está presente
desde o nascimento e são capazes de manter uma relação intencional e inteligente com
objetos que não ameaçam sua solidão. Conclui-se que esses são "exemplos de cultura
pura de distúrbios autistas inatos de contato afetivo" e que possuem uma incapacidade
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inata de formar o contato afetivo usual (PsycINFO Database Record (c) 2016 APA -
American Psychological Association). Você encontrara um documento para download com
informações sobre os vários marcos históricos do autismo ao longo dos anos.
Relatar as causas do autismo não é uma tarefa fácil, bem como afirmar que existe cura
para o autismo, afinal, o autismo não é uma doença e sim, um transtorno do
neurodesenvolvimento, porém, atualmente, não conhecemos com exatidão as causas que
o definem, porém, as pesquisas afirmam que na maior parte dos casos ocorrem por
questões genéticas, sejam elas decorrentes dos pais ou mesmo as mutações que
ocorrem durante o processo de gravidez. É importante ressaltar que nem sempre o
autismo ele é decorrente somente da questão genética, mas do “ambiente” que ele se
encontra, sendo que este “ambiente” trata-se do útero ou do próprio processo do parto e
não por questões sociais. No entanto, há pessoas que apresentam alterações genéticas
relacionadas ao autismo e que são expostas aos riscos ambientais e que não apresentam
o transtorno.
No processo de discussão e estudos sobre as causas do autismo e que são mitos, temos:
“mãe refrigeradora” ou “mãe geladeira”: Teoria descartada pelo seu próprio criador,
o psiquiatra austríaco Leo Kanner que utilizou a expressão “mães geladeiras”
referindo-se àquelas mulheres que mantinham distância dos seus bebês recém-
nascidos. Em sua teoria, o vínculo afetivo era causa do autismo;
o “mito da vacina”: O pesquisador Andrew Wakefield publicou um artigo levantando
a hipótese de que a vacina tríplice viral (contra caxumba, sarampo e rubéola)
causaria o autismo. A teoria foi desmentida e o responsável foi considerado inapto
para o exercício da sua profissão pelo Conselho Geral de Medicina do Reino
Unido. A organização Mundial de Saúde destaca em seu site que não há evidência
que qualquer vacina infantil possa desenvolver TEA.
Não existe uma resposta definitiva para a causa do autismo, porém sabe-se que a
genética possui papel fundamental na etiologia do autismo. Entretanto, a ciência já
identificou entre 700 e 800 genes descritos como causadores de alguns quadros de
autismo.
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“O que se acredita com mais força que seja causador do autismo é uma base
genética, quer seja hereditária, em que os pais passaram para o filho, quer seja uma
mutação nova, que aparece somente na criança. A complexidade é que existem centenas
de genes”, explica o psiquiatra Estevão
Outras teorias afirmam que pode haver outras influências do ambiente como uma
infecção, medicamentos utilizados durante a gravidez ou até mesmo poluição.
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O DSM se propõe a servir como um guia prático, funcional e flexível para organizar
informações que podem auxiliar o diagnóstico preciso e o tratamento de transtornos
mentais. Trata-se de uma ferramenta para clínicos, um recurso essencial para a formação
de estudantes e profissionais e uma referência para pesquisadores da área (DSM 5,
2014).
DSM 3
Aqui é onde o autismo aparece pela primeira vez. Não ainda com este nome, mas suas
características são citadas de forma mais descritiva. É criada então a classe diagnóstica
de Transtornos Globais do Desenvolvimento–TGD, onde surge a subcategoria “Autismo
Infantil”. Na revisão da terceira edição, o autismo passa a ser chamado de “Transtorno
Autístico”. A partir daí, “o autismo se transforma num diagnóstico convencional na prática
psiquiátrica, tornando-se mais comum ainda nos anos seguintes.” (R. R. GRINKER, 2010,
pág.120).
DSM 5
Lançado em 2013, mas chegou traduzido no Brasil em 2014, outras mudanças são
introduzidas: é retirada a classe diagnóstica dos TGD e é uma categoria diagnóstica
específica para os casos de autismo nomeada como Transtorno do Espectro do Autismo.
Como o diagnóstico é feito através de observação clínica, o Manual adota a nomenclatura
“espectro”. A substituição do grupo de transtornos, antes incluído na classe dos TGDs por
uma única categoria, modifica de forma definitiva o olhar clínico para transformar o
autismo num dos principais diagnósticos psiquiátricos para a criança. Esta é a última
edição que temos até o momento. Esta seção contém os critérios diagnósticos aprovados
para uso clínico de rotina juntamente com os códigos da CID-9-MC e códigos da CID-10
(indicados entre parênteses).
Transtornos do Neurodesenvolvimento:
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“Os especificadores de gravidade (Tabela acima) podem ser usados para descrever, de maneira sucinta, a
sintomatologia atual (que pode situar-se aquém do nível 1), com o reconhecimento de que a gravidade pode
variar de acordo com o contexto ou oscilar com o tempo. A gravidade de dificuldades de comunicação social
e de comportamentos restritos e repetitivos deve ser classificada em separado. As categorias descritivas de
gravidade não devem ser usadas para determinar a escolha e a provisão de serviços; isso somente pode
ser definido de forma individual e mediante a discussão de prioridades e metas pessoais” (DSM, 2014).
➔ Características Diagnósticas
➔ Características Associadas que Apoiam o Diagnóstico
➔ Prevalência
➔ Desenvolvimento e Curso
➔ Fatores de Risco e Prognóstico
➔ Questões Diagnósticas Relativas à Cultura
➔ Questões Diagnósticas Relativas ao Gênero
➔ Consequências Funcionais do Transtorno do Espectro Autista
➔ Diagnóstico Diferencial
◆ Síndrome de Rett.
◆ Mutismo seletivo.
◆ Transtornos da linguagem e transtorno da comunicação social (pragmática).
◆ Deficiência intelectual (transtorno do desenvolvimento intelectual) sem
transtorno do espectro
◆ autista.
◆ Transtorno do movimento estereotipado.
◆ Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade.
◆ Esquizofrenia.
➔ Comorbidade
CID 10
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Transtorno global do desenvolvimento, ocorrendo após a idade de três anos ou que não
responde a todos os três grupos de critérios diagnósticos do autismo infantil. Esta
categoria deve ser utilizada para classificar um desenvolvimento anormal ou alterado,
aparecendo após a idade de três anos, e não apresentando manifestações patológicas
suficientes em um ou dois dos três domínios psicopatológicos (interações sociais
recíprocas, comunicação, comportamentos limitados, estereotipados ou repetitivos)
implicados no autismo infantil; existem sempre anomalias características em um ou em
vários destes domínios. O autismo atípico ocorre habitualmente em crianças que
apresentam um retardo mental profundo ou um transtorno específico grave do
desenvolvimento de linguagem do tipo receptivo.
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Transtorno mal definido cuja validade nosológica permanece incerta. Esta categoria se
relaciona a crianças com retardo mental grave (QI abaixo de 34) associado à
hiperatividade importante, grande perturbação da atenção e comportamentos
estereotipados. Os medicamentos estimulantes são habitualmente ineficazes
(diferentemente daquelas com QI dentro dos limites normais) e podem provocar uma
reação disfórica grave (acompanhada por vezes de um retardo psicomotor). Na
adolescência, a hiperatividade dá lugar em geral a uma hipoatividade (o que não é
habitualmente o caso de crianças hipercinéticas de inteligência normal). Esta síndrome se
acompanha, além disto, com frequência, de diversos retardos do desenvolvimento,
específicos ou globais. Não se sabe em que medida a síndrome comportamental é a
consequência do retardo mental ou de uma lesão cerebral orgânica.
Transtorno de validade nosológica incerta, caracterizado por uma alteração qualitativa das
interações sociais recíprocas, semelhante à observada no autismo, com um repertório de
interesses e atividades restrito, estereotipado e repetitivo. Ele se diferencia do autismo
essencialmente pelo fato de que não se acompanha de um retardo ou de uma deficiência
de linguagem ou do desenvolvimento cognitivo. Os sujeitos que apresentam este
transtorno são em geral muito desajeitados. As anomalias persistem frequentemente na
adolescência e idade adulta. O transtorno se acompanha por vezes de episódios
psicóticos no início da idade adulta.
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CID 11
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indivíduo, com o indivíduo incapaz de usar mais do que palavras isoladas ou frases
simples para fins instrumentais, tais como expressar necessidades e desejos pessoais.
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gravidade repetitivos
“Os especificadores de gravidade (Tabela acima) podem ser usados para descrever, de maneira sucinta, a
sintomatologia atual (que pode situar-se aquém do nível 1), com o reconhecimento de que a gravidade pode
variar de acordo com o contexto ou oscilar com o tempo. A gravidade de dificuldades de comunicação social
e de comportamentos restritos e repetitivos deve ser classificada em separado. As categorias descritivas de
gravidade não devem ser usadas para determinar a escolha e a provisão de serviços; isso somente pode
ser definido de forma individual e mediante a discussão de prioridades e metas pessoais” (DSM, 2014).
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O autismo começa antes dos 3 anos de idade e dura ao longo da vida de uma pessoa,
embora os sintomas possam melhorar com o tempo. Algumas crianças mostram indícios
nos primeiros meses de vida. Em outros, os sintomas podem não aparecer até 24 meses
ou depois.
É importante observar que algumas pessoas sem o autismo também podem ter alguns
desses sintomas. Mas para pessoas com autismo, as deficiências podem ser
desafiadoras. Indivíduos com autismo podem apresentar uma variedade de sintomas,
como:
Estes são apenas alguns exemplos dos sintomas que um indivíduo com autismo pode
apresentar. Qualquer indivíduo pode ter alguns, todos ou nenhum desses sintomas.
Lembre-se de que ter esses sintomas não significa necessariamente que uma pessoa
tenha autismo.
Bebês considerados típicos estão muito interessados no mundo e nas pessoas ao seu
redor. Geralmente, já no primeiro aniversário, uma criança típica interage com outras
pessoas olhando as pessoas nos olhos, imitando palavras e ações e usando gestos
simples como bater palmas e dar “tchau”. Crianças típicas também mostram interesse em
jogos sociais como esconde-esconde e pega-pega.
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❖ Tem dificuldade para entender os sentimentos das outras pessoas ou falar sobre
os próprios sentimentos;
❖ Ter habilidades de fala e linguagem atrasadas;
❖ Repita palavras ou frases continuamente (ecolalia);
❖ Dê respostas não relacionadas a perguntas;
❖ Fique chateado com pequenas mudanças;
❖ Ter interesses obsessivos;
❖ Bata as mãos, balance o corpo ou gire em círculos;
❖ Têm reações incomuns à maneira como as coisas soam, cheiram, saboreiam,
parecem ou sentem.
As crianças se desenvolvem em seu próprio ritmo, por isso pode ser difícil dizer
exatamente quando uma criança aprenderá uma habilidade específica. Porém, existem
marcos de desenvolvimento específicos por idade usados para medir o progresso social e
emocional de uma criança nos primeiros anos de vida.
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“Os pais que adotam uma atitude de superproteção para com seus filhos, fazendo tudo
por eles, inclusive aquelas atividades que eles poderiam facilmente realizar, além de
estarem impedindo importantes experiências favorecedoras de seu desenvolvimento,
estão, também, lhes transmitindo um conceito de incapacidade e insuficiência de difícil
superação. Estas crianças tendem a desenvolver excessiva dependência por toda sua
vida. Já os pais que tem dificuldades em aceitar as limitações impostas pela deficiência
colocam uma excessiva pressão sobre a criança para que ela se desenvolva e funcione
normalmente. Esta condição, além de alta carga ansiógena que produz, pode levar a
criança a atitudes de extrema agressividade, tentativa de manipulação de seus pares, e
extrema dependência ao objeto externo, numa tentativa de satisfação do desejo dos pais.
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BIBLIOGRAFIA
________________. Autism Research Institute. Disponível em: https://www.autism.org/what-is-
autism/. ACESSO EM 19/11/2020.
Carla Anauate, M.L. (13 de outubro de 2006). A importância da intervenção precoce com pais de
bebês que nascem com alguma deficiência. Scielo, pp. 1-14.
Carley, Katie. 2019. Patterns and levels of intensity in young children with autism spectrum
disorder — In Proceedings: 19th Annual Undergraduate Research and Creative Activity Forum.
Wichita, KS: Wichita State University, p. 32.
GRINKER, R.R. Autismo – Um mundo obscuro e conturbado. São Paulo: Larousse do Brasil,
2010.
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Kanner, L. (1943). Autistic disturbances of affective contact. Nervous Child, 2, 217–250. Disponível
em: https://neurodiversity.com/library_kanner_1943.pdf. Acesso em 19/11/2020
World Health Organization. DRAFT: Clinical Description and Diagnostic Guidelines. Gender
Incongruence. ICD-11: WHO. Novembro 2013. Disponível em: https://pebmed.com.br/cid10/.
Acesso em 19/11/2020.
World Health Organization. ICD-11. International Classification of Diseases 11th Revision. The
global standard for diagnostic health information. Disponível em: https://icd.who.int/en. Acesso em
19/11/2020.
SUGESTÓES
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