Você está na página 1de 4

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL TRANSTORNO DO

ESPECTRO AUTISTA
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL COM ÊNFASE DEFICIÊNCIA
INTELECTUAL

PROFESSORA: NAYARA CAVASSAN

DISCIPLINA: BASES GENÉTICA E NEUROLÓGICA DO TEA E DEFICIÊNCIAS


COM COMPROMETIMENTOS INTECTUAIS

ALUNA: CENIRA CARLOS DE ALMEIDA ASSUNÇÃO

2021
Trabalho: Qual o papel da genética nas Síndromes e no TEA? Está correto
afirmar que o TEA tem origem apenas genética? “Explique embasado em
autores”.

Causas do TEA
Mesmo que as causas do autismo sejam ainda desconhecidas,
podemos citar alguns distúrbios neurológicos e/ou genéticos que foram
associados ao autismo, como por exemplo: infecções depois do parto como
herpes simplex; infecções antes do parto como a rubéola congênita, sífilis
congênita, toxoplasmose; diversas.
Atualmente, os conhecimentos científicos sobre o Transtorno do Espectro
Autista (TEA) permitem afirmar que a origem do TEA tem forte ligação com
a genética. Mas, é preciso lembrar que o autismo é um transtorno multifatorial,
ou seja, seu desenvolvimento depende de diversos fatores, incluindo
a genética.
O TEA trata-se de um conjunto de alterações e transtornos que provoca
danos ao crescimento normal da criança, trazendo danos ao desenvolvimento
do seu sistema nervoso central. O autismo age diretamente nas capacidades
de reconhecimento e de comunicação social da criança, ao mesmo tempo em
que coloca em evidência comportamentos repetidos, uma tendência à rotina e
à solidão. Também dificulta a imaginação social da criança.
Segundo critérios de diagnóstico IV e da CID 10 o quadro do tratamento
do autista inclui perturbações características da interação social e da
comunicação e da imaginação. Estas caracterizam o que Wing e Gould (1979,
p.76) denominam a tríade constituindo a Síndrome, devendo estes três
aparecem juntos.
Conforme ressalta Mello (2003 p.10), a tríade é responsável por um
padrão de comportamento restrito e repetitivo.
No enfoque cognitivo comportamental, assinado por Loovas e Smith
(2002, p.63) o quadro autista não é entendido como tendo uma causa
subjacente e que todas as crianças fazem parte de uma população
homogênea.
O que hoje se conhece como autismo aparece em alguns casos isolados
na literatura desde o século XVIII. A dissociação característica do TEA era
descrita pelo psiquiatra Eugen Bleuler como um sintoma da esquizofrenia,
analisando que as crianças ficavam fora da realidade, que segundo Pereira
(1996) para o médico já era o suficiente para atribuir ao comportamento
esquizofrênico.
O termo autismo origina-se da palavra grega “autos” que significa “próprio”
ou “de si mesmo”, portanto, autismo é uma forma particular de se situar no
mundo e, portanto, de construir uma realidade para si mesmo. As áreas de
investigação científica sobre as causas do autismo são fisiológicas. Existem
várias hipóteses sobre essas investigações. As principais são: Afecção em
áreas do cérebro, disfunções genéticas, consequências dos metais pesados no
interior do organismo, intolerâncias alimentares assintomáticas. O
posicionamento da psicanálise lacaniana é claro nesse sentido: a pergunta
pela causa não explica em que consiste ser um sujeito com autismo.
Tampouco consideramos que os sintomas do autismo sejam a consequência
de um déficit que deva ser reeducado, nem a expressão de uma doença. Para
a psicanálise lacaniana, a pergunta fundamental visa saber um pouco mais
sobre o que implica ser uma pessoa com autismo. (FERRARI, 2015, p. 25)

Síndrome do X Frágil e o Autismo

Muitas vezes a Síndrome do X Frágil e o Autismo ocorrem juntos, nestes


casos, a Síndrome do X Frágil é considerada a causa do Autismo. Porém, tem
casos em que não existe a comorbidade, existe só um dos dois transtornos,
mas os sintomas são tão semelhantes que geram grande confusão durante o
diagnóstico. A principal diferença é a causa que, na Síndrome do X Frágil é
genética e possível de ser detectada em exames de sangue específicos. Já o
Autismo ainda tem causa não identificada e multifatorial. Por isso, é
fundamental que os exames genéticos sejam feitos em todos os casos de
atrasos no desenvolvimento, mesmo sem características físicas, já que estas
podem estar camufladas ou não tão marcantes na primeira infância.
REFERÊNCIAS

CAVACO, N. O profissional e a educação especial – Uma abordagem sobre o


autismo. Santo Tirso: Editorial Novembro, 2010.

FERRARI, P. O Autismo Infantil. São Paulo: Paulinas, 2015.

https://comportese.com/2016/09/12/autismo-e-comorbidades-sindrome-do-x-
fragil acessado dia 30/10/2021

Você também pode gostar