Você está na página 1de 10

TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA EM ADULTOS: DIAGNOSTICO

TARDIO

Clara Ribeiro de Lima


Amanda Mattos

RESUMO

Frequentemente, as formas mais graves de TEA são diagnosticadas nos


primeiros anos de vida, mas nas pessoas de alto funcionamento os sintomas
podem passar despercebidos até a idade adulta. De acordo com os critérios
diagnósticos, uma pessoa deve apresentar pelo menos quatro sintomas para
ser diagnosticada com a síndrome. Para os adultos com autismo que não foram
diagnosticados na infância, e viviam muito próximos do que era considerado
normal, ou seja, trabalhavam, estudavam, moravam sozinhos e constituíam
família, os sintomas mais prováveis eram aqueles com as características mais
baixas a gravidade do espectro de sintomas. Os sinais de autismo leve em
adultos tendem a ser mais aparentes nas interações sociais e na comunicação
do que no próprio desenvolvimento cognitivo, pois não há deficiência intelectual
ou psiquiátrica.
Por esse motivo, detectar os sintomas do autismo em adultos pode ser muito
difícil, mas alguns sinais nos dão pistas importantes. Deste modo, é necessário
analisarmos como é feito esse diagnóstico tardio, quais as redes de suportes
que uma pessoa adulta com autismo tem, quais tratamentos buscar, onde
buscar, e com quem buscar. A relevância deste estudo se deve à falta de
informação no que refere ao autismo na vida adulta, não há muita pesquisa
sobre autismo em adultos, nem mesmo o efeito dos distúrbios do espectro do
autismo na idade avançada. Não é incomum que o autismo seja acompanhado
por outros transtornos, as chamadas comorbidades, principalmente na idade
adulta.

Palavras-chave: Autismo, TEA, Diagnostico, Tardio, Espectro

1 INTRODUÇÃO
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) surge em todas as idades, raças,
etnias e grupos socioeconômicos. O autismo é ordinariamente identificado
por dificuldades de interações sociais, de comunicação e por comportamentos
repetitivos ou estereotipados, mesmo que os sinais do transtorno possam se
apresentar de maneiras muito variadas entre as pessoas. Frequentemente, as
formas mais graves de TEA são diagnosticadas nos primeiros anos de vida, mas
nas pessoas de alto funcionamento os sintomas podem passar despercebidos
até a idade adulta.
De acordo com os critérios diagnósticos, uma pessoa deve apresentar
pelo menos quatro sintomas para ser diagnosticada com a síndrome. Algumas
crianças e adolescentes afetados pela síndrome, possuem dificuldades no
desenvolvimento da linguagem, interação social, processos de comunicação e
comportamento. No entanto, alguns indivíduos envelhecem sem ter problemas
com seu desenvolvimento e depois de completar a escola e não viver sob
supervisão de rotina, podem sentir algumas dificuldades.
Para os adultos com autismo que não foram diagnosticados na infância,
e viviam muito próximos do que era considerado "normal", ou seja, trabalhavam,
estudavam, moravam sozinhos e constituíam família, os sintomas mais
prováveis eram aqueles com as características mais baixas a gravidade do
espectro de sintomas. Os sinais de autismo leve em adultos tendem a ser mais
aparentes nas interações sociais e na comunicação do que no próprio
desenvolvimento cognitivo, pois não há deficiência intelectual ou psiquiátrica.
Por esse motivo, detectar os sintomas do autismo em adultos pode ser muito
difícil, mas alguns sinais nos dão pistas importantes. Deste modo, é necessário
analisarmos como é feito esse diagnóstico tardio, quais as redes de suportes
que uma pessoa adulta com autismo tem, quais tratamentos buscar, onde
buscar, e com quem buscar.
A relevância deste estudo se deve à falta de informação no que refere ao
autismo na vida adulta, não há muita pesquisa sobre autismo em adultos, nem
mesmo o efeito dos distúrbios do espectro do autismo na idade avançada. O
foco é sempre crianças, e adolescentes e no diagnóstico precoce.
Em artigo publicado na revista Galileu, a neuropsicóloga Joana Portolese,
do Instituto PENSI, disse que 37% a 46% dos adultos detectam o transtorno
quando apresentam sinais de ansiedade ou depressão, variando de moderado
a grave. Não é incomum que o autismo seja acompanhado por outros
transtornos, as chamadas comorbidades, principalmente na idade adulta. Por
exemplo, dificuldades sociais e danos causados por autopercepções negativas
podem levar à ansiedade e à depressão. O TDAH também está associado ao
TEA em 30% a 50% dos casos.
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 Metodologia
Para este Artigo de Conclusão do Curso, foi feita uma revisão bibliográfica
de caráter qualitativo e descritivo, foram examinados no banco de dados do
Portal Capes, Scielo e o acervo digital da biblioteca Virtual da associação dos
médicos de minas Gerais. São utilizadas as descrições "Transtorno do espectro
Autista", "Transtorno do espectro Autista (TEA)", "Diagnóstico tardio do TEA",
“Autismo em Adultos” etc., que estão relacionadas ao escopo do tema.
A escolha dos artigos e livros aplicados deveu-se à sua adaptação ao
tema e, durante todo o período de execução do trabalho, a leitura foi feita com
o objetivo de separá-los em subgrupos de apreciação.

2.2 Resultados e Discussão


O TEA ou Transtorno do Espectro Autista é um distúrbio do
neurodesenvolvimento que se caracteriza por desenvolvimento atípico,
dificuldade nas interações sociais, déficits na comunicação, comportamentos
repetitivos ou estereotipados, e interesse restrito ou hiper foco, entretanto os
sinais do transtorno podem revelar-se de outras maneiras nos indivíduos, em
conjunto ou isolamento.
O transtorno tem origens genéticas, biológicas e ambientais, a primeira
aparição do distúrbio, em 1943, pelo Dr. Leo Kanner, revela-se características
clínicas que atingem diretamente as posturas sociais, de comunicação e
emoção das pessoas, incluindo a prática de ações padronizadas. Apesar das
causas ainda incertas, identificou-se a intensa associação à genética. Tanto os
fenótipos quanto os genótipos apresentados por essa condição evidenciaram-
se variáveis, fator crucial para a configuração da terminologia espectro, muito
além do conceito de autismo. (SANTOS, C. A.; MELO, H. C. S. 2018)
Em virtude a influência genética no TEA, é pesquisado cada vez mais as
condições da expressão gênica e epigenética, de acordo com Sven Sandin, hoje
estima-se que 80% dos casos de autismo tenham causa genética. É importante
destacar que, ainda que os materiais familiares indiquem nitidamente os meios
genéticos na etiologia desses transtornos, os padrões de transmissão
observados não correspondem às expectativas mendelianas, ou seja, na
maioria dos casos pode não haver uma transmissão direta entre ter um
desequilíbrio genético único e ter autismo.
De acordo com Baio, estima-se que 01 a cada 59 nascidos vivos
apresenta TEA. A estimativa de predominância de TEA variaram entre os locais,
de 13 a 29 por 1 mil crianças com 8 anos, variando também por etnia, raça e
sexo. No Brasil, estimou-se que havia cerca de 2 milhões de autistas, até o ano
de 2019, sendo o sexo masculino o mais afetado pelo transtorno.
O Autismo teve seu nome alterado em 2013 a partir da atualização do
DSM-V (do inglês Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais,
quinta edição), elaborado pela American Psychiatric Association, que serve
como referência mundial para transtornos mentais, agora chamado de
Transtorno do Espectro Autista (TEA) que inclui transtornos, anteriormente
chamados de transtorno de Asperger, autismo de Kanner, autismo infantil,
autismo atípico, transtorno global de desenvolvimento sem outra especificação,
autismo de alto funcionamento, transtorno desintegrativo da infância e autismo
infantil precoce. O termo espectro é usado em razão às manifestações dos
transtornos variarem muito, dependendo do nível de desenvolvimento, idade e
gravidade da condição autista. Contudo, o termo autismo determina a perda de
contato com a realidade.
De acordo com o site AMA, “Normalmente os pais começam a se
preocupar entre os doze e os dezoito meses, na medida em que a linguagem
não se desenvolve.” Os diagnósticos precoces são o foco dos profissionais
muitas vezes, crianças a partir dos dezoito meses já podem ser diagnosticadas,
e especialistas recomendam o diagnostico antes dos três anos, todavia, o TEA
só fica evidente tão precocemente quando há níveis mais altos. O processo até
a conclusão do diagnóstico em crianças se inicia nos sinais clínicos exibidos
pelo paciente, como descrevem Volkmar e Wiesner (2019):
(1) déficit no desenvolvimento social de um tipo muito diferente em
comparação ao das crianças sadias; (2) déficit na linguagem e em
habilidades de comunicação – novamente de um tipo distinto; (3) resistência
à mudança ou insistência nas mesmas coisas, conforme refletido na adesão
inflexível a rotinas, maneirismos motores, estereotipias e outras
excentricidades comportamentais; e (4) início nos primeiros anos de vida
(VOLKMAR; WIESNER, 2019, p.27)

Após o percebimento, busca-se profissionais da área da saúde para


consultas e exames, como Ressonância Magnética Funcional (RNMf) e
Eletroencefalograma (EEG), também a aplicação dos testes de Piaget. A
Sociedade Brasileira de Pediatria aconselha que quanto antes colocadas as
práticas de intervenção no portador do TEA, os danos intelectuais serão
menores. Sendo assim, é imprescindível a atenção ao desenvolvimento
neuropsicomotor da criança, afinal, atitudes como o baixo contato visual, a
repulsa ao toque e intolerância a sons com volume alto podem ser a chave para
a identificação. Surge uma segunda problemática a comunicação do
diagnóstico, ainda que, apesar dos inúmeros tratamentos farmacológicos e
psicoterápicos, ainda se trata de um transtorno que, além da possibilidade de
afetar as habilidades do indivíduo, carrega consigo um forte estigma social.
(VOLKMAR, F. R.; WIESNER, L. A. 2019) (SOCIEDADE BRASILEIRA DE
PEDIATRIA. 2019)
Crianças com um nível baixo de TEA pode passar a vida sem um
diagnóstico, ela se adapta as dificuldades, com o apoio da família, mas quando
chega na idade adulta começa a independência, morar sozinho ou buscar um
emprego, esse adulto se vê impossibilitado, e pode demorar a buscar ajuda
adequada.
Adultos com dificuldade nas interações sociais, dificuldades na busca de
emprego ou por parceiros, queixas relacionadas a comportamentos atípicos,
indivíduos que na infância eram considerados tímidos, e na adolescência
chamados de antissociais, buscam por ajuda, na maioria das vezes, depois de
um autodiagnostico, onde leu em algum artigo sobre o autismo na infância e
acaba se identificando, buscam a terapia e descobrem um novo mundo, no qual
ele é diagnosticado com TEA tardiamente.
A diagnose de autismo em adultos é feita por meio de uma série de
avaliações. Os profissionais que podem realizá-los são o neurologista, o
psicólogo e o psiquiatra especialistas em TEA. A pessoa é então interrogada
sobre os sintomas que já identificou, problemas relacionados à comunicação e
socialização, padrões de comportamento, regulação emocional, entre outros
tópicos. Questionamentos sobre a infância são feitas para ajudar a entender
como os sintomas afetaram a pessoa. O profissional pode pedir para conversar
com os pais ou parentes próximos para entender melhor os sintomas, com base
em outros aspectos. Embora muito tenha sido dito sobre a importância do
diagnóstico precoce, é igualmente importante buscar uma diagnose de TEA em
qualquer momento da vida. O descobrimento do TEA na infância ajuda a
desenvolver aptidões sociais e promover o desenvolvimento infantil, na vida
adulta, esse processo costuma ser mais difícil, mas deve ser feito apesar dos
desafios.
Pouco se fala sobre autismo em adultos, e pouco se tem conhecimento, quase
não há artigos ou estudos para auxiliar profissionais ou indivíduos no diagnostico
tardio, e anteriormente havia muito menos, adultos que quando criança não teve
acesso a especialistas, crescem sem saber de sua condição. Pesquisas e
estudos sobre o tema são escassos, sendo que a maioria nem mesmo fala do
diagnóstico na fase adulta, e sim as possibilidades que a criança autista poderá
enfrentar em seu futuro. Isso transpassa um grande descaso para com os
indivíduos que são portadores do TEA, e que, ao longo da vida enfrentaram
dificuldades e não tiveram a oportunidade de se desenvolverem. A falta de
perspectiva diagnósticas no momento causam dificuldades em lidar com as
limitações sociais e suas demandas na vida adulta.
O autodiagnóstico é um fenômeno crescente, vídeos e informações sobre
síndromes e transtornos estão por todo lado na internet. Novos métodos e a
crescente informação quebra barreiras ao diagnóstico formal de TEA em
adultos. Contudo, há o medo de não ser acreditado pelos profissionais de saúde,
e psicólogos, identificado como a barreira mais frequente e mais grave. Os
profissionais devem criar estratégias para construir confiança com indivíduos
com TEA, principalmente ao examinar a precisão do autodiagnóstico.
Mudanças nos critérios diagnósticos e a falta de melhor compreensão do
autismo podem causar diagnósticos tardios, outras razões para o atraso no
diagnóstico do autismo incluem a presença de ansiedade, transtornos de humor
ou outras comorbidades que mascaram traços autistas, por esse motivo um
melhor entendimento dos profissionais em relação ao TEA, podem auxiliar no
diagnóstico precoce para uma melhor qualidade de vida do autista. O status
socioeconômico, a origem étnica e outros fatores também podem atrasar o
diagnóstico. O diagnóstico tardio pode fazer com que a criança use estratégias
de enfrentamento para esconder ou compensar seus sintomas autistas.
As comorbidades são comuns condições psiquiátricas e fisiológicas que
ocorrem juntamente com o Autismo, às vezes decorre disso, às vezes apenas
coexiste. A pesquisa mostrou que TEA coexiste com TDAH (Transtorno de
Déficit de Atenção e Hiperatividade), transtornos de ansiedade, depressão e
maior frequência de irritabilidade e agressividade. Além disso, também é
acompanhada por disfunção alimentar e gastrointestinal, epilepsia, distúrbios do
sono e assim por diante. As taxas de obesidade também são maiores devido à
falta de interesse e oportunidades, problemas com exercícios, recreação, e
padrões alimentares. Distúrbios do sono, como interrupções, duração e letargia
devido a diferenças no metabolismo da melatonina, atividades diárias
desafiadoras e caminhada noite; problemas associados à distração ao
caminhar, seja por concentração em algo ou falta de concentração. (HYMAN SL;
LEVY SE; MYERS SM; 2020)
De acordo com Lipinski et al. (2019), a comorbidade mais comum em
adultos autistas é a depressão, estando presente em 34 a 55% dos adultos com
TEA. De fato, indivíduos autistas são quatro vezes mais propensos que a
população neurotípica a experienciar depressão (Hudson et al., 2019). Sintomas
depressivos podem se relacionar com tentativas de suicídio, mudança no nível
de suporte necessário, entre outros, devendo, portanto, ser um foco de atenção
de profissionais da psicologia que trabalham com adultos autistas.
Outra condição clínica bastante frequente em adultos autistas é a
ansiedade (e.g., Buck et al., 2014; Lugnegård et al., 2011). É importante lembrar
que as topografias (aparência) de respostas de ansiedade podem ser diferentes
das consideradas comuns em indivíduos neurotípicos. Parr et al. (2020)
mostram que a ansiedade pode aparecer em forma de desconforto sem a
associação ao medo de uma avaliação negativa, que comportamentos
compulsivos podem ser emitidos sem a associação a medos ou fobias
específicas, e que pode vir com as dificuldades significativas de lidar com
mudanças ou incertezas.

3 CONCLUSÃO
Foi observado que o diagnóstico de autismo é tardio devido ao pouco
conhecimento e/ou habilidade dos profissionais médicos. Saber do diagnóstico
tardio gera impacto emocional negativo, o que pode ser amenizado com
estratégias de enfrentamento e comunicação diagnóstica que passe
informações técnicas, ofereça suporte emocional, além de esperança. Os
adultos com TEA precisam ser cuidados, no momento do diagnóstico e em todo
o percurso.
Com isso, foi possível constatar que há grande urgência em mudanças nas
políticas de saúde, para que os profissionais da área médica estejam mais
preparados para lidar com indivíduos que passaram boa parte da vida sem uma
definição de quem são ou de suas especificidades e para que os direitos dos
cidadãos sejam respeitados e garantidos.
Diante disso, mais pesquisas são necessárias nesta área para aumentar
opiniões sobre o tema e facilitar a disseminação de informações, não só de um
diagnóstico precoce, mas como um diagnostico tardio, e informar para a
sociedade para que todos possam entender melhor o TEA, reduzir o preconceito
e aumentar a conscientização pública.

REFERENCIAS

AMA, Associação de amigos Autistas, 2022. Disponível em:


https://www.ama.org.br/site/autismo/diagnostico/#:~:text=Os%20sintomas%2
0caracter%C3%ADsticos%20dos%20transtornos,a%20linguagem%20n%C3
%A3o%20se%20desenvolve Acessado em 01/11/2022.

SANTOS SA, MELO HCS. A genética associada aos transtornos do


espectro autista. Conexão CI, 2018: 13(3): 69-78.

American Psyquiatric Association. Diagnostic and Statistical Manual of


Mental Disorders (DSM-V). Washington: APA; 2013.

HYMAN SL, Levy SE, Myers SM, Council on children with disabilities,
section on developmental and behavioral pediatrics. Identification,
evaluation, and management of children with Autism Spectrum Disorder.
Pediatrics. 2020;145(1):1-66.
BAIO J, WIGGINS L, CHRISTENSEN DL, et al. Prevalence of Autism
Spectrum Disorder Among Children Aged 8 Years — Autism and
Developmental Disabilities Monitoring Network, 11 Sites, United States,
2014. MMWR Surveill Summ. 2018; 67(6): 1–23.

BECK RG. Estimativa do número de casos de Transtorno do Espectro


Autista no Sul do Brasil [dissertação]. Tubarão: Universidade do Sul de Santa
Catarina; 2017.

VOLKMAR, F. R.; WIESNER, L. A. Autismo: guia essencial para


compreensão e tratamento; Tradução: Sandra Maria Mallmann da Rosa;
Porto Alegre: Artmed, 2019.

Centers for Disease Control and Prevention. Prevalence of autism


spectrum disorder among children aged 8 years. Surveillance Summaries.
2014; 63(2):1- 21.

VOLKMAR, F. Siegel M, Woodbury-Smith M, King B, McCracken J, State M, et


al. Practice parameter for the assessment and treatment of children and
adolescents with Autism Spectrum Disorder. Journal of the American
Academy of Child & Adolescent Psychiatry. 2014;53(2):237-57.

LORD C, ELSABBAGH M, BAIRD G, Veenstra-Vanderweele J. Autism


spectrum disorder. The Lancet. 2018;392(10146):451-530.

KLIN A. Autismo e síndrome de asperger: uma visão geral. Rev. Bras.


Psiquiatr. 2006; 28(1 Suppl):3-11.

LEWIS LF. A mixed methods study of barriers to formal diagnosis of


Autism Spectrum disorder in Adults. J Autism Dev Discord. 2017; 47:2410-
24.

LIPINSK, S., Blanke, E. S., Suenkel, U., & Dziobek, I. (2019). Outpatient
psychotherapy for adults with High-Functioning Autism Spectrum
Condition: Utilization, treatment satisfaction, and preferred modifications.
Journal of Autism and Developmental Disorders, 49(3), 1154-1168.

Você também pode gostar