Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
TARDIO
RESUMO
1 INTRODUÇÃO
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) surge em todas as idades, raças,
etnias e grupos socioeconômicos. O autismo é ordinariamente identificado
por dificuldades de interações sociais, de comunicação e por comportamentos
repetitivos ou estereotipados, mesmo que os sinais do transtorno possam se
apresentar de maneiras muito variadas entre as pessoas. Frequentemente, as
formas mais graves de TEA são diagnosticadas nos primeiros anos de vida, mas
nas pessoas de alto funcionamento os sintomas podem passar despercebidos
até a idade adulta.
De acordo com os critérios diagnósticos, uma pessoa deve apresentar
pelo menos quatro sintomas para ser diagnosticada com a síndrome. Algumas
crianças e adolescentes afetados pela síndrome, possuem dificuldades no
desenvolvimento da linguagem, interação social, processos de comunicação e
comportamento. No entanto, alguns indivíduos envelhecem sem ter problemas
com seu desenvolvimento e depois de completar a escola e não viver sob
supervisão de rotina, podem sentir algumas dificuldades.
Para os adultos com autismo que não foram diagnosticados na infância,
e viviam muito próximos do que era considerado "normal", ou seja, trabalhavam,
estudavam, moravam sozinhos e constituíam família, os sintomas mais
prováveis eram aqueles com as características mais baixas a gravidade do
espectro de sintomas. Os sinais de autismo leve em adultos tendem a ser mais
aparentes nas interações sociais e na comunicação do que no próprio
desenvolvimento cognitivo, pois não há deficiência intelectual ou psiquiátrica.
Por esse motivo, detectar os sintomas do autismo em adultos pode ser muito
difícil, mas alguns sinais nos dão pistas importantes. Deste modo, é necessário
analisarmos como é feito esse diagnóstico tardio, quais as redes de suportes
que uma pessoa adulta com autismo tem, quais tratamentos buscar, onde
buscar, e com quem buscar.
A relevância deste estudo se deve à falta de informação no que refere ao
autismo na vida adulta, não há muita pesquisa sobre autismo em adultos, nem
mesmo o efeito dos distúrbios do espectro do autismo na idade avançada. O
foco é sempre crianças, e adolescentes e no diagnóstico precoce.
Em artigo publicado na revista Galileu, a neuropsicóloga Joana Portolese,
do Instituto PENSI, disse que 37% a 46% dos adultos detectam o transtorno
quando apresentam sinais de ansiedade ou depressão, variando de moderado
a grave. Não é incomum que o autismo seja acompanhado por outros
transtornos, as chamadas comorbidades, principalmente na idade adulta. Por
exemplo, dificuldades sociais e danos causados por autopercepções negativas
podem levar à ansiedade e à depressão. O TDAH também está associado ao
TEA em 30% a 50% dos casos.
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 Metodologia
Para este Artigo de Conclusão do Curso, foi feita uma revisão bibliográfica
de caráter qualitativo e descritivo, foram examinados no banco de dados do
Portal Capes, Scielo e o acervo digital da biblioteca Virtual da associação dos
médicos de minas Gerais. São utilizadas as descrições "Transtorno do espectro
Autista", "Transtorno do espectro Autista (TEA)", "Diagnóstico tardio do TEA",
“Autismo em Adultos” etc., que estão relacionadas ao escopo do tema.
A escolha dos artigos e livros aplicados deveu-se à sua adaptação ao
tema e, durante todo o período de execução do trabalho, a leitura foi feita com
o objetivo de separá-los em subgrupos de apreciação.
3 CONCLUSÃO
Foi observado que o diagnóstico de autismo é tardio devido ao pouco
conhecimento e/ou habilidade dos profissionais médicos. Saber do diagnóstico
tardio gera impacto emocional negativo, o que pode ser amenizado com
estratégias de enfrentamento e comunicação diagnóstica que passe
informações técnicas, ofereça suporte emocional, além de esperança. Os
adultos com TEA precisam ser cuidados, no momento do diagnóstico e em todo
o percurso.
Com isso, foi possível constatar que há grande urgência em mudanças nas
políticas de saúde, para que os profissionais da área médica estejam mais
preparados para lidar com indivíduos que passaram boa parte da vida sem uma
definição de quem são ou de suas especificidades e para que os direitos dos
cidadãos sejam respeitados e garantidos.
Diante disso, mais pesquisas são necessárias nesta área para aumentar
opiniões sobre o tema e facilitar a disseminação de informações, não só de um
diagnóstico precoce, mas como um diagnostico tardio, e informar para a
sociedade para que todos possam entender melhor o TEA, reduzir o preconceito
e aumentar a conscientização pública.
REFERENCIAS
HYMAN SL, Levy SE, Myers SM, Council on children with disabilities,
section on developmental and behavioral pediatrics. Identification,
evaluation, and management of children with Autism Spectrum Disorder.
Pediatrics. 2020;145(1):1-66.
BAIO J, WIGGINS L, CHRISTENSEN DL, et al. Prevalence of Autism
Spectrum Disorder Among Children Aged 8 Years — Autism and
Developmental Disabilities Monitoring Network, 11 Sites, United States,
2014. MMWR Surveill Summ. 2018; 67(6): 1–23.
LIPINSK, S., Blanke, E. S., Suenkel, U., & Dziobek, I. (2019). Outpatient
psychotherapy for adults with High-Functioning Autism Spectrum
Condition: Utilization, treatment satisfaction, and preferred modifications.
Journal of Autism and Developmental Disorders, 49(3), 1154-1168.