Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
PSIQUIATRIA DA INFÂNCIA
E ADOLESCÊNCIA
1
UNIDADE DE PSIQUIATRIA DA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA
A disciplina Psiquiatria da Infância e Adolescência tem como objetivo apre-
sentar os transtornos psiquiátricos mais específicos dessa faixa etária, fo-
cando nas particularidades dos sintomas, avaliação diagnóstica e terapêu-
tica utilizada.
2
Unidade 1
PSIQUIATRIA DA INFÂNCIA
E ADOLESCÊNCIA:
OBJETIVOS DA UNIDADE
3
PSIQUIATRIA DA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA
INTRODUÇÃO
Os transtornos psiquiátricos têm se tornado cada vez mais prevalentes entre crian-
ças e adolescentes. Apesar de muitos transtornos serem diagnosticados de forma
semelhante aos dos adultos, inclusive utilizando os mesmos critérios clínicos, a ava-
liação dos indivíduos nessa faixa etária possui uma série de particularidades.
4
PSIQUIATRIA DA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA
5
PSIQUIATRIA DA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA
6
PSIQUIATRIA DA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA
7
PSIQUIATRIA DA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA
8
PSIQUIATRIA DA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA
Tabela 1
Os sintomas devem estar presentes precocemente no período do desenvolvimento (mas podem não se tornar ple-
namente manifestos até que as demandas sociais excedam as capacidades limitadas ou podem ser mascarados por
estratégias aprendidas mais tarde na vida).
Os sintomas causam prejuízo clinicamente significativo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas im-
portantes da vida do indivíduo no presente.
Essas perturbações não são mais bem explicadas por deficiência intelectual (transtorno do desenvolvimento intelec-
tual) ou por atraso global do desenvolvimento. Deficiência intelectual ou transtorno do espectro autista costumam ser
comórbidos; para fazer o diagnóstico da comorbidade de transtorno do espectro autista e deficiência intelectual, a
comunicação social deve estar abaixo do esperado para o nível geral do desenvolvimento.
9
PSIQUIATRIA DA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA
Epidemiologia
Fatores de Risco:
Avaliação diagnóstica
O uso de escalas padronizadas também pode ser útil para o rastreio do quadro em
populações de risco, como a Lista de Verificação Modificada para Autismo em Crian-
ças (M-CHAT), ou para auxílio no diagnóstico e estratificação dos sintomas, como a
Avaliação de Traços Autísticos (ATA) e Escala de Classificação de Autismo na Infância
(CARS).
Exames complementares devem ser solicitados quando existe uma suspeita clínica
que indique sua realização, como Eletroencefalograma (EEG) para avaliar casos sus-
10
PSIQUIATRIA DA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA
Comorbidades
Os quadros de TEA são altamente comórbidos com outros transtornos, sejam sín-
dromes genéticas (como síndrome do X frágil), neurológicas (como epilepsia) e psi-
quiátricas. A realização do diagnóstico de comorbidades é essencial no tratamento
de indivíduos com TEA, uma vez que estes podem impactar diretamente na qualida-
de de vida do mesmo. Os principais quadros psiquiátricos comórbidos no TEA são:
Deficiência intelectual.
Transtorno de ansiedade.
Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade.
Transtorno opositor desafiador.
Transtorno de humor.
Tratamento
11
PSIQUIATRIA DA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA
12
PSIQUIATRIA DA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA
Tabela 2
Desatenção*: Seis (ou mais) Frequentemente não segue instruções até o fim e não consegue terminar trabalhos
dos seguintes sintomas per- escolares, tarefas ou deveres no local de trabalho (por exemplo, começa as tarefas, mas
sistem por pelo menos seis rapidamente perde o foco e facilmente perde o rumo).
meses em um grau que é Frequentemente tem dificuldade para organizar tarefas e atividades (por exemplo, di-
inconsistente com o nível do ficuldade em gerenciar tarefas sequenciais; dificuldade em manter materiais e objetos
desenvolvimento e têm im- pessoais em ordem; trabalho desorganizado e desleixado; mau gerenciamento do tem-
pacto negativo diretamente po; dificuldade em cumprir prazos).
nas atividades sociais e aca- Frequentemente evita, não gosta ou reluta em se envolver em tarefas que exijam esfor-
dêmicas/profissionais: ço mental prolongado (por exemplo, trabalhos escolares ou lições de casa; para ado-
lescentes mais velhos e adultos, preparo de relatórios, preenchimento de formulários,
revisão de trabalhos longos).
Frequentemente perde coisas necessárias para tarefas ou atividades (por exemplo, mate-
riais escolares, lápis, livros, instrumentos, carteiras, chaves, documentos, óculos, celular).
Com frequência é facilmente distraído por estímulos externos (para adolescentes mais
velhos e adultos, pode incluir pensamentos não relacionados).
Com frequência é esquecido em relação às atividades cotidianas (por exemplo, realizar
tarefas, obrigações; para adolescentes mais velhos e adultos, retornar ligações, pagar
contas, manter horários agendados).
Frequentemente remexe ou batuca as mãos ou os pés ou se contorce na cadeira.
Frequentemente levanta da cadeira em situações em que se espera que permaneça
sentado (por exemplo, sai do seu lugar em sala de aula, no escritório ou em outro local
de trabalho ou em outras situações que exijam que se permaneça em um mesmo lugar).
Frequentemente corre ou sobe nas coisas em situações em que isso é inapropriado.
(Nota: Em adolescentes ou adultos, pode se limitar a sensações de inquietude.)
Hiperatividade e impulsivi-
dade: seis (ou mais) dos se- Com frequência é incapaz de brincar ou se envolver em atividades de lazer calmamente.
guintes sintomas persistem Com frequência “não para”, agindo como se estivesse “com o motor ligado” (por exem-
por pelo menos seis meses plo, não consegue ou se sente desconfortável em ficar parado por muito tempo, como
em um grau que é inconsis- em restaurantes, reuniões; outros podem ver o indivíduo como inquieto ou difícil de
tente com o nível do desen- acompanhar).
volvimento e têm impacto Frequentemente fala demais.
negativo diretamente nas
atividades sociais e acadêmi- Frequentemente deixa escapar uma resposta antes que a pergunta tenha sido concluída
cas/profissionais: (por exemplo, termina frases dos outros, não consegue aguardar a vez de falar).
Frequentemente tem dificuldade para esperar a sua vez (por exemplo, aguardar em
uma fila).
Frequentemente interrompe ou se intromete (por exemplo, mete-se nas conversas, jo-
gos ou atividades; pode começar a usar as coisas de outras pessoas sem pedir ou rece-
ber permissão; para adolescentes e adultos, pode intrometer-se ou assumir o controle
sobre o que outros estão fazendo).
Fonte: SENA, 2014.
* Os sintomas não são apenas uma manifestação de comportamento opositor, desafio, hostilidade ou dificuldade para compreender tare-
fas ou instruções. Para adolescentes mais velhos e adultos (17 anos ou mais), pelo menos cinco sintomas são necessários.
13
PSIQUIATRIA DA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA
Os quadros de TDAH devem ser classificados também quanto ao seu subtipo, que
podem ser com predominância dos sintomas de desatenção (1), predominância dos
sintomas de hiperatividade/impulsividade (2) ou do subtipo combinado (3), quando
há uma mescla dos sintomas de desatenção e hiperatividade/impulsividade.
14
PSIQUIATRIA DA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA
Avaliação Diagnóstica
Comorbidades
O transtorno afetivo bipolar (TAB) quando iniciado na infância tem altas taxas de
comorbidade com o TDAH, sendo também um importante diagnóstico diferencial
deste transtorno. É importante lembrar que os sintomas de TDAH na infância são
persistentes, diferentemente do TAB que é marcado pela ciclicidade de seus sin-
tomas. Outros transtornos comórbidos ao TDAH são os transtornos de ansiedade,
transtornos de aprendizagem, transtorno depressivo, TEA e enurese.
15
PSIQUIATRIA DA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA
Tratamento
Tabela 3
Outras opções de medicações não estimulantes para tratar o TDAH são guanfacina,
clonidina e atomoxetina. Medicamentos como antidepressivos tricíclicos (imipra-
mina), bupropiona e modafinila apesar de serem utilizados por alguns profissionais
não possuem indicação formal para tratar o TDAH.
16
PSIQUIATRIA DA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA
Tabela 4
Transtorno de Tourette
Múltiplos tiques motores e um ou mais tiques vocais estiveram presentes em algum momento durante o quadro, em-
bora não necessariamente ao mesmo tempo.
Os tiques podem aumentar e diminuir em frequência, mas persistiram por mais de um ano desde o início do primeiro
tique.
A perturbação não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância (por exemplo, cocaína) ou a outra condição
médica (por exemplo, doença de Huntington, encefalite pós-viral).
Tiques motores ou vocais únicos ou múltiplos estão presentes durante o quadro, embora não ambos.
Os tiques podem aumentar e diminuir em frequência, mas persistiram por mais de um ano desde o início do primeiro
tique.
O início ocorre antes dos 18 anos de idade.
A perturbação não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância (p. ex., cocaína) ou a outra condição médica
(por exemplo, doença de Huntington, encefalite pós-viral).
A perturbação não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância (por exemplo, cocaína) ou a outra condição
médica (por exemplo, doença de Huntington, encefalite pós-viral).
Jamais foram preenchidos critérios para transtorno de Tourette ou transtorno de tique motor ou vocal persistente
(crônico).
* Especificar se: Apenas com tiques motores ou apenas com tiques vocais.
17
PSIQUIATRIA DA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA
Transtorno de Tourrette
Os transtornos de tiques são muito comuns na infância, mas em sua maioria acon-
tecem de forma transitória. A estimativa é que 3% das crianças apresentem tiques
crônicos, sendo 1% das crianças acometidas por transtorno de Tourette. Este trans-
torno também é mais prevalente em meninos do que em meninas e apresenta alta
herdabilidade.
Fatores de Risco:
Prematuridade.
Exposição intraútero à nicotina.
Hipóxia neonatal.
Baixo peso ao nascimento.
TCE.
18
PSIQUIATRIA DA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA
Comorbidades:
Tratamento
19
PSIQUIATRIA DA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA
2. TRANSTORNOS DISRUPTIVOS
20
PSIQUIATRIA DA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA
Tabela 5
Índole vingativa Foi malvado ou vingativo pelo menos duas vezes nos últimos seis meses.
A perturbação no comportamento está associada ao sofrimento para o indivíduo ou para os outros em seu contexto
social imediato (por exemplo, família, grupo de pares, colegas de trabalho) ou causa impactos negativos no funciona-
mento social, educacional, profissional ou outras áreas importantes da vida do indivíduo.
Os comportamentos não ocorrem exclusivamente durante o curso de um transtorno psicótico, por uso de substância,
depressivo ou bipolar. Além disso, os critérios para o transtorno disruptivo de desregulação do humor não são preen-
chidos.
*A persistência e a frequência desses comportamentos devem ser utilizadas para fazer a distinção entre um comportamento dentro dos
limites normais e um comportamento sintomático. No caso de crianças com idade abaixo de 5 anos, o comportamento deve ocorrer na
maioria dos dias durante um período mínimo de seis meses, exceto se explicitado de outro modo. No caso de crianças com 5 anos ou
mais, o comportamento deve ocorrer pelo menos uma vez por semana durante no mínimo seis meses, exceto se explicitado de outro
modo. Embora tais critérios de frequência sirvam de orientação quanto a um nível mínimo de frequência para definir os sintomas, outros
fatores também devem ser considerados, tais como se a frequência e a intensidade dos comportamentos estão fora de uma faixa normati-
va para o nível de desenvolvimento, o gênero e a cultura do indivíduo.
21
PSIQUIATRIA DA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA
Tratamento
O principal tratamento para o TOD será a psicoterapia com foco em orientação fa-
miliar, em especial quanto ao manejo de crises, identificação de comportamentos
pró-sociais mais adequados à criança. A ausência de consequências, bem como pu-
nições muito severas e comportamentos agressivos por parte dos pais estão asso-
ciados aos piores desfechos. A psicoterapia individual para a criança deve ser focada
no manejo da raiva, treino de habilidades sociais e melhora da comunicação.
Não há evidências que suportem o uso de medicação para tratamento do TOD, em-
bora em casos específicos, onde o acesso a outras terapias é restrito e os compor-
tamentos agressivos são graves, o uso de risperidona é frequentemente realizado.
O uso de psicoestimulantes parece ser eficaz somente quando o transtorno está
associado ao TDAH.
22
PSIQUIATRIA DA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA
Tabela 6
Um padrão de comportamento repetitivo e persistente no qual são violados direitos básicos de outras pessoas, normas
ou regras sociais relevantes e apropriadas para a idade, tal como manifestado pela presença de ao menos três dos 15
critérios seguintes, nos últimos 12 meses, de qualquer uma das categorias adiante, com ao menos um critério presente
nos últimos seis meses:
Frequentemente provoca, ameaça ou intimida outros.
23
PSIQUIATRIA DA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA
Fatores de Risco:
Tratamento
24
PSIQUIATRIA DA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA
3. TRANSTORNOS DE ANSIEDADE
25
PSIQUIATRIA DA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA
Tabela 7
A perturbação causa sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, acadêmico, profissio-
nal ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.
A perturbação não é mais bem explicada por outro transtorno mental, como a recusa em sair de casa devido à resis-
tência excessiva de mudança no transtorno do espectro autista; delírios ou alucinações envolvendo a separação em
transtornos psicóticos; recusa em sair sem um acompanhante confiável na agorafobia; preocupações com doença ou
outros danos afetando pessoas significativas no transtorno de ansiedade generalizada; ou preocupações envolvendo
ter uma doença no transtorno de ansiedade de doença.
26
PSIQUIATRIA DA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA
Tratamento
O uso de medicações não deve ser a primeira escolha e quando indicado deve ser
associado à psicoterapia. Nesses casos, os medicamentos inibidores da recaptação
da serotonina (ISRS’s) são os mais indicados, decorrente de sua segurança e eficácia.
Estudos feitos utilizando a sertralina apontam para efetividade e segurança desse
fármaco no tratamento do transtorno de ansiedade de separação.
27
PSIQUIATRIA DA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA
medo de cometer uma gafe ou de serem ridicularizados. Muitos também irão relatar
dificuldade extrema de iniciar uma conversa, especialmente com estranhos, poden-
do ter dificuldade em solicitar informação, o que os faz solicitar que um familiar
ou amigo próximo tome essa atitude por ele. Em sala de aula alguns adolescentes
podem apresentar ansiedade intensa ao precisarem apresentar um trabalho ou falar
para a classe, gerando prejuízos acadêmicos.
Tabela 8
Medo ou ansiedade acentuados acerca de uma ou mais situações sociais em que o indivíduo é exposto a possível ava-
liação por outras pessoas. Exemplos incluem interações sociais (por exemplo, manter uma conversa, encontrar pessoas
que não são familiares), ser observado (por exemplo, comendo ou bebendo) e situações de desempenho diante de
outros (por exemplo, proferir palestras).
Nota: Em crianças, a ansiedade deve ocorrer em contextos que envolvem seus pares, e não apenas em interações com
adultos.
O indivíduo teme agir de forma a demonstrar sintomas de ansiedade que serão avaliados negativamente (isto é, será
humilhante ou constrangedor; provocará a rejeição ou ofenderá os outros).
Nota: Em crianças, o medo ou ansiedade pode ser expresso chorando, com ataques de raiva, imobilidade, comporta-
mento de agarrar-se, encolhendo-se ou fracassando em falar em situações sociais.
O medo ou ansiedade é desproporcional à ameaça real apresentada pela situação social e o contexto sociocultural.
O medo, ansiedade ou esquiva causa sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, pro-
fissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.
O medo, ansiedade ou esquiva não é consequência dos efeitos fisiológicos de uma substância (por exemplo, droga de
abuso, medicamento) ou de outra condição médica.
O medo, ansiedade ou esquiva não é mais bem explicado pelos sintomas de outro transtorno mental, como transtorno
de pânico, transtorno dismórfico corporal ou transtorno do espectro autista.
Se outra condição médica (por exemplo, doença de Parkinson, obesidade, desfiguração por queimaduras ou ferimen-
tos) está presente, o medo, ansiedade ou esquiva é claramente não relacionado ou é excessivo.
* Especificar se: Somente desempenho, se o medo está restrito à fala ou ao desempenhar em público.
Crianças e adolescentes com familiares de primeiro grau que também sofrem de an-
siedade social possuem maior risco de apresentarem o transtorno. Em alguns casos
os sintomas podem iniciar após alguma experiência vivenciada como traumático e
em outros podem surgir de forma lenta e sem fatores desencadeantes associados.
28
PSIQUIATRIA DA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA
Tratamento
A fobia social raramente remite de forma espontânea, sendo hoje a terapia cognitiva
comportamental a primeira linha para o tratamento de casos leves a moderados em
crianças com idade entre 6 e 18 anos, e para casos moderados a graves ou que não
obtiveram resposta com a psicoterapia deve-se associar o ISRS à psicoterapia.
Quando não tratados, indivíduos com fobia social podem ter maior dificuldade de
completar a escola, de manterem empregos futuramente ou assumirem posições
de destaque. Além disso, possuem maior risco de desenvolver outros transtornos
ansiosos, transtornos depressivos e fazerem abuso de substâncias psicoativas.
29
PSIQUIATRIA DA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA
Tabela 9
Fracasso persistente para falar em situações sociais específicas nas quais existe a expectativa para tal (por exemplo, na
escola), apesar de falar em outras situações.
Tratamento
30
PSIQUIATRIA DA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA
CONCLUSÃO
Esta unidade teve como objetivo abordar temas relevantes na psiquiatria da in-
fância e adolescência, como os principais transtornos do neurodesenvolvimento,
transtornos disruptivos e ansiosos que acometem indivíduos nessa faixa etária. Uma
avaliação detalhada da criança e de seu ambiente permitirá melhor compreensão
diagnóstica e com isso estabelecimento de terapêutica adequada. A psicoterapia
tem um papel central no atendimento da população pediátrica, sendo na maioria
das vezes a primeira linha de tratamento dos transtornos citados, com exceção dos
quadros de TDAH.
31
PSIQUIATRIA DA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA
Sabemos que se trata de um tema extenso, com diversas peculiaridades e que não
pode ser esgotado tão facilmente, porém o conhecimento dos transtornos psi-
quiátricos que ocorrem nesta idade pode auxiliar não somente no atendimento da
criança como também do adulto, tendo em vista a característica de persistência de
alguns transtornos.
32
PSIQUIATRIA DA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA
REFERÊNCIAS
33
34