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GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA
Curitiba, 2020
FABIANA SILVA TERRA BARBOSA
Curitiba, 2020
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O conceito de autismo tem passado por mudanças com base nas pesquisas
científicas, que identificaram diferentes etiologias, graus de severidade e traços
específicos ou não comuns, admitindo não se tratar de um quadro único, mas sim de
uma síndrome. Na atualidade prefere-se definir o autismo a partir do conceito
síndrome comportamental, de múltiplas etiologias, que compromete o processo do
desenvolvimento infantil, (Gillberg, 1990; Rutter, Taylor & Hersov, 1996 citados por
Schimidt, 2003).
Por este turno, Soergen (2014) aponta que na literatura científica o autismo
pode ser encontrado tanto como uma combinação de sinais e sintomas quanto como
um tipo específico de transtorno do espectro do autismo (TEA). Nesse sentido,
algumas das terminologias usadas para nomear o conjunto de sinais e sintomas são:
transtorno global do desenvolvimento (TGD), transtorno do espectro autista (TEA) ou
transtorno invasivo (pervasivo) do desenvolvimento (TID). Essas especificações são
encontradas no DSM-IV-TR da APA em 2002. Porém, a partir do DSM 5, de maio de
2013, todas essas terminologias submetem-se ao escopo do TEA, com classificação
do comprometimento em leve, moderado ou grave.
Em estudo realizado pelo CDC (na sigla em Inglês: Centers for Disease
Control and Prevention), abrangendo o período de 2009 a 2017, constatou-se que,
nos Estados Unidos, uma em cada 54 crianças de 3 a 17 anos tem autismo.
Também se percebeu que o transtorno do espectro autista é aproximadamente
quatro vezes mais comum em meninos do que em meninas, e essas, quando
diagnosticadas com TEA apresentam sinais menos estereotipados.
Assim, pelo fato de não haver uma comprovação genética das causas do
autismo, o diagnóstico é realizado por meio da observação do comportamento. O
que torna muito difícil a precisão no diagnóstico, visto ser muito difícil classificar
como sintoma o que pode ser apenas uma variável do comportamento.
Destarte, ocorre que a condição especial da criança exige que pais encarem
a perda do filho idealizado, como uma espécie de luto tardio devido ao fato da
identificação do transtorno se dar tardiamente, isto é, durante o processo de
desenvolvimento da criança. Isso significa que a família pode conviver durante certo
período com uma criança que se desenvolve normalmente e projetar nela todos
seus afetos fantasiados, até que apareçam os primeiros sintomas do transtorno.
Dessa forma é preciso haver aceitação dos pais, a fim de que estes
desenvolvam estratégias de ajustes à nova realidade, para que se possa ser
trabalhado o processo de estimulação dessa criança. (GOMES ET AL 2014)
Sites consultados:
https://www.psychiatry.org/patients-families/autism/what-is-autism-spectrum-disorder
https://www.cdc.gov/ncbddd/autism/data.html
https://www.revistaautismo.com.br/geral/quantos-autistas-ha-no-brasil/
https://news.un.org/pt/tags/autismo
https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2019/04/23/censos-demograficos-
terao-dados-sobre-autismo
LEME, Maria Alice Vanzolini da Silva; BUSSAB, Vera Silvia Raad; OTTA, Emma. A
representação social da Psicologia e do Psicólogo. Instituto de Psicologia, USP:
São Paulo, 1984.