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TRANSTORNOS DO ESPECTRO AUTISTA –

TEA - DSM5

1
Sumário

FACUMINAS ............................................................................................ 2

Transtorno do Espectro Autista e suas possíveis causas ........................ 6

Importância do diagnóstico precoce ................................................. 7

DADOS EPIDEMIOLÓGICOS .......................................................... 8

ETIOLOGIA E CAUSAS .......................................................................... 9

Risco aumentado: ........................................................................... 12

Risco diminuído: ............................................................................. 12

Nenhum efeito sobre o risco: .......................................................... 12

Sinais do transtorno do espectro autista ......................................... 12

Possíveis sinais de autismo em bebês e crianças: ......................... 13

Possíveis sinais de autismo em qualquer idade: ............................ 14

Inclusão Social ................................................................................... 14


DIAGNÓSTICO .................................................................................. 15
Algoritmo de conduta diagnóstica ...................................................... 19

1
FACUMINAS

A história do Instituto FACUMINAS, inicia com a realização do sonho de


um grupo de empresários, em atender à crescente demanda de alunos para
cursos de Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a FACUMINAS,
como entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior.

A FACUMINAS tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas


de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a
participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua
formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais,
científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o
saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação.

A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma


confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica,
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido.

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INTRODUÇÃO/HISTÓRICO

O transtorno do espectro do autista (TEA) ou simplesmente autismo


é uma síndrome caracterizada por alteração do desenvolvimento com alta
incidência em todo o mundo.

O TEA é considerado um transtorno do neurodesenvolvimento


definido no DSM-5, classificação diagnóstica mais recente dos transtornos
mentais, por déficits de comunicação social associado a comportamentos ou
interesses repetitivos, estereotipados com início precoce. De acordo com o
DSM-5, como sintomas deverão estar presentes no início do período de
desenvolvimento e se tornarem evidentes na primeira infância.

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Em 1943, Leo Kanner, empregou o termo autismo para definir uma
síndrome específica observada em 11 crianças (o termo "autismo", autos,
que significa "a si mesmo", e ismo, que significa “ação ou estado”). A
terminologia foi utilizada pela primeira vez pelo alemão Eugen Bleuler em
1911, para descrever a retirada social em pacientes adultos com
esquizofrenia. A síndrome de Kanner caracterizava-se por início precoce –
a partir do primeiro ano de vida - de retraimento social, mesmice,
comprometimento de linguagem, comportamentos motores estereotipados e
deficiência intelectual. Kanner não descreveu o autismo em indivíduos com
deficiência intelectual grave ou distúrbios cerebrais conhecidos. Alguns anos
depois, o austríaco Hans Asperger descreveu pacientes com “tendências
autistas” que diferiam das crianças descritas por Kanner, devido à expressão
de talentos isolados excepcionais e habilidades linguísticas relativamente
preservadas (Síndrome de Asperger). Esta heterogeneidade de
apresentações, intensidades e combinações de sintomas se traduz na
nomenclatura “espectro autista”.

As alterações devem ser identificadas e abordadas nos primeiros


anos de vida. Estudos indicam que a intervenção precoce, em todas as suas
modalidades, melhora muito o prognóstico dessas crianças, razão pela qual
o pediatra deve estar muito atento aos desvios e atrasos no desenvolvimento
neuropsicomotor, principalmente na linguagem e habilidades sociais, e
sempre encaminhar ao especialista quando estes se mantêm alterados em
mais de uma avaliação.

O autismo é apenas um dos transtornos que integram o quadro de


Transtorno do Espectro Autista (TEA). O TEA foi definido pela última edição
do DSM-V como uma série de quadros (que podem variar quanto à
intensidade dos sintomas e prejuízo gerando na rotina do indivíduo).

Outros exemplos de transtornos que fazem parte do espectro – e que


anteriormente eram considerados diagnósticos distintos – são: a Síndrome
de Asperger e o Transtorno Global do Desenvolvimento.

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É importante ressaltar que se tratam de transtornos do
neurodesenvolvimento, caracterizados por alterações em dois domínios
principais:

COMUNICAÇÃO E INTERAÇÃO SOCIAL.

Padrões restritos e repetitivos de comportamento.

Alguns fatos sobre o autismo

Institutos de controle e prevenção de doenças americanos, como o


CDC Centers for Disease Control and Prevention -, estimam a prevalência
do Transtorno do Espectro Autista como 1 em 68 crianças nos Estados
Unidos. Isso inclui 1 em 42 meninos e 1 em 189 meninas. Esse mesmo
instituto afirma que hoje existe 1 caso de autismo para cada 110 pessoas.
Extrapolando esses números, estima-se que o Brasil tenha hoje cerca de 2
milhões de autistas. Aproximadamente 407 mil pessoas somente no estado
de São Paulo

 Estima-se que 50.000 adolescentes com autismo tornam-se adultos –


e perdem serviços de autismo escolarizados – a cada ano.
 Cerca de um terço das pessoas com autismo permanecem não-
verbais.
 Cerca de um terço das pessoas com autismo têm uma deficiência
intelectual.
 Certos problemas médicos e de saúde mental frequentemente
acompanham o autismo. Eles incluem distúrbios gastrointestinais,
convulsões, distúrbios do sono, déficit de atenção e hiperatividade
(TDAH), ansiedade e fobias.

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Transtorno do Espectro Autista e suas possíveis causas
Uma das perguntas mais comuns feitas após um diagnóstico de
autismo, é o que causou a condição.

Sabemos que não há uma única causa de autismo. Pesquisas


sugerem que o autismo se desenvolve a partir de uma combinação de
influências genéticas e não genéticas, ou ambientais.

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Essas influências parecem aumentar o risco de uma criança
desenvolver autismo. No entanto, é importante ter em mente que o aumento
do risco não é a mesma causa. Por exemplo, algumas alterações genéticas
associadas ao autismo também podem ser encontradas em pessoas que
não têm o distúrbio. Da mesma forma, nem todos expostos a um fator de
risco ambiental para o autismo desenvolvem o distúrbio. Na verdade, a
maioria não.

A origem do autismo se deve a diversos fatores, englobando a relação


de fatores descritos abaixo:

– Genéticos: Fatores complexos, uma vez que não há um gene


específico associado ao transtorno do espectro autista, e sim uma variedade
de mutações e anomalias cromossômicas que vem sendo associadas a ele.
Em relação ao gênero, a proporção é de meninos 4:1 meninas.

– Neurológicos Há maior prevalência de TEA associados a atrasos


cognitivos e quadros epilepsia, por exemplo.

– Ambientais: Interação de genes com o ambiente, infecções e


intoxicações durante o período pré-natal, prematuridade, baixo peso e
complicações no parto são alguns dos fatores que podem contribuir
negativamente.

Importância do diagnóstico precoce

A maioria dos casos ainda é detectada tardiamente. Porém, é


crescente o número de estudos voltados à importância da detecção precoce.
Ainda na primeira infância. Neste período inicial da vida, há alguns

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comportamentos que fogem ao chamado “desenvolvimento típico”, e já
podem servir de alerta a familiares e profissionais da saúde

DADOS EPIDEMIOLÓGICOS
A determinação exata da prevalência de TEA apresenta grandes
desafios devido à heterogeneidade na apresentação dos sintomas, ausência
de marcadores biológicos e a própria evolução dos sintomas ao longo do
tempo. Os sinais e sintomas geralmente são aparentes no período inicial de
desenvolvimento, no entanto, os déficits sociais e os padrões
comportamentais podem não ser reconhecidos como sintomas de TEA até
que a criança seja incapaz de atender às demandas sociais, educacionais
ou ocupacionais. As características do TEA podem se sobrepor ou ser
difíceis de distinguir de outros transtornos psiquiátricos, como descrito
extensivamente no DSM-5.

No Brasil, um dos poucos estudos de prevalência aponta uma taxa de


27,2 a cada 10.000 crianças.

Em 2014, a prevalência global de TEA segundo o CDC (Center for


Diseases Control and Prevention) entre as 11 comunidades dos Estados
Unidos estudadas foi de 16,8 por 1.000 (uma em 59) crianças com 8 anos
de idade. As estimativas gerais de prevalência de TEA variaram entre os
locais, de 13,1 a 29,3 por 1.000 crianças com 8 anos de idade. As taxas de
prevalência de autismo também variaram por sexo e raça. Os meninos foram
quatro vezes mais propensos do que as meninas a serem diagnosticados
com TEA.

Fato bastante relevante é o aumento dos casos de TEA, evidenciado


nos estudos populacionais feitos de forma sistematizada e contínua. A
prevalência de TEA entre crianças de 8 anos em várias comunidades dos
EUA aumentou de aproximadamente um caso em 150 crianças nos anos
2000-2002 para um para 68 na década seguinte (2010– 2012), mais que
duplicando a frequência. O aumento observado na prevalência de TEA
ressalta a necessidade de vigilância contínua usando métodos consistentes
para monitorar este fenômeno para o qual ainda não temos uma explicação
definitiva.

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O grande número de indivíduos diagnosticados com TEA remete-nos
a um problema de saúde pública, para o qual é necessária a implementação
de estratégias para o diagnóstico precoce, determinação de possíveis
fatores de risco e atendimento efetivo às crescentes necessidades
comportamentais, educacionais e ocupacionais dessa população.

ETIOLOGIA E CAUSAS

TEA – TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA OU AUTISMO: CAUSAS E


TRATAMENTO

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) refere-se a uma série de


condições caracterizadas por desafios com habilidades sociais, comportamentos
repetitivos, fala e comunicação não-verbal, bem como por forças e diferenças
únicas.

Os sinais mais óbvios do Transtorno do Espectro Autista tendem a


aparecer entre 2 e 3 anos de idade. Em alguns casos, ele pode ser diagnosticado
por volta dos 18 meses.

Sabemos agora que não há um autismo, mas muitos tipos, causados por
diferentes combinações de influências genéticas e ambientais. O termo
“espectro” reflete a ampla variação nos desafios e pontos fortes possuídos por
cada pessoa com autismo.

Alguns atrasos no desenvolvimento associados ao autismo podem ser


identificados e abordados bem cedo. Recomenda-se que os pais com
preocupações busquem uma avaliação sem demora, uma vez que a intervenção
precoce pode melhorar os resultados.

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A etiologia do autismo é desconhecida, embora a taxa de
concordância estimada entre 60% e 92% em gêmeos monozigóticos,
comparada à taxa de 0% a 10% em gêmeos dizigóticos, evidencie a
importância de fatores genéticos. A concordância incompleta em gêmeos
monozigóticos sugere a interferência de fatores ambientais.

Acredita-se que o autismo esteja associado a uma herança poligênica


e potencialmente epistática, e que fatores ambientais possam atuar em
sinergia com os determinantes genéticos, aumentando a possibilidade de
doença manifesta. Este processo de mudança estável da cromatina que
altera a expressão de alguns genes por fatores ambientais, podendo ser
transmitida para outra geração, é chamado de epigenética. O autismo é,
portanto, um distúrbio multifatorial envolvendo fatores genéticos e fatores
ambientais.

O progresso da genética molecular e clínica, com o desenvolvimento


de novas técnicas, melhorou o conhecimento sobre síndromes genéticas
associadas ao transtorno do espectro autista. As alterações genéticas
identificadas no TEA podem ser classificadas como anormalidades
cromossômicas citogeneticamente visíveis, representadas por variações no
número de cópias de um segmento de DNA, incluindo deleções, duplicações
e distúrbios de gene único).

PRINCIPAIS EXEMPLOS DE SINAIS QUE PODEM SER RASTREADOS


PRECOCEMENTE, E SERVIR DE ALERTA:

 Dificuldade em sustentar contato visual enquanto é alimentado;

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 Ausência de resposta clara ao ser chamado pelo nome (importante
descartar hipótese de perda auditiva);
 Atraso no desenvolvimento da linguagem verbal e não verbal (não
apontar, não responder a sorrisos, demorar para balbuciar e falar, ou
regressão de linguagem);
 Desconforto com afagos e ao ser pego no colo;
 Aversão ou fixação a algumas texturas, incômodos com determinados
sons e barulhos, comportamentos repetitivos e estereotipados
(enfileirar brinquedos, rodopiar em torno de si mesmo, balançar o
corpo).
 Quanto mais cedo a família e a escola forem orientadas sobre o
quadro da criança, melhor será sua inserção social e aquisição de
autonomia. A intervenção precoce (que pode ocorrer mesmo antes do
diagnóstico conclusivo) visa estimular as potencialidades e auxiliar no
desenvolvimento de formas adaptativas de comunicação e interação.

Os fatores de risco ambientais do autismo


Pesquisas também apontam que certas influências ambientais podem
aumentar ainda mais – ou reduzir – o risco de autismo em pessoas que são
geneticamente predispostas ao transtorno. É importante notar que o

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aumento ou diminuição do risco parece ser pequeno para qualquer um
desses fatores de risco:

Risco aumentado:

 Idade avançada dos pais (qualquer dos pais)


 Gravidez e complicações no parto (por exemplo,
prematuridade extrema [antes de 26 semanas],
 Baixo peso ao nascerem, gestações múltiplas [dupla, tripleto,
etc.])
 Gravidez com espaçamento inferior a um ano

Risco diminuído:
Vitaminas pré-natais contendo ácido fólico, antes e durante a
concepção e durante a gravidez.

Nenhum efeito sobre o risco:

Vacinas. Cada família tem uma experiência única com um diagnóstico


de autismo, e para alguns, corresponde ao momento da vacinação do seu
filho. Ao mesmo tempo, os cientistas têm realizado extensas pesquisas ao
longo das últimas duas décadas para determinar se existe alguma ligação
entre a vacinação infantil e o autismo. Os resultados desta pesquisa são
claros: As vacinas não causam autismo.

Sinais do transtorno do espectro autista

O tempo e a gravidade dos primeiros sintomas do Transtorno do


Espectro Autista podem variar amplamente. Algumas crianças com autismo
mostram sugestões de problemas futuros dentro dos primeiros meses de
vida. Em outros, os sintomas podem não se tornar óbvio até 24 meses ou

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mais tarde. Algumas crianças com autismo parecem desenvolver
normalmente até cerca de 18 a 24 meses de idade e, em seguida, parar de
ganhar novas habilidades e / ou começam a perder habilidades.

As seguintes “bandeiras vermelhas” sugerem que uma criança está


em risco de sofrer de autismo. Algumas crianças sem autismo têm alguns
desses sintomas, e nem todas as crianças com autismo mostram todos eles.
É por isso que uma avaliação mais aprofundada é crucial. Se o seu filho
apresentar algum dos seguintes, por favor, veja o Passo 2: Faça a sua
criança ser examinada.

Possíveis sinais de autismo em bebês e crianças:


•. Por volta dos 6 meses de idade, nenhum sorriso social ou outras
expressões quentes, alegres dirigidas às pessoas;

•Até 6 meses, contato visual limitado ou inexistente;

•. Por volta dos 9 meses, nenhuma partilha de sons vocais, sorrisos


ou outra comunicação não-verbal;

•. Com 12 meses, nenhum balbucio;

•. Por volta dos 12 meses, nenhum uso de gestos para se comunicar


(por exemplo, apontar, alcançar, acenar etc.);

•. Com 12 meses, nenhuma resposta ao nome quando chamado;

•. Por volta dos 16 meses, sem palavras;

•. Em 24 meses, não há expressões significativas de duas palavras;

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•. Qualquer perda de qualquer discurso adquirido anteriormente,
balbuciar ou habilidades sociais.

Possíveis sinais de autismo em qualquer idade:


• Evita contato visual e prefere ficar sozinho;

• Luta com a compreensão dos sentimentos de outras pessoas;

•. Permanece não verbal ou atrasou o desenvolvimento da linguagem;

•. Repete palavras e frases mais e mais (ecolalia);

•. Obtém perturbado por pequenas alterações na rotina ou arredores;

•. Tem interesses muito restritos;

•. Realiza comportamentos repetitivos como bater, balançar ou girar;

•. Tem reações incomuns e muitas vezes intensas a sons, odores,


sabores, texturas, luzes e / ou cores.

Inclusão Social
Com o diagnóstico conclusivo é possível exigir o cumprimento de
direitos como a inclusão nas escolas. Por lei, a criança com Transtorno do
Espectro Autista tem direito a um professor-acompanhante em sala de aula,
por exemplo.

A inclusão de crianças autistas nas escolas é fundamental e garantida


por lei.

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É importante frisar que ainda temos muito a avançar na prática da
inclusão e no acesso a tratamentos especializados. Na rede pública, tenho
experiência com o PSF ( Programa da Saúde da Família). Atuante na maioria
das unidades básicas de saúde de Grande São Paulo.

Na Unidade Básica de Saúde (UBS) na qual trabalho, geralmente são


levantadas suspeitas em consultas de puericultura. Nestes casos, o
profissional encaminha a criança para avaliação psicológica e
fonoaudiológica na própria UBS. Caso seja confirmada a hipótese de TEA,
o caso é discutido com o CAPS Infantil (serviço mais especializado). O CAPS
nos auxilia na conclusão do diagnóstico e absorve os casos mais
comprometidos. Há muitas ONGs ou Associações de Pais que também
oferecem suporte às crianças e famílias.

DIAGNÓSTICO
Os critérios diagnósticos, do DSM – V são os mais usados. (Quadro

Quadro 1. Critérios DSM - V


DSM-V: Critérios diagnósticos dos Transtornos do Espectro Autista
299,00 (F84.0)
Deficiências persistentes na comunicação e interação social:

Limitação na reciprocidade social e emocional;

Limitação nos comportamentos de comunicação não verbal utilizados


A para interação social;

Limitação em iniciar, manter e entender relacionamentos, variando de


dificuldades com adaptação de comportamento para se ajustar às
diversas situações sociais.

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Padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou
atividades, manifestadas pelo menos por dois dos seguintes aspectos
observados ou pela história clínica:

B Movimentos repetitivos e estereotipados no uso de objetos ou fala;

Insistência nas mesmas coisas, aderência inflexível às rotinas ou


padrões ritualísticos de comportamentos verbais e não verbais;

Interesses restritos que são anormais na intensidade e foco;


Hiper ou hiporreativo a estímulos sensoriais do ambiente.

Os sintomas devem estar presentes nas primeiras etapas do


desenvolvimento. Eles podem não estar totalmente manifestos até que
C
a demanda social exceda suas capacidades ou podem ficar
mascarados por algumas estratégias de aprendizado ao longo da vida.
Os sintomas causam prejuízo clinicamente significativo nas áreas
D social, ocupacional ou outras áreas importantes de funcionamento atual
do paciente.
Esses distúrbios não são melhor explicados por deficiência cognitiva ou
E
atraso global do desenvolvimento.

Este modelo difere do anterior por abandonar a tríade clássica que


abarcava o atraso da linguagem e incluir os sintomas em dois domínios,
sendo o primeiro relativo ao déficit de comunicação social e o segundo a
comportamentos e interesses restritos e repetitivos.

O diagnóstico do autismo é clínico, feito por meio de observação direta


do comportamento e de entrevista com os pais e cuidadores. Os sintomas
dos itens A e B, listados no Quadro 1, deverão estar presentes nos primeiros
anos de idade, sendo possível, com experiência e avaliação multidisciplinar,
fazer o diagnóstico por volta dos 18 meses de idade. À medida que o tempo
passa, os itens C e D manifestam-se.

A avaliação clínica deve incluir a história desde o pré-natal até a idade


atual do paciente.

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Do período pré-natal, deve-se investigar movimentação fetal,
resultados de exames ultrassonográficos, tratamentos, em particular a
exposição a algumas drogas, tais como a talidomida e o valproato,
ocorrência de diabetes gestacional ou hemorragias.

Do período perinatal, têm interesse: o posicionamento no útero, o tipo


de parto, a nota de Apgar, os dados de nascimento como peso, comprimento
corporal e perímetro cefálico. A idade gestacional tem grande importância,
pois o risco de autismo é inversamente proporcional ao grau da
prematuridade. Condições relacionadas à hipóxia no nascimento, tais como
aspiração de mecônio, anemia neonatal, incompatibilidade ABO ou Rh,
hiperbilirrubinemia, lesão ou trauma ao nascimento, também devem ser
investigadas. Observar, ainda, o padrão alimentar e suas dificuldades e
verificar resultados dos testes de rastreamento, principalmente
hipotireoidismo e fenilcetonúria. No exame físico, deve ser observada
presença de dismorfismos aparentes, de malformações e de hipotonia
neonatal.

Do período pós-natal, observar desenvolvimento neuropsicomotor,


padrão de alimentação e alterações gastrointestinais, padrão de sono,
convulsões, disfunção sensorial, atraso de linguagem, sinais
comportamentais precoces do autismo, tais como dificuldade de iniciar o
sono, irritabilidade, contato pobre por meio do olhar, choro excessivo e
paradoxal, preferindo ficar quieto no leito do que ser carregado no colo,
movimentação repetitiva e outros comportamentos atípicos.

Investigar alterações no desenvolvimento e aprendizagem, toda


suspeita de regressão motora ou perda de habilidades já adquiridas deve
orientar o clínico para a busca de doenças metabólicas.

A variabilidade de apresentação e grau de prejuízo é muito grande e


depende diretamente do ambiente, nível de linguagem da criança e
coeficiente de inteligência. Em torno de 60% a 70% têm algum grau de
deficiência intelectual.

O DSM-V também permite o diagnóstico concomitante de Transtorno


do déficit de Atenção (TDA) com o TEA.

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Nos casos suspeitos, o exame neuropediátrico deve ser realizado
sistematicamente em busca de sinais e sintomas neurológicos associados
ao TEA, tais como hipotonia, ataxia, movimentos anormais ou convulsões,
que podem estar presentes em torno de 20% dos pacientes. Em caso de
crises convulsivas ou suspeita, o eletroencefalograma (EEG) pode ser um
exame útil na detecção de atividade cerebral epiléptica. É muito importante
descartar a possibilidade de déficit sensorial, auditivo ou visual. A realização
de exame oftalmológico e audiometria é sempre recomendada.

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Algoritmo de conduta diagnóstica

FENÓTIPO DO COMPORTAMENTO AUTISTA


(Avaliação Neuropsiquiátrica e Psicológica
)

CONFIRMAÇÃO DO DIAGNÓSTICO DE AUTISMO


(Baseado em diferentes fontes oservacionais
)
+
AVALIAÇÃO DA GRAVIDADE DO AUTISMO NA GRAVIDADE E
NA DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
(Quando possível
)
Fazer avaliação neuropediátrica e de genética clínica

AUTISMO NÃO SINDRÔMICO AUTISMO SINDRÔMICO


(Autismo isolado, mas com possibilidade de (Achados dismórficos, malformações, epilepsia ou retardo
epilepsia ou deficiência intelectual leve ou mental severo)
moderada) - Supeita de alteração cromossômica ou mutação pontual
- História familiar positiva: pedir cgh
-array. específica: cgh
-array ou sequenciação de gene específico.
-Consanguineidade ou intolerância alimentar - Suspeita de distúrbio metabólico: testes metabólicos
específica: testes metabólicos específicos. específicos.
-Na presença de retardo mental: cgh
-array e - Suspeita de doença mitocondrial: realizar exames
pesquisa de -xfrágil. específicos.
- Sexo masculino sem retardomental: - Sem diagnóstico:
pesquisar -xfrágil. 1. Realizar cgh
-array e pesquisa de-frágil.
x
- Sem diagnóstico: repetir exame genético 2. Caso ainda sem diagnóstico: sequenciação genômica de
clínico (possibilidade de aparecimento de última geração ou sequenciação completa do exoma, se
dismorfismos tardiamente). disponível.

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ORIENTAÇÕES TERAPÊUTICAS

Muitas intervenções psicossociais diferentes foram desenvolvidas no


intuito de minimizar tanto os sintomas centrais quanto os sintomas
associados do TEA.

O método ABA (Applied Behavior Analysis) é um tratamento baseado


em teorias de aprendizagem e condicionamento funcional no qual são
incluídos alvos de intervenção específicos associados a técnicas de reforço
positivo. Existem vários métodos para abordagem e intervenções, todos eles
com suas vantagens e desvantagens, o mais importante é a experiência do
profissional para adequar às necessidades individuais de cada criança, de
acordo com a idade, coeficiente de inteligência, linguagem e presença de
comportamentos comórbidos.

O uso de medicamentos visa principalmente ao tratamento dos


sintomas associados ao transtorno do espectro do autismo, uma vez que a
eficácia para o tratamento dos sintomas básicos do autismo não foi
estabelecida.

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As alterações comportamentais associadas ao TEA são:

 Irritabilidade,
 Agressividade,
 Muitas vezes com autoagressão,
 Ansiedade,
 Hiperatividade,
 Impulsividade,
 Desatenção e insônia.

Os antipsicóticos atípicos risperidona e aripiprazol são os únicos


aprovados pelo órgão regulador americano FDA (Food and Drug
Administration) para o tratamento da irritabilidade associada ao diagnóstico
do autismo.

A risperidona é aprovada em crianças a partir dos 5 anos de idade, e


o aripiprazol a partir dos 6 anos de idade.

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Outras classes de medicamentos, como os antipsicóticos típicos,
antidepressivos inibidores seletivos da recaptação de serotonina,
estabilizadores do humor, psicoestimulantes e agonistas alfa-2
adrenérgicos, também têm sido usadas com eficácia bastante variada,
necessitando de maior número de estudos controlados.

Os problemas relacionados ao sono são frequentes no TEA, a insônia


pode estar presente em 50% a 80% dos pacientes e níveis diminuídos de
melatonina, hormônio relacionado à regulação do sono, foram relatados em
muitos estudos de TEA, que apontam benefícios terapêuticos do uso da
melatonina.

Tratamentos alternativos são amplamente relatados em todo o


mundo, mas a grande maioria ainda carece de comprovação científica,
apesar de alguns relatos pontuais de melhora em alguns sintomas do TEA.
Dentre os mais comentados, podemos citar:

 Complementação com ômega 3, com relatos de melhora do sintoma


de hiperatividade,
 Suplementação de vitamina B12, algumas dietas com restrições
alimentares e uso de enzimas digestivas.

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Devemos analisar todos esses tratamentos alternativos com muito
critério e com a visão da medicina baseada em evidências científicas, para
não expormos nossos pacientes a tratamentos pouco efetivos, onerosos e
de difícil execução prática. As famílias quase sempre se frustram com a
grande expectativa criada em torno desses tratamentos.

A informação e consequente criação de um ambiente agradável e


produtivo, além de intervenções seguras e criteriosas, são de fundamental
importância para os pacientes e para as pessoas que convivem com eles.
Somente dessa forma produziremos uma inclusão verdadeira.

O TRABALHO DE PSICÓLOGOS E EQUIPES MULTIDISCIPLINARES

Nos planos de saúde ou tratamentos particulares é importante seguir


as recomendações dadas pelo profissional que forneceu o diagnóstico. E
então buscar terapias nas áreas indicadas a contribuir com o caso.

 Psicoterapia,
 Fonoaudiologia,
 Psicopedagogia,
 Terapia ocupacional,
 Atividade física,
 Musicoterapia, etc.

A família precisa de muito apoio e orientação em todo o processo,


pois não é fácil a busca por tratamentos e aceitação do diagnóstico. Há uma
série de mudanças na dinâmica familiar, a fim de se re-organizar para
comparecer às terapias propostas, além do cuidado da criança em casa, que
pode ser bem desgastante (especialmente em situações de agitação e
crises).

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Se necessário, a família deve ser encaminhada para orientação e
acompanhamento psicológico. O psicólogo atuará no fortalecimento e apoio
emocional durante as várias adaptações que o tratamento exige dos
familiares. Quanto mais orientada a família, maiores as chances de
compreensão em relação ao quadro. Também é maior a probabilidade de
estímulo às potencialidades do indivíduo, evitando proteção excessiva e
isolamento.

Procure orientação profissional. Encontre um psicólogo especializado


em transtornos de desenvolvimento e agende uma consulta.

Plataformas podem facilitar a busca por um psicólogo que atenda a


requisitos específicos para atender a todos que precisem de
acompanhamento

AUTISMO: VEJA OS CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DO DSM-V

 Critérios Diagnósticos: Diagnostic and Statistical Manual of Mental


Disorders, fifth edition (DSM-V)
 Déficits persistentes na comunicação social e na interação social em
múltiplos contextos, conforme manifestado pelo que segue,
atualmente ou por história prévia (os exemplos são apenas
ilustrativos, e não exaustivos):

 Déficits na reciprocidade socioemocional, variando, por exemplo, de


abordagem social anormal e dificuldade para estabelecer uma
conversa normal a compartilhamento reduzido de interesses,
emoções ou afeto, e dificuldade para iniciar ou responder a interações
sociais.

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 Déficits nos comportamentos comunicativos não verbais usados para
interação social, variando, por exemplo, de comunicação verbal e não
verbal pouco integrada a anormalidade no contato visual e linguagem
corporal, ou déficits na compreensão e uso gestos a ausência total de
expressões faciais e comunicação não verbal.
 Déficits para desenvolver, manter e compreender relacionamentos,
variando, por exemplo, de dificuldade em ajustar o comportamento
para se adequar a contextos sociais diversos a dificuldade em
compartilhar brincadeiras imaginativas, ou em fazer amigos a
ausência de interesse por pares.
 Padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou
atividades, conforme manifestado por pelo menos dois dos seguintes,
atualmente ou por história prévia (os exemplos são apenas
ilustrativos, e não exaustivos):

 Movimentos motores, uso de objetos ou fala estereotipados ou


repetitivos (por exemplo, estereotipias motoras simples, alinhar
brinquedos ou girar objetos, ecolalia, frases idiossincráticas).

 Insistência nas mesmas coisas, adesão inflexível a rotinas ou padrões


ritualizados de comportamento verbal ou não verbal (como sofrimento
extremo em relação a pequenas mudanças, dificuldades com

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transições, padrões rígidos de pensamento, rituais de saudação,
necessidade de fazer o mesmo caminho ou ingerir os mesmos
alimentos diariamente).
 Interesses fixos e altamente restritos que são anormais em
intensidade ou foco (por exemplo, forte apego a ou preocupação com
objetos incomuns, interesses excessivamente circunscritos ou
perseverativos).
 Hiper ou hiporreatividade a estímulos sensoriais ou interesse
incomum por aspectos sensoriais do ambiente (como indiferença
aparente a dor/temperatura, reação contrária a sons ou texturas
específicas, cheirar ou tocar objetos de forma excessiva, fascinação
visual por luzes ou movimento).

Os sintomas devem estar presentes precocemente no período do


desenvolvimento, mas podem não se tornar plenamente manifestos até que
as demandas sociais excedam as capacidades limitadas ou podem ser
mascarados por estratégias aprendidas mais tarde na vida. Esses sinais
causam prejuízo clinicamente significativo no funcionamento social,
profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo no
presente, e não são melhor explicados por prejuízos da inteligência ou por
atraso global do desenvolvimento.

NÍVEL DE GRAVIDADE

INTERAÇÃO/COMUNICAÇÃO SOCIAL:

Nível 1 (necessita suporte): Prejuízo notado sem suporte; dificuldade


em iniciar interações sociais, respostas atípicas ou não sucedidas para
abertura social; interesse diminuído nas interações sociais; falência na
conversação; tentativas de fazer amigos de forma estranha e mal-sucedida.

26
Nível 2 (necessita de suporte substancial): Déficits marcados na
conversação; prejuízos aparentes mesmo com suporte; iniciação limitadas
nas interações sociais; resposta anormal/reduzida a aberturas sociais.

Nível 3 (necessita de suporte muito substancial): Prejuízos graves no


funcionamento; iniciação de interações sociais muito limitadas; resposta
mínima a aberturas sociais.

COMPORTAMENTO RESTRITIVO / REPETITIVO:

Nível 1 (necessita suporte): Comportamento interfere


significantemente com a função; dificuldade para trocar de atividades;
independência limitada por problemas com organização e planejamento.

Nível 2 (necessita de suporte substancial): Comportamentos


suficientemente frequentes, sendo óbvios para observadores casuais;
comportamento interfere com função numa grande variedade de ambientes;
aflição e/ou dificuldade para mudar o foco ou ação.

Nível 3 (necessita de suporte muito substancial): Comportamento


interfere marcadamente com função em todas as esferas; dificuldade
extrema de lidar com mudanças; grande aflição/dificuldade de mudar o foco
ou ação.

OUTROS ESPECIFICADORES

 Prejuízo intelectual;
 Prejuízo de linguagem;
 Condição médica ou genética conhecida;
 Outras desordens do neurodesenvolvimento, mental ou
comportamental;
 Catatonia.

27
PODEMOS CONCLUIR QUE:

O TEA ou autismo é um conjunto de alterações no


neurodesenvolvimento heterogêneas, caracterizadas por defasagens iniciais
na comunicação social e por comportamentos e interesses repetitivos e
restritos. A prevalência da população mundial tem aumentado ao longo dos
anos e deve ser considerado como problema de saúde. O autismo afeta mais
indivíduos do sexo masculino e a presença de comorbidades é muito
comum.

Indivíduos com autismo têm perfis comportamentais atípicos, como


cognição social prejudicada e percepção social, disfunção executiva e
processamento atípico de estímulos sensoriais e de informação. Esses perfis
são sustentados pelo desenvolvimento de sistemas neurais atípicos.

A genética e fatores ambientais têm fundamental importância na


etiologia do TEA.

O diagnóstico precoce e consequente intervenção multidisciplinar,


abrangente e sistematizada, é de fundamental importância para melhorar a
comunicação, integração social e funcionalidade dessas crianças.

O uso de medicamentos é útil na redução de alguns comportamentos


comórbidos, tais como ansiedade, irritabilidade, hiperatividade,
agressividade e alterações do sono. Tratamentos empíricos sem
comprovação científica devem ser evitados, pois são onerosos, além de
atrasarem a abordagem específica e o prognóstico.

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