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1. História do Autismo
Ao mesmo tempo que os estudos aumentam, diversos mitos são criados nesse
período, como o da mãe geladeira — que afirma que a falta de amor e carinho maternal
é a causa do transtorno — e que algum tipo de vacina causa autismo em crianças,
mesmo não existindo nenhum tipo de comprovação científica sobre isso.
Como dissemos acima, o termo “espectro” foi usado para englobar uma série de
transtornos do neurodesenvolvimento. A Síndrome de Asperger, por exemplo, era vista
como um transtorno diferente do autismo, mas hoje entra na denominação do transtorno
do Espectro Autista.
Podemos ver essa variação observando que algumas crianças com autismo nunca
aprendem a falar — nos casos mais extremos. Em contrapartida, na outra ponta do
espectro, encontramos pessoas que chamamos gênios, que se dedicam a aprofundar seu
conhecimento em um assunto específico.
Essas pessoas com TEA podem ser capazes de fazer uma conta de cabeça mais
depressa do que um computador, ou saberem tudo a respeito de um assunto particular.
Em geral, são muito ligados na matemática, porque gostam de situações em que a
resposta é única e, na matemática, só existe uma resposta para um problema.
Isso explica um pouco porque as pessoas com TEA têm uma grande dificuldade
no relacionamento social. A interação social é algo extremamente complexo que exige
habilidades sofisticadas para estabelecer as relações. A dificuldade do relacionamento
social é também marca registrada do autismo.
A fala também é um ato social, ninguém aprende a falar sozinho. Por isso,
encontramos algumas crianças com autismo que nem aprendem a falar. Mesmo aqueles
que desenvolvem a fala, demonstram dificuldade em situações sociais, na interação com
as pessoas.
O TEA, portanto, é um espectro que engloba desde aquela criança que não sabe
falar e que nunca vai aprender a ler até aquelas que são altamente capacitadas para
executar essas habilidades.
C – Tais sintomas devem estar presentes em fase precoce da infância (mas podem
aparecer aos poucos, em ordem ou sequência incompleta, progressivamente levando a
problemas nas demandas sociais ).
4) solicitar relatórios das escolas, creches e estes responderem com detalhes e com
informações significativas (podendo até se utilizar de escalas de avaliação já citadas
para facilitar e padronizar esta tarefas pois `as vezes a escola nem sabe o que descrever
e ressaltar);
5) conversar muito com os pais a fim de explicar bem o diagnóstico e a importância de
tratá-lo.
Vamos listar os principais sinais de alerta para detectar o autismo, para que os pais
possam entender quando é preciso buscar ajuda médica para um possível diagnóstico.
São eles:
Em relação à comunicação:
Em relação ao comportamento:
balança, gira, anda na ponta dos pés por um longo tempo ou agita as mãos
(chamado de “comportamento estereotipado” ou estereotipia);
gosta de rotinas, ordem e rituais; tem dificuldade com a mudança ou transição de
uma atividade para outra;
pode ser obcecado por algumas atividades incomuns, fazendo-as repetidamente
durante o dia;
brinca com partes de brinquedos em vez do brinquedo inteiro (por exemplo,
girando as rodas de um caminhão de brinquedo);
pode não chorar se estiver com dor ou parecer ter algum medo;
pode ser muito sensível ou nada sensível a cheiros, sons, luzes, texturas e toque;
pode ter uso incomum de visão ou olhar – olha objetos de ângulos incomuns
12 meses — pode não se virar para olhar, mesmo depois que seu nome é repetido várias
vezes, mas responderá a outros sons.
18 meses — pode não fazer nenhuma tentativa para compensar o atraso na fala ou
limitar a fala para repetir o que ouviu na TV ou o que acabou de ouvir.
24 meses — pode levar uma garrafa para sua mãe abrir, mas não olhar para o rosto dela
quando o fazem ou compartilham o prazer de brincar juntos.
Embora não haja cura para o TEA, a detecção e o tratamento precoce podem
melhorar a vida das crianças e de suas famílias. Não há nenhum exame médico para
diagnosticar o autismo. Por isso, os especialistas avaliam o desenvolvimento dos
comportamentos e das habilidades sociais da criança.