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AUTISMO E PRÁTICAS

PEDAGÓGICAS
Prof. Esp. Antônio Cláudio Silva Nunes
psicopedagogo.claudionunes
QUEM SOU EU?

 Docente do Ensino Superior


 Psicopedagogo Institucional em escola de
ensino infantil e em duas faculdades
 Psicopedagogo Clínico
 Orientador de TCC
 Supervisor de Estágio Clínico, Institucional e
Hospitalar
 Idealizador de um espaço de atendimento
Psicopedagógico e Psicológico em uma IES.
 Neuropsicopedagogo em formação.
1. Transtorno do Espectro Autista

 TRANSTORNO:
1. Transtorno do Espectro Autista

 TRANSTORNO: Ato ou efeito de transtornar, de causar incômodo; contrariedade.


Situação que causa desconforto, geralmente imprevista e ruim; contratempo.
(DICIO.com.br)

 Para o DSM-V: Um Transtorno Mental é uma síndrome caracterizada por perturbação


clinicamente significativa na cognição, na regulação emocional ou no
comportamento de um indivíduo que reflete uma disfunção nos processos
psicológicos, biológicos ou de desenvolvimento subjacentes ao funcionamento
mental.
1. Transtorno do Espectro Autista

 ESPECTRO: Resultado da dispersão, por um prisma ou uma rede de difração, de


qualquer radiação composta em suas radiações simples; aplicação, alcance.
(MeuDicionário.org)
1. Transtorno do Espectro Autista

 Autismo, do grego autós, significa “de si mesmo”. Esse termo foi empregado pela
primeira vez pelo psiquiatra suíço Eugene Bleuler em 1911. Bleuler tentou descrevê-lo
como a “fuga da realidade e o retraimento interior dos pacientes acometidos de
esquizofrenia” (CUNHA, 2012, p. 20).

Léo Kanner, psiquiatra austríaco naturalizado norte-


americano, foi também pioneiro ao observar crianças
internadas com comportamentos diferentes de tantos
outros relatados na literatura psiquiátrica existente à
época e o primeiro a publicar trabalho sobre o
assunto: Distúrbios Autísticos do Contato Afetivo.
Relatou a “incapacidade de se relacionarem de
maneira normal com pessoas e situações, desde o
princípio de suas vidas” (BRASIL, 2013, p. 17).
1. Transtorno do Espectro Autista

 “Tais crianças estavam sempre distanciadas das outras e pareciam manter uma
relação não funcional com os objetos, inclusive brinquedos” (SUPLINO, 2009, p.19).
Dentre os comportamentos observados, Kanner criou três grandes categorias:
inabilidade no relacionamento interpessoal; atraso na aquisição da fala; e
dificuldades motoras.
1. Transtorno do Espectro Autista

 Afinal, o que é o TEA?

Indivíduos com diagnóstico de TEA acham difícil interpretar o comportamento e a


conversa dos outros e costumam ter dificuldades sociais e de comunicação.
Recentemente, a Associação Americana de Psiquiatria (APA) modificou o diagnóstico de
TEA, que agora se baseia em duas áreas de comprometimento:

• comunicação social e interação;


• padrões de comportamento, interesses ou atividades restritos e repetitivos.
1. Transtorno do Espectro Autista
1. Transtorno do Espectro Autista
1. Transtorno do Espectro Autista
1. Transtorno do Espectro Autista
1. Transtorno do Espectro Autista

 Conforme a CID-11: (6A02 – Cap. 6)

O TEA é caracterizado por déficits persistentes na capacidade de iniciar e manter a


interação social recíproca e de comunicação social e por uma série de restritos,
repetitivos e padrões inflexíveis de comportamento e interesses. O início da doença
ocorre durante o período de desenvolvimento, geralmente na primeira infância, mas os
sintomas podem não se tornar manifesta plenamente até mais tarde, quando as
demandas sociais excedem as capacidades limitadas.

Déficits são suficientemente severos para causar prejuízo na vida pessoal, familiar,
áreas sociais, educacionais, ocupacionais ou outras importantes de funcionamento e
são geralmente uma característica generalizada do indivíduo de funcionamento
observável em todos os ambientes, embora possam variar de acordo com sociais,
educacionais, ou outro contexto.
1. Transtorno do Espectro Autista

 Para o DSM-5 TR (texto revisado): (F84.0, p. 56)

A. Déficits persistentes na comunicação social e interação social em vários contextos,


manifestados por todos os seguintes, atualmente ou pela história (os exemplos são
ilustrativos, não exaustivos; ver texto):

1. Déficits na reciprocidade socioemocional, variando, por exemplo, de abordagem


social anormal e falha de conversa normal de vai-e-vem; ao compartilhamento reduzido
de interesses, emoções ou afetos; à falha em iniciar ou responder a interações sociais.
1. Transtorno do Espectro Autista
2. Déficits em comportamentos comunicativos não verbais usados para interação social,
variando, por exemplo, de comunicação verbal e não verbal mal integrada; a
anormalidades no contato visual e linguagem corporal ou déficits na compreensão e uso
de gestos; a uma total falta de expressões faciais e comunicação não verbal.

3. Déficits no desenvolvimento, manutenção e compreensão de relacionamentos,


variando, por exemplo, de dificuldades em ajustar o comportamento para se adequar a
diversos contextos sociais; a dificuldades em compartilhar brincadeiras imaginativas ou
em fazer amigos; à falta de interesse pelos pares.
1. Transtorno do Espectro Autista
B. Padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades,
manifestados por pelo menos dois dos seguintes, atualmente ou pela história (os
exemplos são ilustrativos, não exaustivos; ver texto):

1. Movimentos motores estereotipados ou repetitivos, uso de objetos ou fala (por


exemplo, estereotipias motoras simples, enfileirar brinquedos ou lançar objetos,
ecolalia, frases idiossincráticas).

2. Insistência na mesmice, adesão inflexível a rotinas ou padrões ritualizados de


comportamento verbal ou não verbal.
1. Transtorno do Espectro Autista

 o TEA não é uma Dificuldade de Aprendizagem Específica (DAE), mas uma condição
médica que geralmente é diagnosticada por um pediatra. Providências especiais, no
entanto, devem ser postas em prática na escola e os professores precisam ser
conscientizados sobre as diferenças comportamentais e preferências de estilo de
aprendizagem desses alunos.

 Eles podem se qualificar para arranjos especiais em provas. Alguns alunos com TEA
também podem ter outras DAEs adicionais, como dispraxia ou Tdah, mas a maioria
não tem.
1. Transtorno do Espectro Autista
 Por que a cor azul é um símbolo do autismo?

 Um estudo do CDC, Centro de Controle e Prevenção de Doenças, uma agência do


Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, apontou
recentemente que o número de meninos diagnosticados com autismo é quatro
vezes maior em comparação ao de meninas.

 Além disso, a cor azul também é entendida, de acordo com diversos estudos sobre o
assunto, como uma cor que representa calma, leveza e tranquilidade, sentimentos
que são considerados essenciais para a manutenção da saúde de pacientes autistas.

 Isso porque, para eles, estímulos sensoriais, como o barulho, podem gerar crises e
estresses intensos. Portanto, a cor pretende promover mais calmaria e leveza em um
mundo que é tão agitado e barulheiro para pessoas com autismo.
1. Transtorno do Espectro Autista
1. Transtorno do Espectro Autista
1. Transtorno do Espectro Autista
1. Transtorno do Espectro Autista
2. Síndrome de Asperger
2. Síndrome de Asperger

 Johann "Hans" Friedrich Karl Asperger foi um pediatra vienense (Viena, capital da Áustria)
que identificou um grupo de meninos mais capazes dentro do espectro do autismo. Eles
apresentavam problemas comportamentais e de comunicação, mas também uma série de
habilidades; sua fala e inteligência estavam na faixa de normal a alta.
 Um artigo seu de 1944 identificava esse grupo como portador de um tipo moderado e à
parte de autismo, mas com dificuldades reconhecíveis em três áreas: comunicação,
socialização e rigidez no pensamento.
3. Comportamentos Esperados no Desenvolvimento
Típico: Seis Meses de Idade
 O bebê, desde os primeiros meses, gradativamente começa a mostrar necessidade
de interação, tendendo a virar a cabeça na direção da chamada.
 Começa a compartilhar a atenção da mãe e do pai, seguindo o olhar deles quando
olham para algo próximo, ou olhando para eles quando vê algo interessante, no
sentido de expressar “olha que legal isso! Você viu?!”.
 Interage com sorriso social (sorri de volta), expressões e afeto quando falamos com
ele e fazemos “gracinhas”.
 Quando um familiar entra onde a criança está, ela busca o olhar e o contato do adulto,
virando os olhos em direção ao barulho.
3. Comportamentos Esperados no Desenvolvimento
Típico: Seis Meses de Idade

 Quando a mãe amamenta, o bebê faz contato visual.


 Acompanha objetos e pessoas de um lado para o outro quando se movimentam.
 Olha quando chamado.
 Imita, de forma rudimentar, quando colocamos a língua para fora, damos piscadinhas
ou “tchau”.
 Faz troca de balbucios: faz um som – o adulto imita e para – a criança faz o som
novamente.
4. Quando se preocupar? Sinais de Autismo em Bebês

 Precisa de mais estímulos para olhar e atender a chamados.


 Tende a não olhar quando chamamos pelo nome.
 É agitado ou passivo demais.
 É hiperoral (leva tudo à boca).
 Pode não gostar de toques e abraços.
 Vai no colo de qualquer pessoa.
 Parece um bebê “sério”, que sorri pouco.
 Poucas expressões faciais adequadas para a situação
4. Quando se preocupar? Sinais de Autismo em Bebês

 Compartilha pouco os objetos.


 “Mostra” pouco as coisas legais aos cuidadores.
 Não brinca de faz de conta.
 Não aponta.
 Dificuldade para imitar.
 Déficits de interesses sociais.
 Não gesticula, aponta ou balbucia aos 12 meses.
 Ausência de palavras com significado aos 16 meses.
4. Quando se preocupar? Sinais de Autismo em Bebês

 Não formula frases funcionais com duas palavras aos 24 meses.


 Funcional significa com o objetivo de se comunicar, não pode ser frase ecolálica, ou
seja, a repetição de uma mesma palavrinha várias vezes ou de sentenças de filmes e
desenhos.
 Espalha os brinquedos e não os usa com a função correta.
 Pode ter regressão de fala e de comportamentos que fazia e para de fazer.
 Gosta de coisas brilhantes ou que fazem movimentos repetitivos, tais como ventilador
rodando.
4. Quando se preocupar? Sinais de Autismo em Bebês

 Falta de reciprocidade social, ignora quando se aproximam dele para brincar ou


conversar.
 Prefere brincar sozinho.
 Pode apresentar movimentos estereotipados e repetitivos, como ficar correndo de um
lado para outro sem objetivo, abanar as mãos, dar gritinhos, pular e rodar sem
sentido.
 Apego a objetos – fica segurando um objeto sem usá-lo com a sua função.
5. Como posso identificar um aluno com TEA?

 Retrair-se e isolar-se das outras pessoas.


 Não manter contato visual.
 Desligar-se do ambiente externo.
 Resistir ao contato físico.
 Inadequação a metodologias de ensino.
 Birras.
5. Como posso identificar um aluno com TEA?

 Não demonstrar medo diante de perigos.


 Não responder quando for chamado.
 Não aceitar mudanças de rotina.
 Usar as pessoas para pegar objetos.
 Hiperatividade física.
 Agitação desordenada.
5. Como posso identificar um aluno com TEA?

 Calma excessiva.
 Apego e manuseio não apropriado de objetos.
 Movimentos circulares no corpo.
 Sensibilidade a barulhos.
 Estereotipias.
 Ecolalias.
5. Como posso identificar um aluno com TEA?

 Ter dificuldades para simbolizar ou para compreender a linguagem simbólica.


 Ser excessivamente literal, com dificuldades para compreender sentimentos e
aspectos subjetivos de uma conversa.
5. Como posso identificar um aluno com TEA?

 Esses alunos podem parecer meio “estranhos” e socialmente isolados.


 Fique atento ao aluno que fala de uma forma um tanto quanto pedante, muitas
vezes usando palavras longas e complicadas.
 Eles podem apresentar grande interesse por um determinado tema e adorar
discuti-lo em detalhes.
5. Como posso identificar um aluno com TEA?

 Em geral, gostam de falar com adultos e podem tentar conversar com você
durante uma aula (alheios às necessidades dos outros alunos).
 Podem ter um ponto de vista inflexível e não gostar de mudanças.
 Preferem trabalhar sozinhos e podem querer se aprofundar de forma inesperada
em determinados temas, enquanto parecem ter dificuldade com trabalhos mais
básicos.
 Eles não se enturmam e, em geral, têm pouco desejo de fazê-lo.
6. Transtorno do Espectro Autista – Indicadores Comuns

6.1 DISCURSO:

• A fala do aluno geralmente é monocórdica e carente de inflexão.


• Pode ter um vasto vocabulário.
• Usa palavras longas e complexas e linguagem pedante.
• Usa pouco o jargão do grupo de colegas, ou usa de forma inadequada.
• Fala detalhadamente sobre um tema de interesse.
6. Transtorno do Espectro Autista – Indicadores Comuns

6.2 CONVERSAÇÃO:

• Acha difícil ter uma conversa leve. Prefere uma discussão significativa à
“conversa fiada”.
• Não sabe quando começar ou parar de falar. Pode interromper os outros ou
iniciar um monólogo.
• Prefere conversar com adultos.
• Interpretação muito literal de palavras e frases.
6. Transtorno do Espectro Autista – Indicadores Comuns

• Não capta informações passadas por meio de expressões faciais ou de


linguagem corporal.
• Acha difícil entender piadas ou trocadilhos.
• Não capta informação implícita ou inferida.
• Acha as reações das pessoas imprevisíveis e confusas.
• Não consegue entender com facilidade ironia, sarcasmo e metáforas.
• Acha expressões idiomáticas confusas, a menos que sejam explicadas.
6. Transtorno do Espectro Autista – Indicadores Comuns

6.3 INTERAÇÃO SOCIAL:

Alunos com TEA podem considerar outras pessoas confusas e imprevisíveis,


pois acham difícil entender as normas sociais e padrões de comportamento
informais. Eis algumas razões:

• dificuldade em compreender contextos sociais e entender como os outros


pensam;
• é pouco provável que capte sinais não verbalizados indicando se está sendo
intruso ou bem-vindo;
• pode invadir o espaço pessoal ou ficar muito distante;
6. Transtorno do Espectro Autista – Indicadores Comuns

• pode haver falta de contato visual, o que é desconcertante e resulta em falta


de sinais faciais, ou contato visual demais, o que parece intimidador;
• não sabe como reagir à emoção nos outros e pode responder de maneira
inadequada;
• dificuldade em entender as normas esperadas de comportamento ao interagir
com diversos grupos de pessoas, como familiares, colegas ou adultos em
posição de autoridade.
6. Transtorno do Espectro Autista – Indicadores Comuns

• pode ser alvo de piadas ou bullying, uma vez que são vistos como diferentes e
socialmente desajeitados;
• pode ter interesses muito diferentes do grupo de colegas;
• não vê sentido em simplesmente seguir a multidão;
• atitude e opiniões inflexíveis; sujeito a discutir;
• com frequência, muito sincero e poderá “contar histórias” que meterão os
outros em apuros;
6. Transtorno do Espectro Autista – Indicadores Comuns

• dá opiniões francas, que nem sempre são bem-vindas; não domina a arte do
tato a fim de evitar ferir os sentimentos das pessoas;
• pode ser formal demais com os colegas e familiar demais com os
orientadores;
• pode, sem querer, ofender.
6. Transtorno do Espectro Autista – Indicadores Comuns

6.4 ORDEM E ROTINA:

• gosta de rotinas, quadros de horários e ordem;


• terá rotinas pessoais, como seguir o mesmo trajeto para uma sala de aula e
gostar de se sentar no mesmo lugar – familiaridade e rotina lhe proporcionam
segurança e reduzem o estresse;
• não gosta de mudança e imprevisibilidade – pode ser muito perturbado por
uma alteração súbita;
6. Transtorno do Espectro Autista – Indicadores Comuns

• organiza itens de uma maneira exata ou particular, como canetas coloridas em


uma carteira de dinheiro, e ficará desproporcionalmente perturbado se isso for
alterado;
• pode achar “lugares movimentados”, como corredores ou vestiários, estressantes;
• fica insatisfeito com o compartilhamento de itens pessoais;
• pode ter certos padrões de comportamento repetitivos;
• pode ter movimentos corporais incomuns e repetitivos (tiques), que podem se
tornar mais pronunciados em situações estressantes.
6. Transtorno do Espectro Autista – Indicadores Comuns

6.5 TEMA DE INTERESSE ESPECIAL:

• tem um interesse especial que geralmente se encontra em um campo limitado;


• irá investigar o assunto profundamente e pode ser excepcionalmente bem
informado sobre ele;
• pode trocar de temas de interesses especiais à medida que amadurecem;
• falará excessivamente sobre um interesse especial a ponto de aborrecer
outras pessoas;
6. Transtorno do Espectro Autista – Indicadores Comuns

• gosta de passar o tempo fazendo o que é de seu interesse especial, já que é


ordenado, relaxante e seguro;
• pode ter coleções de itens que são importantes. Estes podem ser objetos
incomuns, como pilhas e chaves, ou colecionáveis geralmente mais aceitos,
como miniaturas de trens, fósseis ou cartões. Admirar a coleção e colocar os
objetos familiares em ordem pode ser reconfortante.
6. Transtorno do Espectro Autista – Indicadores Comuns

6.6 COORDENAÇÃO:

Nem todos os alunos com TEA têm problemas de coordenação, mas muitos
sim. Um aluno com TEA pode ter:

• um jeito de andar incomum;


• dificuldades de coordenação motora (semelhantes às observadas na
dispraxia);
• problemas de coordenação motora grossa – equilíbrio, pegar uma bola, andar
de bicicleta. Caligrafia e coordenação motora fina podem lhe causar
dificuldades.
6. Transtorno do Espectro Autista – Indicadores Comuns

6.7 SENSIBILIDADE:

Alunos com TEA podem ser ou extraordinariamente supersensíveis ou


insensíveis a certos estímulos (luz, som, olfato, paladar, tato).
7. Trabalhando com outros indivíduos na escola

Trabalhar com os outros não é fácil para os alunos com TEA. Isto é devido a
uma combinação de fracas habilidades sociais e uma atitude inflexível. Um
aluno com TEA:

• estabelece uma determinada ideia ou abordagem e acha difícil contemporizar;


• sente fortemente que suas ideias estão corretas;
• gosta de estar no comando e pode se tornar mandão ou parecer arrogante;
7. Trabalhando com outros indivíduos na escola

• tem dificuldade em ver o ponto de vista de outra pessoa;


• acha difícil prever as reações dos outros;
• tem problemas em compartilhar recursos;
• acha situações de grupo cansativas, por isso sente a necessidade de um
tempo tranquilo sozinho.
7. Trabalhando com outros indivíduos na escola
 Acessos de raiva, frustração, sensação de injustiça, sobrecarga sensorial, cansaço ou
a irracionalidade dos outros podem levar a fortes explosões de raiva. Isso pode
resultar em ferimentos para os outros ou para si mesmos.
 Estratégias devem ser postas em prática, dentro da escola, para lidar com uma
situação dessas se acaso surgir.

 A depressão pode ser um problema para alunos inteligentes com TEA. Eles têm
consciência de que são diferentes, mas tentativas de se encaixar socialmente ou fazer
amigos são muitas vezes rejeitadas. Os amigos são valorizados na adolescência, e a
rejeição social pode levar ao aumento do isolamento e da infelicidade.
8. Pontos Fortes

• Sua sinceridade é revigorante.


• Seguirá as regras e poderá tentar fazer com que os outros ajam da mesma forma.
• Gosta de justiça – muitas vezes tem um forte senso de certo e errado.
• Pontual e confiável.
• Bom foco em tópicos de interesse – gosta de entender os fatos completamente.
• Muito observador.
• Pode ter excelente foco em detalhes.
• Bom vocabulário.
8. Pontos Fortes

• Conhecimento enciclopédico em determinadas áreas.


• Geralmente gosta de planejamento preciso, quadros de horários, mapas.
• Pode ser muito bom com dispositivos eletrônicos ou mecânicos.
• Pode se destacar em matérias lógicas como matemática ou ciências.
• Pode ser talentoso em arte ou música.
• Obstinado.
8. Pontos Fortes

• Toma decisões com base na lógica, não na expectativa social.


• Não altera pontos de vista “apenas para se encaixar”.
• Criativo – com frequência terá uma abordagem muito diferente dos outros.
• Fiel aos amigos.
• Sincero, não é desonesto nem dissimulado.
• Pode ter um senso de humor peculiar e incomum.
9. Política de Atenção Global

 O ideal é que, na escola, haja um mentor adulto designado para acompanhar o


estudante (MEDIADOR). Um aluno com TEA deve se reunir diariamente com seu
mentor, que pode ajudá-lo a superar os desafios do dia na escola.

 Também deve haver um procedimento acordado se o aluno tiver um problema durante


a aula ou o intervalo. Eles devem saber com quem entrar em contato e para onde ir –
de preferência, uma sala ou área silenciosa onde possam ir para se acalmar, caso
haja um acesso de raiva ou apenas para passar algum tempo sozinhos.
9. Política de Atenção Global

 Uma abordagem coerente de todos os professores em relação a certas normas de


comportamento é necessária, incluindo:

• como o aluno deve se dirigir a um professor ou a outros adultos;


• o que acontece no início e no final das aulas;
• padrão esperado de comportamento durante as aulas;
• comportamento esperado na sala de refeições;
• onde os alunos com TEA podem ir nos intervalos e no recreio;
• política de atenção global sobre o bullying.
10. Como posso ajudar em sala de aula?

 Pode ser divertido ensinar alunos com TEA, pois trazem uma dimensão diferente
para as aulas e muito mais insight. Eles certamente o manterão alerta e logo lhe
dirão se você esqueceu algo ou cometeu um erro!

 A melhor abordagem é ser muito claro e direto no seu discurso e nas instruções.
Lembre-se de que esses alunos não captarão informações implícitas nem
adivinharão quais são as suas expectativas, por isso, você terá que ser explícito.
10. Como posso ajudar em sala de aula?

10.1 Seu próprio comportamento

• Tente se comportar de maneira coerente em todas as aulas.


• Evite fala indireta ou divagações; defina objetivos claramente.
• Use frases curtas e claras.
• Entenda que é improvável que as expressões faciais e a linguagem corporal sejam
registradas.
• Não use sarcasmo e lembre-se de que humor e ironia em seu tom não serão
captados e piadas poderão não ser compreendidas.
10. Como posso ajudar em sala de aula?

10.1 Seu próprio comportamento

• Não se alterar e não valorizar as reações excessivas.


• Redirecionar a atenção e ação do aluno.
• Falar baixo, manter o mesmo tom de voz e o contato visual.
• Corrigir ensinando, não reprimindo.
• Disciplinar a atividade e não imobilizar o aluno; ele precisa confiar no seu
professor.
10. Como posso ajudar em sala de aula?

• Suas palavras podem ser tomadas literalmente, de forma que uma frase como
“volte para a sua mesa e não se mova” poderia causar uma grande confusão se o
aluno deveria estar fazendo um exercício de escrita.
• As chances são de que ele vá se sentar lá e não faça nada. Isso provavelmente
não é por birra ou deboche, mas devido à sua falta de clareza.
• Evite expressões idiomáticas, como “andar na linha”. Alunos com TEA tendem a
interpretá-las literalmente.
10. Como posso ajudar em sala de aula?

• Avise sobre uma mudança conhecida, como ter que trocar de sala na próxima aula.
Alunos com TEA gostam de ser avisados previamente sobre mudanças.
• Não tome como pessoais certos comentários nem presuma que sejam grosserias. Os
alunos podem não ver sentido em fazer alguma coisa e lhes dizer isso, lembrá-los de
uma omissão ou dizer que estão errados.
• Lembre-se de que eles provavelmente estão apenas sendo sinceros.
• Deixar de fazer contato visual também pode ser mal-interpretado como rude ou
evasivo, mas pode ser apenas limitação de informações sensoriais.
10. Como posso ajudar em sala de aula?

10.2 ORDEM E ROTINA NA SALA DE AULA

• Tenha uma rotina clara na sala de aula: Os alunos esperam do lado de fora da
sala até você deixá-los entrar? Eles esperam até que você diga para eles se
sentarem? Onde as mochilas são colocadas? Você faz chamada?
• Tenha um início formal em suas aulas e comece sempre do mesmo jeito. Isso
fornece estrutura e disciplina, fazendo com que os alunos com TEA se sintam mais
seguros.
10. Como posso ajudar em sala de aula?

• Se possível, permita que o aluno se sente no mesmo lugar. Geralmente, o final de uma
fileira é preferível, pois é menos confinado por outros.
• Explique os objetivos e dê as linhas gerais da aula e a duração das atividades.
• Mantenha a sala arrumada e ordenada.
• Assegure-se de que os livros sejam organizados em prateleiras e o material esteja em
uma gaveta ou armário devidamente etiquetado. Não será do agrado de um aluno com
TEA se a tesoura estiver na gaveta com a etiqueta de cola!
10. Como posso ajudar em sala de aula?
10.3 PASSANDO TRABALHOS

• Dê instruções muito claras, de preferência por escrito. Não presuma nada: inclua
referências de página, numere as questões, deixe claro o que exatamente você
espera que eles façam, como devem organizar o trabalho, como você quer que ele
seja entregue e quando deve ser concluído.
• Diga-lhes quando começar, se for um exercício de aula.
• Dê atualizações de tempo – “Vocês têm mais cinco minutos para terminar”.
• De vez em quando, tente dar uma oportunidade de o aluno fazer algo que tenha a
ver com seu interesse especial. Ele vai adorar e pode ser uma chance de ele brilhar.
10. Como posso ajudar em sala de aula?

10.4 SENSIBILIDADE

Tenha em mente que alguns alunos podem ser hipersensíveis a certos estímulos.
• Luz: se o aluno tiver sensibilidade à luz, verifique sua posição. A luz do sol está
incidindo na sala de aula? A iluminação do ambiente o está incomodando de alguma
forma? O quadro branco interativo é muito brilhante? Pode ser o caso de mudá-lo
de lugar ou de ele trocar de sala de aula com um colega.
10. Como posso ajudar em sala de aula?

• Nível de ruído: há muito ruído de fundo? Equipamentos elétricos ou luzes


zumbindo, aviões, o sistema de aquecimento central ou outros alunos em
movimento ou sussurrando? Tudo isso pode ser muito perturbador se o aluno não
conseguir filtrar sons indesejados. Eles poderiam usar fones de ouvido quando
trabalharem sozinhos? Existe uma biblioteca ou um local mais silencioso para se
trabalhar?
10. Como posso ajudar em sala de aula?

10.3 SENSIBILIDADE

• Texturas: verifique se existem texturas desagradáveis. Às vezes, etiquetas de roupas


ou certos materiais, como nylon, podem causar problemas.
• Cheiros: alguns cheiros podem fazer indivíduos com TEA sentirem náuseas. Descubra
se o seu aluno é sensível a algum. O cuidado pode ser necessário em aulas de
culinária, arte ou ciências, mas também se houver pintura recente feita nas
proximidades. Talvez também seja prudente evitar usar perfume forte ou loção pós-
barba.
10. Como posso ajudar em sala de aula?

• A sensibilidade aumentada pode significar que os alunos com TEA talvez se distraiam
com coisas que os outros não notariam, como uma rachadura no gesso ou uma
joaninha no batente da janela. Murais e cartazes chamativos demais em sala de aula
podem fazer com que seja muito difícil para eles se concentrarem na lição.
10. Como posso ajudar em sala de aula?

10.4 INTEGRAÇÃO SOCIAL

 Algumas habilidades sociais podem ser aprendidas com lembretes pacientes e


uma abordagem coerente. Em suas aulas, reforce as normas de comportamento
esperadas e tente incentivar o compartilhamento de ideias. Incentive todos os
alunos a ouvirem as ideias uns dos outros.
10. Como posso ajudar em sala de aula?

10.5 ACESSO DE RAIVA

• Tente evitar se possível um acesso de raiva no aluno.


• Esteja ciente dos sinais de estresse e infelicidade.
• A raiva pode ser o resultado de um incidente anterior em casa ou na escola, de
modo que ele pode chegar à sua aula já tenso e angustiado.
• Às vezes, vale a pena ter uma forma de o aluno dizer que está ficando frustrado
ou com raiva sem sinalizar para o restante da turma.
• Procure por gatilhos que possam causar maior agitação.
10. Como posso ajudar em sala de aula?

• Tente esfriar a cabeça do aluno; quem sabe lhe dando uma tarefa para fazer.
• Deixe o aluno sair da sala sob algum pretexto, talvez para desempenhar uma
incumbência ou fazer uma “pesquisa” na sala de informática ou na biblioteca. Claro
que isso vai depender da sua matéria e da idade do aluno.
• Existe um assistente de sala que pode ajudar ou uma pessoa designada para o
aluno procurar nessas situações?
10. Como posso ajudar em sala de aula?

• Se ele estiver realmente estressado ou agressivo, deixe-o ir para a sala silenciosa


designada para ele ter um pouco de “tempo para si”. Certifique-se de que ele saiba
a quem deve se apresentar e lembre-se de que você terá que lhe dizer quando
retornar às Aulas.
• Mantenha-se calmo(a)!
10. Como posso ajudar em sala de aula?

10.6 Trabalho em Grupo

Perceba que a integração de alunos com TEA em atividades de grupo pode causar
atrito. Funciona melhor se:
• você escolher os grupos;
• cada pessoa tiver um papel específico, pois isso reduz as discussões;
• você supervisionar atentamente. Preste atenção para ver se os outros membros
do grupo estão sendo cruéis, zombando ou intimidando o aluno, que pode não
perceber que está sendo ridicularizado.
10. Como posso ajudar em sala de aula?

• Verifique também se o aluno com TEA não está sendo muito ditatorial dentro do
grupo.
• Trabalhando sozinho, às vezes, os alunos com TEA realmente apreciam a chance
de fazer um trabalho solo. Tudo bem em se fazer isso vez por outra, mas não
deve se tornar a norma.
• Funciona melhor se houver outros alunos que também gostariam de trabalhar
sozinhos, às vezes.
10. Como posso ajudar em sala de aula?

10.7 Lição de Casa

Alunos com TEA acham extremamente cansativo passar por um dia agitado na
escola e precisam de um “tempo de descontração” quando chegam em casa. Eles
também podem ter dificuldades com o conceito de fazer mais trabalho de “escola”
em “casa” e se ressentir. Aí está um motivo para se reduzir a “lição de casa” sempre
que possível, ou permitir que ela seja encaixada durante o horário escolar, talvez na
hora da merenda.
10. Como posso ajudar em sala de aula?

Se você passar dever de casa:

• dê instruções sobre a lição de casa no início da aula;


• explique o trabalho exigido de forma muito clara;
• dê uma cópia escrita do dever de casa, bem como instruções verbais;
• diga-lhes quanto tempo gastar no dever de casa;
• explique quando deve ser entregue e onde deve ser colocado.
11. Fora da sala de aula
 Vale a pena entender algumas das dificuldades na escola para alunos com TEA. Isso
pode não ser diretamente relevante para a sua matéria, mas influencia o humor e o
comportamento dos alunos.
 Aulas de educação física: Alunos com TEA podem achar as aulas de educação
física muito difíceis pelas seguintes razões:
• má coordenação, de forma que eles acham que esportes com bola são realmente
difíceis;
• é improvável que o aluno seja escolhido pelos outros para comporem um time, o que
lhe causa dissabor;
• ele pode não ver sentido em jogos de equipe;
11. Fora da sala de aula

• não gosta de vestiários nem multidões;


• estímulos sensoriais em demasia – gritos, assobios, movimento, contato físico,
lama;
• os uniformes de jogos, protetores de boca, caneleiras, capacetes ou óculos de
proteção podem irritar;
• cheiros como cloro, odor dos vestiários, pés ou desodorante podem ser difíceis de
lidar.
11. Fora da sala de aula
 O esporte é, sem dúvida, bom para a saúde, melhora a coordenação e gera uma
sensação de bem-estar e, por isso, deve ser encorajado, mas algumas
modificações facilitarão as coisas para os alunos com TEA:

• compense os problemas do vestiário fazendo com que o aluno chegue um pouco


mais cedo para se trocar
• considere esportes alternativos – indivíduos com TEA podem se destacar em
esportes mais individuais, como corrida, natação, escalada, dança, ciclismo,
esgrima, artes marciais, caiaque, navegação e orientação.
• considere dar-lhes outro papel relacionado a esportes, como ser bandeirinha,
controlador de placar, fotógrafo do time ou repórter de campo para o jornal da
escola.
11. Fora da sala de aula

 Aulas de Educação Pessoal, Social e de Saúde ou tutoria podem ser úteis para
discutir problemas com toda a turma, tais como:

• aceitação das diferenças individuais; amizades; tolerância; bullying;


• comunicação social;
• linguagem corporal;
• trabalho em equipe.
Alunos com TEA sem dúvida se beneficiarão por participar dessas sessões, mas
talvez precisem receber depois e individualmente explicações adicionais e reforço.
11. Fora da sala de aula

 Ajuda individual

Um mentor adulto é inestimável para orientar e apoiar um aluno com TEA. O mentor
pode ajudá-lo a interpretar as expectativas da escola e agir como um “intermediário”
para se comunicar com os professores e resolver as dificuldades à medida que elas
surgem.
 Mal-entendidos são comuns e o ideal é que haja uma boa comunicação entre todas
as partes.
 O mentor também pode ajudar a manter a autoestima do aluno, elogiando conquistas
e comemorando sucessos.
11. Fora da sala de aula
 Eles devem estar atentos a sinais de depressão, autoflagelação, alterações
comportamentais ou quaisquer indicações de que o aluno esteja sofrendo
bullying. Ter um interesse genuíno no aluno fará uma grande diferença para o seu
bem-estar.

 Um professor de apoio também poderá ajudar o aluno com TEA das seguintes
formas práticas:
• melhorar sua leitura da linguagem corporal;
• ensinar significados implícitos e inferidos;
• aprender a entender expressões, metáforas e significados;
11. Fora da sala de aula

• interpretar o significado das perguntas;


• interpretar poesia;
• ajudar com o conteúdo da redação;
• ajudar na preparação para provas e revisão da matéria.
• Professores de apoio podem reforçar o trabalho coberto nas lições e estabelecer
bases para novos tópicos. Isso é mais eficaz quando os professores da disciplina
estabelecem uma ligação com o professor de apoio.
11. Fora da sala de aula

 PROVAS

• Providências especiais podem ser necessárias. O aluno pode usar Tecnologias da


Informação e Comunicação (TICs) ou fazer as provas em uma sala silenciosa,
longe da distração causada pelos outros.
• Em alguns casos, ele pode ter tempo extra ou um intérprete para ajudá-lo a
decifrar o significado das perguntas. As providências irão variar e será papel do
Senco (coordenador de necessidades educacionais especiais) da escola colocar
isso em prática com o aplicador da prova.
12. Método das Boquinhas

 O Método das Boquinhas é uma metodologia de neuroalfabetização sintética,


multissensorial, fonovisuoarticulatória, que propicia rapidez e segurança na
associação fonografêmica viabilizada pelo diferencial do articulema (boquinha)
para facilitar o processo para quaisquer aprendizes.
 Além de alfabetizar, o trabalho direto com a Consciência Fonoarticulatória
favorece a melhor articulação de fala, propiciando ganhos também nos casos de
patologias atreladas, como afasias, autismo e apraxias de fala.
12. Método das Boquinhas
13. Exemplos de Jogos para Autistas
13. Exemplos de Caixas de Areia
14. Autismo e Adultos
 Para MORAES:
No Brasil, sentimos uma grande lacuna na oferta de serviços educacionais e
outras intervenções para adultos com TEA. Penso ser pelo fato de que ainda
não conseguimos desconsiderar o autismo como sendo especificamente infantil,
então não nos damos conta de que jovens e adultos continuam ao longo da
vida necessitando de atenção. Se apenas ofertamos educação em período
obrigatório, impedimos que pessoas adultas usufrutam de atenção educativa.
14. Autismo e Adultos
 Em relação a adaptações curriculares, o que é algo ainda difícil para educadores
que lidam com pessoas autistas adultas, é preciso propor conteúdos com
bastante estrutura e pistas visuais, respeitar os gostos e a vontade do aluno
quanto a conteúdos (pode ser que o aluno já tenha visto o conteúdo proposto
rapidamente ou que este fuja aos seus centros de interesse, aí ele não se anima,
ou até mesmo se nega a cumprir as atividades) e, por fim, é imprescindível que o
currículo proposto seja adequado ao nível de funcionamento das pessoas com
TEA.
14. Autismo e Adultos
 Autistas adultos, de uma maneira geral, não têm acesso ao trabalho; a escola
(quando os aceita) já não é adequada; muitos terapeutas passam a não acreditar que
eles venham a apresentar melhoras e acham que investir neles é tempo perdido; não
há lazer adequado; os pais já estão cansados, envelhecidos e sem o mesmo pique do
início da vida.
 Enfim, tudo fica mais difícil para os adultos. A falta de residências abrigadas ou
assistidas, onde eles possam conviver com outras pessoas de sua idade, e onde os
pais possam ter confiança em deixá-los, tiraria de suas costas o peso de não saber o
futuro dos filhos quando eles já não estivessem por aqui. Essa é também mais uma
das nuances da dura realidade que as famílias têm de passar.
14. Autismo e Adultos
 As pensarmos em bom programa educacional para adultos, ter em mente a promoção
de: habilidades de comunicação, sociais, emocionais, cognitivas e também as
vocacionais – investirmos de forma positiva em áreas como atenção, memória e
funções executivas.

 (...) Proporcionar flexibilidade na formação, pode fazer com que adultos autistas
desenvolvam melhor o controle de situações, encontrem soluções para reduzir o
estresse e a ansiedade, sejam capazes de melhor generalizar, desenvolver ou
aumentar empatia, lidar com as emoções, ter mais autoestima, entre outros.
14. Autismo e Adultos
 Para educar alunos adultos com TEA, os objetivos devem ser voltados às
competências, identificar os interesses pessoais e os vocacionais, priorizar
habilidades e aptidões para orientar os alunos em formações acadêmicas e
profissionais, visando também a sua empregabilidade.

 Autistas apresentam potenciais que, por vezes, nem sequer imaginamos, isso dá por
colocarmos mais foco às limitações do que às possibilidades, a nossa visão
limitada aliada por vezes à nossa inércia, faz com que desprezemos imensas
capacidades.
Pintando o SETEAZUL
02 de abril - Dia da Conscientização sobre o Autismo

 A data foi instituída em 2008 pela Organização das Nações Unidas (ONU), a fim de
gerar maior conscientização sobre o assunto e propor discussões importantes sobre o
espectro.
 Dessa forma, visa aumentar o conhecimento de toda a sociedade sobre os desafios
de crianças e adultos diagnosticados com TEA, criando, assim, um mundo mais
favorável à aderência de práticas de respeito e inclusão dessas pessoas.
 Além dessa data, também é comemorado, no dia 18 de junho, o Dia Mundial do
Orgulho Autista. Criada em 2005 pela organização Aspies for Freedom, essa data visa
celebrar o orgulho dessas pessoas, incentivando o autoamor e a autoaceitação.
Bibliografia

BRITES, Luciana; BRITES, Clay. Mentes Únicas. São Paulo: Editora


Gente, 2019.

CUNHA, Eugênio. Autismo e Inclusão: Psicopedagogia e práticas


educativas na escola e na família. 7. ed. Rio de Janeiro: Wak
Editora, 2017.

CUNHA, Eugênio. Autismo na Escola: um jeito diferente de


aprender, um jeito diferente de ensinar. 6. ed. Rio de Janeiro: Wak
Editora, 2020.
Bibliografia

BRAGA, Wilson Cândido. Autismo. Azul e de todas as cores: guia


básico para pais e profissionais. São Paulo: Paulinas, 2018.

GAIATO, Mayra. S.O.S. Autismo: guia completo para entender o


Transtorno do Espectro Autista. 6. ed. São Paulo: nVersos, 2018.

Mayra, GAIATO; TEIXEIRA, Gustavo. O Reizinho Autista: Guia para


lidar com comportamentos difíceis. 3. ed. São Paulo: nVersos, 2018.
Bibliografia

HUDSON, Diana. Dificuldades Específicas de Aprendizagem.


Petrópolis: Vozes, 2019.

RODRIGUES, Janine Marta Coelho; SPENCER, Eric. A criança


autista: um estudo psicopedagógico. 2. ed. Rio de Janeiro: Wak
Editora, 2015.

SALES, Valéria. Transtorno do Espectro Autista: oficinas


multissensoriais. Rio de Janeiro: Wak Editora, 2020.
Bibliografia
Fontes Online
 AUTISMO E REALIDADE. O que é Autismo? Marcos Históricos. Disponível em:
https://autismoerealidade.org.br/o-que-e-o-autismo/marcos-historicos/ Acesso em:
23/mar/2023.

 BARBOSA, Priscila Maria Romero. Autismo. Disponível em:


https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/14/40/autismo Acesso em: 23/mar/2023.

 JADE. Símbolos do autismo: conheça os principais e entenda seus significados.


Disponível em: https://www.jadeautism.com/simbolos-do-autismo-e-seus-significados
Acesso em: 23/mar/2023.

 REVISTA AUTISMO. Canal Autismo Notícias. Disponível em:


https://www.canalautismo.com.br/revista/ Acesso em:
23/mar/2023.
Filmes e Séries
Filmes e Séries

Cena do filme Temple Grandin:


https://www.youtube.com/watch?v=uRR_9fGwkXk

Trailer da série Uma Advogada Extraordinária:


https://www.youtube.com/watch?v=FHB2kFfkt9Y
Filmes e Séries

Uma Viagem Inesperada:


https://www.youtube.com/watch?v=NhsJDxjxxf0

Turma da Mônica: Conscientização do Autismo:


https://www.youtube.com/watch?v=3lqLNmlh3ZE
Filmes e Séries

 TUDO O QUE EU QUERO (2017)


 GILBERT GRAPE – APRENDIZ DE SONHADOR (1993)
 VIDA, ANIMADA (2016)
 RAIN MAN (1999)
 UM CERTO OLHAR (2006)
 TEMPLE GARDIN (2010)
 MARY & MAX, UMA AMIZADE DIFERENTE (2009)
 FLY AWAY (2011)
 SEI QUE VOU TE AMAR (2007)
 LOUCOS DE AMOR (2005)
 ADAM (2009)
 O GAROTO QUE PODIA VOAR (1986)

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