Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
PEDAGÓGICAS
Prof. Esp. Antônio Cláudio Silva Nunes
psicopedagogo.claudionunes
QUEM SOU EU?
TRANSTORNO:
1. Transtorno do Espectro Autista
Autismo, do grego autós, significa “de si mesmo”. Esse termo foi empregado pela
primeira vez pelo psiquiatra suíço Eugene Bleuler em 1911. Bleuler tentou descrevê-lo
como a “fuga da realidade e o retraimento interior dos pacientes acometidos de
esquizofrenia” (CUNHA, 2012, p. 20).
“Tais crianças estavam sempre distanciadas das outras e pareciam manter uma
relação não funcional com os objetos, inclusive brinquedos” (SUPLINO, 2009, p.19).
Dentre os comportamentos observados, Kanner criou três grandes categorias:
inabilidade no relacionamento interpessoal; atraso na aquisição da fala; e
dificuldades motoras.
1. Transtorno do Espectro Autista
Déficits são suficientemente severos para causar prejuízo na vida pessoal, familiar,
áreas sociais, educacionais, ocupacionais ou outras importantes de funcionamento e
são geralmente uma característica generalizada do indivíduo de funcionamento
observável em todos os ambientes, embora possam variar de acordo com sociais,
educacionais, ou outro contexto.
1. Transtorno do Espectro Autista
o TEA não é uma Dificuldade de Aprendizagem Específica (DAE), mas uma condição
médica que geralmente é diagnosticada por um pediatra. Providências especiais, no
entanto, devem ser postas em prática na escola e os professores precisam ser
conscientizados sobre as diferenças comportamentais e preferências de estilo de
aprendizagem desses alunos.
Eles podem se qualificar para arranjos especiais em provas. Alguns alunos com TEA
também podem ter outras DAEs adicionais, como dispraxia ou Tdah, mas a maioria
não tem.
1. Transtorno do Espectro Autista
Por que a cor azul é um símbolo do autismo?
Além disso, a cor azul também é entendida, de acordo com diversos estudos sobre o
assunto, como uma cor que representa calma, leveza e tranquilidade, sentimentos
que são considerados essenciais para a manutenção da saúde de pacientes autistas.
Isso porque, para eles, estímulos sensoriais, como o barulho, podem gerar crises e
estresses intensos. Portanto, a cor pretende promover mais calmaria e leveza em um
mundo que é tão agitado e barulheiro para pessoas com autismo.
1. Transtorno do Espectro Autista
1. Transtorno do Espectro Autista
1. Transtorno do Espectro Autista
1. Transtorno do Espectro Autista
2. Síndrome de Asperger
2. Síndrome de Asperger
Johann "Hans" Friedrich Karl Asperger foi um pediatra vienense (Viena, capital da Áustria)
que identificou um grupo de meninos mais capazes dentro do espectro do autismo. Eles
apresentavam problemas comportamentais e de comunicação, mas também uma série de
habilidades; sua fala e inteligência estavam na faixa de normal a alta.
Um artigo seu de 1944 identificava esse grupo como portador de um tipo moderado e à
parte de autismo, mas com dificuldades reconhecíveis em três áreas: comunicação,
socialização e rigidez no pensamento.
3. Comportamentos Esperados no Desenvolvimento
Típico: Seis Meses de Idade
O bebê, desde os primeiros meses, gradativamente começa a mostrar necessidade
de interação, tendendo a virar a cabeça na direção da chamada.
Começa a compartilhar a atenção da mãe e do pai, seguindo o olhar deles quando
olham para algo próximo, ou olhando para eles quando vê algo interessante, no
sentido de expressar “olha que legal isso! Você viu?!”.
Interage com sorriso social (sorri de volta), expressões e afeto quando falamos com
ele e fazemos “gracinhas”.
Quando um familiar entra onde a criança está, ela busca o olhar e o contato do adulto,
virando os olhos em direção ao barulho.
3. Comportamentos Esperados no Desenvolvimento
Típico: Seis Meses de Idade
Calma excessiva.
Apego e manuseio não apropriado de objetos.
Movimentos circulares no corpo.
Sensibilidade a barulhos.
Estereotipias.
Ecolalias.
5. Como posso identificar um aluno com TEA?
Em geral, gostam de falar com adultos e podem tentar conversar com você
durante uma aula (alheios às necessidades dos outros alunos).
Podem ter um ponto de vista inflexível e não gostar de mudanças.
Preferem trabalhar sozinhos e podem querer se aprofundar de forma inesperada
em determinados temas, enquanto parecem ter dificuldade com trabalhos mais
básicos.
Eles não se enturmam e, em geral, têm pouco desejo de fazê-lo.
6. Transtorno do Espectro Autista – Indicadores Comuns
6.1 DISCURSO:
6.2 CONVERSAÇÃO:
• Acha difícil ter uma conversa leve. Prefere uma discussão significativa à
“conversa fiada”.
• Não sabe quando começar ou parar de falar. Pode interromper os outros ou
iniciar um monólogo.
• Prefere conversar com adultos.
• Interpretação muito literal de palavras e frases.
6. Transtorno do Espectro Autista – Indicadores Comuns
• pode ser alvo de piadas ou bullying, uma vez que são vistos como diferentes e
socialmente desajeitados;
• pode ter interesses muito diferentes do grupo de colegas;
• não vê sentido em simplesmente seguir a multidão;
• atitude e opiniões inflexíveis; sujeito a discutir;
• com frequência, muito sincero e poderá “contar histórias” que meterão os
outros em apuros;
6. Transtorno do Espectro Autista – Indicadores Comuns
• dá opiniões francas, que nem sempre são bem-vindas; não domina a arte do
tato a fim de evitar ferir os sentimentos das pessoas;
• pode ser formal demais com os colegas e familiar demais com os
orientadores;
• pode, sem querer, ofender.
6. Transtorno do Espectro Autista – Indicadores Comuns
6.6 COORDENAÇÃO:
Nem todos os alunos com TEA têm problemas de coordenação, mas muitos
sim. Um aluno com TEA pode ter:
6.7 SENSIBILIDADE:
Trabalhar com os outros não é fácil para os alunos com TEA. Isto é devido a
uma combinação de fracas habilidades sociais e uma atitude inflexível. Um
aluno com TEA:
A depressão pode ser um problema para alunos inteligentes com TEA. Eles têm
consciência de que são diferentes, mas tentativas de se encaixar socialmente ou fazer
amigos são muitas vezes rejeitadas. Os amigos são valorizados na adolescência, e a
rejeição social pode levar ao aumento do isolamento e da infelicidade.
8. Pontos Fortes
Pode ser divertido ensinar alunos com TEA, pois trazem uma dimensão diferente
para as aulas e muito mais insight. Eles certamente o manterão alerta e logo lhe
dirão se você esqueceu algo ou cometeu um erro!
A melhor abordagem é ser muito claro e direto no seu discurso e nas instruções.
Lembre-se de que esses alunos não captarão informações implícitas nem
adivinharão quais são as suas expectativas, por isso, você terá que ser explícito.
10. Como posso ajudar em sala de aula?
• Suas palavras podem ser tomadas literalmente, de forma que uma frase como
“volte para a sua mesa e não se mova” poderia causar uma grande confusão se o
aluno deveria estar fazendo um exercício de escrita.
• As chances são de que ele vá se sentar lá e não faça nada. Isso provavelmente
não é por birra ou deboche, mas devido à sua falta de clareza.
• Evite expressões idiomáticas, como “andar na linha”. Alunos com TEA tendem a
interpretá-las literalmente.
10. Como posso ajudar em sala de aula?
• Avise sobre uma mudança conhecida, como ter que trocar de sala na próxima aula.
Alunos com TEA gostam de ser avisados previamente sobre mudanças.
• Não tome como pessoais certos comentários nem presuma que sejam grosserias. Os
alunos podem não ver sentido em fazer alguma coisa e lhes dizer isso, lembrá-los de
uma omissão ou dizer que estão errados.
• Lembre-se de que eles provavelmente estão apenas sendo sinceros.
• Deixar de fazer contato visual também pode ser mal-interpretado como rude ou
evasivo, mas pode ser apenas limitação de informações sensoriais.
10. Como posso ajudar em sala de aula?
• Tenha uma rotina clara na sala de aula: Os alunos esperam do lado de fora da
sala até você deixá-los entrar? Eles esperam até que você diga para eles se
sentarem? Onde as mochilas são colocadas? Você faz chamada?
• Tenha um início formal em suas aulas e comece sempre do mesmo jeito. Isso
fornece estrutura e disciplina, fazendo com que os alunos com TEA se sintam mais
seguros.
10. Como posso ajudar em sala de aula?
• Se possível, permita que o aluno se sente no mesmo lugar. Geralmente, o final de uma
fileira é preferível, pois é menos confinado por outros.
• Explique os objetivos e dê as linhas gerais da aula e a duração das atividades.
• Mantenha a sala arrumada e ordenada.
• Assegure-se de que os livros sejam organizados em prateleiras e o material esteja em
uma gaveta ou armário devidamente etiquetado. Não será do agrado de um aluno com
TEA se a tesoura estiver na gaveta com a etiqueta de cola!
10. Como posso ajudar em sala de aula?
10.3 PASSANDO TRABALHOS
• Dê instruções muito claras, de preferência por escrito. Não presuma nada: inclua
referências de página, numere as questões, deixe claro o que exatamente você
espera que eles façam, como devem organizar o trabalho, como você quer que ele
seja entregue e quando deve ser concluído.
• Diga-lhes quando começar, se for um exercício de aula.
• Dê atualizações de tempo – “Vocês têm mais cinco minutos para terminar”.
• De vez em quando, tente dar uma oportunidade de o aluno fazer algo que tenha a
ver com seu interesse especial. Ele vai adorar e pode ser uma chance de ele brilhar.
10. Como posso ajudar em sala de aula?
10.4 SENSIBILIDADE
Tenha em mente que alguns alunos podem ser hipersensíveis a certos estímulos.
• Luz: se o aluno tiver sensibilidade à luz, verifique sua posição. A luz do sol está
incidindo na sala de aula? A iluminação do ambiente o está incomodando de alguma
forma? O quadro branco interativo é muito brilhante? Pode ser o caso de mudá-lo
de lugar ou de ele trocar de sala de aula com um colega.
10. Como posso ajudar em sala de aula?
10.3 SENSIBILIDADE
• A sensibilidade aumentada pode significar que os alunos com TEA talvez se distraiam
com coisas que os outros não notariam, como uma rachadura no gesso ou uma
joaninha no batente da janela. Murais e cartazes chamativos demais em sala de aula
podem fazer com que seja muito difícil para eles se concentrarem na lição.
10. Como posso ajudar em sala de aula?
• Tente esfriar a cabeça do aluno; quem sabe lhe dando uma tarefa para fazer.
• Deixe o aluno sair da sala sob algum pretexto, talvez para desempenhar uma
incumbência ou fazer uma “pesquisa” na sala de informática ou na biblioteca. Claro
que isso vai depender da sua matéria e da idade do aluno.
• Existe um assistente de sala que pode ajudar ou uma pessoa designada para o
aluno procurar nessas situações?
10. Como posso ajudar em sala de aula?
Perceba que a integração de alunos com TEA em atividades de grupo pode causar
atrito. Funciona melhor se:
• você escolher os grupos;
• cada pessoa tiver um papel específico, pois isso reduz as discussões;
• você supervisionar atentamente. Preste atenção para ver se os outros membros
do grupo estão sendo cruéis, zombando ou intimidando o aluno, que pode não
perceber que está sendo ridicularizado.
10. Como posso ajudar em sala de aula?
• Verifique também se o aluno com TEA não está sendo muito ditatorial dentro do
grupo.
• Trabalhando sozinho, às vezes, os alunos com TEA realmente apreciam a chance
de fazer um trabalho solo. Tudo bem em se fazer isso vez por outra, mas não
deve se tornar a norma.
• Funciona melhor se houver outros alunos que também gostariam de trabalhar
sozinhos, às vezes.
10. Como posso ajudar em sala de aula?
Alunos com TEA acham extremamente cansativo passar por um dia agitado na
escola e precisam de um “tempo de descontração” quando chegam em casa. Eles
também podem ter dificuldades com o conceito de fazer mais trabalho de “escola”
em “casa” e se ressentir. Aí está um motivo para se reduzir a “lição de casa” sempre
que possível, ou permitir que ela seja encaixada durante o horário escolar, talvez na
hora da merenda.
10. Como posso ajudar em sala de aula?
Aulas de Educação Pessoal, Social e de Saúde ou tutoria podem ser úteis para
discutir problemas com toda a turma, tais como:
Ajuda individual
Um mentor adulto é inestimável para orientar e apoiar um aluno com TEA. O mentor
pode ajudá-lo a interpretar as expectativas da escola e agir como um “intermediário”
para se comunicar com os professores e resolver as dificuldades à medida que elas
surgem.
Mal-entendidos são comuns e o ideal é que haja uma boa comunicação entre todas
as partes.
O mentor também pode ajudar a manter a autoestima do aluno, elogiando conquistas
e comemorando sucessos.
11. Fora da sala de aula
Eles devem estar atentos a sinais de depressão, autoflagelação, alterações
comportamentais ou quaisquer indicações de que o aluno esteja sofrendo
bullying. Ter um interesse genuíno no aluno fará uma grande diferença para o seu
bem-estar.
Um professor de apoio também poderá ajudar o aluno com TEA das seguintes
formas práticas:
• melhorar sua leitura da linguagem corporal;
• ensinar significados implícitos e inferidos;
• aprender a entender expressões, metáforas e significados;
11. Fora da sala de aula
PROVAS
(...) Proporcionar flexibilidade na formação, pode fazer com que adultos autistas
desenvolvam melhor o controle de situações, encontrem soluções para reduzir o
estresse e a ansiedade, sejam capazes de melhor generalizar, desenvolver ou
aumentar empatia, lidar com as emoções, ter mais autoestima, entre outros.
14. Autismo e Adultos
Para educar alunos adultos com TEA, os objetivos devem ser voltados às
competências, identificar os interesses pessoais e os vocacionais, priorizar
habilidades e aptidões para orientar os alunos em formações acadêmicas e
profissionais, visando também a sua empregabilidade.
Autistas apresentam potenciais que, por vezes, nem sequer imaginamos, isso dá por
colocarmos mais foco às limitações do que às possibilidades, a nossa visão
limitada aliada por vezes à nossa inércia, faz com que desprezemos imensas
capacidades.
Pintando o SETEAZUL
02 de abril - Dia da Conscientização sobre o Autismo
A data foi instituída em 2008 pela Organização das Nações Unidas (ONU), a fim de
gerar maior conscientização sobre o assunto e propor discussões importantes sobre o
espectro.
Dessa forma, visa aumentar o conhecimento de toda a sociedade sobre os desafios
de crianças e adultos diagnosticados com TEA, criando, assim, um mundo mais
favorável à aderência de práticas de respeito e inclusão dessas pessoas.
Além dessa data, também é comemorado, no dia 18 de junho, o Dia Mundial do
Orgulho Autista. Criada em 2005 pela organização Aspies for Freedom, essa data visa
celebrar o orgulho dessas pessoas, incentivando o autoamor e a autoaceitação.
Bibliografia