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AUTISMO

O QUE É AUTISMO OU TRANSTORNO DE ESPECTRO AUTISTA?


“ De acordo com o Instituto Pense e a Fundação José Egydio Setúbal, o Manual de
Saúde Mental- DSM-5 o autismo e vários distúrbios como: transtorno, autista
transtorno desintegrativo da infância, transtorno generalizado de desenvolvimento,
síndrome de Asperger, entre outras foram fundidas e classificadas como
TRANSTORNOS DO ESPECTRO AUTISTA – TEA. ”
TEA – São desordens do desenvolvimento do cérebro, estas desordens se caracterizam
por dificuldades na comunicação social e comportamentos repetitivos. Contudo em
cada indivíduo estes distúrbios se manifestam em intensidades diferentes.
Em alguns casos o TEA pode estar ligado a deficiência intelectual, problemas físicos,
hiperatividade, dislexia e em alguns casos principalmente em adolescentes ansiedade
e depressão. O autismo é um transtorno permanente a criança nasce e ao longo de seu
desenvolvimento as características aparecendo, sendo uma delas a sensibilidade
sensorial, em alguns casos os cinco sentidos podem ser afetados podendo causar em
casos mais graves dor física.
Quanto ao desenvolvimento intelectual, o Autista pode se destacar em habilidades
visuais, musica, arte e matemática, sendo estimulado pelos seguintes aspectos:

 Geralmente aprende por estímulos visuais;


 Memória muito acima da média;
 As rotinas são necessárias no processo de aprendizado;
 Podem desenvolver habilidades especificas, estudar, trabalhar, pois a rotina é
favorável para um bom desenvolvimento intelectual e profissional.
 Através de estímulos positivos e motivacionais o autista será um funcionário
leal e de confiança.
O Autismo são transtornos que causam problemas de desenvolvimento da linguagem,
na comunicação, na interação e comportamento social da criança, mas como já
mencionado se a criança receber os estímulos corretos e acompanhamento
psicoterápico estes problemas na maioria dos casos poderão ser minimizados.
Segundo a Organização Mundial de Saúde OMS cerca de 70 milhões de pessoas no
mundo possuem algum tipo de autismo, já brasil aproximadamente 2 milhões de
pessoas apesentam algum tipo de transtorno autista e sua maior ocorrência tanto no
mundo quanto no Brasil é no sexo masculino, vale ressaltar que suas causas ainda são
incertas.
Vale ressaltar que existem vários tratamentos onde se busca inserir o autista no
convívio social, sendo fator importante o papel da escola e dos educadores para que
este processo tenha êxito. Aliado aos estímulos corretos já citados anteriormente, a
criança ou jovem deve se sentir acolhida no ambiente e posteriormente acadêmico.
Existem várias nomenclaturas par o Autismo:

 Transtorno do Espectro Autista


 Condição do Espectro Autista
 Autismo Clássico
 Autismo Kanner
 Transtorno Invasivo do Desenvolvimento
 Autismo de Auto funcionamento
 Síndrome Asperger
 Demanda Patológica Avoidance

Mas mudanças recentes nos manuais d diagnostico com já mencionado na introdução


desta pesquisa o termo que abrange a todos é o TRASNTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
-TEA .

Vamos entender melhor alguns tipos de autismo:

- Síndrome de Asperger
 Forma mais Leve do Espectro Autista;
 Alguns especialistas a chamam de “Autismo de Auto Funcionamento”;
 Geralmente quem a possuí tem inteligência acima da média;
 Afeta a forma como se vê o mundo, sentem-se pressionados;
 Possuem apenas algumas dificuldades especificas de desenvolvimento e
aprendizagem;
 Sofrem de uma ansiedade intensa;
 Não sofrem de forma grave com comprometimento cognitivo;
 Atraso leve no desenvolvimento da fala;

- Transtorno Invasivo de Desenvolvimento


 Forma um pouco mais grave do TEA;
 Interação Social prejudicada;
 Comportamentos repetitivos não tão acentuados;
 Competência linguística razoável;
 Desenvolvimento cognitivo razoável.

- Transtorno Autista
 Forma mais grave de Autismo;
 Falta de capacidade de interação social severa;
 Desenvolvimento linguístico e cognitivo bastante afetado;
 Comportamentos repetitivos bastante acentuados;
 Comunicação verbal praticamente não existe.

O Transtorno do Espectro Autista - TEA pode ser divido em níveis de acordo com as
características mais marcantes em cada nível.

Nível de Gravidade Comunicação Social Comportamentos


Repetitivos e Restritos
Nível 1 Dificuldade de interação Inflexibilidade de
Leve social, e ou pouco comportamento.
Interesse. Resistente a mudanças,
Apresenta características problemas de organização
leves de Autismo. e planejamento.
Nível 2 Déficit nas habilidades Inflexibilidade de
Médio sócias, sejam elas verbais comportamento,
ou não. Mesmo sendo resistente a mudanças.
motivados sentem Apresentam
dificuldade em se comportamentos
expressar. repetitivos/restritos
frequentemente.
Nível 3 Déficit grave de Apresenta as mesmas
Grave comunicação verbal e não características do nível 2
verbal. Interação social de forma mais acentuada.
praticamente não existe.

QUANTO CAUSAS?
O AUTISMO é estudado desde o os anos 1940, mas pesquisas propriamente ditas
tiveram início nos anos 1970/1980. Acredita-se que o transtorno possui ligações com
alterações genéticas ou mutações genéticas.
Mesmo que as causas do Autismo ainda não estejam definidas os neurocientistas
sugerem alguns fatores para o desenvolvimento do transtorno.

 Gênero – É no sexo masculino que o transtorno mais se manifesta, para cada


oito meninos uma é autista.
 Genética – 20% das Crianças altistas possuem outras condições genéticas como
doenças crônicas, pais mais velhos, parentes autistas ou com problemas
neurológicos.
O primeiro caso de autismo de que se tem notícia foi diagnosticado no EUA no
Mississipi na pequena cidade de 3 mil habitantes chamada Forest e foi dessa
história que se baseou o filme Forest Gamp, mas a história real é bem diferente da
ficção.

Donald Triplett, nasceu em 1933 hoje aos 82 anos leva uma vida relativamente
normal, a cidade inteira se mobilizou em seu auxilio para que ele conseguisse
romper os obstáculos que o transtorno acarreta e seus pais nunca desistiram dele,
é filho de uma professora e um advogado que notarão desde cedo que seu filho
era uma criança isolada e não expressava sentimentos, mas que mesmo assim era
uma criança inteligente. Ele foi mandado para uma instituição psiquiátrica,
contudo seus pais o tirarão de lá e encontrarão um psiquiatra disposto a estudar o
seu caso o Dr. Kanner. Donalt frequentou uma escola normal, fez faculdade de
francês e matemática. Hoje leva uma vida de aposentado em sua cidadezinha.
Está história é um incentivo aos pais de crianças autistas, afinal o diagnostico não é
uma sentença de isolamento, desde que o apoio da família, amigos e escola esteja
presente. Cada indivíduo desde que estimulado corretamente tem a capacidade de
levar uma vida pessoal e profissional relativamente normal, mesmo que a criança,
jovem e adulto autista leve mais tempo para fazer certas coisas que a maioria não
significa que ele não conseguira.

DIAGNOSTICO
Não existe um exame para se dar um diagnóstico, a criança precisa passar por
análises comportamentais por profissionais e por pessoas que convivem com ela,
pais, professores, essa análise pode levar tempo para que se chegue a uma
conclusão.
Vale ressaltar que cada criança possui um jeito de ser uma personalidade e as
características autistas podem variar quanto a deficiência intelectual, presença ou
não de fala entre outras características descritas anteriormente.

TRATAMENTO
O tratamento deve ser feito através de uma equipe composta por neurologistas,
psicólogos, psicopedagogos e fonoaudiólogos. Faz parte do tratamento a terapia
ocupacional, estimulação através de jogos e brincadeiras, contação de histórias e
conversas lembrando que estes estímulos devem também aplicados em sala de
aula como ato de inclusão, estimulo de aprendizado e sociabilização.
O autista necessita de uma rotina diária para que todos os métodos utilizados no
tratamento psicoterápico tenham êxito. Alguns médicos utilizam-se medicamentos
para que em casos mais graves os sintomas do transtorno sejam amenizados, como
agressividade, ansiedade, hiperatividade, alterações de humor, surtos e dificuldade
para dormir.

APOIO AOS PAIS


É fundamental durante o tratamento pais também devem passar por
acompanhamento psicológico, pois o cotidiano de quem cuida e convive com uma
criança autista é extremante desgastante, a rotina e o desgaste emocional e
sensação de impotência que acomete os pais pode leva-los a sofrer estresse,
ansiedade podendo a chegar ao estado depressivo. Além da exaustão psicológica
existe outro fator a exaustão física.
É de responsabilidade dos pais tomar decisões importantes quanto ao tratamento
e a escola e estar sempre presente quando solicitado e participar ativamente
acompanhando o desenvolvimento e evolução do aprendizado, para que em casa
poção estimula-lo.
Através das pesquisas realizadas podemos concluir que com o devido
acompanhamento crianças autistas podem alcançar um nível satisfatório de
desenvolvimento e recuperação.
Ao contrário do que se pensa autistas podem fazer conato visual, expressar afeto,
sorrir e na vida adulta podem trabalhar, casar e ter filhos, ressaltando mais uma
vez desde que recebam os estímulos corretos e o acompanhamento adequado,
afinal o melhor tratamento é a sociabilização e a escola tem papel fundamental
nesse processo, entretanto as características autistas permanecem por toda a vida.

AUTISMO E ESCOLA – INCLUSÃO E SEUS DESAFIOS


Segundo a lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) no capítulo V que
trata da Educação Especial, a criança com necessidades especiais tem direito a
integração efetiva a vida em sociedade e o acesso à escola regular.
Para a professora da Universidade de Campinas – UNICAMP especialista em
inclusão:
“ Até agora, os sistemas de ensino têm lidado com a questão por meio de medidas
facilitadoras, como cuidadores, professores de reforço e salas de aceleração que
não resolvem, muito menos atendem o desafio da inclusão. Pois qualificar uma
escola para receber todas as crianças implica em medidas de outra natureza, que
visam reestruturar o ensino e suas práticas usuais e excludentes. Na inclusão, não é
a criança que deve se adaptar a escola, mas a escola que para recebe-la deve se
transformar. ”.
A criança autista não deve ser individualizada, já que o objetivo da inclusão é que a
criança especial desenvolva suas atividades em grupo e esse grupo deve ser
orientado a conviver com as diferenças.
A escola juntamente com uma equipe multidisciplinar composta por professores,
psicopedagogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais / professor de educação
física, devem elaborar estratégias inclusivas, acionando a comunidade escolar e o
mais importante conscientizar os familiares dos estudantes a importância do
respeito para que o ambiente escolar seja saudável para a criança ou adolescente
especial e está com certeza é a tarefa mais difícil.
A nossa realidade hoje nas escolas chega a ser chocante em alguns aspectos pois o
que é oferecido a educação especial está muito aquém do que realmente é
necessário para uma inclusão de qualidade, segundo a Lei 12764/2012 a escola, ou
seja, estado ou município deve disponibilizar acompanhamento especializado que
atue em parceria com o professor nas atividades, caso isso não aconteça deve se
recorrer aos Ministério Público Estadual, o que muitas vezes leva tempo o que
compromete o aprendizado da criança especial.
Quando em um país existe aproximadamente 2 milhões de pessoas que
apresentam um problema que indiretamente afeta pelo menos mais 4 milhões se
faz necessário que a sociedade se conscientize e aprenda a conviver com as
diferenças, afinal todos nós estamos sujeitos um dia a conviver um como criança,
adolescente, jovem ou adulto especial e eles tem muito a nos ensinar. Pense
nisso!!!!!
Fontes de pesquisa
WWW.intitutopense.com.br –Medico responsável Dr. Jair de Jesus Mari CRM.
30175
WWW.minutosaudavel.com.br
WWW.portaleducação.com.br
Centro de Referência em Educação Integral – Ana Basílio e Jessica Moreira
WWW.G1.com/bemestar.com.br
Ana Luiza – Psicóloga
WWW.youtube.com

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