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FILOSOFIA

ENEM &
VESTIBULARES

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FILOSOFIA ENEM &
VESTIBULARES
TALES DE MILETO
ANAXIMANDRO
ANAXÍMENES
PARMÊNIDES
HERÁCLITO
ANAXÁGORAS
DEMÓCRITO
SÓCRATES
PLATÃO
ARISTÓTELES
SANTO AGOSTINHO
SÃO TOMÁS DE AQUINO
RENÉ DESCARTES
MAQUIAVEL
THOMAS HOBBES
JOHN LOCKE
MONTESQUIEU
DAVID HUME
ROUSSEAU
FRANCIS BACON
IMMANUEL KANT
HABERMAS
MICHEL FOUCAULT
HANS JONAS
HANNAH ARENDT

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FILOSOFIA
ENEM & VESTIBULARES
Esse e-book foi criado com muito carinho
pra ajudar vocês nessa jornada! O e-book
contém os principais aspectos de cada
filósofo.

Qualquer dúvida, contem comigo!

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TALES DE MILETO

A filosofia de Tales baseava-se em três teses principais:

1. tudo que conhecemos é feito de água e o homem é mais um ente desse meio;
2. todas as coisas, incluso as inanimadas, estão cheia de vida;
3. por outro lado, as mudanças e a geração só podem ser alcançadas pela condensação e a rarefação.
Quanto à estética, dizia que a busca pelo conhecimento, era o objeto mais belo que podíamos ter. Ocupou-se em explicar
mais os fenômenos da natureza e da matemática. Portanto, não fez grandes considerações sobre a ética e os seres
humanos.

ANAXIMANDRO
O pensador defende que o nosso mundo é um dos muitos nascem de algo e permanecem nesse algo que ele chama de
infinito. Não está claro o que ele entende por esse algo, não é algo determinado como para Tales.

ANAXÍMENES
Entende o ar como o elemento primordial para todas as coisas. É do ar condensado que surge a água. Também é o
responsável pela criação do fogo e da terra.

PARMÊNIDES
Ele entendia que não é possível existir grandes transformações como a da água em tudo que está sob a terra. Algo só
pode se transformar naquilo que já é em essência. Racionalista, ele duvidava do que via, pois podia estar alterado pelos
sentimentos.

HERÁCLITO
Contemporâneo de Parmênides. Famoso pelo pensamento de que não podemos entrar duas vezes no mesmo rio, ele
entende que a natureza está em constante transformação e a vida se faz a partir de contradições. Exemplo: só podemos
valorizar a saúde após ficarmos doentes. Ao contrário de Parmênides, tem maior confiança nos sentidos.

ANAXÁGORAS
Chamou de sementes os elementos infinitamente divisíveis que formam nosso corpo e tudo que está ao nosso entorno.
Era interessado por astronomia e não acreditava que o Sol fosse um deus, acreditando que os astros celestes eram
compostos pelos mesmos elementos que existem na Terra.

DEMÓCRITO
O filósofo materialista Demócrito, assim como seu mestre Leucipo, seguiu o caminho da filosofia racionalista científica e
é reconhecido como o filósofo grego que mais contribuiu para o desenvolvimento da posição atomista. Como não havia
distinção clara entre filosofia e ciência na Grécia do século IV a.C., e como a posição atomista de Demócrito é muito
semelhante aos desenvolvimentos do século XIX, acerca da compreensão da estrutura atômica, Demócrito é mais

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reconhecido como cientista do que filósofo, sendo considerado por autores modernos como o pai da ciência como a
conhecemos hoje.

SÓCRATES
Ele criticava os sofistas por serem relativistas morais, não acreditando em uma verdade absoluta. O filósofo célebre pela
frase “só sei que nada sei” é o criador da maiêutica, método dialético para aquisição de conhecimento a partir da reflexão
e de perguntas simples. Para Sócrates, o verdadeiro conhecimento leva a uma ação correta.

PLATÃO
Platão (428 a.C.-347 a.C.) foi filosofo grego, considerado um dos principais pensadores de sua época. Discípulo de
Sócrates, procurava transmitir uma profunda fé na razão e na verdade, adotando o lema de Sócrates "o sábio é o
virtuoso". Escreveu diversos diálogos filosóficos, entre eles "A República", obra dividida em dez volumes.

A Sociedade Ideal e a República de Platão


Aplicando sua filosofia, Platão imaginou na "República", uma sociedade ideal dividida em três classes, levando em conta
a capacidade intelectual de cada indivíduo. A primeira camada, mais presa às necessidades do corpo, seria encarregada
da produção e distribuição de gêneros para toda a comunidade: lavradores, artífices e comerciantes.A segunda classe,
mais empreendedora se dedicava à defesa: os soldados. A classe superior, capacitada para servir-se da razão, seria a
dos intelectuais, com poder político, assim os reis teriam de ser escolhidos entre os filósofos.

ARISTÓTELES
Aristóteles (384 a.C.-322 a.C.) foi um dos mais importantes filósofos gregos e o principal representante da terceira fase
da história da filosofia grega “a fase sistemática”. Escreveu uma série de obras que falavam sobre política, ética, moral
e outro campos de conhecimento e foi professor de Alexandre, o Grande (356 a.C-323 a.C.).
Principais ideias:
Talvez o maior legado que Aristóteles tenha deixado para a posteridade seja a classificação sistemática das áreas do
conhecimento, a lógica e a valorização do conhecimento empírico para a obtenção de qualquer conhecimento prático
sobre o mundo. Algumas das principais ideias do pensador grego:

Democracia
Ao contrário de Platão, que era um crítico do sistema político democrático ateniense, Aristóteles reafirmou e defendeu a
democracia como a forma mais justa de se governar.

Sistematização
Até então, os estudos filosóficos eram desorganizados sob a ótica sistemática. Não eram comuns as classificações dos
modos de conhecimentos. Aristóteles foi um dos que afirmaram a importância da classificação que separa os
conhecimentos sobre lógica, ética, política, física, metafísica e estética.

Metafísica
Aristóteles é uma das principais referências em estudos de metafísica e, certamente, a principal referência sobre o
assunto na Antiguidade. Muito do que ele escreveu sobre a metafísica veio dos estudos platônicos, porém, há uma
imensa carga de conceitos e ideias que Aristóteles acrescentou ou esclareceu de maneira mais profunda.

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Ética
Em seu livro Ética a Nicômaco, Aristóteles apresenta as suas teorias morais, defendendo o que ele chamou de Ética
Eudêmia. O termo “Eudêmia” deriva do mesmo radical da palavra daemon, que no vocabulário grego antigo seria uma
entidade equivalente à consciência, ou seja, uma espécie de voz que guia o nosso pensamento e nossas ações. A ética,
segundo Aristóteles, deveria ser guiada pela prudência e pela moderação. Segundo o filósofo, havia uma mediania (uma
espécie de justa medida) entre dois extremos morais, que eram considerados viciosos (ruins): um por excesso de algo e
outro por falta de algo. A justa medida seria a moderação da ação entre os dois vícios, o que resultaria na virtude. Por
exemplo, a coragem seria a virtude por justa medida, compreendida entre o vício da temeridade (excesso de coragem)
e covardia (falta de coragem).

Lógica
Aristóteles escreveu alguns tratados de lógica nos quais nos deixa um método preciso para entender o conhecimento
formal (das formas) por meio da linguagem. A lógica é exata, assim como a matemática, e permite o julgamento da forma
de um enunciado, permitindo perceber se ele faz sentido ou não. A lógica aristotélica é composta, principalmente, pelo
quadrado aristotélico e pela verificação linguística dos enunciados, que hoje pode ser feita pelas tabelas de verdade.

Empirismo
Pode-se dizer que Aristóteles foi o primeiro pensador a teorizar a importância do conhecimento prático para o
entendimento da verdade e do mundo. Segundo o filósofo e ao contrário de Platão, o conhecimento da verdade deveria
passar, necessariamente, por dois campos de nosso saber: o intelecto puro e os sentidos do corpo. A nossa capacidade
sensorial que é possibilitada pelos órgãos dos sentidos (visão, audição, tato, olfato e paladar) é a responsável pelo
aprendizado primeiro e mais básico de nosso intelecto.

SANTO AGOSTINHO
Foi influenciado pelo maniqueísmo, segundo o qual o mundo seria regido pelas ‘forças do bem e do mal’ (concepção
de base platônica), bem como pelo neoplatonismo de Plotino (204 d.C - 240 d.C).
Por outro lado, sua conversão deu-se graças à oratória do bispo de Milão, Santo Ambrósio, o qual o batizou e influenciou
em seus discursos. Foi responsável por reforçar o conceito de 'pecado original' e desenvolver o conceito de Igreja como
a cidade espiritual de Deus, distinta da cidade material dos homens.
Também afirmou que a origem do mal estaria no livre-arbítrio, concedido por Deus, donde todo mal seria o resultado
do livre afastamento do bem. Era também defensor da predestinação divina.
Curiosamente, pregava que o caminho para a verdade estava na fé, contudo, seria a razão o melhor caminho para provar
a validade das verdades.
Por fim, podemos destacar como influenciados por Santo Agostinho, o teólogo Tomás de Aquino (1225-1274), o qual
fizera uma nova síntese do pensamento filosófico grego e cristão, e os teólogos João Calvino (1509-1564) e Cornelius
Otto Jansenius (1585-1638), estes, em especial, quanto a teoria da predestinação.

SÃO TOMÁS DE AQUINO


Inspirado nas ideias do filósofo grego Aristóteles (384 a.C.-322 a.C.), o trabalho de São Tomás de Aquino esteve pautado
no realismo aristotélico, em detrimento dos seguidores de Santo Agostinho, inspirados no idealismo de Platão. Por isso,
Aquino foi um dos pensadores mais destacados desse período, defensor da filosofia escolástica, método cristão e

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filosófico, pautado na união entre a razão e a fé. Assim, Tomás de Aquino escreveu inúmeras obras, onde privilegiou a
razão e a vontade humana formulando assim, um novo pensamento filosófico cristão.

RENÉ DESCARTES
Foi um filósofo e matemático francês. Criador do pensamento cartesiano, sistema filosófico que deu origem à Filosofia
Moderna. Ele é autor da obra “O Discurso sobre o Método”, um tratado filosófico e matemático publicado na França em
1637. Uma das mais famosas frases do seu Discurso é “Penso, logo existo”. Descartes propôs uma filosofia que nunca
acreditasse no falso, que fosse totalmente fundamentada na verdade. Sua preocupação era com a clareza.
Sugeriu uma nova visão da natureza, que anulava o significado moral e religioso da época. Acreditava que a ciência
deveria ser prática e não especulativa.

MAQUIAVEL
Nicolau Maquiavel foi um importante teórico, pensador político, filósofo, historiador, diplomata, músico e escritor
do Renascimento. Considerado o "Pai do Pensamento Político Moderno"
Sua obra que mais se destaca é "O Príncipe", escrita em 1513, publicada postumamente em 1532, no qual propõe a
unificação da Itália por meio da figura de um Príncipe. Maquiavel, foi um importante teórico do Renascimento e escreveu
sobre política, ética, natureza humana, além de peças de teatro e contos. Suas obras: "Decenal" (1506), "Relatos sobre
os Fatos na Alemanha" (1508), "Retrato das coisas da França" (1510), “Discursos sobre a primeira década de Tito Lívio”
(1513 a 1521), “A arte da Guerra” (1517 e 1520), "A Mandrágora" (1518).

A FILOSOFIA DE MAQUIAVEL

O termo “maquiavélico” sempre esteve associado à astúcia, falsidade e má-fé. Foi empregado, por exemplo, para
caracterizar governos despóticos e políticos corruptos. Os dicionários apontam esse termo “astuto”, “ardiloso”. De fato,
o nome de Maquiavel foi considerado uma ameaça às bases morais da vida política. Mas isso, de maneira alguma,
expressa o pensamento desse humanista: Maquiavel nunca foi maquiavélico. Em Maquiavel, a ética política é utilitária,
ou seja, são morais todos os atos úteis à comunidade, ao passo que são imorais os atos que tiverem em vista a satisfação
de interesses egoístas que entrem em conflito com os interesses da coletividade. Maquiavel está mais interessado no
Estado como ele é de fato, e suas possibilidades reais (o mundo como ele é), do que no que ele deveria ser – Maquiavel
é realista e, profundamente renascentista, está interessado nas questões de sua época. Segundo Isaiah Berlin, ao admitir
a pluralidade de éticas, Maquiavel foi um precursor do liberalismo.

THOMAS HOBBES
Foi um filósofo, teórico político e matemático inglês, considerado um dos principais expoentes do pensamento
contratualista na Filosofia Política. Hobbes foi muito próximo da família real e defendeu, até o fim de sua vida, a
monarquia. O principal livro escrito por Hobbes foi Leviatã.

Para Hobbes, o Estado deve ser forte e com o poder centralizado, pois ele precisa ter capacidade para conter os impulsos
naturais que promovem uma relação caótica entre as pessoas. Hobbes trabalhou como preceptor de dois filhos da família
Cavendish, tradicionais nobres britânicos. O pensador foi influenciado por Francis Bacon, filósofo para o qual Hobbes
trabalhou como assistente durante algum tempo, Aristóteles e Maquiavel.

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JOHN LOCKE
Um dos mais importantes filósofos do empirismo. Exerceu grande influência sobre vários filósofos de sua época, entre
eles, George Berkeley e David Hume. Como representante do individualismo liberal, defendeu a monarquia constitucional
e representativa, que foi a forma de governo estabelecida na Inglaterra, depois da Revolução de 1688.
Locke afirmava que o conhecimento era proveniente da experiência, tanto de origem externa, nas sensações, quanto
nas internas, através das reflexões.

Explicava que antes de percebermos qualquer coisa, a mente é como uma folha de papel em branco mas, depois que
começamos a perceber tudo em volta, surgem as "ideias sensoriais simples". Essas sensações são trabalhadas pelo
pensamento, pelo conhecimento, pela crença e pela dúvida, resultando no que Locke chamou de "reflexão". A mente
não é um mero receptor passivo. Ela classifica e processa todas as sensações à medida que vai formando nossos
conhecimentos e nossa personalidade. Locke defendia a liberdade intelectual e a tolerância. Foi precursor de muitas
ideias liberais, que só floresceram durante o iluminismo francês no século XVII. Locke criticou a teoria de direito divino
dos reis, formulada pelo filósofo Thomas Hobbes. Para Locke, a soberania não reside no Estado, mas sim na população.
Afirmava que, para assegurar um Estado de direito, os representantes do povo deviam promulgar as leis e o rei ou o
governo executá-las. Foi o primeiro a apresentar o princípio da divisão dos três poderes, segundo o qual o poder do
estado se divide entre instituições distintas. O Poder Legislativo, ou Parlamento, o Poder Judiciário, ou o Tribunal, e o
Poder Executivo, ou o Governo.

MONTESQUIEU
Foi um filósofo social e escritor francês. Foi o autor de "Espírito das Leis". Foi o grande teórico da doutrina que veio a ser
mais tarde a separação dos três poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário. É considerado o autêntico precursor da
Sociologia Francesa. Foi um dos grandes nomes do pensamento iluminista, junto com Voltaire, Locke e Rousseau. A
Filosofia de Montesquieu. A filosofia de Montesquieu esta enquadrada no espírito crítico do Iluminismo Francês, com o
qual ele compartilha os princípios da tolerância religiosa, a aspiração da liberdade e denuncia as diversas instituições
desumanas como a tortura e a escravidão, mas afastou-se do racionalismo abstrato e do método dedutivo de outros
filósofos iluministas, para buscar um conhecimento mais concreto, empírico, realista e cético.

DAVID HUME
David Hume foi filósofo, historiador, ensaísta e diplomata escocês, um dos mais importantes filósofos modernos do
Iluminismo. Seus pensamentos foram revolucionários o que o levou a ser acusado de heresia pela Igreja Católica por ter
ideias associadas ao ateísmo e ao ceticismo. Por esse motivo, suas obras foram acrescidas no "Índice dos Livros
Proibidos" (Index Librorum Prohibitorum).
Inspirado nas correntes filosóficas do empirismo e do ceticismo, Hume foi um crítico do racionalismo cartesiano em que
os conhecimentos estavam associados à razão. Suas ideias foram inspiradoras para diversos filósofos posteriores, como
Immanuel Kant e Augusto Comte.

Teoria do Conhecimento
Hume desenvolveu sua teoria através de um método experimental de raciocínio. Para o filósofo, o conhecimento é
desenvolvido através da experiência sensível do ser humano, a qual está dividida em duas partes: impressões e ideias.

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A primeira estaria associada aos sentidos do ser humano (visão, tato, audição, olfato e paladar), enquanto a segunda
estaria associada as representações mentais resultantes das impressões
Essa teoria foi analisada em sua obra mais emblemática “Ensaio sobre o Entendimento Humano”, publicada em 1748.

Empirismo e Racionalismo
O empirismo é uma corrente filosófica baseada na experiência e no saber científico, que por sua vez, critica a
metafísica donde não há experimentação.Nesse caso, o empirismo critica a fé ou senso comum como gerador de
conhecimentos, posto que não tem fundamentação científica. Em resumo, para Hume, as impressões seria as causas
das ideias. O racionalismo, por sua vez, difere do empirismo na medida em que está baseado no desenvolvimento dos
conhecimentos através das ciências exatas e não das experiências sensíveis.

ROUSSEAU
Jean Jacques Rousseau (1712-1778) foi um destacado filósofo social e escritor suíço. O mais radical e popular dos
filósofos que participaram do movimento intelectual do século XVIII – o Iluminismo.
Sua obra principal, "O Contrato Social", serviu de verdadeiro catecismo para a Revolução Francesa e exerceu grande
influência no chamado liberalismo político.
Defensor ardoroso dos princípios de “liberdade, igualdade e fraternidade”, o lema da revolução, é visto como
o “profeta” do movimento.

O Contrato Social, livro publicado em 1762, é um plano para a reconstrução das relações sociais da humanidade. Seu
princípio básico se mantém.

“Em estado natural, os homens são iguais: os males só surgiram depois que certos homens resolveram demarcar
pedaços de terra, dizendo a si mesmo: Esta terra é minha. E então nasceram os vários graus da desigualdade humana”.
Para Rousseau a única esperança de garantir os direitos de cada um está na organização de uma sociedade civil, com
direitos iguais para todos. Isso poderia ser realizado por meio de um contrato social estabelecido entre os vários membros
do grupo. Por esse acordo, cada indivíduo concordaria em submeter-se à vontade da maioria: nasce o Estado.

FRANCIS BACON
Francis Bacon foi um filósofo, político inglês e um dos fundadores do método indutivo de investigação científica, o qual
estava baseado no Empirismo. Seus estudos contribuíram para a história da ciência moderna.

Teoria de Francis Bacon


Para Francis a ciência era uma técnica e os conhecimentos científicos deveriam ser considerados instrumentos práticos
de controle da natureza.
Ele pretendia demostrar sua grande preocupação com os conhecimentos científicos na vida prática. A ciência deveria
valorizar a pesquisa experimental baseada na corrente empirista.1.00

Teoria dos Ídolos


Segundo Bacon, a figura dos ídolos estava baseada em falsas noções e hábitos mentais incutidos na mentalidade dos
homens. Para ele, a crença nos ídolos prejudicava o avanço da ciência e da racionalidade humana.
Dessa forma, rejeitou o pensamento da filosofia medieval escolástica, a qual esteve baseada em noções abstratas.
Foi em sua obra “Novum Organum” (Novo Instrumento) que ele apresentou os quatro gêneros de ídolos que geram falsas
noções:

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• Ídolos da tribo: provenientes das limitações da espécie humana.
• Ídolos da caverna: o nome dessa categoria está relacionado com o “mito da caverna” de Platão, proveniente
das falsas noções do ser humano.
• Ídolos do mercado ou do foro: provenientes da linguagem e da comunicação
• Ídolos do teatro: provenientes do campo cultural, filosófico e científico.

Método Indutivo de Investigação


Bacon criou um modelo de investigação através do método da indução, o qual estava baseado na observação precisa e
minuciosa dos fenômenos naturais. Com o intuito de combater os erros provocados pelas crenças nos “ídolos”, Bacon
propõe o método indutivo. Segundo ele, essa metodologia estaria dividida em quatro etapas:

• Coleta de informações a partir da observação rigorosa da natureza;


• Reunião, organização sistemática e racional dos dados recolhidos;
• Formulação de hipóteses segundo a análise dos dados recolhidos;
• Comprovação das hipóteses a partir de experimentações.

IMMANUEL KANT
Immanuel Kant é um dos filósofos mais estudados na modernidade. Seus trabalhos são pilar e ponto de partida para
a filosofia alemã moderna, com seguidores como Fichte, Hegel, Schelling e Schopenhauer.Kant tentou resolver as
questões entre o racionalismo de Descartes e Leibniz e o empirismo dos filósofos David Hume e John Locke.

Principais Ideias de Kant


Kant revela que o espírito ou razão, modela e coordena as sensações, das quais as impressões dos sentidos externos
são apenas matéria prima para o conhecimento. O julgamento estético e teleológico unem nossos julgamentos morais e
empíricos, de modo à unificar o seu sistema.
Vale citar que Kant foi um entusiasta do Iluminismo europeu e estadunidense, onde publicou a obra "O que é o
Iluminismo?" (1784).
Nessa obra, ele sintetiza a possibilidade do homem seguir sua própria razão, o qual seria, ao mesmo tempo, a saída do
homem de sua menoridade. Essa é definida como a incapacidade do homem de fazer uso do seu próprio entendimento.
Ou seja, o fato de não ousar pensar, por motivos de covardia e a preguiça, principais motivos do permanecimento humano
na menoridade.

A "Crítica Kantiana" e "Os Juízos"

Na obra "Crítica da razão pura" (1781), Kant busca formular maneiras para fazermos um bom uso do entendimento. Ao
perceber que somos limitados pelo que nos é dado conhecer, não podermos conhecer a verdades sobre o mundo “como
ele é em si”. Isso porque percebemos e pensamos o mundo de formas determinadas. Assim, é capital estudar como o
conhecimento pode ser limitado, pois isso leva à suas possibilidades e suas aplicações reais.

Já em "Crítica da razão prática" (1788), Kant formula as bases de sua filosofia moral. O que funda a ação humana e o
que nos é dado fazer, constituem assim, um tratado sobre a moral humana.Nesta obra, o autor desvela a moralidade de
forma similar ao modo como formula sua abordagem acerca do conhecimento. Ele discute os princípios da ação moral
enquanto forma de separar a moral de uma fundamentação religiosa.

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Kant formula o "juízo sintético" para tratar da experimentação enquanto garantia dos conhecimentos verdadeiros.
Segundo ele, não se pode alcançar à verdade apenas pela análise de suas proposições.
Já o "juízo analítico", por outro lado, está fundado no princípio de identidade. Nele, o predicado aponta um atributo
contido no sujeito e, quando se nega o sujeito, se nega o predicado (vice-versa).
O "juízo estético", por sua vez, somente seria possível para aqueles com a faculdade de julgar. Esses seriam os únicos
capazes de uma investigação crítica a respeito do conceito de "belo".

HABERMAS
Jürgen Habermas é um dos maiores intelectuais dos séculos XX e XXl. Filósofo e sociólogo, com formação ligada
à Escola de Frankfurt, ele dedicou a sua vida a estudar a democracia e apresentou um modelo de ação
comunicativa para que sejam desenvolvidos consensos no espaço público sem coerção física, mas pela coerção do
melhor argumento. A democracia pode ser, assim, aperfeiçoada pelos processos coletivos de deliberação, que propiciam
a coexistência dos diferentes e a participação de todos na produção de normas sociais.

Principais ideias de Jürgen Habermas


Embora próximo aos autores da Escola de Frankfurt, Habermas também tinha discordâncias e desenvolveu
um pensamento intelectual próprio. Adorno e Horkheimer apresentaram uma crítica ao que chamaram de razão
instrumental, que designava o uso antiético da razão e a instrumentalização da ciência para fins maléficos, como o
nazismo usar tecnologia e experimentos baseados na razão para promover um genocídio.
Habermas, no entanto, não restringia a razão a esse conceito. Para ele, a razão é ampla e se dá por outros meios – a
comunicação é um deles. A estrutura da linguagem, a dinâmica das interações humanas na compreensão mútua, no
exame da verossimilhança entre o que é dito e a realidade, enfim, a comunicação em todos os seus processos carrega
intrinsecamente a racionalidade.
Habermas desenvolveu o conceito de ação comunicativa, modelo racional de interação, por meio de argumentação,
debate, deliberação, para se alcançar acordos. Essa interação se daria na esfera pública, espaço de discussão que
incluiria diversos grupos sociais, bem como agentes do Estado.
A ação comunicativa deveria ser balizada por algumas pretensões: inteligibilidade, isto é, ser de fácil compreensão;
verdade, ou seja, ser embasada em informações verdadeiras; sinceridade na exposição de ideias; correção normativa,
que significa ser correta dentro de um contexto de normas e valores

MICHEL FOUCAULT
Michel Foucault (1926-1984) foi um filósofo francês contemporâneo que se dedicou à reflexão entre poder e
conhecimento. Crítico, Foucault foi um ativista que se envolveu em campanhas contra o racismo e pela reforma do
sistema penitenciário. Estudou vários problemas sociais. Dentre eles, o sistema penitenciário, a instituição escolar, a
psiquiatria e a psicanálise praticadas de forma tradicional e a sexualidade.

Principais Ideias
Segundo Foucault, a sociedade faz uso abusivo do poder através das instituições, escolas e prisões, por exemplo. A era
moderna é definida através da disciplina, que nada mais é do que um meio de dominação que tem como objetivo
domesticar o comportamento humano.
Quanto à educação, Foucault chama a escola umas das “instituições de sequestro”. Segundo ele, a escola tira os alunos
do seu meio para os enclausurar e, nessa clausura, domesticá-los da forma como a sociedade quer. Antes, a escola era

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um local de castigo. Com a era moderna, passa a ser um local de domesticação, modelo que também é seguido no
sistema prisional.

HANS JONAS
Foi um filósofo alemão de origem judia. É conhecido principalmente devido à sua influente obra O Princípio
Responsabilidade (publicada em alemão em 1979, e em inglês em 1984). Seu trabalho concentra-se nos problemas
éticos sociais criados pela tecnologia. Jonas quer sustentar que a sobrevivência humana depende de nossos esforços
para cuidar de nosso planeta e seu futuro. Formulou um novo e característico princípio moral supremo: "Atuar de forma
que os efeitos de suas ações sejam compatíveis com a permanência de uma vida humana genuína".
Embora tenha-se atribuído a "O Princípio da Responsabilidade" o papel de catalisador do movimento ambiental na
Alemanha, sua obra "O Fenômeno da Vida" (1966) forma a espinha dorsal de uma escola de bioética nos Estados Unidos.
Leon Kass referiu-se ao trabalho de Jonas como uma de suas principais inspirações. Profundamente influenciado por
Heidegger, "O Fenômeno da Vida" tenta sintetizar a filosofia da matéria com a filosofia da mente, produzindo um rico
entendimento da biologia, em busca de uma natureza humana material e moral.

HANNAH ARENDT
Marcada pela perseguição nazista, pelo sofrimento com o antissemitismo desde jovem e pela situação apátrida, a
pensadora sentiu-se moralmente obrigada a lutar politicamente em defesa do que acreditava e, mais do que isso,
a estudar a fim de entender o totalitarismo, a questão dos direitos políticos e dos Direitos Humanos e os motivos
que levaram a humanidade a tomar caminhos tão obscuros no século XX.
As influências intelectuais do pensamento de Arendt remontam a Sócrates e à questão da filosofia como uma prática
e uma atividade moral para permitir que a pessoa conviva consigo mesma. De Santo Agostinho, Arendt herdou uma
maneira de enxergar a vida como um conjunto de ações em que se deve ter responsabilidade pessoal por tudo o que se
faz. De Kant, herdou os conceitos de cosmopolitismo e de paz perpétua, uma ideia política kantiana – tida como utópica
por muitos – em que a humanidade deveria evoluir a fim de buscar a paz geral entre as nações. De Heidegger, Arendt
herdou o modo de fazer filosofia do pensador: um “pensar apaixonado”, em que o pensamento não seria simplesmente
pensar sobre algo, mas seria a essência da vida humana.
Arendt teceu muitas críticas ao marxismo. Ao analisar a estrutura totalitária, perguntou-se como os regimes
totalitários chegaram a tal ponto de aniquilar os direitos civis como se não representassem nada. O êxito que o
totalitarismo teve durante algum tempo na Alemanha nazista, na Itália fascista e na União Soviética stalinista deveu-se
à defesa de Estados-nação fortes, maiores que os indivíduos e a sua coletividade.
Nesse sentido, a obra de Marx ofereceu certo aparato teórico para justificar a inflação do Estado totalitário stalinista. Os
regimes totalitários foram caracterizados por uma centralização do poder político, culto a um líder, controle total da vida
pública e privada das pessoas e a eleição de um inimigo comum da nação.
Em alguns momentos de sua obra, Arendt pode ser classificada como uma pensadora liberal, não por defender o
liberalismo econômico, mas por defender um Estado que esteja lá para garantir os direitos e as liberdades individuais e
que jamais permita que a cidadania e os Direitos Humanos sejam afrontados.

Banalidade do mal
Um dos conceitos mais importantes da filosofia de Hannah Arendt é a “banalidade do mal”. Immanuel Kant trata a
questão do mal em sua obra e coloca em cena o conceito de “mal radical”. O mal radical não é assim chamado por ser

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intenso, mas por estar enraizado em quem o pratica (a palavra radical deriva do termo em latim radix, que significa
raiz). O mal radical é aquele que, além de estar preso na pessoa, fundamenta-se no ódio. O antissemitismo nazista
era, em geral, um tipo de mal radical.
Figuras como Adolf Hitler, Heinrich Himmler ou Joseph Goebbels, antissemitas declarados, eram exemplos de
pessoas que acreditavam naquilo que estavam fazendo e tinham como finalidade as suas próprias ações, ações essas
que se ligam ao mal radical. Porém, outra categoria pode ser observada em algumas pessoas que estavam entre os
nazistas: o mal banal.
Para aquele que pratica o mal banal, a ação não se fundamenta em si mesma. A perseguição aos judeus poderia não
ser praticada por questão de crença e de princípios enraizados, mas por motivos outros, fora da ação. Uma figura que,
para Arendt, representava o mal banal foi Adolf Eichmann, oficial de baixa patente do exército nazista que era
responsável por organizar a logística do transporte de judeus para os campos de concentração. Em sua defesa no tribunal
montado em Israel quando Eichmann foi capturado, ele afirmou que fez o que fez não por odiar judeus, mas apenas por
cumprir ordens e fazer o seu trabalho. Arendt afirma que Eichmann não foi para o exército por acreditar estar servindo à
sua pátria, mas apenas por encontrar no exército uma possibilidade de carreira melhor e mais promissora que a que ele
tinha como vendedor autônomo.Ele não era antissemita, mas se permitiu trabalhar para os nazistas por dinheiro.
Segundo Arendt, Eichmann era uma pessoa medíocre, e o mundo estava cheio dessas pessoas medíocres, incapazes
de refletir sobre a vida e sobre suas ações. Hannah Arendt, pela primeira vez, não analisou o mal pelo viés moral,
mas pelo viés político.

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FONTES PARA ENCONTRAR A LEITURA NA ÍNTEGRA:

FONTE: HTTPS://REVISTAGALILEU.GLOBO.COM

FONTE: HTTPS://WWW.TODAMATERIA.COM.BR/TALES-DE-
MILETO/

FONTE: HTTPS://WWW.TODAMATERIA.COM.BR/PLATAO
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