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Pré-socráticos
A pergunta sobre a origem de todas as coisas é uma questão que moveu a filosofia desde seu
nascimento na Grécia antiga.
Na tentativa de abandono do pensamento mítico fundamentado em imagens e fabulações, buscou-
se uma explicação lógica e racional para o princípio originário do mundo.
Cosmologia: Explicação racional sobre a origem e o fundamento do cosmos.
Pensadores de Mileto
É na Pólis de Mileto, em uma das cidades da Grécia antiga que surge o primeiro filósofo
reconhecido do território grego, Tales.
o Principal preocupação: busca pelo elemento fundamental da natureza.
Arché: Elemento fundamental (substância primordial) que, para os filósofos pré-socráticos, compõe e dá
origem ao Universo, sendo encontrado a partir da natureza (physis).
Cosmologia: A cosmologia é o estudo do Universo, de sua origem e de sua organização. A tarefa do
cosmólogo é determinar qual é a origem do Universo, de maneira científica e racional.
Tales de Mileto
Pai da Filosofia: primeiro filósofo conhecido, da Grécia Antiga.
Tales de Mileto a partir de suas viagens até o Egito observou a importância da água para o
desenvolvimento de todas as coisas visíveis. Um corpo vivo possui água enquanto um corpo morto
desidrata. Contudo, sua força argumentativa ficou na observação de que a água passaria por três
estados (líquido, sólido, gasoso) mantendo sua essência intacta. Daí um dos porquês de Tales
considerar a água como o princípio de todas as coisas;
Para ele a Arché (matéria-prima básica do kosmos e substância primeira) deveria obedecer alguns
aspectos: 1) Ser uma matéria-prima a partir da qual tudo pudesse ser formado; 2) Essencial para a
vida; 3) Capaz de movimento e mudança.
Encontrando na água a causa material de todas as coisas.
Anaximandro
Arché ilimitada e indeterminada: Ele pensou numa substância diferente e ilimitada e por meio da
qual nascessem o céu e todos os mundos nele contido. Ela seria uma massa geradora dos seres
do Cosmos contendo em si todos os elementos opostos e toda a natureza, portanto, o mundo não
teria surgido a partir do nada, como narrava a mitologia grega (com a criação dos deuses).
Arché = ápeiron ou indeterminado
Anaxímenes
Substância ilimitada/infinita (como o ápeiron), porém definida/determinada: o ar.
Rarefação e condensação do ar: acreditava que o ar se condensava para formar outros elementos,
como a água e a terra, e se rarefazia para originar o fogo e os corpos celestes. Ele também
defendia que a respiração humana e a dos outros animais era uma forma de troca entre o ar interior
e o ar exterior, que mantinha o equilíbrio e a saúde do organismo.
Arché = ar
Heráclito de Éfeso
Segundo ele, é o movimento e o choque entre os opostos que dá origem a tudo: "as coisas são
possibilidades sempre…"
Segundo o autor não existe um ser nem um não-ser, só existe o devir ou o vir-a-ser que seria esse
fluxo constante ou constante mutação.
“Ninguém se banha duas vezes no mesmo rio”
Se há um elemento primordial na natureza este teria que ser o fogo , pois ele representa mudança e
movimento.
Parmênides de Eleia
Esse autor afirmou que o maior equívoco da maioria dos pensadores era conceder demasiada
importância aos dados fornecidos pelos sentidos. Ele decide abandonar os sentidos e optar pela
razão, proclamando que só existe o Ser.
Arché: O Ser.
Para ele, “tudo o que existe é” e o que “não existe, não é”; logo, a afirmativa: o ser é e o não ser
não é
Se o ser é tudo, o não-ser só pode não existir, por consequência lógica.
Zenão de Eleia
Foi discípulo de Parmênides e deu prosseguimento à tese de seu mestre buscando provar como a
noção de movimento é inviável e contraditória.
Para ele, se alguém que sai de um ponto A e quer atingir um ponto B, deve primeiro atingir um
outro ponto no meio do caminho e assim sucessivamente e infinitamente, tornando impossível
atingir o ponto B.
O intuito não é demonstrar qual caminho leva a verdade e, tendo em vista que ele acreditava que
os sentidos eram enganadores, logo a verdade só poderia ser alcançada pela lógica, que é infalível
e não depende de nenhum ponto de vista.
Arché: os números
Os Sofistas
Os sofistas eram um grupo de filósofos, sábios e eruditos que viajavam de cidade a cidade para
divulgar os conhecimentos, em troca de dinheiro.
Em seus ensinamentos, os filósofos sofistas defendiam algumas perspectivas, elencadas abaixo:
o Relativismo: todas as questões ligadas à vida, como cultura, religião e política, poderiam ser
modificadas.
o Natureza da alma: a alma era, para os sofistas, passiva, e poderia ser moldada por
discursos convincentes e bem elaborados;
o Rejeição à metafísica: os sofistas se empenhavam em discursar sobre questões da vida
prática e útil para o desenvolvimento da excelência;
o Argumentação: os sofistas preocupavam-se em desenvolver excelentes argumentos para
desestabilizar e pôr em xeque a argumentação de seus interlocutores. A argumentação em
público e a oratória eram importantes para o desenvolvimento da política.
Principais filósofos:
Protágoras: um dos nomes mais importantes da corrente sofista. Era grande defensor do
relativismo e apontava o homem como sendo a medida de todas as coisas. Sendo o homem o
centro das suas explicações, elas não poderiam, portanto, ser baseadas na existência de deuses.
Górgias: grande defensor da persuasão e da ideia de que a alma humana poderia ser moldada por
bons argumentos.
Hípias: criador do método da Mnemotécnica, a arte de exercitar a memória, é descrito como o
pensador sofista que mais enriqueceu com a transmissão de conhecimento.