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RESUMO HPH T1  Panta rhei: "tudo flui".

Para Heráclito, nada é permanente e tudo está em


constante mudança. Ele acreditava que a mudança era a essência do universo e
TEXTO BASE: REALLE que a estabilidade era uma ilusão.
 Fogo: Heráclito acreditava que o fogo era o princípio básico de todas as coisas.
Ele via o fogo como um símbolo da mudança constante que governa o universo.
 Oposição dos contrários: Heráclito argumentava que todas as coisas têm sua
Surgimento da filosofia: contraparte oposta e que a harmonia resulta da tensão entre os opostos.
 A filosofia nasceu na Grécia Antiga, mais especificamente nas praças públicas (ou  Logos: Heráclito acreditava que o universo era governado pelo logos, ou razão
ágoras) das pólis, durante o contexto da democracia direta ateniense, em que todos os universal. Ele via o logos como a força que mantém a ordem e a harmonia no
considerados cidadãos não tinham apenas direito ao voto, mas também à palavra. universo.
Nesse viés, isso não só propiciou um maior número de participação nas discussões
Heráclito foi um filósofo influente na Grécia Antiga e suas ideias tiveram impacto em
públicas, mas também favoreceu o desenvolvimento de uma cultura que começou a
valorizar as habilidades argumentativas e dialéticas dos cidadãos, os quais se
muitos outros filósofos posteriores, incluindo Platão e Aristóteles
entendiam como os responsáveis e decisores pelo destino da cidade-estado, e não
mais os deuses, como antes se imaginava;
 Assim, enquanto os primeiros filósofos gregos compartilhavam de crenças míticas, 2) Parmênides:
também desenvolviam um conhecimento racional. Em outras palavras, o nascimento
É conhecido por sua teoria do ser e por suas reflexões sobre a natureza do universo.
filosófico estaria promovendo a passagem dos mitos ao logos, em um processo longo
de transição, sem que houvesse um rompimento brusco e imediato com o Algumas das principais ideias de Parmênides incluem:
conhecimento do passado;
 Apenas uma pequena parte da população masculina adulta era reconhecida como  Teoria do ser: Parmênides argumentava que o ser é imutável e eterno, e que o não-ser
cidadão. Escravos, mulheres, jovens menores de 21 anos e nem mesmo os é impossível. Ele via o universo como um todo imutável e eterno, sem mudanças ou
estrangeiros, que residiam em grande número na cidade, tinham direitos políticos para transformações.
participar da vida democrática;  Dualidade do pensamento e do ser: Parmênides acreditava que o pensamento e o ser
eram inseparáveis, e que o pensamento só poderia apreender o ser imutável e eterno.
 Crítica à aparência: Parmênides argumentava que a aparência das coisas era enganosa
Pré-socráticos: e que só o ser imutável e eterno era real. Ele acreditava que o mundo dos sentidos era
uma ilusão e que só o pensamento poderia nos levar à verdade.
São filósofos gregos que viveram antes de Sócrates, entre os séculos VII e V a.C. Eles
foram os primeiros a desenvolverem uma investigação sistemática sobre o mundo
natural e o universo, e buscaram explicar a origem, a natureza e a ordem do mundo a A filosofia de Parmênides teve grande impacto na história da filosofia, influenciando
partir da razão e do conhecimento empírico. muitos outros filósofos posteriores, como Platão e Aristóteles. Sua teoria do ser e sua
ênfase na razão e no pensamento como meios de alcançar a verdade continuam a ser
Então, com base na razão, os antecedentes de Sócrates tentaram encontrar a
temas importantes na filosofia até hoje.
substância ou princípio primordial (arché) existente em todos os seres, ou seja, a
matéria-prima de que são feitas todas as coisas;
3) Sofistas:
1) Heráclito
 Filósofos que se especializaram em retórica e persuasão, ensinando técnicas de argumentação
É conhecido por suas reflexões sobre a natureza do universo e a mudança constante e persuasão para seus alunos.
que permeia todas as coisas. Sua filosofia se baseia na ideia de que tudo está em  Eram conhecidos como mestres do saber ou sábios.
constante fluxo e mudança, e que o mundo é governado pelo logos, ou razão  Vendiam o saber
universal.  Não há muitas informações sobre os Sofistas, o que conhecemos é apenas aquilo que outros
filósofos criticaram dentro da conduta sofistica;
Algumas das principais ideias de Heráclito incluem:  Surgiram no contexto de valorização da argumentação nas discussões praticadas nas ágoras
que tangiam a vida dos cidadãos e seus interesses dentro da democracia ateniense;
 Os sofistas, também chamados de “amantes do saber”, não estavam preocupados com b) Naturalistas: se concentravam em estudar a natureza e suas leis. Eles estavam
a arché como os seus antecessores, mas sim com o conhecimento humano que poderia servir interessados em investigar a origem e a essência da realidade, e acreditavam que a
como produto de sucesso nas cidades-estados através das técnicas discursivas;
natureza era a fonte de todo conhecimento.
 Nesse sentido, os sofistas, então, vendiam seus conhecimentos de retórica e oratória
para o desenvolvimento da argumentação nos interesses públicos e privados dos cidadãos. A Lei natural estava acima da lei positiva;
 Na verdade, jogos de palavras e raciocínios eram ensinados com a finalidade de enganar
(ou driblar) seus adversários e convencer os outros em assembleias sobre suas teses;
 (Os filhos da aristocracia se caracterizavam como um dos principais públicos-alvo desses
professores, visto que tais conhecimentos eram indispensáveis no sucesso da vida política)
1) Hípias e Antifontes:
 Essas características sobre os ensinamentos sofistas favoreceram o surgimento de teses
 Cosmopolitismo: visão filosófica que enfatiza a ideia de que todos os seres
relativistas
humanos pertencem a uma única comunidade global, independentemente das
-Deslocamento do eixo de interesse filosófico (COSMOSHOMEM): diferenças culturais, políticas ou sociais que possam existir entre eles. Essa
visão defende que todos os seres humanos possuem uma dignidade inerente e
Os sofistas realizaram o deslocamento do eixo de pesquisa que antes era centrado no
que, como tal, devem ser tratados com respeito e consideração.
“cosmo” agora passa a ser focado no ser humano e nas relações humanas de
 Igualitarismo: acreditavam que todos os homens eram iguais em sua natureza e
sociedade.
que não havia nenhuma diferença fundamental entre eles que justificasse a
-Mudanças sociopolíticas que favoreceram o movimento sofista: discriminação ou a hierarquia social.
 Grande crise inevitável da aristocracia que acompanhada de um c) Erísticos: e sofistas políticos:
 Crescente poder do povo,
 Afluxo de pessoas e a  Se dedicavam à análise e reflexão sobre a organização e funcionamento da polis

 Ampliação do comercio e relações comerciais. (cidade-estado grega) e a sua relação com os indivíduos que a compunham. Eles
buscavam entender como o poder e a autoridade eram exercidos na sociedade, a fim
Com essas condições os Sofistas conseguiam ir de pólis em pólis difundindo seus conhecimentos de preparar seus alunos para atuarem na vida política e contribuir para o
e aumentando sua influencia dentro do mundo Grego; desenvolvimento da democracia grega. Protágoras é um dos principais representantes
dessa corrente sofística, tendo afirmado que "o homem é a medida de todas as
coisas", o que significa que as verdades são relativas e variam de acordo com as
-Os principais grupos sofistas: diferentes perspectivas individuais.

a) Grandes Mestres Sócrates:


ensina a torna mais forte o argumento mais fraco
1) Protágoras de Abdera: criador do relativismo ocidental;  Sócrates foi um filósofo grego que viveu em Atenas no século V a.C.
existe o mais util, o mais conveniente e o mais oportuno < critério p protagoras
 "O homem é a medida de todas as coisas", que reflete sua crença na  Ele não deixou nenhum escrito próprio, mas seu pensamento foi preservado
relatividade do conhecimento e na importância da perspectiva individual. Ele através dos diálogos escritos por seus discípulos, especialmente Platão.
argumentava que não há verdades objetivas e universais, e que a verdade é  Sócrates é conhecido por sua filosofia de questionamento sistemático e
sempre relativa ao ponto de vista de cada indivíduo. constante busca pela verdade.
 Ele acreditava que o conhecimento verdadeiro só poderia ser alcançado através
2)Górgias de Leontini: “o ser existe e o não-ser não existe”;
da razão e do diálogo crítico, e não através de dogmas ou autoridade.
 O nada existe mesmo que existisse seria cognoscível mesmo que fosse  Sócrates costumava questionar as crenças e valores das pessoas, levando-as a
pensável seria exprimível confrontar suas próprias ideias e a desenvolver um pensamento mais crítico e
reflexivo. 
3) Pródico de Céos: descoberta da técnica da sinonímia;
 Sua filosofia foi considerada subversiva e ameaçadora pelas autoridades de
 Pesquisa de termos sinônimos e das diferentes nuncias de significado permitiam Atenas, e Sócrates acabou sendo condenado à morte por corromper a
elaborar discursos sutis e convincentes nos debates políticos e assembleias; juventude e não acreditar nos deuses da cidade.
 A morte de Sócrates é retratada em um dos diálogos mais famosos de Platão,
intitulado "Fédon", no qual ele discute a imortalidade da alma e a natureza da
morte
 Dividiu ao ser humano em alma e corpo, onde a alma era conhecimento e a -O daimon:
razão e o corpo era o extrato da alma.
o daimon (também conhecido como "daimonion" ou "gênio") era uma voz interior que
 Homem virtuoso sempre está atras do conhecimento, tentando se livrar da
o orientava e aconselhava em suas ações e decisões. Ele acreditava que essa voz era de
ignorância.  nenhuma pessoa e ruim, mas aqueles que praticam o mal não
origem divina e que servia como um guia moral em sua vida. Era uma parte
sabe distinguir mal do bem;
fundamental de sua filosofia, pois acreditava que o seguir era a melhor forma de
 O vicio de um indivíduo iria categorizá-lo se era ignorante ou não. alcançar a verdadeira sabedoria e a virtude. Ele considerava o daimon como um guia
 Acreditava que a sua missão divina era libertar as pessoas da ignorância através divino que o ajudava a viver de acordo com os princípios morais que defendia, e que o
do conhecimento. levava a questionar e a refletir sobre suas próprias crenças e valores.
- Sócrates e alma: -Sociedade e comunidade:
Para Sócrates, a alma é a essência do ser humano, aquilo que o define como indivíduo A sociedade e a comunidade eram elementos fundamentais da vida humana e
e que o distingue de outros seres vivos. Ele acreditava que a alma era imortal e que ela desempenhavam papéis importantes na formação da moral e da virtude. Ele
existia antes e depois da vida terrena. (O homem é sua alma e por alma entende-se a acreditava que a virtude e o conhecimento não podiam ser alcançados
consciência intelectual e moral.) individualmente, mas apenas em relação com outras pessoas. Acreditava que poderia
Se o homem é a sua alma, logo a virtude atuaria como “cura da alma”, fazendo com gerar algum tipo de reação em cadeia positiva para a sociedade de modo que, ao
que ela se realize da melhor forma possível. A alma se purificaria através da dialética ensinar um indivíduo, esse por sua vez ensinaria outro, que ensinaria outro até que
por meio da IRONIA E REFUTAÇÃO: todos possuem o mesmo conhecimento e virtudes, fazendo com que a polis ficasse
fortalecida.
 Onde a ironia seria um discurso retórico afim de desarmar o interlocutor e levar a
reflexão. Sócrates fingia desconhecimento, fazia perguntas ingênuas e simples, mas Assim, para Sócrates, a relação entre sociedade e comunidade era estreita e
que levavam a uma linha de pensamento contraria ao argumento inicial do interdependente, e a busca pela virtude e pelo conhecimento deveria ser realizada em
interlocutor, levando- o a contradição (era uma forma de mostrar a ignorância do conjunto, em benefício do bem comum e da harmonia social. Ele via a sociedade como
interlocutor e de estimulá-lo a buscar o conhecimento e a verdade.) uma extensão da comunidade, e acreditava que a sabedoria e a virtude eram
 A refutação por sua vez é a estratégia para desmascarar as falácias e argumentos alcançadas não apenas individualmente, mas através da interação e colaboração entre
incoerentes apresentados pelo interlocutor. Ele questionava o interlocutor de forma os membros da comunidade.
incisiva, a fim de mostrar inconsistências logicas e erros de raciocínio presentes em
suas informações.
 A maiêutica de Sócrates é um método crítico e dialético, que estimula o diálogo e a
reflexão. Ele acreditava que a verdade não era algo absoluto e definitivo, mas algo que
-Oráculo de Delfos:
deveria ser sempre buscado e questionado. A maiêutica de Sócrates influenciou O Oráculo de Delfos era um centro de culto religioso e de profecia na Grécia Antiga.
profundamente a filosofia ocidental, sendo uma das principais bases do método Sócrates tinha grande respeito pelo oráculo, e em várias ocasiões ele consultou a
filosófico até os dias de hoje.
divindade através dos sacerdotes que serviam no templo.
Segundo relatos, quando o amigo de Sócrates, Querefonte, perguntou ao oráculo se
-Sócrates e o ser humano: havia alguém mais sábio do que Sócrates, a resposta foi "Não há ninguém mais sábio".
Sócrates, surpreso com a resposta, decidiu investigar o significado dessa mensagem,
Para Sócrates, o ser humano era composto por duas partes: a alma e o corpo. Ele
pois ele considerava-se ignorante em muitos assuntos.
acreditava que a alma era a parte mais importante do ser humano, e que sua natureza
era divina e imortal, enquanto o corpo era mortal e temporário. Sócrates também Sócrates acreditava que a sabedoria verdadeira não vinha dos livros ou dos
enfatizava a importância da razão e da virtude na vida humana. Ele acreditava que a ensinamentos de outras pessoas, mas sim de um conhecimento interior. Ele acreditava
verdadeira felicidade e o sucesso na vida só poderiam ser alcançados através da que o oráculo de Delfos era uma fonte de inspiração divina que poderia ajudá-lo a
virtude, e que a virtude era adquirida através do conhecimento e da razão. Assim, para descobrir a verdade sobre si mesmo e sobre o mundo.
Sócrates, o ser humano era um ser racional e moral que deveria buscar
A consulta ao Oráculo de Delfos foi um episódio importante na vida de Sócrates, pois
constantemente a verdade, a sabedoria e a virtude para alcançar a verdadeira
foi a partir daí que ele começou a questionar suas próprias crenças e opiniões,
felicidade e sucesso na vida.
levando-o a desenvolver o método socrático de investigação filosófica. O oráculo de
Delfos e a sua mensagem foram um estímulo para que Sócrates buscasse a sabedoria e PLATÃO:
a verdade por si próprio, em vez de depender dos ensinamentos de outras pessoas.
 A teoria das Ideias ou Formas é uma das principais contribuições de Platão à
filosofia. Ele argumenta que há uma realidade além do mundo sensível, onde se
 Põe os políticos em exame e percebe que eles não possuem nenhum conhecimento verdadeiro, encontram as Ideias ou Formas, que são essenciais imutáveis e perfeitas das
não buscam se livrar da ignorância coisas que existem no mundo sensível.
 Põe os artistas em exame e percebe que mesmo realizando atividades de alta complexidade,
como pintura, esculturas e textos, nem mesmo eles tinham conhecimento verdadeiro
 Platão desenvolve uma teoria da alma, que é imortal e dividida em três partes:
 Põe os artesãos em exame e percebe que eles possuem um certo conhecimento material útil a racional, a irascível e a concupiscente. Essas partes devem estar em harmonia
para que a alma seja virtuosa.
 Platão defende a existência de uma hierarquia de conhecimento, em que o
Depois disso, Sócrates percebe que é o indivíduo mais sábio da Grécia, apesar disso, conhecimento mais alto é o conhecimento das Ideias ou Formas.
reconhece que é um ser ignorante e diz que cabe ao ser humano buscar o  Na política, Platão é conhecido por sua obra "A República", onde apresenta sua
conhecimento afim de deixar a ignorância de lado e adquirir virtudes. visão de uma sociedade ideal, baseada na justiça e na virtude, e liderada por
filósofos.
 Em relação à educação, Platão argumenta que ela deve ser voltada para a
“Só sei que nada sei.” formação da alma, e não apenas para a aquisição de conhecimentos práticos.
~ Sócrates

- A morte de Sócrates:
- A República platônica/cidade ideal:
 Sócrates foi condenado à morte por beber cicuta, um veneno mortal, em 399 a.C. A
"A República" é uma obra filosófica escrita por Platão, onde ele apresenta sua visão de
condenação foi resultado de um julgamento em que Sócrates foi acusado de
uma sociedade ideal. Defende que a sociedade ideal deve ser liderada por filósofos,
corromper a juventude e de não acreditar nos deuses da cidade.
 Sócrates passou grande parte de sua vida filosofando nas ruas de Atenas, fazendo
que são os únicos capazes de compreender as Ideias ou Formas e, portanto, de
perguntas difíceis e desafiando as opiniões dos outros. Muitos cidadãos consideravam governar com justiça. Ele propõe uma sociedade dividida em três classes: a classe dos
suas ideias perigosas e ofensivas, especialmente aquelas relacionadas às tradições e governantes (filósofos), a classe dos guerreiros (guardas) e a classe dos trabalhadores.
crenças religiosas da cidade. Além disso, a figura de Sócrates não era bem-vista por
 Governantes: seriam aqueles que saberiam governar as cidades, onde a alma racional
muitos políticos, que se sentiam incomodados com suas críticas e questionamentos.
é predominante. A justiça é a principal virtude da sociedade e que ela só pode ser
 Sócrates foi julgado por um tribunal de 501 cidadãos atenienses e, apesar de sua alcançada quando cada pessoa desempenha sua função de acordo com sua natureza e
defesa eloquente, acabou sendo condenado à morte por uma pequena margem de habilidades. Ele propõe a educação como forma de alcançar essa harmonia na
votos. Ele poderia ter escolhido o exílio, mas preferiu morrer com dignidade e aceitou sociedade, enfatizando a importância da educação musical e física para a formação da
a sentença de morte. alma.
 A morte de Sócrates tornou-se um símbolo da luta entre a liberdade individual e a  Guerreiros: constituída por homens onde a alma irascível se torna mais presente. A
autoridade da sociedade. Sua filosofia, contudo, continuou a influenciar pensadores virtude dessa classe social deve ser a coragem e a fortaleza. Os guardas deveriam estar
por muitos séculos, e sua figura é lembrada como uma das maiores da história da sempre vigilantes aos perigos que possam advir do exterior.
filosofia
 Trabalhadores (Lavradores, artesãos e comerciantes): prevalece o aspecto
 Sócrates deixou o ensinamento de que o homem deveria cuidar da sua alma e não das concupiscível da alma, que é o aspecto mais elementar;
coisas exteriores, esforça-se para que sua alma se tornasse melhor. Na alma, é onde
estaria a essência do homem - Alma para Platão:
Além disso a alma era dividida em três partes principais:
 Racional: parte racional da alma é responsável pela razão, pelo pensamento lógico e  Por fim, para Platão, a educação é um processo contínuo, que deve se estender por toda a vida,
pela tomada de decisões. Platão acreditava que a parte racional da alma estava aperfeiçoando constantemente o indivíduo e, consequentemente, a sociedade.
localizada na cabeça e que era a parte mais nobre da alma.
 Irascível: é responsável pelas emoções, pela coragem e pela motivação. Platão
acreditava que a parte espiritual da alma estava localizada no peito e que era TEXTO ADICIONAL 1 : SOFISTAS;
responsável por nossas paixões e desejos.
Resumo da obra A Sofística e a decadência dos Valores Tradicionais gregos
 Concupiscível: é responsável pelos instintos e pelos desejos físicos, como a fome, a
sede e o desejo sexual. Platão acreditava que a parte apetitiva da alma estava
localizada no abdômen e que era a parte mais inferior da alma.
Introdução
Virtude seria harmonizar essas três partes da alma. Acreditava ainda que a parte racional
deveria governar as outras para que o indivíduo vivesse de forma virtuosa e equilibrada.  O movimento sofístico, não podendo ser compreendido como um raciocínio
homogêneo, visto que seus representantes diferiam muito em método e doutrina,
surgiu contemporaneamente ao apogeu da democracia ateniense e contribuiu
decisivamente para a decadência dos valores gregos tradicionais. Apesar disso,
-Mito da caverna: sabemos muito pouco da verdade sobre este movimento, pois muito do que nos
 É uma alegoria presente na obra "A República" de Platão, que descreve a condição humana em chegou ocorreu através de seus principais críticos: Platão e Aristóteles.
relação ao conhecimento. Na alegoria, Platão descreve uma caverna subterrânea em que
pessoas estão acorrentadas desde a infância, sem poderem ver a luz do sol ou conhecer o
Subversão da ideia de virtude e sua relação com as leis humanas
mundo exterior.
 Essas pessoas apenas veem sombras projetadas na parede da caverna, produzidas por objetos
 A sofística contribuiu para modificar a concepção tradicional de virtude, substituindo a
que passam por trás de uma fogueira. Como elas nunca viram a luz do sol ou conhecem objetos
ideia de virtude de sangue pela ideia de virtude aprendida, isto é, adquirida pelo
reais, elas acreditam que as sombras são a única realidade existente.
 Platão utiliza essa alegoria para mostrar como as pessoas são limitadas em sua visão de mundo,
hábito e pelo exercício;
e como o conhecimento verdadeiro é difícil de ser alcançado. O filósofo compara a saída da (Antes se acreditava, por exemplo, que um guerreiro deveria nascer com a virtude da
caverna e a descoberta do mundo real ao processo de conhecimento, que começa coragem)
com a percepção sensorial, mas precisa ser aperfeiçoado pela razão e pela contemplação das  Vale ressaltar que esta ideia de virtude não sanguínea também é resultado do Estado,
ideias eternas e verdadeiras. pois este nasce de um acordo entre pessoas que não tem nenhuma ligação natural
 O "Mito da Caverna" é um exemplo da visão platônica de que o mundo sensível e aparente é entre si, ultrapassando, assim, um nível de parentesco com um objetivo mútuo, como
uma mera sombra do mundo das ideias, que é a verdadeira realidade. A alegoria também é vencer um inimigo em comum. Nesse sentido, estas pessoas deixam de lado as leis
vista como uma metáfora para a busca da verdade e do conhecimento, que exige um esforço naturais de apenas continuar sobrevivendo na terra e se sacrificam pelo acordo,
constante para superar as limitações do mundo material e alcançar a verdadeira realidade tornando-o uma lei viva. As leis humanas, logo, não existem no mundo natural além do
mundo da cultura, somente existem se os homens lhes derem vida. (Na lei natural, o
homem pode fazer o que bem entender, mas não acha justo proceder desse modo,
-Educação na cidade ideal: pois obedece à outra lei, uma lei de dimensão política, que articula todas as
possibilidades humanas entre si e institui leis explicitadas e acordadas as quais
 é fundamental para o desenvolvimento individual e coletivo e, consequentemente, para a
todos devem obedecer
formação de uma sociedade justa e ideal. Ele acredita que a educação deve ser voltada para a
formação de um indivíduo completo, que possa atingir o máximo de suas capacidades físicas, As críticas dos sofistas naturalistas sobre a legitimidade das leis humanas
intelectuais e morais.
 Platão defende que a educação deve começar desde a infância, com jogos e atividades lúdicas  Os sofistas naturalistas, como Hípias e Antifonte, questionaram a legitimidade das leis
que estimulem o desenvolvimento físico e intelectual. Posteriormente, a educação deve se políticas, confrontando o caráter arbitrário, convencional e artificial que estas leis,
voltar para a formação moral, visando desenvolver virtudes como coragem, temperança, justiça segundo tais, possuíam, com a espontaneidade e a universalidades das leis naturais.
e sabedoria. Em outras palavras, tais leis políticas dependeriam do acordo entre os homens que
 Para Platão, a educação deve ser baseada na filosofia, na qual o indivíduo aprende a buscar a estavam dispostos a segui-las e variariam de povo (e cultura) para povo (e cultura) – o
verdade, a razão e a contemplação das ideias eternas. Ele também destaca a importância do que reflete o seu caráter arbitrário por serem, então, frutos da convenção humana.
diálogo e da argumentação na educação, com o objetivo de desenvolver o pensamento crítico e Em contrapartida, as leis naturais eram universais e abrangiam e tinham vigência no
a capacidade de argumentação.
cosmo inteiro, até mesmo nos homens, cuja essência era natural.
 Além disso, Platão defende que a educação deve ser igualitária, oferecida a todos sem distinção
(Somente a parte cultural (humana) era não natural em relação à espontaneidade
de classe social, gênero ou raça. Ele acredita que todos os indivíduos possuem potencialidades
a serem desenvolvidas e que a educação é a chave para alcançar a justiça e a harmonia social.
natural, pois era secundária e sempre teria que partir de e se apoiar em matérias
primas naturais, não conseguindo nunca o nível de perfeição e complexidade das
obras naturais). O comércio sofístico e sua independência financeira
A relação da crítica das leis políticas com as leis morais  Com o predomínio do comércio e o dinheiro (e não mais a terra) significando
independência, os sofistas puderam abandonar suas pólis natal (o Estado
em que eram cidadãos) e peregrinar por todo o mundo com
 Embora as críticas feitas se dirigissem diretamente às leis políticas, atingia também leis
independência, pois podiam fundar essa independência no dinheiro.
morais, pois estas são um código de regras que partiriam de vontades humanas
(É importante lembrar que, por um lado, era conveniente que se afastassem
naturais e elementares, resultando em um conjunto de vontades humanas
de suas cidades, pois esse afastamento os impedia de serem levados aos
aculturadas; exemplificando: temos vontade de comer, que então se estende a
tribunais, visto que seus discursos começaram a atrair inimizades à medida
um universo sobre o qual a moral atua e remodela de acordo com a cultura vigente, ou
que questionavam os valores tradicionais gregos)
seja, no nosso caso, o alimento de ser cozido, temperado, comido com
talheres, e, dependendo da situação, não pode ser em determinado horário e local.
As críticas dos filósofos em relação aos sofistas
 Isso são indícios de que o homem tenta sempre controlar os seus instintos, que são
submetidos a um universo moral hierarquicamente multiplicado à medida do nível
cultural que o concernem;  Segundo estes filósofos, o saber não poderia ser uma mercadoria, pois muitas
 exemplificando: em uma refeição com o comandante, o conjunto de regras de vezes não convém, não serve ao freguês, mas, ao contrário, o homem é que
etiqueta são mais complexas do que em uma refeição de um trabalhador que se deveria de servir a ele.
alimentar em um refeitório.
Logo, concluímos que o homem tem regras que cerceiam suas vontades naturais e  A busca do saber, então, começa com o primeiro e o mais difícil saber, o
elementares, como a nutrição e o sexo, que tenderiam a ser conservadas e conhecer a si mesmo, os seus limites, e, portanto, o seu vasto acerco de
propagadas, mas são contidas, primeiramente, pelas leis morais e, em segundo plano, ignorância, é saber formar o próprio homem. Nesse processo, o formar
o homem não pode ser feito de acordo com a serventia humana, mas sim
pelas leis políticas
deve estar engajado na própria formação, sem dispor do sentido desta
previamente, pois, para distribuir e aquilatar o sentido das coisas, o homem
 Nesse sentido, os sofistas naturalistas pretendiam atacar toda essa artificialidade que
deve, primeiro, saber o seu sentido e, depois, entender o sentido destas, a
mantém o homem constantemente empenhado a ir contra ao próprio movimento
que elas tendem e em que estão engajadas.
espontâneo da natureza, já que, desse modo, a cultura tenderia a ser um fardo à
espontaneidade natural das coisas.
 Contudo, a característica do saber a si não faz do homem uma mercadoria
A sofística e suas características muito competitiva, pois todos estão à procura da utilidade dele, mas não do
que ele possui que o faz ser tão útil.

 Os sofistas se apresentavam como “mestres do saber” e afirmavam poder ensinar  Então, os sofistas, para venderem seus conhecimentos, deveriam apresentar
o modo de como convencer um auditório, transformando um discurso que parecia um saber apetitoso, um produto atraente que os mais endinheirados à época,
o mais fraco, por não ser dos que eram aristocratas e nem conter a areté (ou isto é, os que se tornaram aristocratas através do comércio, quisessem
verdade) tradicional, em um discurso mais forte, que convenceria todos os comprar e ter para usar como bem entender, ou seja, na prática,
ouvintes e levaria de vencida todos os votos do auditório. Entretanto, não bastava um instrumento de conquista de poder na pólis, que era o que estes ricos
ensinar apenas as técnicas discursivas para dominar o auditório, os sofistas queriam. Nesse viés, os sofistas acorriam sempre em busca de jovens
também tinham de passar os valores da cultura pelos quais este se orienta. oriundos das famílias abastadas que desejassem sucesso na vida política,
sendo também conhecidos, então, como os mercadores do saber
 Nesse sentido, os “mestres do saber” transmitiam aos seus alunos os conteúdos
da cultura grega e os pensamentos dos antecessores considerados sábios, O início da refutação das bases tradicionais gregas
inclusive os dos pré-socráticos, ensinando-os a manobrar com as interpretações e
argumentações para fundamentar sua tese – acontece que essas interpretações
corriqueiramente confrontavam as bases tradicionais gregas.
 A crise dos valores gregos não ocorreu decisivamente pelos sofistas
naturalistas, ou primeira geração, os quais, como um todo, tinham ainda
algum respeito pela tradição, mas sim pelos sofistas políticos, ou segunda
geração, que se deterioraram em seu desenvolvimento de modo que os que
mais influíram na pólis, influíram negativamente, contribuindo para sua
corrupção.
(É importante lembrar que o ponto de vista do sofistas políticos como Resposta padrão texto 1:
degeneração da sofística ainda é contestado por muitos estudiosos, que
Os sofistas eram um grupo de filósofos anteriores a Sócrates que foram responsáveis
identificam na contemporaneidade diversos elementos adaptados – isto é, o
espírito da sofística reencontra ecos na nossa época) por gerar grandes impactos e modificações do mundo grego antigo. Primeiro de tudo,
 pode-se afirmar que a palavra “sofistas” deriva do grego “sophos” que significa sábio,
 Os argumentos pré-socráticos, além de servirem muitas vezes pra questionar a querendo assim os sofistas se denominar “dono do saber”, além de se apresentarem
realidade como produto das ações e capacidade dos deuses, nos quais eram como mestres da oratória. Afirmavam que podiam convencer um auditório inteiro
sustentados o status de nobreza da antiga aristocracia, serviram também, através da arte da oratória, realizando uma espécie de controle de massas. Esses
sobretudo, para criticar o mundo da cultura humana como sendo uma filósofos viajavam de cidades em cidades “vendendo” o conhecimento e difundindo o
realidade artificial e, até mesmo, antinatural, já que abandonaram o homem ideal do seu movimento. Assim, sofistas foram responsáveis por modificar os valores
em seus estudos em detrimento do arché. Em outras palavras, os tradicionais gregos e por isso foram acusados da subversão desses valores e criticavam
ensinamentos sofistas questionavam e refutavam as bases morais da antiga
também os Deuses antigos. Surge dessa maneira o primeiro grande impacto que os
aristocracia sob o princípio da espontaneidade natural.
sofistas produziram na sociedade grega, que foi a mudança do eixo de pesquisa
anteriormente focado no cosmos agora estava focado no humano e nas suas relações
 Além disso, vimos que os sofistas, entre o caminho do saber e o caminho do
comércio, preferiram o do comércio, o do saber servindo ao comércio e se de sociedade......
tornando um produto rentável.

Os sofistas eristas e a autocorrupção dos discursos TEXTO ADICIONAL 2: CIDADES-ESTADO;

 Os eristas, considerados mais radicais em relação aos sofistas políticos, se dedicavam a


Cidadania na polis:
uma linguagem descompromissada e muitas vezes irresponsável, que se desligava de
todo equilíbrio da própria língua, jogando com paradoxos, contradições e absurdos Os critérios para se tornar cidadão de uma polis (cidade-estado grega) variavam de
que objetivavam somente convencer o auditório. Assim, toda tradição passava pelos acordo com a cidade em questão, mas geralmente envolviam questões como:
crivos do discurso que seria usado na assembleia, do discurso que serviria ao mercado
de voto, do discurso que, segundo Górgias, seria mestre dos valores das tradições,
revertendo, dessa modo, os valores tradicionais.
 Origem: em algumas cidades, para ser considerado cidadão, era necessário que se
nascesse de pais cidadãos.
 Com isso, Platão realiza uma caricatura sobre os sofistas eristas, onde a ironia de
 Sexo: na maioria das cidades, apenas os homens eram considerados cidadãos.
Sócrates daria a entender que o poder questionador do discurso poderia perder o
 Idade: em algumas cidades, era necessário ter uma certa idade para se tornar cidadão.
equilíbrio e se corromper; nesse sentido, os sofismas (raciocínios aparentemente
 Residência: em algumas cidades, era necessário residir na cidade por um certo período
corretos com o objetivo de enganar alguém, mas que, na verdade, são falsos e
para se tornar cidadão.
inconclusivos) criados pelos eristas perderam o equilíbrio e contribuíram para o
 Serviço militar: em algumas cidades, o serviço militar era uma condição para se tornar
desenvolvimento da lógica, que passou, então, a refutá-los e fazer com que se
cidadão.
corrompessem e se degenerassem.
 Propriedade: em algumas cidades, apenas aqueles que possuíam certa quantidade de
propriedade ou riqueza eram considerados cidadãos.
A dualidade entre lei positiva e lei natural
Esses critérios podem ter sido alterados ao longo do tempo e variavam de cidade
 De um modo abrangente, podemos dizer que os sofistas políticos aceitaram a tese dos para cidade, mas eram geralmente usados para definir quem tinha o direito de
sofistas naturalistas de que as leis humanas deveriam se orientar pelas leis naturais participar da vida política e das decisões da cidade;

 Os cidadãos efetivos da polis (homens, moradores) podiam participar das


Assembleias e das comunidades decisórias, porém apresentavam-se como
minoria dentro da sociedade;
 Outro aspecto importante, é que essas polis tinham em sua grande maioria o
número reduzido de cidadãos, pois enxergavam que abrir as portas de seu
ambiente político para os não-cidadãos era um sinal de deficiência;
 Apesar dos cidadãos constituírem a massa decisória, ainda estavam sujeitos a -O conflito deixou um saldo extremamente negativo para a Grécia Antiga, com
autoridade do Estado; milhares de mortes, cidades destruídas e uma grave crise econômica e social. Além
disso, enfraqueceu a democracia ateniense e abriu caminho para a ascensão de
Cidade- Estado: Alexandre, o Grande, que mais tarde conquistaria todo o mundo grego.

 O autor diz que considerar uma polis como uma cidade estado seria errôneo,
visto que essa nomenclatura ao sugere a devida importância aos cidadãos do As duas principais polis:
campo que constituíam na maioria das vezes a maior parte da população;
 Além disso o autor também retrata polis não como um espaço ou território Atenas e Esparta eram protagonistas.
definido, o conceito estende-se além de uma mera cidade, sendo na realidade, Atenas:
um grupo de pessoas atuando de maneira harmoniosa, assim sendo uma
maneira de organização interpessoal em que as pessoas se reuniam  prosperou como nenhuma outra no mundo grego, conseguindo criar um sistema
econômico forte e solido tendo como diferencial a DEMOCRACIA ATENIENSE, que era
pessoalmente para tratar de seus problemas
um sistema político que permitia participação direta nas decisões tomadas as
Assembleia, dessa forma a oportunidade política era para todos.
 Se destaca também pelo fato de que obteve um importante desenvolvimento urbano,
em que no inicio da Guerra do Peloponeso, um terço dos cidadãos residiam nas áreas
urbanas, chegando a proporção de um meio. Atenas era a mais populosa das cidades
Gregas.
Guerras:  Durante o Período Clássico, Atenas apresenta considerável estabilidade militar devido
à ausência de conflitos. Todo cidadão e meteco (estrangeiro residente em Atenas)
 Embate entre gregos e persas, sendo estes comandado pelo Rei Dario e pelo eram aptos ao serviço militar. Porém o exército era uma instituição restrita às classes
Rei Xerxes, contanto com participação de Esparta( detentora de um único média e alta;
exercito poderoso, provando seu valor nas batalhas de Termópilas(300 de  As Assembleias atenienses se reuniam com frequência a fim de tratar assuntos de
Esparta) e Plateias, além dos golpes atenienses em Maratona e Salamina interesse da pólis, qualquer cidadão de qualquer classe social poderia assistir e
foram batalhas marítimas que deram inicio ao alicerce no domínio dos mares interferir nos debates.
presentes na Grécia)  Os cargos de chefia eram restritos aos homens ricos
 Liga Délia era uma organização na qual Atenas era líder que fez ressurgir ideal
de autonomia nas polis, constituindo assim um Império com Atenas
concentrando o dinheiro e envio de tropas para determinados conflitos; Esparta:
O Império Ateniense consegue prosperar, tendo como líder marcante Péricles, e Duas imagens de Esparta: Sua própria; Como sua imagem no exterior (Miragem)
se tornou uma grande potência marítima e comercial
 Quando se coletam dados e são feitos estudos de dados escritos sobre Esparta,
percebe-se que existem informações incompletas e contradições causada pelo efeito
 Durante as Guerras Pérsicas, a relação entre Atenas e Esparta era amigável.
de Miragem.;
Porém, logo se tornara conflituosas culminando na Guerra do Peloponeso;
 No quesito populacional, Esparta não se comparava com os Estados maiores.
-Atenas tinha uma forte marinha, mas Esparta tinha um exército terrestre superior e  Esparta passa a ter regiões produtivas com acesso ao mar, o território não possuía
mais bem treinado. Assim, a guerra se dividiu em duas frentes: no mar e na terra. uma população livre, mas dividida em dois grupos: Hilotas e Periecos. Ambos faziam
-Esparta, então, decidiu investir na guerra terrestre e formou uma aliança com outras parte a estrutura organizacional do Estado Espartano;
cidades-estados, conhecida como Liga do Peloponeso  Os Hilotas eram escravos totais e apresentavam força de trabalho na terra para os
-Atenas procurou fortalecer sua aliança com outras cidades marítimas, como Corinto e espartanos e os Periecos participavam do comercio e da produção total às
Samos. necessidades Espartanas em troca de paz e proteção;
-Em 415 a.C., Atenas enviou uma grande expedição à Sicília, na esperança de
conquistar novos territórios e recursos. Porém, a campanha fracassou e a frota Revoltas Hilotas eram frequentes, entretanto a escravidão desse grupo foi a ascensão de Esparta como
ateniense foi derrotada, causando um grande abalo na economia e moral da cidade. uma força voltada para Guerra.
-Esparta, aproveitando-se da fraqueza ateniense, iniciou uma série de ofensivas
terrestres e cercou a cidade de Atenas em 404 a.C. Depois de meses de bloqueio, a
cidade finalmente se rendeu e a Guerra do Peloponeso terminou.
 O sistema Espartano passa a ser totalmente voltado a infantaria profissional, o qual
era ensinado desde a infância, independente de outras vocações eram preparados
para o combate.
 Após a Guerra do Peloponeso, a história é de declínio, pois esparta apresentava uma
sociedade Xenófoba que recusavam novos cidadãos.

Decadência da polis:

 Surge do enfraquecimento da comunidade, com sua cidades imersas em


dividas provenientes de gastos com o exército (que passaram a ser compostos
por mercenários);
 Sendo assim, o século quarto apresentou o declínio da polis, com exceção de
Atenas, na qual possuía um sistema político-econômico solido;
Mas não ficou 100% isenta dos sinais do declínio;

 O avanço Macedônico caracterizou o fim das polis.

Resposta padrão texto 2:

A polis foi uma concepção brilhante para o Mundo grego da época, de forma que
fortaleceu cidades importantíssimas durantes as Batalhas Pérsicas e períodos de crise.
O significado de polis seria de cidade estado, mas Finley Moses diz que essa concepção
se caracteriza como errônea, uma vez que essa nomenclatura não sugere a devida
importância para os cidadãos do campo que caracterizavam a maior parte da
população. A polis era formada por cidadãos que possuíam certa liberdade política
dentro da própria cidade. Para ser um cidadão da polis devia-se cumprir alguns
requisitos importantes como: ser filhos de pais nascidos na polis, ser homem, residir na
polis e em alguns casos ter uma determinada renda mínima. Os considerados cidadãos
podiam participar livremente das Assembleias e decidir o destino que sua pólis iria ter,
o que foi chamado de democracia participativa. Em algumas poleis existia a ideia de
enfraquecimento da sociedade no qual era gerado quando as portas para cidadãos
estrangeiros eram abertas, como o exemplo de Esparta no pós Guerra do Peloponeso.
Por tudo isso, a polis grega não significava apenas uma delimitação territorial simples,
o conceito estende-se muito além de uma mera cidade, podendo ser caracterizada na
realidade como um grupo de pessoas atuando de maneira harmoniosa, assim sendo
uma maneira de organização interpessoal em que as pessoas se reuniam para tratar de
problemas comuns......

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