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Aula 1 – 27/02
Psicologia surge como fruto da filosofia >> filósofos falam do comportamento do ser
humano.
A filosofia veio dos mitos. Para o mito a verdade é dada. Para a filosofia a verdade é
procurada.
Pitágoras: para ele todas as coisas são números. Tudo, no universo, tem proporções
matemáticas.
Para aula que vem: ler os capítulos 1 dos livros “Convite à Filosofia” e “Filosofando:
introdução à filosofia”.
Aula 2
Outra cidade grande era Esparta. Se Atenas se desenvolvia pelas artes, em Esparta a
educação era focada na guerra, na batalha, nas artes marciais. Grande
desenvolvimento da parte física, esportes.
Meninos de 7 anos já eram treinados para a guerra.
Os primeiros filósofos são os pré-socráticos. Queriam debater o por que das coisas
serem como são. Desmitificar. Focavam, sobretudo na busca de explicações para a
natureza.
Já os pós-socráticos focam na busca do entendimento do Homem.
Tales de Mileto: “água”. Para ele a origem de tudo é a água. Ela é a substância inicial
de todas as coisas.
Tales é considerado o mais antigo filósofo do mundo. Também estudou a matemática
e a astronomia. Foi o primeiro a buscar explicação racional para os eclipses do sol e da
lua.
Heráclito: “fogo”. Filósofo do fogo. O fogo purifica e faz parte do espírito do Homem.
Este conceito vai inspirar os alquimistas.
Heráclito é o primeiro grande representante do pensamento dialético*.
* Dialética: arte inspirada no diálogo
Para ele o mundo estaria em constante transformação. Tudo pode ser, e tudo pode
mudar. A vida é um fluxo constante, impulsionado por forças contrárias:
ordem/desordem; bem/mal; justiça/injustiça etc.
Vir a ser >> devir.
Muitos diálogos chegaram a nós por seus discípulos (Sócrates não deixou nada
escrito).
Para os gregos a virtude é a qualidade essencial que faz do ser o que ele é.
É virtuoso o homem que tenta ser bom e perfeito usando a razão e o conhecimento
para atingir esse objetivo, por que essas qualidades são próprias do Homem.
O Homem deve buscar ser virtuoso.
Ironia: pela ironia, fazendo perguntas e respondendo-as com outras perguntas, leva-se
o interlocutor a cair em contradição. Sócrates conduzia o interlocutor a confessar a
própria ignorância e, ao fazê-lo, o interlocutor estaria disposto a percorrer o caminho
da verdade.
O trabalho do filósofo é questionar.
Destino de Sócrates
Pelos seus questionamentos (para se chegar ao conhecimento, para investigar)
Sócrates faz muitos inimigos, pois questiona a ordem estabelecida.
Ele é acusado de corromper a juventude e de desrespeitar os deuses da cidade. É
condenado a beber cicuta.
Após a morte de Sócrates, Platão viajou bastante, ampliando sua cultura e suas
reflexões.
Fundou sua própria escola de filosofia, construída por Academus, a academia.
Platão escrevia sobre suas ideias e resgatou grande parte do pensamento de Sócrates.
Não debatia nas praças, mas as pessoas que queriam debater iam para a academia.
Eram os filhos de aristocratas (camada da população que tinha acesso ao
conhecimento, que já debatiam nas praças, votavam, tinham influência).
Platão defende o inatismo. Nascemos como princípios racionais, com ideias inatas.
Segundo ele, existem 2 mundos: o inteligível e o sensível. No inteligível já nascemos
com algumas ideias.
Quando nascemos no mundo denominado sensível (o conhecido por todos) já temos
as ideias formuladas em nossas mentes, mas muito guardadas e, para serem utilizadas,
é preciso “relembrar” as ideias através do mundo inteligível.
Aula 3
Missão de Sócrates:
Conhecer a realidade humana, investigar o homem e sua alma.
A filosofia deve levar o homem a se conhecer a si mesmo, seus limites e suas
possibilidades.
Na busca da virtude ele faz com que as pessoas usem seu método como professor e
ele cria a maiêtuca (parir, tirar o conhecimento do outro).
Ele quer que as pessoas cheguem aos conceitos do que é justiça, o que é verdade.
Assim ele vai buscando fazer com que as pessoas cheguem aos conceitos e ele vai
eliminando os conceitos e trazendo novas perguntas. Vai eliminando definições
imperfeitas e fazendo as pessoas chegarem a um conhecimento mais puro, mais
completo.
Esse método também era chamado de ironia. Quando a pessoa responde e vc duvida
com outra pergunta, vc está sendo irônico. O princípio da ironia é o princípio da dúvida
quando o outro fala.
Por meio da ironia, fazendo perguntas e respondendo com outras perguntas, levava o
interlocutor a cair em contradição. Ele buscava levar o interlocutor a confessar sua
ignorância. Assim o interlocutor estaria disposto a percorrer o caminho da verdade.
Platão foi discípulo de Sócrates mas, diferente de Sócrates, era de família nobre e
fundou sua própria escola, a academia. Nesse lugar nem todas as pessoas poderiam
frequentar. Seriam as primeiras instituições de ensino superior do mundo ocidental,
sob a influência de Platão, A escola de filosofia foi a primeira escola de ensino superior.
Ensinava-se sobre a vida, virtude, verdade.... seguindo o pensamento de Sócrates, mas
com outra metodologia. Sócrates buscava lugares públicos. Platão chama pessoas para
irem para a academia, lugar mais elitizado, onde se discutia a filosofia. Era para os
filhos dos aristocratas.
Para Platão o conhecimento vem do mundo sensível, que é o mundo que é tirado a
partir da nossa percepção, nossa visão. E nossa visão é limitada, pq vivemos em
cavernas. Nós só sabemos o que percebemos, ouvimos, vemos.... vivemos dos nossos
sentidos. Por isso, para ele, o mundo sensível leva ao mundo das ideias.
Segundo platão os sentidos só podem nos fornecer os conhecimentos da sombra da
própria realidade. O conhecimento verdadeiro se consegue pela dialética, que é a arte
de colocar a prova todo conhecimento adquirido, purificando-o de toda imperfeição
para atingir a verdade.
Aristóteles
Discípulo de Platão, mas não compartilha do que diz Platão, pois Platão achava que o
conhecimento era inato, mas para Aristóteles o conhecimento vinha da experiência.
Muitas pessoas acreditam ainda que filho de peixe, peixinho é. Que determinados
conhecimentos são herdados.
Platão acredita ser importante conhecer a família do aluno, por acreditar no inatismo.
Filho de peixe, peixinho é
Hoje muitas pessoas fazem terapia conversando com a família, buscando conhecer os
antecedentes da família.
Aristóteles faz parte da tríade de filósofos mais importantes da Grécia. Deixaram seu
legado para a filosofia ocidental como entendemos ainda hoje.
Foi discípulo de platão e acompanhou alexandre magno na corte e, por estar mais
próximo ao governo, tinha mais acesso às informações de tudo que acontecia no
governo na Grécia e a partir daí ele faz seus estudos, com base em informações
privilegiadas
Ele sistematizou, buscou um método que sistematizasse o mundo das ideias e criou
alguns sistemas para que eles pudessem fluir. Separando seres vivos, ciências naturais,
para chegar a outros conhecimentos mais intelectuais.
Estudou formas de governo. Desenvolveu a retórica (estudo da argumentação).
Ou seja, sistematizou muito do que se estudava na época por métodos que
envolvessem tanto observação quanto memória, percepção... desenvolvimento do
conhecimento humano em algumas categorias
Para Aristóteles o que importava para o Homem era a busca pela felicidade. O Homem
deveria ter ações que fossem em direção ao alcance da felicidade. Para isso o homem
precisa basear suas ações através de virtudes. Ações virtuosas.
“A virtude consiste em saber encontrar o meio termo entre dois extremos”, ou seja,
buscar o entendimento, o equilíbrio.
A virtude / excelência moral surge a partir de cada ação humana, da decisão diária de
praticar atos justos. Ações justas, fazer o bem.
Aula 4
Epicurismo.
Religião
No período da queda do império romano a igreja vai ter força para dominar
organização social. A igreja terá tanta força que o conhecimento ficará restrito aos
mosteiros.
A partir de quando o império tornou a religião oficial, a igreja cristã começou a ganhar
força como uma religião muito poderosa.
Santo Agostinho (filósofo religioso da idade média) dizia que através da igreja o
homem podia buscar sentido para a vida, a verdade.
Ele diz, concordando com Epicuro, que a vida é consumida aos prazeres mundanos.
Ele busca o maniqueísmo e o cristianismo.
Sua mãe o fez repensar o cristianismo.
Santo Agostinho, na carta aos Romanos. Usa os mandamentos, mas coloca o amor ao
próximo como mandamento maior (amarás ao teu próximo como a ti mesmo).
Filosofia patrística fala que a criação do mundo foi feita por Deus.
Fala também do pecado original; Deus e a trindade una; encarnação e morte de Deus,
juízo final, ressureição; etc. Todas as verdades foram postas pelos padres, reveladas
por Deus. São os dogmas.
Muitos dizem que a idade média foi o período mais violento da história, pois todos que
não acreditassem nos princípios da igreja eram condenados à morte.
Lutero propunha outra ordem de coisas, que era mais contra o poder da igreja do que
por questões religiosas. Eram os cristãos novos, que foram também perseguidos e
mortos.
Agostinho defendia que embora tenha criado tudo que existe, deus não criou o mal pq
o mal não é algo, mas a falta ou deficiência de algo
O mal padecido por um homem cego é a ausência da visão. O mal em um ladrão é a
falta de honestidade. Agostinho tomou emprestado esse modo de pensar de Platão e
seus seguidores.
Livre arbítrio: é preciso compreender para crer e crer para compreender.
O livre arbítrio é possível desde que creia na igreja.
Agostinho: “Platão chegou às portas do céu mas não entrou por seu orgulho racional.
Faltou a ele, fé”.
Agostinho vê o império romano numa crise brutal, sendo saqueado por todos os lados,
ele vê o “Apocalipse”.
Santo agostinho retoma Platão com o mundo sensível e o mundo das ideias (mundo
perfeito), mas substitui o mundo das ideias pelo mundo divino, e para alcançar o
mundo divino (mundo perfeito) era preciso seguir o caminho da fé. Mundo sensível é o
mundo pagão.
Para ele a alma humana é superior ao corpo e, por isso, deve reinar e dirigi-lo à prática
do bem.
A verdadeira liberdade estaria na submissão do corpo ao espírito.
São Tomás de Aquino (filósofo religioso da idade média)
A educação passou a ter mais importância
Dominicano
Combate ao protestantismo
Conhecer para crer: uma das ideias centrais é a rejeição do absoluto antagonismo
entra a razão e a fé.
A fé leva ao conhecimento, mas por outro lado, quem tem virtudes morais e
intelectuais podem chegar ao conhecimento pleno, racional.
O governo (estado) deve existir, mas deve estar subordinado a religião, moral, igreja,
que visa o bem eterno das almas. Por isso a igreja domina tudo, sociedade,
comportamento. A moral era toda voltada a moral ditada pela igreja católica. O resto é
condenado. Começa essa ideia com santo Agostinho, mas intensifica com são Tomás.
ST:
1ª - O primeiro motor (o que move as pessoas): primeiro ser movente, que não seja
movido por nenhum outro: DEUS
2ª - causa eficiente – efeitos de alguma coisa, da causa primeira não há efeito sem
causa (Deus).
3ª - ser necessário e ser contingente – algo que existe e pode deixqr de existir, mas
admitir que há um ser que sempre existiu, causa da necessidade de todos os seres
contingentes, ser necessário (DEUS)
4ª - os graus de perfeição – há a existência de graus de perfeição. Uma coisa possui
mais ou menos determinadas qualidades. E o máximo e perfeição é o máximo de
bondade, beleza, poder, verdade (Deus). O poder de Deus acima de todas as coisas
5ª - a finalidade do ser – existe algum ser inteligente que dirige todas as coisas da
natureza para que cumpram seu objetivo (Deus).
A filosofia da escolástica
Dada a necessidade de formação em larga escala de sacerdotes e da forte implicação
cultural e educacional para a fé católica promovida pelo império Carolingio, a igreja
católica criou escolas e universidades para ensinar e formar pensadores e novos
sacerdotes.
A igreja romana se tornou cada vez mais forte, dominava a europa, coroava reis,
organizava Cruzadas, criava as ecolas.
Renascimento = antropocentrismo.
Se desenvolve o mercantilismo, descoberta de novas terras. Se desenvolve o que
levará ao pensamento moderno.
Divina comédia: personagem central é o signo do ser humano, que tem seus desejos,
momentos de dúvida. Mostra o ser humano diante do bem e do mal.
Vai haver uma separação da igreja, quer perde poder, sobretudo financeiro.
Aula 5 - revisão
Aula 6 – (prova)
Aula 7
Século XVIII
O criticismo Kantiano
A origem do conhecimento no séc XVIII = 2 correntes
Racionalismo e empirismo
Os racionalistas priorizam a razão e aceitam a existência de ideias inatas
independentes, independentes da experiência.
Kant vai buscar uma síntese entre o racionalismo e o empirismo. Para ele, o
conhecimento vem de fora, do mundo exterior e se adapta à nova estrutura
racionalmente. A aprendizagem é individual.
Aula 8
Século 18 temos o desenvolvimento da filosofia, fisiologia e sociologia. São 3 áreas de
estudo que se complementam.
As pessoas que queriam se dedicar a parte acadêmica, faziam, muitas vezes, esses 3
estudos.
A existência desses interesses antagônicos vai gerar conflitos que ficam explícitos
através das greves, movimentações por aumento de salário, ampliação de direitos....
São conflitos ocorridos entre as classes sociais. Isso tudo leva a uma mudança social
que gerará as revoluções que ocorrerão pela luta de poder.
No brasil ocorrerá por volta de 1920, 1930, pq esse processo da industrialização surge
depois da revolução industrial. Muitos fogem de seus países na Europa e vêm para o
brasil, e trazem as máquinas e o conhecimento das indústrias. O brasil vai se tornando,
aos poucos, numa sociedade industrializada.
No brasil, os latifundiários que exportavam café, açúcar, perdem seu poder aquisitivo
pq não conseguem mais exportar para a Europa, que está em guerra. Os latifundiários
vendem suas fazendas e aplicam o dinheiro nas indústrias. Isso muda o processo social
e econômico no brasil, com o processo de desenvolvimento. A população analfabeta
foi estimulada a estudar. O governo cria a escola pública para as pessoas serem
alfabetizadas para poderem trabalhar nas fábricas.
Esse curso primário, ginásio, fica até quase 1970. Só em 70, com o desenvolvimento d
tecnologia, das máquinas mais complexas, vai haver uma pressão da sociedade para
haver ampliação da escolaridade. A pressão para as pessoas saírem mais preparadas
da escola para poderem operar essas máquinas mais complexas. O homem precisava
estar mais preparado para operar as máquinas.
As escolas passaram a ter o primeiro grau (8 anos). Em 93 surge a terceira lei que
transforma o que é hoje (fundamental e médio, para preparar para o curso superior).
Isso tudo leva a uma diferença entre as classes sociais. Além do acesso as ferramentas
e poder aquisitivo, há diferença no nível educacional de cada um, potencializando a
diferença das classes sociais.
O marxismo sugere que haja ruptura no capitalismo e um sistema social e político que
trouxesse maior igualdade. Para romper com as desigualdades sociais.
Segundo O Capital, em 200 anos o capitalismo levaria muitas pessoas à miséria, falta
de condições.
Muitos rejeitaram essas teorias sociais porque sugeriam mudança e os que estavam no
poder rejeitavam essas ideias discutidas entre teóricos que desejavam a mudança.
A principal crítica que marx fazia era relacionada ao aspecto religioso. Ele dizia que
através da religião as pessoas ficavam alienadas. Não lutavam pela melhoria de sua
condição de vida e se acomodavam. Para ele o cristianismo é uma projeção da
psicologia humana numa forma de acreditar que não se pode haver mudança de
expectativa. As pessoas ficariam conformadas, alienadas.
Marx analisa o dinamismo social, relações políticas e econômicas. Ele conclui que o
cristianismo é uma das expressões da alienação humana fundamental que tem raízes
econômicas. A classe mais carente é a que mais se conforma com sua situação, que é
mais explorada pelos aspectos religiosos.
O trabalho aliena e a religião reforça com o conformismo.
Marx critica o modo de produção capitalista e a religião faz com que as pessoas,
alienadas, aceitem.
O ateísmo de Marx
Embora tenha sido educado em escolas cristãs, Marx desde cedo assume uma postura
de indiferença e de crítica à religião.
Entretanto, até os 18 anos, ele não havia professado seu ateísmo.
Isso só acontece quando começa a frequentar, em Berlim, o Doktorclub, o círculo dos
jovens hegelianos empenhados em combater a religião em nome da filosofia.
Ludwig Feuerbach
A natureza é dura com os humanos e os nossos sofrimentos não são ouvidos pela
natureza e necessitamos ser ouvidos, acalentados, compreendidos e como a natureza
não nos ouve, acalenta ou compreende, nós buscamos tudo isso em algo fora de nós e
fora da natureza em um Deus.
Nós construímos deuses para que eles sejam o que não somos, construímos Deuses
para explicar o que não explicamos, ser o que não somos e poder o que não podemos.
E em relação com esse Deus, que é o que não somos, podemos, de alguma forma,
também, ser o que percebemos não poder ser.
Em Deus nós projetamos a nossa essência e projetamos o que não conseguimos ser
em essência.
Para ele, Deus é uma criação do ser humano. Cria para que possa ter um acalanto,
resposta para suas frustrações.
O mistério humano vai ser desvendado pelo mistério divino, mas não o humano como
criação do divino, e sim o divino como criação do humano, pois não é Deus que cria o
Homem e sua condição, mas o homem que cria Deus e suas condições.
O espírito divino é a abstração do espírito humano.
Kant
Segundo Kant, essas perguntas que se faz a respeito de como o homem chega a
adquirir o conhecimento surgem a partir do conhecimento do próprio sujeito, de suas
experiencias, de suas vivencias.
Kant coloca a razão no centro das investigações, para que primeiro fosse examinado
como se processa e se fundamenta o conhecimento e o que é possível conhecer.
Através de conteúdos empíricos ele dirá que o que buscamos conhecer dependerá de
nossas experiencias, das experiencias que temos com os objetos. Vai depender de
nossas vivencias.
O pensamento de Kant é, portanto, aquele que junta o racionalismo com o empirismo.
É importante a razão e, também, a experiencia.
Não basta memorizar. É preciso relacionar esse novo aprendizado a algo que já
trazemos. Associar o racional ao empírico (nossas experiências).
Kant escreve:
Crítica da razão pura: verifica os limites da razão, do conhecimento e sua contribuição
real para a ciência.
Crítica da razão prática: fala sobre valores, ética (arte do bem viver)
Ética para Kant é dever e não da felicidade (a felicidade subordinada ao dever)
A felicidade é passageira, muda com o tempo.
Crítica da razão prática: ética kantiniana: agir de tal forma que sua ação seja
considerada como norma universal.
Ações individuais só pensam no indivíduo. Devemos pensar e agir para o bem comum.
Aula 9
O contexto histórico do século 18 ainda era bastante impregnado pela religião, perda
do poder da igreja e o poder passando para a burguesia. Isso introduz a filosofia.
Ele não se dedica à igreja, e sim à filosofia, que está bastante impregnada dos assuntos
religiosos. No século XIX ela é mais voltada para o desenvolvimento científico, com a
fisiologia e, depois a psicologia.
Pode-se estudar corpo e mente.
Na filosofia o idealismo é uma corrente filosófica que faz das ideias o princípio
interpretativo do mundo. Ou seja, segundo o idealismo, conhecemos o mundo a partir
das ideias que temos feito de todas as coisas materiais.
A filosofia se torna uma ciência que vai estudar o cotidiano. Vai estudar o mundo
segundo as coisas materiais.
O que faz com que o conhecimento sempre seja contextualizado. As pessoas vão
mudando a forma de pensar e agir, adquirindo novos conceitos, formas de viver, de
acordo com o contexto social, de acordo com as descobertas do mundo. Mudam
moda, hábitos alimentares etc. Mudanças que a própria sociedade vai desenvolver.
Em um TCC, define-se uma tese e a bibliografia usada precisa ter quem concorde com
a tese e quem discorde (antítese). Depois há a conclusão.
Hegel
Filósofo do século 18 que acreditava no poder do racional, do pensamento,
consequentemente, que tudo poderia ser explicado através de categorias reais.
Categorias (dividir o estudo em partes, tópicos).
Atena -> a sabedoria só pode enxergar o que passou -> ver de cima
HEGEL E MARX
Marx estudou Hegel mas discorda de sua teoria
Para Marx não é o geist o realizador, mas o próprio Homem em busca da sua
sobrevivência com seus meios materiais de produção.
Para ele a ação do ser humano para garantir sua sobrevivência e a busca dos bens
materiais é o que importa.
Hegel era idealista, achando que o homem era capaz de grandes realizações pelo
pensamento, Marx achava que o homem era capaz de grandes realizações pelas suas
ações concretas. Ele era materialista. Ele estava preocupado com a maneira como o
homem buscava os bens materiais.
A diferença entre eles é que enquanto Hegel era idealista e analisava o homem como
ser capaz de grandes ideias, Marx diz que o homem trabalha para sua sobrevivência,
com ações concretas.
Exemplificando
É como se para Hegel (o ideal realizando o material) – uma superestrutura realizando
uma infraestrutura
Para Marx é o oposto (o material realizando o ideal), uma infraestrutura realizando
uma superestrutura.
Infraestrutura é tudo o que acontece de concreto.
Superestrutura é o que acontece no campo das ideias.
Para Hegel, o importante é o campo das ideias e, através delas, chegar à realização
Para Marx, o importante é o que acontece de concreto e pode levar o homem às
realizações.
Hegel – idealista
Marx – materialista
Consciência sensível
Os sentidos -> percepção -> a interpretação que fazemos do mundo
Os sentidos são a primeira percepção que temos de tudo. Os sentidos nos levam a ter
sensações. Vejo algo, lembro de tal coisa; sinto um cheiro, penso em tal coisa; encosto
o braço no ferro quente, tenho a sensação de dor.
Consciência infeliz: quando nos damos conta de que estamos sozinhos, já que o
mundo é o que é porque depende do nosso julgamento
Nós é que damos sentido a tudo que está ao nosso redor -> perigo de acharmos que
nada mais tem sentido a não ser nós mesmos
Consciência em-si-para-si (espírito absoluto): Usando nossa consciência infeliz
(autoconsciência) devemos partir para a ação -> transformação do mundo
O homem tem de viver em dois mundos que se contradizem(...) O espírito afirma que
o seu direito e a sua dignidade perante a anarquia e a brutalidade da natureza à qual
devolve a miséria e a violência que ela o faz experimentar.
Os 2 mundos são o espiritual e o material; plano das ideias e plano real.
Mas esta divisão da vida e da consciência cria para a cultura moderna e para a sua
compreensão a exigência de resolver uma tal contradição (Hegel).
Mas esta divisão da vida e da consciência cria para a cultura moderna e para a sua
compreensão a exigência de resolver a contradição entre o mundo das ideias e o
mundo real.
Hegel tomando como ponto de partida a noção de Kant de que a consciência (ou
sujeito) interfere ativamente na construção da realidade, propõe o que se chama de
filosofia do devir, ou seja, de ser como o processo de movimento, o que pode vir a
acontecer
A dialética ensina que todas as coisas e ideias morrem: essa força destruidora é
também a força motriz do processo histórico. A ideia central é a de que a morte é
criadora, é geradora.
Todo o ser contém em si mesmo o germe da sua ruína e, portanto, da sua superação.
O movimento da dialética se faz em três etapas: tese, antítese e síntese (ou seja, a
afirmação, negação e negação da negação).
Dialética de Hegel
Dialética do senhor e do escravo -> se acha superior, mas precisa do escravo para ser
(assim é nossa consciência em relação ao outro).
Relação de dependência -> precisamos do outro para termos sentido
Ex.: filme o Náufrago.
Hegel desenvolveu o chamado idealismo absoluto, utilizado como base para várias
áreas do conhecimento como a política, a psicologia, a arte, a religião e a filosofia.
A teoria afirma que quaisquer contradições e dialéticas podem ser resolvidas com a
criação de um modelo que pode refletir no indivíduo e no Estado.
O filósofo alemão Hegel defende que a razão é histórica e não algo abstrato, como
propõe Kant.
Hegel entende que a realidade é um processo histórico dinâmico e contraditório. (se
modifica, evolui, mas contraditório pq muitas vezes o que era padrão, deixa de ser e
passa a haver novo padrão).
O botão é a afirmação.
A flor é a contradição, e a negação do botão.
O fruto é uma categoria superior, a superação da contradição entre botão e flor.