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INTRODUÇÃO AO PENSAMENTO FILOSÓFICO – Anotações das aulas

Aula 1 – 27/02

História do pensamento filosófico


Foco central (ementa): de onde vem a psicologia.

Psicologia surge como fruto da filosofia >> filósofos falam do comportamento do ser
humano.

O que é e porque estudar filosofia?

1os filósofos: Sócrates, Platão, Aristóteles.

Sócrates criou a maiêutica – dar à luz. Dar à luz as ideias.


Método socrático: dialogar. O princípio de Sócrates é a dúvida. Ele fazia perguntas e
quando o aluno respondia, ele argumentava. Método do diálogo. A pedagogia
moderna foge 1 pouco do modelo onde o professor fala e o aluno ouve. Há diálogo.

Sócrates entende que nunca chegamos ao conhecimento, que estamos sempre


aprendendo. Só paramos de aprender quando morremos. A aprendizagem é ao longo
da vida.

Aprendemos com os primeiros filósofos a democracia, que é fruto da atuação destes


(reuniões em praças públicas, onde se discutia com o povo e se colocava em votação).

Consciência mítica: é a crença nos mitos.


Mitos são ideias, lendas, crenças pela fé.
Passado via oral. Também é chamado de senso comum.

A filosofia é contra. Para ela, é preciso um pensamento racional.

Temos mitos na tradição: mitologia grega; nossos índios.... Buscam interpretação da


realidade pelos mitos.

Consciência mítica relaciona o ser humano com o sagrado e, através de metáforas,


exemplos, comparações, linguagem figurada.
Transmite valores, crenças, padrões de conduta.
Mitos falam da origem do mundo, do homem, plantas, animais. Falam sobre a vida e a
morte.

A filosofia veio dos mitos. Para o mito a verdade é dada. Para a filosofia a verdade é
procurada.

A filosofia busca a verdade dos fatos.


Pré Socráticos:
Tales de Mileto: origem do cosmos. Universo. Teoria cosmológica – origem na água
(tudo vem da água). Busca pela racionalidade para estudar o universo.
(Cosmologia: estudo do cosmos. Cosmogonia: estuda o universo pelos mitos)

Anaximandro de Mileto: era geógrafo, matemático, astrônomo e político. Sempre


analisava os opostos.
Busca explicar de forma mais abstrata o que o mito explica de forma mais concreta,
porque o pensamento racional é mais abstrato.

Pitágoras: para ele todas as coisas são números. Tudo, no universo, tem proporções
matemáticas.

Heráclito: filósofo do fogo. O agente transformador é o fogo. Purifica e faz parte do


espírito dos homens.

Os pré-socráticos buscam explicações para os fenômenos naturais. Já, Sócrates, vai


para o ser humano.

Há filósofos atuais. Exemplo: Edgard Morin (francês).


Ele escreve sobre a complexidade do homem. Discute como fazer para compreender o
ser humano. Os conhecimentos precisam ser integrados.
Os filósofos buscam a essência, o todo, para melhor entender a racionalidade, o
pensamento racional.

Para aula que vem: ler os capítulos 1 dos livros “Convite à Filosofia” e “Filosofando:
introdução à filosofia”.

Aula 2

Grécia – berço da civilização ocidental.


Dos gregos herdamos a filosofia e a cultura.
Atenas era uma das principais cidades, onde se deu o princípio da democracia, mas
que não era para todos. Faziam reuniões em praças públicas e as decisões mais
importantes eram votadas, mas as mulheres e escravos não votavam, não
participavam, não podiam ler/escrever. Idosos também não participavam.

A Educação começa em Atenas, para desenvolvimento do teatro, das artes. O teatro


fazia uso de máscaras para representar mulheres, pois estas não podiam atuar.

Outra cidade grande era Esparta. Se Atenas se desenvolvia pelas artes, em Esparta a
educação era focada na guerra, na batalha, nas artes marciais. Grande
desenvolvimento da parte física, esportes.
Meninos de 7 anos já eram treinados para a guerra.

Partenon: exposições artísticas, peças de teatro, reuniões importantes.


Teatro: era ao ar livre. Os temas eram sociais. Depois das apresentações havia
debates.

A mitologia grega é muito rica.


O mito é crença transmitida pela oralidade, passada de geração para geração.
Zeus era o deus maior (deus dos demais deuses). Havia deuses para diversas diferentes
coisas (deus do amor, deus do trovão, etc).

A filosofia surge para combater e desmitificar. Desenvolver um estudo para debater o


mito.

Os primeiros filósofos são os pré-socráticos. Queriam debater o por que das coisas
serem como são. Desmitificar. Focavam, sobretudo na busca de explicações para a
natureza.
Já os pós-socráticos focam na busca do entendimento do Homem.

Pré-socráticos: séc VII a.C. Chamado de período Naturalista.


Eles buscam explicações racionais / científicas para os acontecimentos e constroem a
cosmologia (estudo do universo pelo raciocínio, e não pela crença).
O oposto é a cosmogonia (explicação da origem do universo pelos mitos).

Tales de Mileto: “água”. Para ele a origem de tudo é a água. Ela é a substância inicial
de todas as coisas.
Tales é considerado o mais antigo filósofo do mundo. Também estudou a matemática
e a astronomia. Foi o primeiro a buscar explicação racional para os eclipses do sol e da
lua.

Anaximandro de Mileto: “ápeiron”. O princípio universal para tudo é o ápeiron (o ar)


Geógrafo, matemático, astrônomo, político. Pensa a Terra como um disco suspenso no
ar.
Tudo depende do ar, principalmente pelo estudo dos opostos (frio/calor; água/fogo).
Tudo vem do ar e gera pares opostos.

Anaxímenes de Mileto: “ar”. É continuador do pensamento de Anaximandro. Para ele


tudo vem do movimento do ar. O ar é a respiração, a vida. E, como tudo deriva do ar, o
fogo é o ar rarefeito. A água, a terra, a pedra, tudo são formas cada vez mais
condensadas do ar.

Pitágoras: “números”. Culto à matemática.


Para ele, todas as coisas são números. Tudo na natureza contém a matemática. Os
números são o princípio gerador de tudo. A essência de todas as coisas reside nos
números. O número seria a união de um elemento a outro.

Heráclito: “fogo”. Filósofo do fogo. O fogo purifica e faz parte do espírito do Homem.
Este conceito vai inspirar os alquimistas.
Heráclito é o primeiro grande representante do pensamento dialético*.
* Dialética: arte inspirada no diálogo
Para ele o mundo estaria em constante transformação. Tudo pode ser, e tudo pode
mudar. A vida é um fluxo constante, impulsionado por forças contrárias:
ordem/desordem; bem/mal; justiça/injustiça etc.
Vir a ser >> devir.

Parmênides de Eléia: Se opõe a Heráclito. Para ele, o mundo é imutável. Há 2 caminhos


para compreender a realidade:
1) A filosofia/razão:
2) Crendice/opinião pessoal.
O mundo é uma ilusão. Os homens vivem de aparência. Nem tudo o que se vê é real.
Cabe à razão interpretar, explicar e compreender.

Empédocles de Agrigento: a unidade de tudo o que se ama.


Terra, fogo, água, ar. Todos os elementos da natureza são importantes.
Há duas forças fundamentais e responsáveis pela movimentação do universo: o amor e
o ódio.
O amor une os elementos e o ódio separa os elementos.
A morte seria a desagregação dos elementos.
A morte (assim como a vida) são mistérios que geram grande interesse de estudo para
a filosofia.

Demócrito de Abdera: “átomo” e a diversidade.


Começa, nessa época, a ideia de que o Homem é um microcosmo. Ele é um átomo
diante do universo. Surge a teoria do atomismo: tudo que existe é formado por
átomos (algo que não se enxerga e que não se pode dividir).
Outro conceito de Demócrito é que o universo é infinito.

Pós-socráticos: começam a se interessar pelo comportamento humano, tirando o foco


principal da natureza.

Sócrates: com o desenvolvimento das cidades a vida em sociedade passa a ser


importante.
Sócrates vive em uma cidade grande e, por isso, sua preocupação central é: como devo
viver?
Como viver em sociedade.
Há o deslocamento de várias pessoas para Atenas, que estava se tornando uma cidade
onde as pessoas iam para estudar.
Em Atenas, Sócrates desenvolve a questão das normas de convivência (preocupação
com a vida do ser humano).
Debatiam questões importantes para o convívio social (ética, fazer o bem, virtudes,
política, etc).
A filosofia é exposta em diálogos críticos.
Maiêutica: Parir. Dar à luz. Dar à luz as ideias, através do diálogo. É o método para
chegar ao conhecimento.
Ele andava pela cidade e debatia com as pessoas interessadas nos assuntos sobre a
vida em sociedade.
Para Sócrates, o papel do filósofo é fazer com que as pessoas cheguem ao
conhecimento e, para isso, criou a maiêutica. Ela leva as pessoas a perceberem sua
ignorância.
O conhecimento está dentro da pessoa e virá à tona. Ela vai “parir” esse
conhecimento.

Muitos diálogos chegaram a nós por seus discípulos (Sócrates não deixou nada
escrito).

Foi muito combatido por questionar os valores sociais.


Seu método também era chamado de ironia: duvidar das respostas recebidas para
forçar o interlocutor a refletir mais e mais.

Sócrates defendia que para viver bem é preciso ser sábio.


A arte de viver bem é uma virtude. É a busca de uma vida saudável.
Mas, como atingir a sabedoria? Pelo pensamento crítico; pela reflexão. Sabedoria é
fruto de muita investigação, que começa pelo conhecimento de si mesmo.
Para Sócrates, deve-se seguir a inscrição do templo de Apolo: “conhece-te a ti
mesmo”. Essa é uma das primeiras máximas. Quando o homem se conhece bem,
conclui que não sabe nada.
Para ser sábio é preciso confessar a própria ignorância (“só sei que nada sei”).
Quanto mais se busca, mais incertezas se tem. Mais é preciso buscar e aprender.

A missão de Sócrates é conhecer a realidade humana, investigar o homem e sua alma


A filosofia deve levar o homem a conhecer a si mesmo, suas limitações e
possibilidades.

Sócrates também busca a justiça e a solidariedade.


Analisa e estuda as relações do Homem com ele mesmo, com os outros, e dos outros
para com si mesmo.
Para Sócrates, o fato do Homem ser ignorante faz com que ele cometa erros. Justifica-
se os erros com o desconhecimento.

Para os gregos a virtude é a qualidade essencial que faz do ser o que ele é.
É virtuoso o homem que tenta ser bom e perfeito usando a razão e o conhecimento
para atingir esse objetivo, por que essas qualidades são próprias do Homem.
O Homem deve buscar ser virtuoso.

O contrário da virtude é o vício: ação do homem caracterizada pela ignorância, que é


a ausência da razão e do conhecimento.
Para Sócrates, o modo de viver com virtude é buscar o desenvolvimento da razão e do
conhecimento, e não buscando riquezas materiais que, geralmente, desviam o Homem
do caminho da virtude.

Sócrates acreditava que uma mente submetida a um interrogatório é capaz de


explicitar conhecimentos adormecidos na sua alma. Ele e Platão acreditam que a alma,
antes de se unir ao corpo, contempla as ideias na sua essência, no mundo das ideias.
Bastava, então, fazer um esforço para recordar. Assim, conhecer seria recordar. A alma
tem a essência do ser humano, onde está o conhecimento.
O objetivo mais importante do diálogo é encontrar o conhecimento. Eliminando
definições imperfeitas, vai se chegando ao conceito mais puro, mais correto.

Ironia: pela ironia, fazendo perguntas e respondendo-as com outras perguntas, leva-se
o interlocutor a cair em contradição. Sócrates conduzia o interlocutor a confessar a
própria ignorância e, ao fazê-lo, o interlocutor estaria disposto a percorrer o caminho
da verdade.
O trabalho do filósofo é questionar.

Destino de Sócrates
Pelos seus questionamentos (para se chegar ao conhecimento, para investigar)
Sócrates faz muitos inimigos, pois questiona a ordem estabelecida.
Ele é acusado de corromper a juventude e de desrespeitar os deuses da cidade. É
condenado a beber cicuta.

Platão: discípulo de Sócrates.


Filho de uma família ateniense. Seu nome verdadeiro era Arístocles. Platão significa
“ombros largos”.

Após a morte de Sócrates, Platão viajou bastante, ampliando sua cultura e suas
reflexões.
Fundou sua própria escola de filosofia, construída por Academus, a academia.

Platão escrevia sobre suas ideias e resgatou grande parte do pensamento de Sócrates.
Não debatia nas praças, mas as pessoas que queriam debater iam para a academia.
Eram os filhos de aristocratas (camada da população que tinha acesso ao
conhecimento, que já debatiam nas praças, votavam, tinham influência).

Do mundo sensível das opiniões ao mundo inteligível das ideias.


Para Platão, os sentidos só podem fornecer conhecimento das sombras da verdadeira
realidade e, através deles, só podemos ter opinião.
O conhecimento verdadeiro se consegue pela dialética, que é a arte de se colocar à
prova o conhecimento adquirido.
Platão acredita que o conhecimento é inato ao ser humano.

Aristóteles, discípulo de Platão, já acha que só é possível ter conhecimento pela


experiência e a percepção, ou seja, deve ser adquirido.

Platão defende o inatismo. Nascemos como princípios racionais, com ideias inatas.
Segundo ele, existem 2 mundos: o inteligível e o sensível. No inteligível já nascemos
com algumas ideias.
Quando nascemos no mundo denominado sensível (o conhecido por todos) já temos
as ideias formuladas em nossas mentes, mas muito guardadas e, para serem utilizadas,
é preciso “relembrar” as ideias através do mundo inteligível.

Aula 3

O Mito da Caverna – Platão

Como podemos entender o mito da caverna atualmente?


Para sair da caverna é preciso ter humildade.

Sócrates pensava sobre a vida humana, as questões da época.


Ele discute o convívio na sociedade, questões éticas, políticas, etc. Temas bastante
atuais na história da humanidade.

A filosofia de Sócrates: toda sua filosofia é exposta em diálogos críticos.


Principais questionamentos deixados por Sócrates: virtude do viver bem. Como atingir
a sabedoria? Muita investigação que começa pelo conhecimento do si mesmo.

Segundo ele, deve-se seguir a inscrição do templo de Apolo: conhece-te a ti mesmo.


À medida que as pessoas se conhecem bem, concluem que não sabem nada. Para sair
da caverna é preciso ter humildade.

Para ser sábio é preciso confessar a própria ignorância.

Missão de Sócrates:
Conhecer a realidade humana, investigar o homem e sua alma.
A filosofia deve levar o homem a se conhecer a si mesmo, seus limites e suas
possibilidades.

Sócrates busca tirar as pessoas da ignorância.


Busca a justiça e solidariedade. Principalmente como vê a organização das sociedades,
quer investigar as questões de relação do homem consigo mesmo e com os outros.
Para ele o Homem erra por conta da ignorância. E faz com que seus alunos nunca se
satisfaçam com as respostas dadas. O papel dele é gerar dúvida no aluno. Quanto
mais dúvida, melhor, pq só começamos a aprender quando temos dúvidas.
Ele não se achava sábio. Procurava fazer com que as pessoas admitissem que nada
sabem pois, só assim, vão em busca do conhecimento real e verdadeiro.
Com isso arrumou inimizade, pois achava que ninguém, chegava à verdade, e havia
muitas pessoas que se consideravam sábias.
Para os gregos a virtude era a qualidade essencial que faz do ser o que ele é, assim é
virtuoso o homem que tenta ser bom e perfeito utilizando a razão e o conhecimento
para atingir esse objetivo pq essas qualidades são próprias do homem.
O contrário da razão é o vício (o contrário da virtude)

O contrário da virtude é o vício que é caracterizado basicamente pela ignorância.

Na busca da virtude ele faz com que as pessoas usem seu método como professor e
ele cria a maiêtuca (parir, tirar o conhecimento do outro).

O conhecimento está dentro da pessoa e fica obscuro e, pela reflexão, investigações, é


possível parir uma ideia.

Para Sócrates, uma mente submetida a um interrogatório é capaz de explicitar ideias


que estavam dentro de si. Conhecer é recordar.

Ele quer que as pessoas cheguem aos conceitos do que é justiça, o que é verdade.
Assim ele vai buscando fazer com que as pessoas cheguem aos conceitos e ele vai
eliminando os conceitos e trazendo novas perguntas. Vai eliminando definições
imperfeitas e fazendo as pessoas chegarem a um conhecimento mais puro, mais
completo.

Esse método também era chamado de ironia. Quando a pessoa responde e vc duvida
com outra pergunta, vc está sendo irônico. O princípio da ironia é o princípio da dúvida
quando o outro fala.
Por meio da ironia, fazendo perguntas e respondendo com outras perguntas, levava o
interlocutor a cair em contradição. Ele buscava levar o interlocutor a confessar sua
ignorância. Assim o interlocutor estaria disposto a percorrer o caminho da verdade.

Ele procurava desmitificar = afastar do mito.

Condenado a tomar veneno.


Ele não aceitou ser defendido por seus alunos, pois se aceitasse defesa, estaria
assumindo estar errado, e ele não aceitava isso.

Autoconhecimento buscando responder:


Quem sou eu?
Ou
Como os outros me veem?

Platão foi discípulo de Sócrates mas, diferente de Sócrates, era de família nobre e
fundou sua própria escola, a academia. Nesse lugar nem todas as pessoas poderiam
frequentar. Seriam as primeiras instituições de ensino superior do mundo ocidental,
sob a influência de Platão, A escola de filosofia foi a primeira escola de ensino superior.
Ensinava-se sobre a vida, virtude, verdade.... seguindo o pensamento de Sócrates, mas
com outra metodologia. Sócrates buscava lugares públicos. Platão chama pessoas para
irem para a academia, lugar mais elitizado, onde se discutia a filosofia. Era para os
filhos dos aristocratas.
Para Platão o conhecimento vem do mundo sensível, que é o mundo que é tirado a
partir da nossa percepção, nossa visão. E nossa visão é limitada, pq vivemos em
cavernas. Nós só sabemos o que percebemos, ouvimos, vemos.... vivemos dos nossos
sentidos. Por isso, para ele, o mundo sensível leva ao mundo das ideias.
Segundo platão os sentidos só podem nos fornecer os conhecimentos da sombra da
própria realidade. O conhecimento verdadeiro se consegue pela dialética, que é a arte
de colocar a prova todo conhecimento adquirido, purificando-o de toda imperfeição
para atingir a verdade.

Aristóteles
Discípulo de Platão, mas não compartilha do que diz Platão, pois Platão achava que o
conhecimento era inato, mas para Aristóteles o conhecimento vinha da experiência.

Muitas pessoas acreditam ainda que filho de peixe, peixinho é. Que determinados
conhecimentos são herdados.
Platão acredita ser importante conhecer a família do aluno, por acreditar no inatismo.
Filho de peixe, peixinho é
Hoje muitas pessoas fazem terapia conversando com a família, buscando conhecer os
antecedentes da família.

Aristóteles faz parte da tríade de filósofos mais importantes da Grécia. Deixaram seu
legado para a filosofia ocidental como entendemos ainda hoje.
Foi discípulo de platão e acompanhou alexandre magno na corte e, por estar mais
próximo ao governo, tinha mais acesso às informações de tudo que acontecia no
governo na Grécia e a partir daí ele faz seus estudos, com base em informações
privilegiadas

Fundou o liceu (escola de filosofia) no tempo de Apolo Liceano.


Se dedicava às ciências naturais, enquanto a academia de Platão voltava-se mais para a
matemática.
Vai sistematizar um pouco mais o estudo e a pesquisa
Ao contrário de Platão, Aristóteles defendia que a origem das ideias era pela
observação do mundo natural, no sentido da experimentação do mundo natural, das
coisas que se observa. Por isso a importância do mundo sensível (ligado aos 5 sentidos,
as experimentações). Esse mundo sensível leva ao mundo das ideias, o mundo
inteligível. A primeira coisa é observar pelos sentidos.
Para ele há 6 formas (graus) de conhecimento:
- Sensação: se obtém a partir dos sentidos, das emoções do que se ve, ouve, etc.
- Percepção: (vem a partir da sensação)
- Imaginação
- Memória
- Raciocínio
- Intuição
Para ele o conhecimento é formado no nível empírico pelas sensações que se recebe.
Há uma diferença entre o mundo sensível e o mundo intelectual, se chega ao
intelectual pelo sensível, das coisas, dos objetos.
A intuição é um grau elevado de conhecimento, puramente intelectual.
A intuição é o conhecimento que se consegue prever, intuir, antecipar.

Ele sistematizou, buscou um método que sistematizasse o mundo das ideias e criou
alguns sistemas para que eles pudessem fluir. Separando seres vivos, ciências naturais,
para chegar a outros conhecimentos mais intelectuais.
Estudou formas de governo. Desenvolveu a retórica (estudo da argumentação).
Ou seja, sistematizou muito do que se estudava na época por métodos que
envolvessem tanto observação quanto memória, percepção... desenvolvimento do
conhecimento humano em algumas categorias

Para Aristóteles o que importava para o Homem era a busca pela felicidade. O Homem
deveria ter ações que fossem em direção ao alcance da felicidade. Para isso o homem
precisa basear suas ações através de virtudes. Ações virtuosas.

“A virtude consiste em saber encontrar o meio termo entre dois extremos”, ou seja,
buscar o entendimento, o equilíbrio.

A virtude / excelência moral surge a partir de cada ação humana, da decisão diária de
praticar atos justos. Ações justas, fazer o bem.

A virtude está no meio


Ele busca através de uma tese que do que o meio termo em relação a nós é o que não
é nem demasiado, nem pouco. Mas nem todos chegarão à virtude.
A pessoa corajosa não seria aquela que não tem medo de nada, mas sim, a pessoa que
resguarda uma parcela de temor, a cautela, pela qual mantém sua capacidade de ação
sem colocar em risco sua vida.

Justa medida é a busca do meio termo. É a virtude essencial.

A busca pela felicidade está em ir em busca da justa medida. O princípio da virtude.


Fazer o bem fugindo dos vícios.

Aula 4

Epicuro 341 a.C.

Epicurismo.

Onde está a felicidade.


Seria uma vida saudável. As pessoas têm dificuldade em alcançar a felicidade pq
buscam onde ela não está. O que não da o prazer real é uma extravagância.
O prazer momentâneo gera dor na alma. Passamos a buscar mais e mais.
Ideal é buscar a vida sem excessos. Da continuidade a Aristóteles: vida justa,
temperança.

Religião
No período da queda do império romano a igreja vai ter força para dominar
organização social. A igreja terá tanta força que o conhecimento ficará restrito aos
mosteiros.

A grande questão no período da idade média era a relação entre fé e razão,


importância da teologia, religião, no pensamento de todos.
O apelo para a fé, para as questões religiosas.
A igreja vem da palavra grega Eclésia = assembleia, reunião. Representava a reunião de
homens que compartilham as mesmas ideias e mesmas práticas. Mesmo estilo de vida
social.
A igreja adquire poder.
O imperador Constantino assume o poder quando Roma estava decadente e vê que a
igreja pode se tornar importante para organizar a ideia, a vida na sociedade.
A religião oficial de Roma, em 313 foi a católica e Constantino se converteu ao
cristianismo e incentivou o culto do catolicismo em todo o império.
Em 391 o cristianismo já era a religião oficial de Roma e todas as religiões pagãs
passaram a ser perseguidas.

A partir de quando o império tornou a religião oficial, a igreja cristã começou a ganhar
força como uma religião muito poderosa.

Patriarcas ou bispos do cristianismo estavam espalhados pelo império romano em


várias cidades.
Em 455 o imperador ordenou que o patriarca de Roma fosse a autoridade máxima na
igreja, denominado papa.

Filosofia crista vai do séc. 5 a 15, quando temos o renascimento.


No plano cultural a igreja teve ampla influência (desenho, pintura, escultura etc.). A fé
cristã era o pressuposto de toda vida espiritual.

A igreja tinha o poder de organização e financeiro, pq todos os impostos recolhidos


eram arrecadados pela igreja. Ela passa a ter riqueza pelo poder político e, também,
econômico.

Filosofia Patrística. Começa com influência da filosofia grega e vai se transformando ao


se fundir com a filosofia cristã.
Traziam pensamento da igreja misturado ao pensamento da filosofia grega.
Essa fé consistia na crença irrestrita ou adesão incondicional às verdades reveladas por
Deus aos homens. Verdades expressas na bíblia. Verdades sobre salvação, vida eterna.
São os valores morais. Valores da igreja constituíam os valores morais.
Significava que toda investigação filosófica ou cientifica não podiam contrariar a fé
católica. Os filósofos não se interessavam mais em buscar a verdade, pq Deus já tinha
transmitido a verdade aos homens. Precisavam demonstrar racionalmente as verdades
da fé. Era o que lhes restava.

A patrística surge através de santo agostinho:


Para ele, a verdade absoluta existe e não precisa de provas. Basta acreditar.
Acreditar no criacionismo (homem é criação divina)
Importância da confissão, da trindade e do entendimento da importância de Deus.

Santo Agostinho (filósofo religioso da idade média) dizia que através da igreja o
homem podia buscar sentido para a vida, a verdade.
Ele diz, concordando com Epicuro, que a vida é consumida aos prazeres mundanos.
Ele busca o maniqueísmo e o cristianismo.
Sua mãe o fez repensar o cristianismo.

Santo Agostinho, na carta aos Romanos. Usa os mandamentos, mas coloca o amor ao
próximo como mandamento maior (amarás ao teu próximo como a ti mesmo).

Filosofia patrística fala que a criação do mundo foi feita por Deus.
Fala também do pecado original; Deus e a trindade una; encarnação e morte de Deus,
juízo final, ressureição; etc. Todas as verdades foram postas pelos padres, reveladas
por Deus. São os dogmas.

Muitos dizem que a idade média foi o período mais violento da história, pois todos que
não acreditassem nos princípios da igreja eram condenados à morte.
Lutero propunha outra ordem de coisas, que era mais contra o poder da igreja do que
por questões religiosas. Eram os cristãos novos, que foram também perseguidos e
mortos.

Os eventos que mais aparecem na idade média:


Moinho de vento, moinho de água, óculos, relógio mecânico
Grandes religiões (após igreja católica)
Guindastes para uso em porto; guindaste portuário flutuante
Ferradura para cavalo
Imprensa (impressão por tipos móveis)
Técnicas aqquitetônicas para constuir castelos e igrejas
Técnicas de pintura a óleo
Arado pesado (puxado por bois)
Relógio de areia
Alto forno (metalúrgica)
Compasso astronômico
Marca d’água em papel
Universidade
Tear horizontal
Botões na camisa
etc
Caravelas = vai dar margem para os grandes descobrimentos marítimos.
A igreja também trazia questionamentos. Qual o lugar da razão e da fé? É possível usar
a razão e ter fé?
Só se chega à verdade pela fé (era o pensamento)
Como usar a filosofia sendo cristão?
Como pensar o bem e o mal?
Antes: maniqueísmo/Zoroatrismo = tudo que é do corpo, é do mal. Tudo que é da
alma, é do bem.
A ideia é que corpo e alma são uma coisa só.

Agostinho defendia que embora tenha criado tudo que existe, deus não criou o mal pq
o mal não é algo, mas a falta ou deficiência de algo
O mal padecido por um homem cego é a ausência da visão. O mal em um ladrão é a
falta de honestidade. Agostinho tomou emprestado esse modo de pensar de Platão e
seus seguidores.
Livre arbítrio: é preciso compreender para crer e crer para compreender.
O livre arbítrio é possível desde que creia na igreja.

Agostinho: “Platão chegou às portas do céu mas não entrou por seu orgulho racional.
Faltou a ele, fé”.

Agostinho vê o império romano numa crise brutal, sendo saqueado por todos os lados,
ele vê o “Apocalipse”.

6 ideias de santo agostinho:


1) O amor verdadeiro (na vida, nos vícios, mas o amor verdadeiro está em Deus)
2) Pq o cristão é mais livre que o pagão (o cristão não segura seus desejos, não é
escravo dos desejos e das vontades: “a medida para amar à Deus é amar sem
medida”.
3) Se não credes não entendereis a fé (a fé ilumina a razão e faz vc chegar à
verdade). “a razão precisa da fé para dar conta”
4) Se Deus é perfeito, pq existe a maldade no mundo? O mal é a ausência de
Deus, assim como o frio é ausência de calor e o escuro é ausência de luz)
5) Que Deus fazia antes de criar o mundo? Resposta: Pq Deus criou o mundo?
Nossa limitação: pensar o universo pensando na nossa ideia de tempo = o antes
não existia.
6) Concepção de história. Os romanos pensavam a história como algo cíclico e
Agostinho como algo linear, evolutivo, à partir da criação. Com Jesus
começamos a caminhar.

Santo agostinho retoma Platão com o mundo sensível e o mundo das ideias (mundo
perfeito), mas substitui o mundo das ideias pelo mundo divino, e para alcançar o
mundo divino (mundo perfeito) era preciso seguir o caminho da fé. Mundo sensível é o
mundo pagão.
Para ele a alma humana é superior ao corpo e, por isso, deve reinar e dirigi-lo à prática
do bem.
A verdadeira liberdade estaria na submissão do corpo ao espírito.
São Tomás de Aquino (filósofo religioso da idade média)
A educação passou a ter mais importância
Dominicano
Combate ao protestantismo

Retorno ao pensamento de Aristóteles, que havia criado a categorização para chegar


ao processo do conhecimento.
Considerada a figura mais destacada do pensamento cristão da era medieval.
Elaborou os princípios da doutrina cristã baseado no pensamento aristotélico

Não conhecemos a respeito do criador, mas podemos conhecê-lo através da sua


criação.
Mundo natural

Conhecer para crer: uma das ideias centrais é a rejeição do absoluto antagonismo
entra a razão e a fé.

Para São Tomás existem verdades e elas vêm com a fé.


Você só pode atingir o pensamento intelectual pela fé cristã. Nem todas as verdades
serão alcançadas. Há verdades naturais teológicas.
Sendo a razão obra de Deus, podemos alcançar essas verdades tanto pela fé como pela
razão. A fé e a razão seriam, muitas vezes, rios que desembocam num mesmo oceano.

Há o que se percebe pelo pensamento sensível e há o que se chega pelo racional.


Aristóteles acha que nem todos chegam ao pensamento intelectual. Aqui é a mesma
coisa: nem todas as pessoas chegarão à verdade absoluta, ao pensamento intelectual.
Nem todos serão salvos. Só os escolhidos.
Começa o embate entre a fé e a razão. A igreja da muita importância à fé e ele diz que
se pode chegar a verdade pela razão, pelo pensamento racional.

A fé leva ao conhecimento, mas por outro lado, quem tem virtudes morais e
intelectuais podem chegar ao conhecimento pleno, racional.

O governo (estado) deve existir, mas deve estar subordinado a religião, moral, igreja,
que visa o bem eterno das almas. Por isso a igreja domina tudo, sociedade,
comportamento. A moral era toda voltada a moral ditada pela igreja católica. O resto é
condenado. Começa essa ideia com santo Agostinho, mas intensifica com são Tomás.

Diferenças entre santo Agostinho e são Tomás


SA = é preciso compreender para crer e crer para compreender
ST = fé e raciocínio precisam andar juntos. Não há fé sem razão e não há pensamento
lógico sem fé.
ST: conhecimento pode ser alcançado pelo mestre interior, mas não há intervenção de
uma luz divina para que se de o conhecimento. Ele já existe como potencialidade no
interior do ser e cabe a este descobri-lo através do aprendizado, do estudo, da
educação religiosa, da pedagoga. Ou seja: todo ser humano pode aprender, mas para
chegar ao conhecimento precisa ter estudo, educação religiosa, pedagogia. A verdade
e o conhecimento podem ser alcançados por todos desde que tenha educação
religiosa. ST cria, então, a escolástica, que é a oportunidade da escola, aprendizagem
para todos. Através da escola ele quer organizar um conjunto de argumentos que
expliquem os principais aspectos da fé cristã. e existência de Deus.

Retoma tese de Aristóteles sobre ser e o saber, e a importância da realidade sensorial.

ST:
1ª - O primeiro motor (o que move as pessoas): primeiro ser movente, que não seja
movido por nenhum outro: DEUS
2ª - causa eficiente – efeitos de alguma coisa, da causa primeira não há efeito sem
causa (Deus).
3ª - ser necessário e ser contingente – algo que existe e pode deixqr de existir, mas
admitir que há um ser que sempre existiu, causa da necessidade de todos os seres
contingentes, ser necessário (DEUS)
4ª - os graus de perfeição – há a existência de graus de perfeição. Uma coisa possui
mais ou menos determinadas qualidades. E o máximo e perfeição é o máximo de
bondade, beleza, poder, verdade (Deus). O poder de Deus acima de todas as coisas
5ª - a finalidade do ser – existe algum ser inteligente que dirige todas as coisas da
natureza para que cumpram seu objetivo (Deus).

A filosofia da escolástica
Dada a necessidade de formação em larga escala de sacerdotes e da forte implicação
cultural e educacional para a fé católica promovida pelo império Carolingio, a igreja
católica criou escolas e universidades para ensinar e formar pensadores e novos
sacerdotes.

A igreja romana se tornou cada vez mais forte, dominava a europa, coroava reis,
organizava Cruzadas, criava as ecolas.

A escolástica continua o trabalho de adequar a herança do pensamento filosófico


clássico às verdades da igreja

Fé era crença irrestrita às verdades reveladas por Deus.

Renascimento = antropocentrismo.
Se desenvolve o mercantilismo, descoberta de novas terras. Se desenvolve o que
levará ao pensamento moderno.

Divina comédia: personagem central é o signo do ser humano, que tem seus desejos,
momentos de dúvida. Mostra o ser humano diante do bem e do mal.
Vai haver uma separação da igreja, quer perde poder, sobretudo financeiro.
Aula 5 - revisão

Aula 6 – (prova)

Aula 7

Século XVIII

Immanuel Kant – 1724-1804


Racionalismo
Empirismo
Patrística
Escolástica

O criticismo Kantiano
A origem do conhecimento no séc XVIII = 2 correntes
Racionalismo e empirismo
Os racionalistas priorizam a razão e aceitam a existência de ideias inatas
independentes, independentes da experiência.

Empiristas – enfatizam o papel da experiência sensível para aquisição do


conhecimento que resulta da soma e associação exteriores na percepção. (experiência
sensível vem dos órgãos do sentido). É importante ter vivência. O conhecimento vem
pela percepção. Sensações e percepções levam ao conhecimento.

Kant vai buscar uma síntese entre o racionalismo e o empirismo. Para ele, o
conhecimento vem de fora, do mundo exterior e se adapta à nova estrutura
racionalmente. A aprendizagem é individual.

Conhecimento empírico surge do mundo sensível.


O conhecimento racionalista surge da percepção.

Kant fazia crítica do pensamento da sociedade, da religião da época – criticismo.

Aula 8
Século 18 temos o desenvolvimento da filosofia, fisiologia e sociologia. São 3 áreas de
estudo que se complementam.
As pessoas que queriam se dedicar a parte acadêmica, faziam, muitas vezes, esses 3
estudos.

Karl Marx – Trier, Alemanha. Início do século 19.


Escreveu O Capital. Analisa o capitalismo e sua influência na sociedade.
Estava preocupado, como filósofo, a estudar a condição humana na sociedade.
O pai se converteu ao cristianismo. Por conta do aspecto religioso, para que ele
pudesse exercer a profissão e pudesse ter um papel na sociedade, se tornou cristão.
Poderia, então, realizar transações comerciais

Marx analisava a causa operária (a exploração em relação à classe operária).


Família de classe média. Vai se dedicar a estudar a situação da classe operária.
Para nós a questão do desenvolvimento da indústria vem mais tarde (depois da
Europa).
O fato do pai se converter ao cristianismo, a dificuldade que os judeus tinham só por
ser judeu, onde muitas pessoas escondiam sua origem. Esse é o contexto político pré-
revolução, que acontece na Europa no final do século 19.
Cursou direito, aos 17 anos.
Sua esposa traduzia seus livros.
7 filhos, 2 morrem pela pobreza (ele abrira mão de tudo para ficar com a esposa).
Amigo de Engels.
Após morte ainda levou um tempo para sua obra ser analisada. A leitura era restrita à
nobreza.
Foco de estudo era análise social da sociedade moderna. Estudos da sociologia e da
psicologia social. Analisava o comportamento humano dentro da sociedade. E,
principalmente, descreve os conflitos de classes sociais, analisando a organização da
sociedade, que vai deixando de ser rural e se industrializando.
Marxismo é uma teoria que estuda a evolução da sociedade e pretende explicar o
capitalismo.
Também é uma corrente política porque estuda a sociologia para estudar a
transformação da sociedade de acordo com o novo perfil socioeconômico da
sociedade.
O termo marxismo passou a ser usado após sua morte, e envolve pensamentos que
muitos consideram discordantes pq não são aceitos, de início, no pensamento da
sociedade.
Muitas pessoas entendem o marxismo como uma crítica de sociedade no perfil
socioeconômico.
Essa mudança se dá pela politica, novos agrupamentos, em função do
desenvolvimento da sociedade e em função de aspectos históricos. Como a sociedade
se organiza com a vida após o processo de industrialização.
Marx verifica essas mudanças que ocorrem na sociedade em função da produção
capitalista, que não é mais a produção daquele negócio agrícola familiar.
As famílias vão buscar desenvolvimento socioeconômico para desenvolverem seus
negócios.
Marx analisa a produção capitalista e a vida da sociedade.
É chamada de materialismo histórico dialético essa metodologia de análise social,
própria do marxismo.

Os marxistas dizem que a sociedade moderna está marcada por interesses


antagônicos. De um lado patrões, de outro, empregados.
Todo esse desenvolvimento iria se dar através da influência dos meios físicos,
funcionais, econômicos, para desenvolver determinada região. Era necessário ter
ferramentas apropriadas, matéria prima apropriada. Quem não tivesse acesso a isso,
seria chamada de classe despossuída. Essa classe não tem outro meio de viver senão
vendendo sua força de trabalho.
Muitas pessoas vão se tornar empregados dos que detém o poder dos meios de
produção.
Marx vai dizer que essa questão vai dividir a sociedade em classes sociais daqueles que
tem mais posses, mais recursos para adquirir ferramentas, máquinas. De ouro lado,
aqueles que não têm esse acesso, e precisa vender a força de trabalho.

A existência desses interesses antagônicos vai gerar conflitos que ficam explícitos
através das greves, movimentações por aumento de salário, ampliação de direitos....
São conflitos ocorridos entre as classes sociais. Isso tudo leva a uma mudança social
que gerará as revoluções que ocorrerão pela luta de poder.
No brasil ocorrerá por volta de 1920, 1930, pq esse processo da industrialização surge
depois da revolução industrial. Muitos fogem de seus países na Europa e vêm para o
brasil, e trazem as máquinas e o conhecimento das indústrias. O brasil vai se tornando,
aos poucos, numa sociedade industrializada.

No brasil, os latifundiários que exportavam café, açúcar, perdem seu poder aquisitivo
pq não conseguem mais exportar para a Europa, que está em guerra. Os latifundiários
vendem suas fazendas e aplicam o dinheiro nas indústrias. Isso muda o processo social
e econômico no brasil, com o processo de desenvolvimento. A população analfabeta
foi estimulada a estudar. O governo cria a escola pública para as pessoas serem
alfabetizadas para poderem trabalhar nas fábricas.
Esse curso primário, ginásio, fica até quase 1970. Só em 70, com o desenvolvimento d
tecnologia, das máquinas mais complexas, vai haver uma pressão da sociedade para
haver ampliação da escolaridade. A pressão para as pessoas saírem mais preparadas
da escola para poderem operar essas máquinas mais complexas. O homem precisava
estar mais preparado para operar as máquinas.
As escolas passaram a ter o primeiro grau (8 anos). Em 93 surge a terceira lei que
transforma o que é hoje (fundamental e médio, para preparar para o curso superior).
Isso tudo leva a uma diferença entre as classes sociais. Além do acesso as ferramentas
e poder aquisitivo, há diferença no nível educacional de cada um, potencializando a
diferença das classes sociais.

Interesses antagônicos trazem conflitos, nem sempre amigáveis ou negociados de


forma tranquila. Pode acarretar greves, por exemplo.

O marxismo sugere que haja ruptura no capitalismo e um sistema social e político que
trouxesse maior igualdade. Para romper com as desigualdades sociais.
Segundo O Capital, em 200 anos o capitalismo levaria muitas pessoas à miséria, falta
de condições.

Muitos rejeitaram essas teorias sociais porque sugeriam mudança e os que estavam no
poder rejeitavam essas ideias discutidas entre teóricos que desejavam a mudança.
A principal crítica que marx fazia era relacionada ao aspecto religioso. Ele dizia que
através da religião as pessoas ficavam alienadas. Não lutavam pela melhoria de sua
condição de vida e se acomodavam. Para ele o cristianismo é uma projeção da
psicologia humana numa forma de acreditar que não se pode haver mudança de
expectativa. As pessoas ficariam conformadas, alienadas.
Marx analisa o dinamismo social, relações políticas e econômicas. Ele conclui que o
cristianismo é uma das expressões da alienação humana fundamental que tem raízes
econômicas. A classe mais carente é a que mais se conforma com sua situação, que é
mais explorada pelos aspectos religiosos.
O trabalho aliena e a religião reforça com o conformismo.

Marx critica o modo de produção capitalista e a religião faz com que as pessoas,
alienadas, aceitem.

Para Mar a religião trata-se de um fenômeno simplesmente humano-social; equivale a


ser uma ilusão consoladora que surge a partir de relações sociais desumanas e
identifica-se com uma superestrutura ideológica a serviço da legitimação da
infraestrutura econômico-capitalista.

Para Marx a fonte da alienação do homem estaria na estrutura capitalista e o


cristianismo seria apenas uma expressão ideológica.

O ateísmo de Marx
Embora tenha sido educado em escolas cristãs, Marx desde cedo assume uma postura
de indiferença e de crítica à religião.
Entretanto, até os 18 anos, ele não havia professado seu ateísmo.
Isso só acontece quando começa a frequentar, em Berlim, o Doktorclub, o círculo dos
jovens hegelianos empenhados em combater a religião em nome da filosofia.

De fato, o ateísmo não deixa de marcar profundamente todo o pensamento de Marx


A sua visão do homem, da sociedade, da história e da religião se restringe a uma
explicação imanentista ou materialista da realidade
Homo Faber – homem que trabalha, como ser material ou natural, um ser de
necessidade que se faz na relação ativa e consciente (trabalho) com a natureza.
A sociedade, por sua vez é compreendida como o conjunto das relações estabelecidas
entre os homens a partir de um modo de produção, uma base material ou uma
estrutura econômica, que condiciona todo o processo social, político, espiritual e
cultural.

Ludwig Feuerbach

Alemão que influenciou muito na obra de Marx.


Podemos dizer que Feuerbach com sua filosofia vai se dedicar ao estudo da
antropologia.
Nesse contexto, o papel da filosofia não e de zombar ou desprezar a religião ou a
teologia, pois ambas são um grande e importante fenômeno humano, e como tal têm
que ser respeitadas.
Mas, mais que respeitadas, a religião e a teologia têm que ser compreendidas.
Para compreendermos a crença dos homens em um Deus temos que compreender
que a consciência que o homem tem de Deus é a consciência que o homem tem de si
mesmo
Deus é a expressão do que mais de profundo existe no ser humano, e somente isso
Teologia é antropologia e todos os discursos sobre os deuses são discursos sobr4 o ser
humano, suas capacidades, frustrações e projeções.

A natureza é dura com os humanos e os nossos sofrimentos não são ouvidos pela
natureza e necessitamos ser ouvidos, acalentados, compreendidos e como a natureza
não nos ouve, acalenta ou compreende, nós buscamos tudo isso em algo fora de nós e
fora da natureza em um Deus.

Nós construímos deuses para que eles sejam o que não somos, construímos Deuses
para explicar o que não explicamos, ser o que não somos e poder o que não podemos.

E em relação com esse Deus, que é o que não somos, podemos, de alguma forma,
também, ser o que percebemos não poder ser.

Em Deus nós projetamos a nossa essência e projetamos o que não conseguimos ser
em essência.

Nas palavras de Feuerbach, Deus é o espelho do homem.

A religião, para Feuerbach, é um acontecimento completamente humano e para


compreendermos o humano em sua profundidade temos que conhecer as religiões
também com profundidade.

Ele estuda como a religião influencia na sociedade, na vida do ser humano.

Para ele, Deus é uma criação do ser humano. Cria para que possa ter um acalanto,
resposta para suas frustrações.

O mistério humano vai ser desvendado pelo mistério divino, mas não o humano como
criação do divino, e sim o divino como criação do humano, pois não é Deus que cria o
Homem e sua condição, mas o homem que cria Deus e suas condições.
O espírito divino é a abstração do espírito humano.

A filosofia de Feuerbach é humanista com grande profundidade, pois busca


transformar a dependência que os homens têm de Deus em uma compreensão que o
homem pode ter de si mesmo.
Como exemplo ele coloca que a moral e o respeito que temos que ter com os Deuses,
é a projeção da moral e do respeito que os homens têm que ter com os outros
humanos.

Kant

Pensamento do século 18 dividido em racionalismo e o empirismo.


Busca na filosofia estudar 2 teorias (racionalismo e empirismo)
Pensamento racionalista fala que o mais importante é o uso da razão no processo de
conhecimento. É usar a reflexão para chegar ao conhecimento. E isso independe das
experiencias e vivencias anteriores

Empirista enfatiza o papel da experiencia para aquisição do conhecimento, a


experiencia vem do mundo sensível (dos órgãos dos sentidos).

Essas teorias conviveram no século 18 e daram origem ao pensamento da psicologia. A


psicologia experimental, por exemplo.

No empirismo, O conhecimento depende e resulta da soma e associação das


sensações exteriores na percepção.

A sensação é o impacto que tenho através dos sentidos


A percepção é provocada pela sensação.

Se encosto no ferro de passar, tenho uma sensação (vem de um estímulo). A partir


dessa sensação, adquiro um conhecimento. Adquiro a percepção de que, toda vez que
encostar o braço no ferro quente, vou me queimar.
A percepção surge a partir das sensações.

Segundo Kant, essas perguntas que se faz a respeito de como o homem chega a
adquirir o conhecimento surgem a partir do conhecimento do próprio sujeito, de suas
experiencias, de suas vivencias.

Kant coloca a razão no centro das investigações, para que primeiro fosse examinado
como se processa e se fundamenta o conhecimento e o que é possível conhecer.

Através de conteúdos empíricos ele dirá que o que buscamos conhecer dependerá de
nossas experiencias, das experiencias que temos com os objetos. Vai depender de
nossas vivencias.
O pensamento de Kant é, portanto, aquele que junta o racionalismo com o empirismo.
É importante a razão e, também, a experiencia.

Enquanto os racionalistas puros priorizam a razão, os empiristas vão falar da


importância da experiencia sensível e Kant fala que ambos são importantes. Ele faz
uma espécie de síntese entre as duas concepções.
Para ele o conteúdo do conhecimento vem de fora, de um estímulo do mundo
exterior, mas esse conteúdo vai se adaptar a nossa forma de conhecer, isto é, à nossa
estrutura racional interior.

Não basta memorizar. É preciso relacionar esse novo aprendizado a algo que já
trazemos. Associar o racional ao empírico (nossas experiências).

Kant escreve:
Crítica da razão pura: verifica os limites da razão, do conhecimento e sua contribuição
real para a ciência.

Crítica da razão prática: fala sobre valores, ética (arte do bem viver)
Ética para Kant é dever e não da felicidade (a felicidade subordinada ao dever)
A felicidade é passageira, muda com o tempo.

Crítica da razão prática: ética kantiniana: agir de tal forma que sua ação seja
considerada como norma universal.
Ações individuais só pensam no indivíduo. Devemos pensar e agir para o bem comum.

Aula 9

O contexto histórico do século 18 ainda era bastante impregnado pela religião, perda
do poder da igreja e o poder passando para a burguesia. Isso introduz a filosofia.

Hegel nasceu em 1770 e faleceu em 1831 em Estuttgart, Alemanha.


Estudou gramática até os 18 anos.
Entrou para o seminário de Tubingen em 1788, e de lá saiu em 1793.
Ao sair do seminário, Hegel não exerceu o ministério de pastor, mas começou a dar
aulas particulares.

Ele não se dedica à igreja, e sim à filosofia, que está bastante impregnada dos assuntos
religiosos. No século XIX ela é mais voltada para o desenvolvimento científico, com a
fisiologia e, depois a psicologia.
Pode-se estudar corpo e mente.

Na filosofia o idealismo é uma corrente filosófica que faz das ideias o princípio
interpretativo do mundo. Ou seja, segundo o idealismo, conhecemos o mundo a partir
das ideias que temos feito de todas as coisas materiais.
A filosofia se torna uma ciência que vai estudar o cotidiano. Vai estudar o mundo
segundo as coisas materiais.

Conceito da dialética (iniciado por Hegel).


Conceito de Dialético
Dialético é uma palavra grega que significa arte do diálogo, de convencer, de persuadir
ou raciocinar.
Em suma, é um debate de ideias diferentes, chegando a uma conclusão a partir desses
pensamentos diversos que tornam-se um novo conceito que pode ser contrariado
novamente.
Diferença de convencer e persuadir é que persuadir usa melhor as palavras, é mais
forte que convencer. É uma busca de palavras mais cuidadosas.

Dentro da filosofia a dialética é importante na medida que se aprofunda e busca


persuadir o outro, de modo que passe a raciocinar a partir daquela nova ideia

Podemos explicar este pensamento hegeliano dessa maneira: a realidade é composta


por nossa mente e a própria consciência não é estática, ou seja, congelada.

Ela está sempre mudando e desenvolvendo novas categorias e conceitos que


determinam como nós vivemos o mundo.

O que faz com que o conhecimento sempre seja contextualizado. As pessoas vão
mudando a forma de pensar e agir, adquirindo novos conceitos, formas de viver, de
acordo com o contexto social, de acordo com as descobertas do mundo. Mudam
moda, hábitos alimentares etc. Mudanças que a própria sociedade vai desenvolver.

A dialética se processa em três momentos:


1) Primeiro seria a Tese que corresponde a uma ideia, um pensamento
2) Segundo seria a Antítese – um pensamento diferente da tese, uma ideia
contrária. É o diálogo com a tese.
3) Terceiro seria a Síntese – uma conclusão da tese com a antítese, ou seja, após o
debate de ideias chegaria a uma conclusão resumida, no entanto, essa síntese
passa a ser uma nova tese para uma dialética.

Em um TCC, define-se uma tese e a bibliografia usada precisa ter quem concorde com
a tese e quem discorde (antítese). Depois há a conclusão.

Hegel criou um sistema chamado dialética que é um processo espiral sobre o


conhecimento, partindo de uma ideia base que é chamada de tese, contrariada por
outra ideia chamada de antítese e chegando a uma conclusão chamada de síntese, que
passa a ser uma nova tese, por isso, espiral, algo que não tem fim, mas uma evolução
de ideia.

Hegel
Filósofo do século 18 que acreditava no poder do racional, do pensamento,
consequentemente, que tudo poderia ser explicado através de categorias reais.
Categorias (dividir o estudo em partes, tópicos).

Hegel influenciou Marx.


Frase: a filosofia é a ave de minerva que alça seu voo logo ao cair da tarde.
A filosofia leva o ser humano a ter ideias, alçar voos. Ao cair da tarde, ou seja: durante
todo dia ele elabora o pensamento e no fim do dia ele tem o pensamento elaborado.
Idealismo -> Platão (ideias)
Ideia como expressão -> metafísica (não podemos ver, tocar, ouvir a “ideia”). A ideia
não é concreta. É elaborada no pensamento. Não está no campo sensível
Geist -> espírito realizador.

É através do movimento do geist


É através do movimento desse espírito que a história se faz
Espírito não é algo religioso, mas algo metafisico que tudo realiza
História é fruto de um idealismo onde tudo no mundo é a realização do espírito.

Tentativa de afastamento do que é espiritual religioso e espiritual do pensamento


humano.

Como esse espírito se desvela?


Na realização, ao longo da história -> guerras – golpes – revoluções.
Pode ver de uma forma pacífica ou de uma forma violenta. Muitas ideias se
transformaram em guerras, golpes, revoluções. Alguns idealistas tinham suas ideias e
tentavam persuadir a sociedade. Mesmo que precisassem agir com guerra, golpe,
revolução.
A ideia é desvelada (mostrar o que está escondido). Às vezes precisa de algo mais
violento para mostrar o que está escondido.

Zeitgeist -> espírito da época, contexto da época


Wolksgeist -> espírito do povo
Cada época tem um comportamento
Cada povo tem um comportamento
O que tem em comum é o geist (espírito)

O estudo da sociologia vai estudar o comportamento da sociedade, dos grupos sociais.


A filosofia vai no mundo das ideias.
A antropologia vai estudar a evolução do ser humano dentro da sociedade
A psicologia vai estudar a mente humana. Psicologia social vai estudar a mente
humana dentro de um mesmo grupo

A filosofia é a ave ....... da tarde


A filosofia está ligada à coruja. Sua simbologia é de conhecimento, sabedoria.
A filosofia seria responsável pela sabedoria.
A sabedoria está ligada às vivências.

Atena -> a sabedoria só pode enxergar o que passou -> ver de cima

HEGEL E MARX
Marx estudou Hegel mas discorda de sua teoria
Para Marx não é o geist o realizador, mas o próprio Homem em busca da sua
sobrevivência com seus meios materiais de produção.
Para ele a ação do ser humano para garantir sua sobrevivência e a busca dos bens
materiais é o que importa.
Hegel era idealista, achando que o homem era capaz de grandes realizações pelo
pensamento, Marx achava que o homem era capaz de grandes realizações pelas suas
ações concretas. Ele era materialista. Ele estava preocupado com a maneira como o
homem buscava os bens materiais.
A diferença entre eles é que enquanto Hegel era idealista e analisava o homem como
ser capaz de grandes ideias, Marx diz que o homem trabalha para sua sobrevivência,
com ações concretas.

Exemplificando
É como se para Hegel (o ideal realizando o material) – uma superestrutura realizando
uma infraestrutura
Para Marx é o oposto (o material realizando o ideal), uma infraestrutura realizando
uma superestrutura.
Infraestrutura é tudo o que acontece de concreto.
Superestrutura é o que acontece no campo das ideias.
Para Hegel, o importante é o campo das ideias e, através delas, chegar à realização
Para Marx, o importante é o que acontece de concreto e pode levar o homem às
realizações.
Hegel – idealista
Marx – materialista

Consciência sensível
Os sentidos -> percepção -> a interpretação que fazemos do mundo

Os sentidos são a primeira percepção que temos de tudo. Os sentidos nos levam a ter
sensações. Vejo algo, lembro de tal coisa; sinto um cheiro, penso em tal coisa; encosto
o braço no ferro quente, tenho a sensação de dor.

Os sentidos nos levam à percepção.


A percepção leva à aprendizagem (toda vez que encosto no ferro quente, me queimo)
A percepção me leva à interpretação que faço do mundo.

Nossa consciência é sensível (pq é o que conhece pelos órgãos do sentido)

Tipos de consciência (para Hegel)


- Sensível
- Infeliz
- Em-si-para-si

Consciência infeliz: quando nos damos conta de que estamos sozinhos, já que o
mundo é o que é porque depende do nosso julgamento
Nós é que damos sentido a tudo que está ao nosso redor -> perigo de acharmos que
nada mais tem sentido a não ser nós mesmos
Consciência em-si-para-si (espírito absoluto): Usando nossa consciência infeliz
(autoconsciência) devemos partir para a ação -> transformação do mundo

O homem tem de viver em dois mundos que se contradizem(...) O espírito afirma que
o seu direito e a sua dignidade perante a anarquia e a brutalidade da natureza à qual
devolve a miséria e a violência que ela o faz experimentar.
Os 2 mundos são o espiritual e o material; plano das ideias e plano real.

Mas esta divisão da vida e da consciência cria para a cultura moderna e para a sua
compreensão a exigência de resolver uma tal contradição (Hegel).

Mas esta divisão da vida e da consciência cria para a cultura moderna e para a sua
compreensão a exigência de resolver a contradição entre o mundo das ideias e o
mundo real.

Hegel tomando como ponto de partida a noção de Kant de que a consciência (ou
sujeito) interfere ativamente na construção da realidade, propõe o que se chama de
filosofia do devir, ou seja, de ser como o processo de movimento, o que pode vir a
acontecer

Qual filósofo pré-socrático também compartilha dessa teoria? Heráclito.

Desse ponto de vista o ser está em constante transformação, donde surge a


necessidade de fundar uma nova lógica que não parta do princípio de identidade
(estático), mas do princípio de contradição para dar conta da dinâmica do real.

A dialética ensina que todas as coisas e ideias morrem: essa força destruidora é
também a força motriz do processo histórico. A ideia central é a de que a morte é
criadora, é geradora.

Todo o ser contém em si mesmo o germe da sua ruína e, portanto, da sua superação.
O movimento da dialética se faz em três etapas: tese, antítese e síntese (ou seja, a
afirmação, negação e negação da negação).

Dialética de Hegel
Dialética do senhor e do escravo -> se acha superior, mas precisa do escravo para ser
(assim é nossa consciência em relação ao outro).
Relação de dependência -> precisamos do outro para termos sentido
Ex.: filme o Náufrago.

Tendo em vista a capacidade de se compreender todas as coisas e ordená-las através


de categorias, Hegel tinha o objetivo de reduzir a realidade em uma unidade que fosse
sintética. Sistema o qual recebe o nome de idealismo transcendental.

Hegel desenvolveu o chamado idealismo absoluto, utilizado como base para várias
áreas do conhecimento como a política, a psicologia, a arte, a religião e a filosofia.
A teoria afirma que quaisquer contradições e dialéticas podem ser resolvidas com a
criação de um modelo que pode refletir no indivíduo e no Estado.

O filósofo alemão Hegel defende que a razão é histórica e não algo abstrato, como
propõe Kant.
Hegel entende que a realidade é um processo histórico dinâmico e contraditório. (se
modifica, evolui, mas contraditório pq muitas vezes o que era padrão, deixa de ser e
passa a haver novo padrão).

A filosofia do devir, de Hegel, possui uma inspiração em Heráclito (filósofo pré-


socrático, defensor do constante fluir do existente) uma vez que entende o ser como
processo, como um vir a ser. E a sua filosofia dialética estaria apta a desvendar o
processo histórico.

Em sua principal obra, fenomenologia do espírito, o termo Fenomenologia remeta à


noção de fenômeno como aquilo que nos aparece, que se manifesta na medida em
que é um objeto distinto de si, porque nele descobrimos a contradição, que por sua
vez será superada em um terceiro momento., Vamos exemplificar as três etapas da
dialética como o desenvolvimento da planta, que passa pelo botão, flor e fruto.

O botão é a afirmação.
A flor é a contradição, e a negação do botão.
O fruto é uma categoria superior, a superação da contradição entre botão e flor.

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