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"Desde a invenção da palavra “filosofia”, por Pitágoras, temos

diversos problemas filosóficos e diversas respostas a cada um


deles.
Pré-socráticos: a physis;
Filosofia Antiga: a atividade política, técnicas e ética do homem;
Filosofia Medieval: o conflito entre fé e razão, os Universais, a
existência de Deus, a conciliação entre Presciência divina e Livre-
arbítrio;
Filosofia Moderna: o empirismo e o racionalismo

Filosofia Contemporânea: diversos problemas a respeito da


existência, da linguagem, da arte, da ciência, entre outros.
Temos também uma diversidade de formas literárias da filosofia:

Parmênides escreveu em forma de poema;

Platão escreveu diálogos; Epicuro escreveu cartas;

Tomás de Aquino desenvolveu o método “questio disputatio” em


suas aulas que foram transcritas por seus alunos;

Nietzsche escreveu em forma de aforismos.

Por esses exemplos, que não esgotam a pluralidade da escrita e da


atividade filosófica, podemos compreender que as formas de se
fazer filosofia vão muito além dos tratados e das dissertações.
Surgimento da Filosofia
A Filosofia, como conhecemos hoje, ou seja, no sentido de
um conhecimento racional e sistemático, foi uma
atividade que, segundo se defende na história da
filosofia, iniciou na Grécia Antiga formada por um
conjunto de cidades-Estado (pólis) independentes. Isso
significa que a sociedade grega reunia características
favoráveis a essa forma de expressão pautada por uma
investigação racional.

Essas características eram: poesia, religião e condições


sociopolíticas.
O que alguns filósofos dizem sobre O que é a
Filosofia.
Aristóteles (384 a.C. - 322 a.C.): “A admiração
sempre foi, antes como agora, a causa pela qual os
homens começaram a filosofar: a princípio,
surpreendiam-se com as dificuldades mais comuns;
depois, avançando passo a passo, tentavam explicar
fenômenos maiores, como, por exemplo, as fases da
lua, o curso do sol e dos astros e, finalmente, a
formação do universo. Procurar uma explicação e
admirar-se é reconhecer-se ignorante.”
Epicuro (341 a . C. - 270 a . C.): "Nunca se
protele o filosofar quando se é jovem, nem o
canse fazê-lo quando se é velho, pois que ninguém
é jamais pouco maduro nem demasiado maduro
para conquistar a saúde da alma. E quem diz que
a hora de filosofar ainda não chegou ou já passou
assemelha-se ao que diz que ainda não chegou ou
já passou a hora de ser feliz.”
Edmund Husserl (1859-1938): "O que pretendo sob
o título de filosofia, como fim e campo de minhas
elaborações, sei-o naturalmente. E contudo não o
sei... Qual o pensador para quem, na sua vida de
filósofo, a filosofia deixou de ser um enigma?
Friedrich Nietzsche (1844-1900): “Um filósofo: é um
homem que experimenta, vê, ouve, suspeita, espera e
sonha constantemente coisas extraordinárias; que é
atingido pelos próprios pensamentos como se eles
viessem de fora, de cima e de baixo, como por uma
espécie de acontecimentos e de faíscas de que só ele
pode ser alvo; que é talvez, ele próprio, uma trovoada
prenhe de relâmpagos novos; um homem fatal, em
torno do qual sempre tomba e rola e rebenta e se
passam coisas inquietantes”. (Para além do bem e do
mal, p. 207).
Kant (1724-1804): Não se ensina filosofia, ensina-se a
filosofar.

Ludwig Wittgenstein (1889-1951): Qual o seu objetivo em


filosofia? - Mostrar à mosca a saída do vidro.

Maurice Merleau-Ponty (1908-1961): A verdadeira


filosofia é reaprender a ver o mundo.

Gilles Deleuze (1925-1996) e Félix Guattari (1930-


1993): A filosofia é a arte de formar, de inventar, de
fabricar conceitos... O filósofo é o amigo do conceito, ele é
conceito em potência... Criar conceitos sempre novos é o
objeto da filosofia.
Karl Jaspers (1883-1969): “As perguntas em filosofia são mais
essenciais que as respostas e cada resposta transforma-se
numa nova pergunta (Introdução ao pensamento filosófico, p. 140).
García Morente (1886-1942): “Para abordar a filosofia, para entrar
no território da filosofia, é absolutamente indispensável uma
primeira disposição de ânimo. É absolutamente indispensável
que o aspirante a filósofo sinta a necessidade de levar seu
estudo com uma disposição infantil. (…) Aquele para quem
tudo resulta muito natural, para quem tudo resulta muito
fácil de entender, para quem tudo resulta muito óbvio, nunca
poderá ser filósofo”. (Fundamentos de filosofia, p. 33-34).
PROBLEMAS CENTRAIS DA FILOSOFIA – As hipóteses
pré-socráticas. A revolução socrática. Os Sofistas e a
retórica. Platão e o problema ontológico. O modelo
teleológico de Aristóteles. Agostinho e a atenção à vida
interior. Tomás de Aquino e a reinterpretação da filosofia
aristotélica.
SOBRE O CONHECIMENTO – O problema epistemológico
em Platão. Francis Bacon e a proposta de investigação da
natureza. Sobre o método Dedutivo e Indutivo. Método e
certeza em René Descartes. John Locke e a recusa às ideias
inatas. O papel da experiência e as ideias na Filosofia de
Locke. A expansão do conhecimento positivo. Marxismo:
Método crítico e dialético.
A POLÍTICA ENTRE OS GREGOS – A Democracia no
mundo grego. Os sofistas e a Democracia. As formas de
governo na República de Platão. Aristóteles e a relação
entre Ética e Política. A humanidade e a vida em
sociedade. O Estado como forma de realização do bem
comum;
A FILOSOFIA EXISTENCIALISTA – Soren Kierkegaard e a
importância do indivíduo. O indivíduo diante das
possibilidades da existência. Martin Heidegger: Ser e
angústia. Jean Paul Sartre: liberdade e responsabilidade.
A condenação humana à liberdade Sobre a má-fé. A
compreensão da existência humana;
LINGUAGEM, CONHECIMENTO E PENSAMENTO –
Crátilo e o problema acerca da linguagem. As teorias
acerca da natureza da linguagem. Da relação entre o
pensamento e a linguagem na filosofia contemporânea. O
problema semântico. Linguagem natural e linguagem
artificial. Linguagens artificiais e Filosofia Contemporânea

FILOSOFIA BRASILEIRA – A constituição das


universidades. A constituição da filosofia brasileira. As
escolas filosóficas no início da filosofia brasileira. Os cursos
de formação em Filosofia no Brasil. A Filosofia autoral e
crítica no Brasil.
SOCIOLOGIA.

- Senso Comum e estruturação do pensamento científico;


- Contexto histórico para o nascimento da Sociologia;
- Augusto Comte e o pensamento positivista: a Lei dos
Três Estados. Durkheim e o Método Sociológico: Fato
Social. A distinção entre normal e patológico. A divisão do
trabalho social. O suicídio como fato social. Max Weber
e a Sociologia Compreensiva: Tipos Ideais; Tipos de ação;
Formas de dominação;
- A década de 1930 e o surgimento das Ciências Sociais
brasileiras.
- A década de 1930 e o surgimento das Ciências Sociais
brasileiras.
- Cultura um conceito antropológico: etnocentrismo e
relativismo cultural;
- Cultura material e imaterial brasileira e sul-
matogrossense;
- Processos identitários e resistência cultural;
- A questão da terra e território no Brasil; Demarcação e
reintegração de terras indígenas e quilombolas no Brasil.
- Sociedade da informação e fake news;
- Questão racial brasileira: o mito da democracia racial. A
herança ibérica e o “homem cordial”.
UFMS-22) Uma das bases do pensamento político moderno está na
legitimidade que o governante deve assumir se deseja exercer o poder.
Um governo considerado ilegítimo pelos governados acarretaria a
dissolução do Estado. Esta legitimidade seria uma combinação entre virtú
(qualidade e habilidade) e fortuna (circunstâncias externas ao poder
oficial) sobre a qual o governante deveria saber manter o equilíbrio. Esse
pensamento é encontrado na obra de:

A)Thomas Hobbes.
B) Nicolau Maquiavel.
C) John Locke.
D) Santo Agostinho.
E) Adam Smith.
UFMS -21) Considere os textos a seguir.
TEXTO I
"O século XVIII constitui um marco importante para a história do pensamento ocidental e
para o surgimento da sociologia. As transformações econômicas, políticas e culturais que se
aceleram a partir dessa época colocarão problemas inéditos para os homens que
experimentavam as mudanças que ocorriam no ocidente europeu."

FERNANDES, Florestan. A herança intelectual da Sociologia. In: FORACHI, M. M.; MARTINS, J. S. Sociologia e Sociedade: Leituras de
Introdução à Sociologia. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1977. p. 11.

TEXTO II
"[...] entendo por física social a ciência que tem por objeto próprio o estudo dos fenômenos
sociais, considerados no mesmo sentido que os fenômenos astronômicos, físicos, químicos e
fisiológicos, isto é, como submetidos a leis naturais invariáveis, cuja descoberta é o fim
especial de suas pesquisas. Assim, ela se propõe diretamente a explicar, com a maior
precisão possível, o grande fenômeno do desenvolvimento da espécie humana, visto em
todas as suas partes essenciais [...].“
A Sociologia, para ser reconhecida como ciência, precisava
demonstrar objetividade na sua análise.
Para evidenciar que os fenômenos sociais também são passíveis de
análise científica, a Sociologia - em sua constituição enquanto ciência
- utilizou-se de métodos:

A)similares aos das ciências da natureza.


B)holísticos, inter-relacionando o todo e as partes.
C)monográficos, com a finalidade de obter generalizações.
D)estruturalistas, como forma de penetrar a realidade concreta dos
fenômenos.
E)funcionalistas, que consideram a sociedade como estrutura
complexa de grupos ou indivíduos.

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