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Nome do Professor:
Nome do estudante:
Período: ( ) vespertino ( ) matutino ( ) noturno 1º Ano Turma:
A teogonia e a cosmogonia eram as duas formas de pensamento que sustentavam a narrativa mítica.
Theogonía, palavra composta de théos (deus, divino) e de gónos (ação de engendrar, procriar);e a
Kosmogonía, também composta de gónos, apresenta Kósmos (princípio ordenador do mundo).Então, a
theogonia narrava o nascimento dos deuses, dos heróis, dos homens e da natureza, como fruto das
relações sexuais dos próprios deuses; e a cosmogonia narrava a geração da ordem do mundo a partir das
relações sexuais entre o concreto e o divino. Alguns historiadores afirmam que o nascimento da filosofia
teria partido de um sistema de explicação do mundo, não necessitando inventar um novo sistema. É
verdade que os primeiros filósofos partiram das mesmas inquietações mitológicas, e muitos continuaram
se valendo de explicações mitológicas. Porém, o que fazem de fundamental, é substituir os elementos
divinos por elementos da natureza. Como veremos mais detalhadamente, os pré-socráticos teriam
extraído das narrativas mitológicas a relação entre o caos e a ordem do mundo, substituindo deuses por
homens, ou por formas da natureza, como o ar, a terra, a água, o fogo, etc.
A guerra de Tróia, segundo Homero, começou por causa do rapto da bela Helena pelo troiano
Páris, filh
um papel principal: a todo o momento, os deuses impõem uma série de obstáculos aos heróis, mas jamais
conseguem modificar, com seus atos arbitrários, o curso do destino. Em Teogonia, Hesíodo descreve a
criação do mundo a partir de Caos, Gaia (Terra) e Eros (Fecundidade). Sucedem-se outras divindades,
que com caprichos quase humanos amam, mentem, traem e lutam entre si. Finalmente, com a vitória de
Zeus, os deuses instalam-se no Olimpo. Nesse relato, Hesíodo ordena os vários mitos contraditórios
entre si, explicando também os fenômenos da natureza e da história. Mais que isso, mostra que, após a
vitória de Zeus, o homem está livre das maquinações dos deuses. Zeus, que faz reinar a justiça, apenas
castiga ou premia os homens, de acordo com os atos de que são responsáveis.
Nascimento da Filosofia:
A filosofia nasceu na Grécia, numa forte tensão entre mito e razão. A narrativa mágica deu lugar aos
poucos à explicação racional. Contudo, acrescentamos que não só os gregos buscavam a sabedoria a
partir do mito ou da razão. Povos de todo o mundo, em todos os continentes, tão ou mais antigos que os
gregos, produziram conhecimentos e construíram diversificadas culturas. Assim foram as nações
indígenas, que antes da colonização européia, possuíam um vasto campo de conhecimento nas Américas.
Da mesma forma os egípcios, os chineses, os árabes, os africanos, e muitos outros. É importante ressaltar
que alguns historiadores da filosofia sustentam a tese orientalista para explicar o surgimento da filosofia.
Quando afirmamos que a filosofia é grega, consideramos fatores históricos e políticos que levaram os
gregos a exercerem fundamental influência na cultura européia ocidental, de onde nós brasileiros e
grande parte do planeta somos descendentes.
Exercícios
1 - Descreva alguma situação que faz parte do seu cotidiano, e depois tente adotar uma atitude
filosófica diante da mesma.
2- O que não é Filosofia?
3- Qual o resultado do olhar filosófico?
Vamos pesquisar, o que pensam os fílósofos sobre a liberdade, registrando as ideias mais significativas
em nosso caderno, anotando o endereço do site, o link para o texto selecionado, de forma que possamos
criar um texto com as principais ideias selecionadas e nossas reflexões para compartilharmos.
Sites:
• Lexicon: Vocabulário de Filosofia, verbete:
- Determinismo. Disponível em https://www.dicio.com.br/determinismo/
- Liberdade. Disponível em https://www.dicio.com.br/liberdade/
Vídeos:
vamos conversar sobre História. Você já se perguntou quem escreve a História? Você acha que a
História é uma ciência neutra, ou seja, que existe apenas uma visão sobre os fatos históricos? E quem são os
“personagens” da História, ou seja, quem são os agentes da História? Você acha que a História é uma
ciência neutra, ou seja, que existe apenas uma visão sobre os fatos históricos?
Vamos tentar, aqui, responder essas perguntas. Em primeiro lugar, é preciso compreendermos que
todos nós somos parte da História e somos agentes da História. Durante muito tempo, apenas “grandes
personagens”, como reis, rainhas e generais entravam nos livros de História. Mas hoje em dia, isso mudou e
as “pessoas comuns” também passaram a ser vistas como sujeitos da história. Assim, ganhou lugar nos
livros os escravos, as mulheres, os trabalhadores, etc. Isso quer dizer que você, aluno, também tem um papel
na história da sua Cidade, de seu Estado e de seu País. Através das suas ações você está fazendo História.
Mas quem, afinal, coloca essa história no papel, nos livros? Quem escreve sobre história são
profissionais chamados de HISTORIADORES.
http://www.infoescola.com/historia-do-brasil/lei- http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnica
aurea/ Aula.html?aula=22180
http://www.historia.uff.br/labhoi/node/1287
http://ciencia.hsw.uol.com.br/ossos-de-
dinossauros.htm
Durante muito tempo, as fontes escritas foram mais valorizadas que os outros tipos de
fontes. Isso acontecia porque se acreditava que apenas as culturas letradas das elites eram dignas
de atenção e confiança e, assim, de uma História. No entanto, isso mudou e, atualmente, os
historiadores acreditam que todos os povos e grupos sociais possuem suas formas de transmissão
e produção do conhecimento e que todas elas devem ser valorizadas. Na África, por exemplo,
muitos povos não conheciam a escrita antes do contato com europeus. No entanto, esses povos
transmitiam conhecimento através da oralidade, da contação de histórias. Dessa forma, as “fontes
orais” são essenciais para compreender a história desses povos.
DEMOCRACIA
Já parou pra pensar sobre sua participação na política de seu país? Você sabia que você
tem direito a essa participação, afinal, é considerado cidadão brasileiro? Essa participação pode
ser de várias formas: através do voto (aos maiores de 16 anos); da participação em associações
que vão desde o grêmio da sua escola até um partido político ou sindicato; ou através de abaixo-
assinados ou manifestações públicas (como atos e passeatas). Esse direito, que é de TODOS os
cidadãos, existem porque vive em um regime político chamado DEMOCRACIA.
Mas será que todos os países do mundo vivem em uma democracia? E onde e quando
surgiu o sistema de governo democrático? Será que do surgimento da democracia até os dias de
hoje a democracia sofreu alguma transformação? Vamos conversar um pouco sobre essas
questões.
ERA MEDIEVAL
já ouviu falar no termo “medieval”? Já utilizou esse termo em alguma ocasião? Até hoje,
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é muito comum que as pessoas usem “medieval” para se referir a alguma coisa muito
ultrapassada, mais especificamente alguma coisa ruim, sombria, uma situação de opressão, etc.
Mas, afinal, que termo é esse e a que período da história ele se refere?
Chamamos de Idade Média ou Medieval o período histórico que vai do século V ao XV.
No entanto, é importante compreendermos que esse termo “Idade Média” foi cunhado
posteriormente, no século XVI por pessoas que queriam se referir àquele período passado. As
pessoas que viveram naqueles séculos não se referiam ao seu tempo como “período medieval”
ou “Idade Média”.
Mas será que esse termo é um termo neutro, desprovido de intenções? Alguns
historiadores afirmam que não. Mas por quê? Ao nomearem o período de “médio”, os homens
século do XVI estavam, na verdade, tentando glorificar determinado tempo em detrimento de
outro. Assim, “Idade Média” seria um tempo que ficava entre o aclamado período da
Antiguidade Clássica, onde floresceu a civilização greco-romana, e alvorecer do mundo
moderno, ou seja, o próprio século XVI, visto pelos contemporâneos como o período de
renascimento artístico e cultural da valorizada civilização greco-romana. Dessa forma, tudo que
estava entre esses dois períodos (o clássico e o moderno) seria, na visão dos modernos, uma
espécie de intervalo, um tempo onde a sociedade estava estagnada, em que nada era criado.
Talvez, por isso, o período é muitas vezes chamado de “Idade das Trevas” e até hoje é usado
como referência pejorativa à determinadas coisas, instituições e situações. No entanto, é preciso
refletir se essas denominações não comportam um tanto de preconceito.
Mas e a sociedade Medieval, como era? Você já viu algum filme cuja história se passa no
período? Geralmente, esses filmes mostram castelos guardados por uma muralha e cavaleiros
com armaduras, lança e escudo. Não raro aparecem princesas encasteladas, mas também
camponeses muito pobres. É sobre a sociedade desse período, muito retratado em filmes e livros,
que vamos tratar aqui. A partir do século V, a Europa ocidental sofreu profundas transformações
que fizeram com que a maioria das regiões tivessem seu comércio enfraquecido e a economia
fosse ruralizada, ou seja, passasse a se basear nas atividades rurais agrícolas. Por isso, a Idade
Média é muito associada ao feudalismo, sistema de organização social que girava em torno do
feudo, ou seja, da terra. Nesse sistema, a posse da terra determinava o poder, ou seja, os
poderosos eram os proprietários de terra, os senhores feudais. Vamos conhecer melhor as
pessoas que compunham essa organização feudal durante a Idade Média.
http://www.historiajaragua.com.br/2012/03/piramide-social-feudalismo-7oanosee.html
Clero: eram os membros da Igreja Católica, que naquele período tinha um enorme poder. O
papa, bispos, cardeais, padres, etc. faziam parte do clero.
Nobreza: era composta por reis, duques, marqueses, condes, viscondes barões, etc. E sua
principal atividade era a guerra.
Servos: eram os camponeses que trabalhavam nas terras dos senhores feudais, ou seja, no feudo.
Em troca de usar a terra do senhor, o servo era obrigado a prestar serviços e pagar uma série de
tributos a este. Entre estes tributos estão a corveia (obrigação de prestar serviços nas terras do
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senhor); talha (o servo deveria entregar ao senhor uma percentagem de sua produção);
banalidade (pagamento por utilização de instrumentos do senhor, como o moinho ou o forno).
É muito importante, aluno, entender que nesse período a sociedade era extremamente
estratificada, ou seja, não havia mobilidade social. Dessa forma, o que determinava a que grupo
social você pertenceria é o seu nascimento. Assim, era praticamente impossível um camponês se
tornar um nobre, da mesma forma que um nobre jamais deixaria de ser nobre para se tornar
camponês.
uma das características da na Idade Média era o enorme poder da Igreja Católica. Ela era a instituição mais
poderosa da Idade Média, interferindo diretamente em assuntos políticos e na vida das pessoas. Todas as
pessoas eram obrigadas a serem católicas, a frequentarem e seguirem os rituais da Igreja Católica. Quem não
o fizesse, poderia pagar caro, correndo o risco de ser preso e até morto se acusado de heresia. Existia um
tribunal chamado Tribunal da Inquisição, que tinha poder de prender, julgar e condenar os que fossem
acusados de serem hereges, ou seja, de não seguirem a risca os dogmas católicos. Geralmente, os condenados
eram queimados vivos em uma fogueira em praça pública.
A nobreza e o clero eram grandes proprietários de terra na Idade Média e, portanto, eram
senhores feudais. A relação estabelecida entre os senhores feudais e os servos eram denominadas
de Relações de Suserania e Vassalagem. O suserano era o senhor feudal que entregava um feudo
a um vassalo, em troca do juramento de fidelidade. O vassalo era o nobre que recebia o feudo de
seu suserano e a ele jurava fidelidade e proteção. O rei, geralmente, era o suserano com mais
poder na Idade Média, sendo que seus vassalos eram, principalmente, senhores feudais e
cavaleiros. Resumindo, em troca de fidelidade e lealdade ao suserano, os vassalos recebiam
benefícios, como o feudo. O mais comum era que os vassalos demonstrassem a fidelidade ao
suserano atuando militarmente em guerras promovidas por estes.
ATIVIDADES
1) Quando falamos em história, o que vocês imaginam? Quem são os historiadores?
2) Como podemos definir o que é história?
3) Defina Fontes históricas.
4) Descreva por que durante muito tempo as fontes escritas foram as mais valorizadas?
5) Oque você entende por Democracia?
6) Quando surgiu a democracia?
7) Faça um relato sobre a definição da Era Medieval ou Idade Média.
8) A sociedade Medieval era dividida em três grupos. Explique cada um deles.
HISTÓRIA
Atividade Complementar
Códigos das Habilidades Objetos de conhecimentos
(EM13CHS104) Analisar objetos e vestígios da cultura material e Patrimônio Histórico Cultural – Material
imaterial de modo a e Imaterial.
identificar conhecimentos, valores, crenças e práticas que
caracterizam a identidade e a
diversidade cultural de diferentes sociedades inseridas no
tempo e no espaço.
(EM13CHS404) Identificar e discutir os múltiplos aspectos do
trabalho em diferentes
circunstâncias e contextos históricos e/ou geográficos e seus
efeitos sobre as gerações,
em especial, os jovens, levando em consideração, na atualidade,
as transformações
técnicas, tecnológicas e informacionais.
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Nome do Professor(a):
Nome do estudante:
Período: ( ) vespertino ( ) matutino ( ) noturno
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exemplo de patrimônio material.
Patrimônio imaterial
A Unesco define como Patrimônio Cultural Imaterial "as práticas, representações,
expressões, conhecimentos e técnicas - junto com os instrumentos, objetos, artefatos e lugares
culturais que lhes são associados - que as comunidades, os grupos e, em alguns casos, os
indivíduos reconhecem como parte integrante de seu patrimônio cultural."
O Patrimônio Imaterial é transmitido de geração em geração e constantemente recriado
pelas comunidades e grupos em função de seu ambiente, de sua interação com a natureza e de
sua história, gerando um sentimento de identidade e continuidade, contribuindo, desse modo,
para promover o respeito à diversidade cultural e à criatividade humana.
ATIVIDADES
1) Defina Patrimônio Histórico Cultural.
2) Quais tipos de bens se enquadra como Patrimônio Cultural?
3) Você conhece algum Patrimônio Público?
4) Existem dois tipos de Patrimônios, material e imaterial. Descreva cada um deles, cite
exemplos.
5) Em sua região existe algum tipo de patrimônio material e Imaterial?
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Aprendizagem Conectada
Atividades Escolares
1º ano do Ensino Médio
ATIVIDADES COMPLEMENTAR
........
Sociologia – 1º ano
Códigos das Objeto do
Habilidades conheciment
o
EM13CHS103 – Compreender a relação ser humano/cultura no
Elaborar hipóteses, selecionar processo de humanização e constituição dos
evidências e compor
argumentos relativos a diferentes grupos socioculturais.
processos políticos,
econômicos, sociais,
ambientais, culturais e
epistemológicos, com base na
sistematização de dados e
informações de diversas
naturezas (expressões
artísticas, textos filosóficos e
sociológicos, documentos
históricos e geográficos,
gráficos, mapas, tabelas,
tradições orais, entre outros).
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Identidade: o que é?
Nada mais óbvio do que tudo que escre- vemos até aqui, não é verdade? Mas, para a Sociologia,
falar em identidade é muito mais complexo do que podemos imaginar.
Em primeiro lugar, podemos dizer que os dados estampados no RG revelam diversos
pertencimentos desse indivíduo que nós somos: pertencemos a um país, a um estado, a uma
família, a uma determinada geração. Revelam também características físicas, tais como o sexo e
a cor da pele. Mas, será que “revelam” tudo a nosso respeito? É claro que não.
A nossa identidade formal, anunciada pelos dados, é apenas a nossa estampa, uma “casca” que
esconde as nossas ideias, as nossas emoções, os nossos gostos, as nossas crenças, as motivações
que temos e as aspirações que buscamos na vida. Todos estes e outros
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Sociedade e Conhecimento Sociológico
Elementos é que formam de fato a nossa identidade, que nos transformam em sujeitos,
pertencentes a uma determinada época e lugar, inseridos em um tipo específico de sociedade,
construída a partir de uma determinada História. Mulheres gaúchas que foram alfabetizadas
queimam suas carteiras de identidades para analfabetos. Esta atitude mostra que a nossa
identidade é muito mais do que um simples documento. Entenderam-se esta questão dessa forma,
podemos dizer, portanto, que ser jovem não é a mesma coisa hoje e há mais de quarenta anos,
aqui no Brasil ou na França, assim como, de forma mais ampla e mais diferenciada, entre as
sociedades ocidentais e uma sociedade em Bali (na Indonésia) ou uma comunidade indígena do
Xingu.
Para entender melhor o que estamos falando, vamos tomar como exemplo os acontecimentos que
abalaram o mundo em 1968, nos quais a juventude teve um papel de liderança, de marcante
protagonismo.
1968: os jovens comandam uma revolução política e social
Em 1968, os jovens estudantes franceses tomaram as ruas de Paris com palavras de ordem e
frases de impacto, tais como:
“Sejam realistas: exijam o impossível!”
“É proibido proibir.” “Abaixo a sociedade de consumo!”
“A economia está ferida”.
Pois que morra!”
Esse ano, na verdade, foi o momento cul- minante de uma série de mudanças que vinham
ocorrendo nas sociedades ocidentais, desde o final da década de 1950. Essas mudanças, de
caráter social, político e cultural, foram coman- dadas por jovens: eles eram os principais líderes
da Revolução Cubana, como Fidel Castro, Ernesto Che Guevara e Camilo Cienfuegos. Eram os
atores que representavam personagens desafiadores e rebeldes, que pilotavam suas motos e
carros em alta velocidade, como Marlon Brando e James Dean; eram os músicos que
transformaram o rock em um fenômeno mundial, como Elvis Presley, Chuck Berry e Bill Halley
and His Comets.
Influenciada por esses acontecimentos, a década de 1960 assistiu ao surgimento e ao sucesso dos
Beatles e seus cabelos compridos; à permanente rebeldia dos Rolling Stones; à invenção da
minissaia; ao uso das drogas como forma de libertação do pensamento, da imaginação e da
criatividade; e à disseminação do sexo livre, com a descoberta da pílula anticoncepcional.
Ser jovem passou a significar, nesse contexto, a afirmação da luta por uma liberdade plena,
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contra a “caretice” das gerações mais velhas (os pais e os avós) e contra todas as formas de
opressão política, desde a sociedade de consumo ocidental, representada pelos Estados Unidos,
até as ditaduras socialistas, representadas pela União Soviética. Assim, a luta pelo “amor livre”
associava-se às manifestações contra a Guerra do Vietnã e contra o alistamento militar; a luta
pela revolução socialista era combinada com a resistência à invasão soviética da
Tchecoslováquia, que pôs fim às reformas políticas conhecidas como a Primavera de Praga
(aproveite para pesquisar a respeito).
As manifestações estudantis que ocorreram em Paris se espalharam pelo mundo, atingindo cerca
de cinquenta países, entre os quais Itália, Polônia e Iugoslávia. Cidades como Madri, Valência,
Nova York, Santiago, São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro tiveram suas ruas tomadas.
Independentemente do resultado concreto dessas manifestações – no Brasil, por exemplo, a
ditadura não foi derrubada, mas se tornou ain- da mais violenta nos anos seguintes, promovendo
perseguições, exílio, torturas e assassinatos de seus opositores –, todo esse mundo, em per-
manente ebulição, sempre sob o comando da juventude, nunca mais seria o mesmo. Em 1968,
lutar por liberdade no Brasil significava o enfrentamento do poder da ditadura militar pelos
estudantes.
A crítica à sociedade de consumo teve como uma de suas consequências o surgimento do
movimento ecológico e a denúncia da destruição do meio ambiente como contrapartida do
chamado “progresso” e do desenvolvimento econômico e a busca do lucro a qualquer custo. O
enfrentamento das diversas formas de opressão permitiu a denúncia do machismo e dos falsos
moralismos, até então vigentes, levando à redefinição do papel da mulher na sociedade, que
passou a ter uma presença cada vez mais fortalecida no mercado de trabalho, e a luta pela
superação de todas as formas de discriminação sexual. Essas lutas, que prosseguem até os dias
atuais, tiveram um acentuado impulso nesse período. Elas significaram, também, uma mudança
nas concepções sobre as identidades das pessoas, não só dos jovens, como dos membros da
sociedade em geral.
Identidade no debate da Sociologia, o debate sociológico sobre o tema da identidade não é novo.
Desde muito tempo, alguns sociólogos já discutiam os significados do termo “identidade”.
Vejamos dois pensadores que se dedicaram a esse tema: George Herbert Mead e Erving
Goffman.
O sociólogo americano George Herbert Mead (1863-1931) dizia que nós somos o que somos
porque adquirimos ao longo da vida alguns traços característicos de nosso “self”, por meio das
interações sociais que estabelecemos com outros indivíduos. Numa tradução mais difundida, o
termo em inglês “self” poderia ser entendido como “si mesmo”. Para Mead, entretanto, a ideia
era concebida como uma referência à existência de um self social, ou seja, significava que o
indivíduo organiza uma série de atitudes sobre o meio social em que vive e tem condições de
adotar, é a consciência que um sujeito tem de si mesmo. Mas, ele afirmava também que esta
consciência só é possível se o indivíduo estabelecer contatos sociais, não é uma coisa que nasce
com ele ou é um fator biológico ou genético. Você já viu ou ouviu falar do filme O enigma de
Kaspar Hauser, produzido pelo diretor Werner Herzog (veja na seção Interatividade), que relata
um caso real de um menino alemão, passado em 1820, que teve o seu primeiro contato com
humanos na adolescência e que só aprendeu a falar após esse contato com outras pessoas? Pois
bem, se pensasse neste exemplo, George Mead nos diria que o caso ilustra como o self é
impossível de ser concebido fora de um intercâmbio simbólico com outras pessoas.
O “self”, para George Mead, apresenta duas características: o “eu” e o “mim”. O eu refere-se ao
sujeito que age e o mim refere-se a como nos vemos através dos olhos de outras pessoas. Está
complicado? Vamos ver um exemplo: quando vamos a uma festa sempre nos vestimos de forma
adequada ao ambiente, pois sabemos que as pessoas podem nos julgar pela forma como nos
apresentamos. Pois bem, se nos sentimos confortáveis e elegantes com uma determinada roupa é
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porque gostamos de estar de um jeito e também porque sabemos que outras pessoas podem
gostar. Mead diz, portanto, que “o ‘eu’ é a reação do organismo às atitudes dos outros; e o ‘mim’
é a série de atitudes organizadas dos outros que alguém adota” (MEAD, 1973, p. 202).
A sociedade está organizada tendo por base o princípio de que qualquer in- divíduo que possua
certas características sociais tem o direito moral de esperar que os outros o valorizem e o tratem
de ma- neira adequada. Ligado a este princípio há um segundo, ou seja, de que um indivíduo que
implícita ou explicitamente dê a enten- der que possui certas características sociais deve de fato
ser o que pretende que é. Consequentemente, quando um indivíduo. Debruçou sobre o tema da
identidade foi o canadense Erving Goffman (1922–1982). No seu livro A representação do eu
na vida cotidiana, Goffman sustenta a ideia de que a vida social do indivíduo, por consequência
sua identidade, pode ser entendida como representação teatral. Como ele argumenta isso? Vamos
ler com atenção.
A ação de um indivíduo em relação a outros não tem somente uma finalidade instrumental, ou
seja, não tem somente um objetivo de fazer algo, mas também é condicionado pelo modo como
este sujeito quer aparecer diante dos outros. Goffman afirma que quando um indivíduo está
diante de outro, ele tem muitas razões para tentar controlar as impressões que projeta uma
definição da situação e com isso pretende, implícita ou explicitamente, ser uma pessoa de
determinado tipo, auto- maticamente exerce uma exigência moral sobre os outros, obrigando-os
a valorizá-lo e a tratá-lo de acordo com o que as pessoas de seu tipo têm o direito de esperar.
(GOFFMAN, 1975, p.21) Como se vê, a ideia de identidade de Goffman é muito parecida com a
de George Mead. Em ambas, segundo eles, pode-se afirmar que os indivíduos assumem diversas
identidades, dependendo de uma determinada situação social em que estes mesmos indivíduos se
encontram.
“Sejam realistas: exijam o impossível!”
A Sociologia tem vários autores que discutem e refletem sobre o conceito de identidade. Agora
vamos destacar outro autor que escreveu um pequeno livro sobre o assunto: um teórico
jamaicano, mas radicado no Reino Unido, chamado Stuart Hall.
Quando falamos em identidade, estamos falando em papéis distintos assumidos pelo
indivíduo enquanto sujeito histórico, pertencente a uma determinada sociedade. Stuart Hall
(2004) destaca um determinado indivíduo genérico, membro da sociedade ocidental, ou seja, as
sociedades europeias e as sociedades colonizadas pelos europeus nas Américas. Nesse sentido,
esse sociólogo apresenta três ideias muito diferente sobre as identidades que se constituíram
historicamente no Ocidente, como veremos a seguir.
Uma primeira identidade do sujeito, segundo Hall, teve origem no Iluminismo, com base numa
concepção de pessoa humana como um indivíduo totalmente centrado, unificado, dotado de
capacidades de razão, de consciência e de ação (2004, p. 10).
Como estudamos nas aulas de História, essa ideia estava associada à afirmação da centralidade
do homem (antropocentrismo), em oposição às concepções que vinham da Idade Média, que
afirmavam a total centralidade de Deus e o poder inquestionável da Igreja.
Sociedade e Conhecimento Sociológico
No século XIX, com a consolidação do capitalismo a partir da Inglaterra e as suas consequências
para o restante da humanidade, o “sujeito sociológico” que assume o poder apresenta, então, a
sua “carteira de identidade”: ele era branco, europeu, anglo-saxão, do sexo masculino, cristão.
Todas as outras identidades, dentro da mesma sociedade, e principalmente em outras partes do
mundo, deveriam, neces- sariamente, estar subordinadas a ele.
Por fim, segundo Hall, a identidade apon- tada acima, que teve origem na Era Moderna,
começou a ser totalmente “desmontada” no século XX, principalmente a partir das mudan- ças
que ocorreram na década de 1960, citadas anteriormente. Trata-se, agora, de um sujeito pós-
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moderno, no qual coexistem diversas identidades simultâneas e até contraditórias, todas de
caráter cultural.
Deve-se observar que este “novo sujeito” é também produto das mudanças constantes que
caracterizavam a Era Moderna, desde o século XIX, tal qual descreveram Karl Marx e Friedrich
Engels no Manifesto Comunista: “(...) As relações rígidas e enferrujadas, com suas
representações e concepções tradicionais, são dissolvidas, e as mais recentes tornam-se
antiquadas antes que se consolidem. Tudo o que era sólido desmancha no ar, tudo que era
sagrado é profanado, (...)” (1998, p. 11).O que pode ser apresentado como “novidade” – como
defende Stuart Hall – é o ritmo e a profundidade dessas mudanças, aceleradas desde os anos
1970, em comparação com as sociedades modernas que foram se consolidando no mundo
ocidental a partir do século XIX, após a Revolução Francesa.
Atividades
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Primeiros socorros
Primeiros socorros são intervenções que devem ser feitas de maneira rápida, logo após o
acidente ou mal súbito, que visam a evitar o agravamento do problema até que um serviço
especializado de atendimento chegue até o local. Essas intervenções são muito importantes, pois
podem evitar complicações e até mesmo evitar a morte de um indivíduo.
Antes de qualquer procedimento de primeiro socorro, é importante que o socorrista tenha em
mente a necessidade de:
Manter a calma;
Afastar os curiosos;
É muito importante salientar que algumas pessoas não estão preparadas para realizar os
primeiros socorros e, portanto, o ideal é que deixe outra pessoa realizar os procedimentos
adequados e auxiliar de outra maneira, como, buscando socorro.
→ Omissão de socorro
A omissão de socorro é considerada crime em nosso país. Segundo o Decreto-Lei Nº 2.848, de 7
de dezembro de 1940, deixar de prestar assistência a uma pessoa em risco pode resultar em
detenção ou multa. Veja o art. 135 que aborda o tema:
Se ao avaliar a lesão, você perceber que o dano é grave, é fundamental procurar ajuda
médica imediatamente. Outro ponto importante é nunca passar no local nenhuma substância
caseira nem mesmo medicamentos sem que sejam recomendados por um médico.
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olhos, garganta e nariz, salivação abundante, vômito, diarreia, convulsões, queda de temperatura,
asfixia, tontura e sonolência.
Em caso de intoxicações, o recomendado é identificar o agente causador da intoxicação e
solicitar atendimento especializado. A pessoa, nesse momento, deve ser deixada imóvel e caso a
intoxicação seja por produtos derivados de petróleo e corrosivos, como soda cáustica, alvejantes,
tira ferrugem, amônia, gasolina, querosene e benzina, não se pode provocar vômito.
Algumas serpentes apresentam toxinas que podem levar à morte, sendo fundamental
atendimento rápido.
Algumas serpentes são capazes de injetar toxinas que podem causar grandes danos ao
organismo e até mesmo a morte. Sendo assim, em caso de acidente com serpentes, é
importante realizar alguns procedimentos rapidamente.
Os primeiros socorros consistem em lavar a área da picada com água e sabão, colocar o
acidentado em posição confortável, de preferência deixando a vítima deitada com a área afetada
em um nível abaixo do coração e levar a vítima ao atendimento médico mais rápido. É
fundamental não aplicar qualquer substância, não fazer cortes no local e nem amarrar ou fazer
torniquetes. Outro ponto importante é não deixar a vítima locomover-se por meios próprios.
Caso seja possível, levar a cobra para a identificação.
A manobra de Heimlich visa a eliminar o objeto que está bloqueando as vias respiratórias.
Inicialmente, o socorrista deve acalmar a vítima e, posteriormente, aplicar a técnica conhecida
como manobra de Heimlich. Nessa manobra, o socorrista posiciona-se logo atrás da vítima e
coloca o braço ao redor abdome dela. Uma mão fica fechada sobre a boca do estômago e a outra
mão é posicionada em cima da primeira e a comprime. Os movimentos de compressão deverão
ser feitos para dentro e para cima, permitindo que o objeto que está bloqueando a via respiratória
seja eliminado.
Em bebês, deve-se colocar a criança com a barriga para baixo sobre seu antebraço, deixando a
cabeça mais baixa que o corpo, e dar cinco pancadas utilizando o punho da mão. Vire a criança
para cima apoiando sua cabeça e deixando-a mais baixa que o corpo e observe se ocorreu a saída
do objeto. Caso o objeto não tenha saído, aplique cinco compressões rápidas no tórax entre a
linha dos mamilos utilizando os dois dedos maiores da mão. Se as manobras não funcionarem,
pedir ajuda rapidamente e continuar tentando o procedimento.
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→ Primeiros socorros em caso de fraturas
Dizemos que ocorreu uma fratura quando o osso perde sua continuidade. A fratura pode ser
exposta quando a pele é rompida e pode-se ver o osso, e fechada quando a pele não se rompe.
Em ambos os casos, é fundamental ajuda médica profissional para que a recuperação do osso
seja feita de maneira adequada.
Apesar de o desmaio ser uma situação que preocupa muitas pessoas, geralmente, não causa
ameaça à vida.
Ao presenciar um desmaio, algumas medidas podem ser tomadas, como deitar a vítima, afrouxar
suas roupas, garantir que o ambiente fique arejado e elevar os membros inferiores. Caso a pessoa
sinta a sensação de que irá desmaiar, essa pode ser orientada a se sentar e colocar a cabeça entre
os joelhos ou então se deitar.
Não se deve interferir nos movimentos, nem colocar objetos entre os dentes da vítima. Quando a
convulsão passar, mantenha a vítima deitada até a recuperação da consciência. Caso a convulsão
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demore mais de 5 minutos, é essencial chamar o serviço de emergência.
Atividades
Atividade complementar
Puxa na memoria se você já passou por algum desses casos citados, se sim conte-nos como foi
seus cuidados e tratamentos ate sua cura, caso não converse com seus familiares e encontre
alguém que passou por alguma dessas situações e nos diga como foi o cuidado dele no inicio do
problema ate o final com sua cura.
Referencia:
https://brasilescola.uol.com.br/saude/primeiros-socorros.htm
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