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ESTADO DE RORAIMA

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO E DESPORTO


ESCOLA ESTADUAL PADRE JOSÉ MONTICONE
ENSINO MÉDIO TÉCNICO INTEGRADO

CONTEÚDOS E HABILIDADES
EÚDOS
Componente Curricular: Filosofia - segunda quinzena
Professor: José Edilson de Paulo Oliveira
Série/ano: 2° ANO Turmas: 201/202/203 Data:
Aluno:

Filosofia Medieval: Filosofia Cristã


Habilidade: Contextualização Sociocultural; contextualizar conhecimentos
filosóficos, tanto no plano de sua origem específica quanto em outros planos.

ORIENTAÇÃO AOS ALUNOS: A aula tem como foco principal aproximar o aluno dos
principais temas e aspectos da Filosofia. Aos alunos por gentileza, não esqueçam de
colocar seu nome nas atividades e colocar também a data. Tem aluno que está
devolvendo as apostilas, sem nome e sem a resolução das atividades. Por favor, vocês
devem devolver somente as atividades realizadas com cabeçalho padrão com nome
da escola, aluno, qual sua série, nome do professor e data. A apostila é para ficar
com você para aprofundar seus estudos. Leia com bastante atenção e qualquer dúvida
com relação a abordagem da atividade relate em uma folha do caderno e na devolução do
material fique tranquilo para pedir esclarecimentos e sanar qualquer tipo de dúvida.
Lembre-se que o trabalho de vocês está no sentido de entender a aula, então ao pegar o
material leiam e depois façam uma análise dos principais termos que não ficaram claros.
E por último não menos importante, devo lembrar a cada um de vocês que é por meio
deste material que o professor avalia seu desempenho, logo se devolver nada, sem
assinatura não podemos avaliar o desempenho de cada um. Bons estudos!

A questão: é preciso crer para entender? O que implicava na disputa de dois argumentos:
1) faz-se necessária a fé para conhecer a verdade, religiosa e moral, eis a importância do
credo;
2) faz-se necessário usar a razão para que a adesão à fé não seja cega e meramente
passiva, eis a importância da inteligência.
A Filosofia Escolástica: A Escolástica representa o último período da história do
pensamento cristão, que vai do início do século IX até ao fim do século XV. Este período
é denominado Escolástico porque fora marcado pela filosofia ensinada nas escolas da
época por mestres chamados escolásticos. Diversamente da patrística, cujo interesse é
acima de tudo religioso e cuja glória é a elaboração da teologia dogmática católica, o
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interesse da escolástica é, acima de tudo, especulativo, e a sua glória é a elaboração da


filosofia cristã.
Tal elaboração será plenamente racional, consciente e crítica, e em Tomás de
Aquino, chegou ao seu apogeu. Antes de Tomás de Aquino, o que temos é o pensamento
e a tendência platônico - agostiniana, características da patrística, em que era impossível
uma filosofia verdadeira e própria por falta de distinção entre razão e fé, filosofia e
teologia. (Destinaremos uma aula específica ao pensamento tomista).
Quanto à divisão da escolástica, distinguiremos:
1) a escolástica pré-tomista, com orientação agostiniana (IX- XIII) – João Scoto Erígena;
2) a escolástica de Tomás de Aquino, que constrói realmente uma filosofia de raízes
cristãs, com limites claros quanto à teologia (XIII);
3) o período pós-tomista (XIV-XV), que representa a rápida decadência histórica da
escolástica demarca a transição ao período renascentista - Rogério Bacon, João Duns
Scoto e Guilherme de Ockham.
Uma das características marcante da Escolástica foi o método por ela
inventado para expor as ideias filosóficas, conhecida como disputa: apresentava-se uma
tese e esta devia ser ou refutada ou defendida por argumentos tirados da Bíblia, de
Aristóteles, de Platão ou de outros Padres da Igreja.
Desta forma, uma ideia era considerada uma tese verdadeira ou falsa
dependendo da força e da qualidade dos argumentos encontrados nos vários autores. Por
causa desse método de disputa - teses, refutações, defesas, respostas, conclusões baseadas
em escritos de outros autores -, costuma-se dizer que, na Idade Média, o pensamento
estava subordinado ao princípio da autoridade, isto é, uma ideia é considerada
verdadeira se for baseada nos argumentos de uma autoridade reconhecida (Bíblia, Platão,
Aristóteles, um papa, um santo). Os teólogos medievais mais importantes foram:
Abelardo, Duns Scoto, Escoto Erígena, Santo Anselmo, Santo Tomás de Aquino, Santo
Alberto Magno, Guilherme de Ockham, Roger Bacon, São Boaventura. Do lado árabe:
Avicena, Averróis, Alfarabi e Algazáli. Do lado judaico: Maimônides, Nahmanides,
Yeudah bem Levi.
A diferença e separação entre infinito (Deus) e finito (homem, mundo), a
diferença entre razão e fé (a primeira deve subordinar-se à segunda), a diferença e
separação entre corpo (matéria) e alma (espírito), O Universo como uma hierarquia de
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seres, onde os superiores dominam e governam os inferiores (Deus, arcanjos, anjos, alma,
corpo, animais, vegetais, minerais), a subordinação do poder temporal dos reis e barões
ao poder espiritual de papas e bispos: eis os grandes temas da Filosofia medieval.
Qual a origem do mal? Deus é a origem do mal?
Agostinho foi capaz de responder a um aspecto do problema do mal
facilmente. Ele defendia que, embora tenha criado tudo o que existe, Deus não criou o
mal porque o mal não é algo, mas a falta ou a deficiência de algo.

Por exemplo, o mal padecido por um homem cego é a ausência de visão; o


mal em um ladrão é a falta de honestidade. Agostinho tomou emprestado esse modo de
pensar de Platão e seus seguidores.
Exercício
1. Pesquise quais eram os teólogos medievais mais importantes do período da
filosofia medieval e descreva um pouco sobre cada um deles.
2. Descreva qual era a característica marcante da Escolástica?
3. A questão é preciso crer para entender? O que implicava na disputa de dois
argumentos: quais eram esses argumentos e de que se tratavam cada um?

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