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Ética 2024

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Uma Jornada Fascinante: História Geral da Ética Filosófica

A ética, como ramo da filosofia que busca compreender o que é certo e errado, o bem e o mal, e
como devemos viver, tem uma história rica e complexa que se desenvolveu ao longo dos séculos.
Desde as reflexões dos antigos filósofos gregos até os debates contemporâneos sobre bioética e
inteligência artificial, a ética moldou a maneira como as sociedades se organizam e os indivíduos
tomam decisões.

Desafios e Perspectivas:

A ética é um campo em constante evolução, com novos desafios e debates surgindo a cada época. A
globalização, as mudanças tecnológicas e as desigualdades sociais exigem uma reflexão ética
constante e a busca por soluções inovadoras. Ao explorar a história da ética, podemos aprender
com as diferentes perspectivas e debates que moldaram a maneira como pensamos sobre o
certo e o errado. Essa jornada nos leva a questionar nossas próprias crenças e valores, e a
buscar respostas para as grandes questões da vida.

Filme
The philosophers, com ethan hawke

Quase todas as pessoas consideram-se boas pessoas. Ninguém, ou quase ninguém se considera,
ou gosta de se considerar má pessoa. Mas o que faz uma boa ou má pessoa? É esta a melhor
maneira de colocar a pergunta?

Moral Antiga Resultados das pesquisas em arqueologia, economia literatura, arqueologia

Virtudes divinas Máximas délficas, também conhecidas como "Diretivas dos Sete Sábios" ou
"Preceitos de Delfos", são um conjunto de 147 aforismos inscritos no Templo de
Imitação de Heróis e agradar Apolo em Delfos, na Grécia Antiga
aos Deuses .https://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A1ximas_d%C3%A9lficas

Epopeias e Mitos: Origem e Atribuição: Atribuídas originalmente ao deus Apolo, o oráculo de Delfos
as transmitia aos fiéis que buscavam sabedoria e orientação. A tradição atribui a
Epopeia de Gilgamesh: Uma autoria de algumas máximas a específicos "Sete Sábios da Grécia", figuras lendárias
das obras literárias mais de grande conhecimento e sabedoria prática. A lista dos Sete Sábios e a autoria
antigas da história, narrando específica de cada máxima variam entre diferentes fontes.
as aventuras do lendário rei
Gilgamesh da Mesopotâmia. As máximas abrangem diversos temas relacionados à vida moral e prática, como:
Enuma Elish: Poema Conhecimento próprio ("conhece-te a ti mesmo"); Moderação ("nada em excesso");
babilônico que narra a criação Justiça ("faça o que é justo"); Prudência ("pense antes de agir"); Amizade ("seja
do mundo e a ascensão do amigo de seus amigos"): Coragem ("enfrente seus medos"); Diligência ("trabalhe
deus Marduk. duro"); Respeito ("honre seus pais e deuses")
Mahabharata e Ramayana:
Épicos hindus que relatam Importância e Influência:
histórias de heróis, deuses e
guerras, fornecendo insights As máximas délficas tiveram um impacto significativo na cultura e filosofia ocidental,
sobre a cultura e a religião da influenciando os pensadores da Grécia Antiga, como Sócrates e Platão; A tradição
Índia antiga. ética judaico-cristã; o desenvolvimento da filosofia moral moderna
Textos Religiosos: 1. Homero (século VIII a.C.): Poeta grego autor da Ilíada e da Odisséia.

Livro dos Mortos: Coletânea Obras refletem valores como areté (excelência), timé (honra) e dike (justiça).
de textos funerários egípcios ● Areté: ideal de herói grego, que busca glória e reconhecimento.
que guiavam o falecido na
vida após a morte. ● Timé: importância da reputação e do respeito social.
Védas: Textos sagrados do
● Dike: justiça como base da ordem social.
hinduísmo que contêm hinos,
rituais e ensinamentos sobre a 2. Hesíodo (século VII a.C.): Poeta grego autor de "Os Trabalhos e os Dias".
natureza divina.
Torá: Os cinco primeiros livros ● Visão mais pessimista da natureza humana.
da Bíblia hebraica, que narram ● Enfatiza a importância do trabalho e da justiça social.
a criação do mundo, a história ● Crítica à ganância e à injustiça.
do povo judeu e suas leis.
3. Os Sete Sábios da Grécia (séculos VII e VI a.C.):
Códigos de Leis:
● Grupo de sete filósofos e legisladores.
Código de Hammurabi: Um ● Frases e máximas sobre ética e vida prática.
dos mais antigos códigos de
leis escritos, promulgado pelo ● Exemplos: "Conhece-te a ti mesmo", "Nada em excesso", "A garantia é a
rei Hammurabi da Babilônia. ruína dos negócios".
Leis de Manu: Código de leis 4. Sofistas (séculos V e IV a.C.): Grupo de filósofos que questionavam a tradição e
hindu que regulamenta a vida o conhecimento absoluto.
social e religiosa na Índia
antiga.
● Relativismo moral: a moral é relativa à cultura e à sociedade.
Leis de Eshnunna: Código
de leis da Mesopotâmia que
● Protágoras: "O homem é a medida de todas as coisas".
pune crimes e estabelece ● Górgias: "Nada existe, se algo existe não pode ser conhecido, se pode ser
regras de conduta. conhecido não pode ser comunicado".

Homero: 5. Sócrates (470-399 a.C.): Figura de transição entre a ética pré-socrática e a


socrática.
A Ilíada e a Odisseia: Narram
histórias de heróis e deuses, ● Maiêutica: método de questionamento para chegar à verdade.
explorando temas como ● A busca pelo "bem em si" e a importância da razão na vida moral. Busca por
honra, coragem, justiça, definições universais de conceitos éticos como justiça e virtude.
amizade, amor e vingança.
Valores heróicos: Enaltecem Outras Figuras Relevantes:
a bravura, a força física e a
lealdade como qualidades ● Pitágoras (século VI a.C.): fundador do pitagorismo, que defendia a harmonia
essenciais para o caráter e o ascetismo.
masculino. ● Heráclito (século VI a.C.): defendia a constante mudança como princípio
Código de honra: Retratam fundamental da realidade.
um código de honra que guia ● Parmênides (século V a.C.): defendia a imutabilidade do ser.
as ações dos heróis, com
ênfase na glória e no
● Zenão de Eléia (século V a.C.): discípulo de Parmênides, conhecido por seus
paradoxos.
reconhecimento social.
Destino: A influência do Importância da Ética Pré-Socrática:
destino sobre as ações
humanas é um tema central,
questionando a
● Base para o desenvolvimento da filosofia moral ocidental.
responsabilidade individual. ● Questões sobre o bem, a justiça e a virtude.
● Influência em pensadores posteriores como Sócrates, Platão e Aristóteles.
Hesíodo:
Período clássico
Teogonia: Descreve a origem
dos deuses e do universo, Sofistas: Protágoras e Górgias defendiam o relativismo moral e a importância da
estabelecendo uma ordem argumentação.
moral e cosmológica. protágoras o homem como medida de todas as coisas
Trabalhos e os Dias:
Instruções sobre agricultura,
Características Fundamentais dos Argumentos Éticos de Platão:
justiça e ética social,
promovendo o trabalho árduo
Idealismo: A ética de Platão baseia-se na crença em um mundo ideal, transcendente
e a piedade.
ao mundo material. Nesse mundo ideal residem as Formas perfeitas, incluindo a
Virtudes: Enfatiza a Forma do Bem.
importância da justiça, do
trabalho honesto e da piedade Teoria das Formas: A alma humana, antes de nascer, contempla as Formas no
como virtudes essenciais para mundo ideal. Ao nascer, a alma esquece esse conhecimento, mas conserva uma
uma vida boa. vaga lembrança da Forma do Bem.
Ordem social: Defende a
ordem social tradicional, com Busca pelo Bem: A vida ética consiste em um processo de reminiscência, no qual a
ênfase na obediência aos alma busca recordar a Forma do Bem e se voltar para ela.
deuses e às autoridades.
Justiça: A justiça é a principal virtude e consiste em cada parte da alma e da
Influência: sociedade realizar sua função própria de acordo com a razão.

As obras de Homero e Alma tripartida: Platão divide a alma em três partes: racional, apetitiva e irascível. A
Hesíodo influenciaram parte racional deve governar as outras duas partes.
profundamente a formação da
cultura e da moral ocidentais. Virtudes: As virtudes são características do caráter que nos permitem alcançar o
Os seus poemas serviram Bem. As principais virtudes são: sabedoria, coragem, temperança e justiça.
como base para a educação
moral dos jovens gregos por Felicidade: A felicidade é alcançada através da contemplação do Bem e da vida
séculos. As ideias sobre virtuosa.
heróis, valores, justiça e
destino presentes em suas Dialética: O método dialético é utilizado para alcançar o conhecimento da verdade e
obras continuam a ser do Bem.
reinterpretadas e debatidas
até hoje. Crítica à democracia: Platão critica a democracia por considerá-la um sistema de
governo que privilegia a opinião popular em detrimento da sabedoria e da justiça.
Outras Contribuições:
Filósofos como governantes: Platão defende que os filósofos, por serem os únicos
Visão da natureza humana: capazes de contemplar o Bem, devem ser os governantes da sociedade ideal.
As obras oferecem insights
sobre a natureza humana, Exemplos de Argumentos Éticos em Platão:
suas fraquezas e
potencialidades. Mito da Caverna: A alegoria da caverna ilustra a necessidade de se libertar das
Importância da comunidade: opiniões falsas e buscar a verdade.
Enfatizam a importância da
comunidade e da coesão Influência da Ética de Platão: A ética de Platão influenciou profundamente o
social. pensamento ocidental, especialmente a filosofia moral e política. Seus argumentos
Reflexão sobre a morte: A sobre o Bem, a justiça e a vida virtuosa continuam a ser debatidos e reinterpretados
morte é um tema recorrente, até hoje.
levando à reflexão sobre o
sentido da vida.
○ A ética de Aristóteles, também conhecida como ética da virtude, é um dos sistemas
Platão (428–348 a.C.): A éticos mais influentes da história da filosofia. Ela tem os seguintes princípios
teoria das Formas e a justiça fundamentais:
como ideal transcendente.
Teleologia: A busca por um fim último, que para Aristóteles é a felicidade
● República (eudaimonia).
● Eutífron
● Menon
● Teeteto Virtude: A felicidade é alcançada através da prática das virtudes, que são
características do caráter que nos permitem agir de acordo com a razão e alcançar o
● Fédon bem.

A República apresenta uma Meio termo: As virtudes são hábitos que se encontram em um meio termo entre
descrição da sociedade ideal vícios por excesso e por falta. Por exemplo, a coragem é o meio termo entre a
e da justiça. O Fédon explora covardia e a temeridade.
a imortalidade da alma e a
importância da vida virtuosa. Razão: A razão é a ferramenta que nos permite identificar as virtudes e agir de
acordo com elas.
Aristóteles (384–322 a.C.): A
Prudência: A prudência é a principal virtude, pois nos permite deliberar sobre as
ética da virtude e o
ações e escolher a mais adequada para alcançar o bem.
florescimento humano como
objetivo da vida.
Felicidade: A felicidade é uma atividade da alma conforme a razão e a virtude. Ela
● Ética a Nicómaco não é um estado passageiro, mas sim uma vida dedicada ao bem e à excelência.
● Ética a Eudemo
Outras características importantes da ética aristotélica:

A ética aristotélica é eudaimónica, ou seja, busca a felicidade como o fim último da


vida humana; é teleológica, ou seja, acredita que todas as ações humanas têm um
fim ou propósito; é prática, ou seja, visa fornecer orientação para a vida quotidiana; é
realista, ou seja, leva em consideração as limitações da natureza humana.

Virtudes Éticas e Dianoéticas na Filosofia de Aristóteles:

Na filosofia de Aristóteles, as virtudes dividem-se em dois tipos: éticas (ou morais)


e dianoéticas (ou intelectuais). Essa divisão baseia-se em qual das partes da alma
cada tipo de virtude aperfeiçoa:

1. Virtudes Éticas:

Aperfeiçoam a parte apetitiva da alma, responsável pelos desejos e emoções.


São hábitos que nos permitem agir de acordo com a razão e alcançar o bem moral.
Exemplos: coragem, justiça, temperança, prudência. São adquiridas através da
repetição e do costume. Envolvem a vontade e a escolha.

2. Virtudes Dianoéticas:

Aperfeiçoam a parte racional da alma, responsável pelo conhecimento e pela


inteligência. Permitem-nos pensar, compreender e agir de acordo com a verdade.
Exemplos: sabedoria, ciência, arte, inteligência. São adquiridas através do ensino
e da educação. Envolvem a capacidade de raciocinar e aprender.

Relação entre as Virtudes:

As virtudes éticas e dianoéticas estão interligadas. As virtudes éticas dependem da


razão para serem corretamente exercidas. As virtudes dianoéticas fornecem
orientação e sabedoria para as ações virtuosas.

Importância da Distinção:

A distinção entre virtudes éticas e dianoéticas ajuda a compreender a natureza da


moralidade e do conhecimento. Mostra que a ética aristotélica não se baseia apenas
na razão, mas também na emoção e no hábito. Destaca a importância da educação e
do desenvolvimento intelectual para a formação do caráter.
Exemplos:

Um juiz que aplica a lei com justiça demonstra uma virtude ética (justiça) e uma
virtude dianoética (inteligência). Um médico que trata seus pacientes com compaixão
demonstra uma virtude ética (compaixão) e uma virtude dianoética (ciência médica).

Epicurismo:
Hedonismo Fundador: Epicuro (341-270 a.C.)
Epicuro
Objetivo: Alcançar a felicidade através da ataraxia (tranquilidade da alma) e aponia
Prazeres da alma (ausência de dor).

Características:

Hedonismo moderado: Busca do prazer moderado e racional, evitando os excessos.


Tetrafármaco: Quatro remédios para a vida feliz:
Não temer os deuses
Não se preocupar com a morte
O que é bom é fácil de obter
O que é terrível é fácil de suportar

● Amizade: Importante para a felicidade e apoio mútuo.


● Atomismo: Visão da realidade como composta por átomos em movimento.
● Livre arbítrio: Crença na capacidade de escolher livremente as ações.
Figuras importantes:

● Metrodoro de Lampsaco
● Hermarco de Mitilene
● Lucrecio Caro

Figuras e Características das Escolas Epicuristas e Estóicas na Ética:


Epicurismo: Fundado por Epicuro, o epicurismo busca a felicidade através da
moderação dos desejos e da busca por prazeres simples.

Estoicismo Zenão, Epicteto


Meditações, de Marco
Aurélio (121–180 d.C.) Ataraxia - Indiferença em relação à sorte ou à má fortuna
Sobre o Dever, de Cícero Identificação com a lógica e a natureza, física
(106–43 a.C.)
Da Felicidade, de Séneca (4 Estoicismo:
a.C. – 65 d.C.)
Fundador: Zenão de Cítio (336-264 a.C.)

Figuras importantes: Objetivo: Viver de acordo com a natureza e alcançar a eudaimonia (felicidade)
através da virtude.
Cleantes de Assos
Crisipo de Solos Características:
Séneca
Lógica: Estudo da razão para discernir o bem do mal.
Epicteto Física: Visão da realidade como um todo unificado e governado por uma lei divina.
Marco Aurélio Ética: A virtude como único bem verdadeiro e a base da felicidade.
Dicotomia do controle: Distinção entre o que está sob nosso controle (opiniões,
ações) e o que não está (acontecimentos externos).
Aceitação: Aceitação serena dos eventos externos, reconhecendo que são parte da
natureza.
Dever: Agir de acordo com a virtude e o bem universal.

Comparação entre Epicurismo e Estoicismo:

Aspecto Epicurismo Estoicismo

Objetivo Ataraxia e aponia Eudaimonia

Visão da Prazer moderado Virtude


felicidade

Papel da razão Moderar os desejos Discernir o bem do mal

Visão da Atomismo Panteísmo


natureza

Livre arbítrio Sim Sim

Amizade Importante Menos importante

Emoções Devem ser Devem ser aceites e


controladas racionalizadas

Conclusão:

Epicurismo e estoicismo oferecem diferentes perspectivas sobre como alcançar uma


vida boa e feliz. O epicurismo enfatiza a busca do prazer moderado e a ataraxia,
enquanto o estoicismo valoriza a virtude e a vida de acordo com a natureza. Ambas
as escolas oferecem insights valiosos para a vida ética e continuam a influenciar o
pensamento contemporâneo.

Estoicismo: Fundado por Zenão de Cítio, o estoicismo enfatiza a importância da


razão, da virtude e da vida em acordo com a natureza.

Outras escolas éticas da Ceticismo pirrónico: Questiona a possibilidade de conhecimento objetivo e defende
antiguidade a suspensão do julgamento.
Cinismo: Crítica à sociedade e aos valores tradicionais, defendendo uma vida
simples e autossuficiente.
Ecletismo: Combina elementos de diferentes escolas de pensamento, buscando
uma filosofia moral personalizada.

Observações:

As escolas éticas da antiguidade tardia e idade média foram influenciadas pela


filosofia grega, pelas religiões e pelas culturas da época. As diferentes escolas éticas
apresentavam diferentes perspectivas sobre a natureza da moralidade, a vida boa e
o papel da razão na vida ética. O estudo das escolas éticas da antiguidade tardia e
idade média é importante para compreender o desenvolvimento da filosofia moral e
das diferentes concepções de ética ao longo da história.

Idade Média
Enéadas - Plotino (204-270 Neoplatonismo:
d.C.)
Sobre o Retorno da Alma - Fundado por Plotino no século III d.C.
Porfírio (232-304 d.C.) Combina elementos da filosofia platônica com religiões e filosofias orientais.Divide a
Comentário ao Timeu - Proclo realidade em três níveis: o Uno, o Nous e a Alma. Defende a ascensão da alma ao
(412-485 d.C.) Uno através da purificação e da contemplação. Propõe a ascensão da alma ao Uno,
Elementos de Teologia - o princípio transcendente da realidade.
Proclo
Sobre a Beleza - Jámblico Figuras importantes: Porfírio, Jámblico, Proclo.
(245-325 d.C.)
Da Teurgia - Jámblico Patrística:
Sobre a Providência - Corrente de pensamento teológico dos primeiros séculos do cristianismo. Combina a
Teodoteo de Bizâncio (século filosofia grega com a fé cristã. Figuras importantes: Agostinho de Hipona, Ambrósio
VI d.C.) de Milão, Tomás de Aquino.
Sobre a Alma - Damascio
(século VI d.C.) Santo Agostinho: A ética teológica e o pecado original como base da moral.
Isagogé - Simpliciano (século Principais Características e Conceitos da Filosofia e Ética de Santo Agostinho
VI d.C.) de Hipona:

Confissões, de Santo Teocentrismo: A filosofia de Santo Agostinho é teocêntrica, ou seja, Deus é o centro
Agostinho (354–430) de tudo. Ele defende a ideia de que a verdade, a beleza e o bem só podem ser
De Civitate Dei de Santo encontrados em Deus.
Agostinho
Iluminação Divina: O conhecimento, para Santo Agostinho, vem da iluminação
De Trinitate de Santo
divina. A razão humana é importante, mas precisa ser iluminada pela fé para
Agostinho
alcançar a verdade.
Confissões: Obra
autobiográfica de Santo Pecado Original: Santo Agostinho defende a doutrina do pecado original, que afirma
Agostinho, que narra sua que todos os seres humanos nascem com uma inclinação para o mal.
busca pela verdade e pela
conversão ao cristianismo. Livre Arbítrio: Apesar do pecado original, Santo Agostinho defende o livre arbítrio
De Civitate Dei: Obra que humano. A liberdade humana, porém, é limitada pela graça divina.
trata da relação entre a
Cidade de Deus e a Cidade Cidade de Deus e Cidade dos Homens: Santo Agostinho distingue entre a Cidade
dos Homens. de Deus, que é a comunidade dos que amam a Deus, e a Cidade dos Homens, que é
De Trinitate: Obra que trata a comunidade dos que amam a si mesmos.
da Santíssima Trindade.
Amor: O amor é o principal conceito da ética de Santo Agostinho. O amor a Deus e
ao próximo é o fundamento da moralidade.
Consolatione Philosophiae
de Boécio Felicidade: A felicidade, para Santo Agostinho, consiste na contemplação de Deus.

Graça: A graça divina é essencial para a salvação humana.


Tomás de Aquino (1225– Tempo: O tempo, para Santo Agostinho, é uma criação de Deus.
1274)

Suma Teológica, Obra


Boécio (c. 480 – 524 ou 525 d.C.) foi um filósofo romano tardio, estadista e teólogo.
monumental que trata de
Ele era um dos últimos grandes intelectuais do Império Romano Ocidental e é
diversos temas teológicos e
considerado um dos fundadores da filosofia medieval.
filosóficos, incluindo a ética.
Suma Contra os Gentios:
Defesa da fé católica contra Boécio nasceu em uma família patrícia rica em Roma. Ele recebeu uma boa
os argumentos de filósofos educação e estudou filosofia, matemática e astronomia. Em 510 d.C., ele foi
pagãos e muçulmanos. nomeado cônsul, o cargo mais alto do Império Romano. Ele também serviu como
conselheiro do rei ostrogodo Teodorico, o Grande.
De Virtutibus: Tratado sobre
as virtudes. Em 522 d.C., Boécio foi acusado de traição e preso. Ele foi encarcerado em Pavia,
Itália, onde escreveu sua obra mais famosa, "A Consolação da Filosofia". Este
trabalho é um diálogo entre Boécio e a personificação da filosofia. Consola Boécio
em sua prisão e oferece-lhe consolo na filosofia.

Boécio foi finalmente executado em 524 ou 525 d.C. Ele foi decapitado ou
estrangulado. Sua morte foi um grande golpe para o Império Romano e para o
São Boaventura: mundo da filosofia.

Itinerarium Mentis in Deum: O trabalho de Boécio teve uma profunda influência na filosofia medieval. Sua
Obra mística que traça o tradução das obras de Aristóteles para o latim tornou o pensamento aristotélico
caminho da alma para Deus. acessível aos estudiosos ocidentais. Seus próprios escritos sobre filosofia, teologia e
lógica foram amplamente lidos e estudados. Boécio é considerado um dos mais
De Reductione Artium ad
importantes pensadores da Idade Média.
Theologiam: Defesa da
teologia como rainha das
ciências. Aqui estão algumas das realizações mais importantes de Boécio:
Sermones de Tempore:
Coleção de sermões sobre
● Ele traduziu as obras de Aristóteles para o latim.
diversos temas, incluindo a ● Ele escreveu "A Consolação da Filosofia", um dos livros mais importantes da
ética. filosofia medieval.
● Ele foi um dos fundadores da filosofia medieval.
Duns Escoto:Ética, de Duns ● Ele é considerado um santo pela Igreja Católica.
Escoto (1265–1308)
Legado de Boécio:
Ordinatio: Comentário às
Sentenças de Pedro O legado de Boécio é duradouro. Seu trabalho continua a ser estudado e admirado
Lombardo, que trata de por filósofos e teólogos. Ele é considerado um dos pensadores mais importantes da
diversos temas teológicos e história ocidental.
filosóficos.
Opus Oxoniense: Tratado Escolástica:
sobre a natureza da alma.
Quaestiones Quodlibetales: Corrente de pensamento teológico e filosófica da Idade Média. Busca reconciliar a fé
Coleção de respostas a com a razão. Figuras importantes: Tomás de Aquino, Duns Escoto, Guilherme de
perguntas sobre diversos Ockham.
temas. Tomás de Aquino: A lei natural e a integração da fé e da razão na ética.
Principais Características e Conceitos da Filosofia e Ética de São Tomás de
Guilherme de Ockham: Aquino:

Summa Logicae: Obra sobre Integração entre Fé e Razão: Tomás de Aquino busca conciliar fé e razão,
lógica que influenciou o utilizando a filosofia aristotélica para explicar e defender os dogmas da Igreja
desenvolvimento da filosofia Católica.
moderna.
Quodlibeta: Coleção de Lei Natural: A lei natural, derivada da razão humana e da natureza, é fundamental
respostas a perguntas sobre para a ética de Tomás de Aquino. Ela nos guia para o bem e nos permite
diversos temas. compreender a lei divina.
Dialogus: Diálogo sobre o
poder do Papa e do Quatro Virtudes Cardeais: A ética de Tomás de Aquino se baseia nas quatro
Imperador. virtudes cardeais: prudência, justiça, fortaleza e temperança. Essas virtudes
permitem que o ser humano viva de acordo com a lei natural e alcance a felicidade.

Felicidade como Bem Supremo: A felicidade, para Tomás de Aquino, é o bem


supremo que o ser humano busca. Ela consiste na contemplação de Deus, que é a
realização final da natureza humana.

Livre Arbítrio: Tomás de Aquino defende o livre arbítrio humano, a capacidade de


escolher entre o bem e o mal.

Teoria do Ato e da Potência: A metafísica de Tomás de Aquino baseia-se na teoria


aristotélica do ato e da potência. O ato é a forma perfeita de algo, enquanto a
potência é a capacidade de se tornar algo.

Ser e Essência: Tomás de Aquino distingue entre ser e essência. O ser é a


realidade de algo, enquanto a essência é o que define o que algo é.

Cinco Vias: Tomás de Aquino propõe cinco argumentos para provar a existência de
Deus.

Influência: A filosofia e a ética de Tomás de Aquino tiveram um impacto significativo


na teologia, na filosofia e no direito ocidentais.

Conceitos Importantes:

Suma Teológica: Obra principal de Tomás de Aquino, que trata de diversos temas
teológicos e filosóficos.
Analogia do Ser: Conceito que explica como podemos conhecer Deus, que é
infinitamente superior ao ser humano.
Teoria da Causalidade: Explicação da relação entre causa e efeito.
Hilemorfismo: Teoria que afirma que todo ser material é composto de matéria e
forma.

Mestre Eckhart e a História da Ética: Mestre Eckhart (c. 1260-1328) foi um teólogo
e filósofo dominicano alemão que teve um impacto significativo na história da ética.
Sua obra, embora complexa e controversa em seu tempo, oferece insights valiosos
sobre a natureza da moralidade e a busca pela santidade.

Posição na História da Ética:

Mística: Eckhart é frequentemente considerado um místico, e sua ética está


intimamente ligada à sua teologia e à sua visão da relação entre a alma humana e
Deus.
Ética do Ser: Em contraste com a "ética do fazer" predominante em sua época, que
se concentrava em ações e regras, Eckhart propôs uma "ética do ser" que enfatiza a
importância da interioridade e da transformação pessoal.
Influência: As ideias de Eckhart influenciaram diversos pensadores subsequentes,
incluindo Martin Heidegger, Emmanuel Kant e Paul Tillich.

Princípios Fundamentais da Ética de Eckhart:

Deus como Fonte da Moral: A moralidade, para Eckhart, deriva da natureza divina e
da nossa capacidade de participar da bondade e do amor de Deus.
Desapego: A busca pela santidade exige desapego das coisas materiais e do
egoísmo, focando na união com Deus.
Liberdade Interior: A verdadeira liberdade moral reside na libertação das paixões e
do desejo, alcançando a quietude interior.
Discernimento: O discernimento individual é essencial para tomar decisões éticas,
guiado pela razão e pela intuição.
Amor ao Próximo: O amor ao próximo é uma expressão do amor a Deus e se
manifesta através da compaixão, da justiça e da caridade.

Críticas à Ética de Eckhart:

Elitismo: Alguns críticos argumentam que a ética de Eckhart é elitista e inacessível à


maioria das pessoas.
Antinomianismo: Outros críticos argumentam que a ênfase de Eckhart na
interioridade pode levar a um antinomianismo, ou seja, à negação da importância das
leis e regras morais.

Legado de Eckhart: Apesar das críticas, a ética de Eckhart continua a ser uma fonte
de inspiração para muitos. Sua ênfase na interioridade, no amor ao próximo e na
busca pela santidade oferece uma alternativa valiosa às concepções éticas mais
tradicionais.

A filosofia medieval católica teve um papel fundamental no desenvolvimento da ética


ocidental. As obras dos filósofos medievais católicos abordaram diversos temas
éticos, como a lei natural, a virtude, a felicidade e a relação entre fé e razão.

"Discurso sobre a Dignidade Principais Conceitos Éticos nas Obras Filosóficas do Renascimento:
do Homem" (1486) - Pico
della Mirandola: Defende a O Renascimento (séculos XIV a XVI) foi um período de grande transformação cultural
dignidade humana e a e intelectual na Europa. As obras filosóficas desse período refletem essa mudança,
capacidade do ser humano de abordando diversos temas éticos de maneira inovadora.
se elevar através da razão e
da vontade. Principais Conceitos:
"Elogio da Loucura" (1509) -
Erasmo de Roterdam: Sátira ● Humanismo: Valorização da natureza humana e do potencial individual.
que critica os abusos da Igreja ● Individualismo: Ênfase na autonomia e na responsabilidade individual.
e da sociedade da época. ● Secularismo: Diminuição da influência da Igreja Católica na vida social e
"Utopia" (1516) - Thomas política.
More: Descreve uma ● Racionalismo: Crença na razão como principal fonte de conhecimento.
sociedade ideal baseada na ● Hedonismo: Busca pelo prazer e pela felicidade como objetivos da vida.
comunidade de bens e na
igualdade entre os cidadãos.
● Virtuosismo: Cultivo de virtudes como a justiça, a prudência e a temperança.
● Utopia: Idealização de uma sociedade perfeita.
"A Courtier" (1528) -
Baldassare Castiglione:
Manual sobre o
comportamento ideal do Blaise Pascal e a História da Ética:
cortesão renascentista.
"O Príncipe" (1532) - Blaise Pascal (1623-1662) foi um filósofo, matemático e físico francês que contribuiu
Maquiavel: Aborda a ética significativamente para a história da ética. Sua obra, principalmente os
política e as estratégias para "Pensamentos", apresenta uma visão original da moral e da relação entre fé e razão.
um governante conquistar e
manter o poder. Posição na História da Ética:
"Os Ensaios" (1580-1588) -
Michel de Montaigne: ● Ceticismo: Pascal reconhece a fragilidade da natureza humana e a
Reflexões sobre a natureza dificuldade de alcançar o conhecimento certo.
humana e a vida em ● Fé e Razão: Defende a necessidade de combinar fé e razão na busca pela
sociedade. verdade e pelo bem.
"Meditações" (1641) - René ● Aposta de Pascal: Argumenta que a fé em Deus é a melhor escolha,
Descartes: Busca por uma mesmo que não haja provas definitivas da sua existência.
base segura para o ● Ética do Coração: Propõe uma ética que vai além da razão, baseada na
conhecimento e a moral. intuição e no amor ao próximo.

Segundo Tratado do Princípios Fundamentais da Ética de Pascal:


Governo Civil, de John
Locke (1632–1704) ● Miséria do Homem: A natureza humana é marcada pelo pecado e pela
finitude.
● Grandeza do Homem: Apesar da miséria, o ser humano possui a
Início da Idade Moderna capacidade de pensar e de amar.
(séculos XVII e XVIII): ● Busca pela Felicidade: A felicidade verdadeira só pode ser encontrada em
Deus.
"Leviatã" (1651) - Thomas ● Amor ao Próximo: O amor ao próximo é essencial para a vida moral.
Hobbes (1588–1679):
Defende o absolutismo como Influência de Pascal:
forma de garantir a paz e a
segurança na sociedade.
● Filosofia: Influenciou pensadores como Jean-Jacques Rousseau e Søren
"Ética" (1677) - Baruch Kierkegaard.
Spinoza: Propõe uma ética
racional baseada na ● Literatura: Influenciou autores como Fyodor Dostoyevsky e Albert Camus.
compreensão da natureza ● Teologia: Influenciou o desenvolvimento da teologia jansenista.
humana e na busca da
liberdade. Críticas à Ética de Pascal:

"Dois Tratados sobre o


● Elitismo: Alguns críticos argumentam que a ética de Pascal é elitista e
Governo Civil" (1689) - John inacessível à maioria das pessoas.
Locke: Defende o contrato ● Fideísmo: Outros críticos argumentam que a ênfase de Pascal na fé pode
social e a divisão de poderes levar a um fideísmo, ou seja, à negação da importância da razão na busca
como base para uma pela verdade.
sociedade justa.
Legado de Pascal:
"Fundamentação da
Metafísica dos Costumes"
(1785) - Immanuel Kant: Apesar das críticas, a ética de Pascal continua a ser uma fonte de inspiração para
Estabelece os princípios da muitos. Sua ênfase na fé, na razão e no amor ao próximo oferece uma perspectiva
moral kantiana, baseada na valiosa sobre a vida moral.
autonomia da razão e no
imperativo categórico.
O Renascimento e a Modernidade marcaram uma profunda transformação na
filosofia moral, com o surgimento de novos princípios éticos que desafiaram as visões
Importância das Obras tradicionais da Idade Média.
Éticas do Renascimento e
do Início da Idade Moderna: Princípios Fundamentais:
Marcaram uma ruptura com a Racionalismo: A crença na razão como principal fonte de conhecimento e guia para
tradição medieval e o domínio a vida moral.
da Igreja Católica.
Humanismo: Ênfase na importância do indivíduo humano, na sua autonomia e
Valorizaram a razão humana e potencial.
a autonomia do indivíduo.
Discutiram temas como a Secularismo: Diminuição da influência da religião na esfera pública e na filosofia
natureza da justiça, o papel do moral.
Estado e a liberdade
individual. Filósofos e suas ideias:
Influenciaram profundamente
o desenvolvimento da filosofia Maquiavel: A defesa do pragmatismo na política e da realpolitik como forma de
moral ocidental. alcançar o bem-estar do Estado.
Thomas More: A crítica à tirania e a defesa da utopia como ideal social.
Erasmus de Roterdam: A promoção da paz, da tolerância e do diálogo inter-
religioso.
Niccolò Machiavelli: A análise do poder político e a defesa da razão de Estado.
Thomas Hobbes: A teoria do contrato social e a defesa do absolutismo como forma
de garantir a ordem social.
John Locke: A defesa dos direitos naturais do homem, como a vida, a liberdade e a
propriedade.
Jean-Jacques Rousseau: A teoria da vontade geral e a defesa da democracia como
forma de governo ideal.

Impacto e Legado:

Os princípios éticos defendidos pelos filósofos renascentistas e modernos tiveram um


impacto significativo na sociedade, influenciando:

O desenvolvimento da democracia e dos direitos humanos.


A secularização da sociedade e da política.
O crescimento da ciência e do racionalismo.

Baruch Spinoza é considerado um dos maiores pensadores éticos da história da


filosofia. Sua obra-prima, a "Ética", demonstra seu método rigoroso e geométrico
para analisar a natureza da moralidade e da felicidade.

Características do Método de Spinoza:

Racionalismo: A razão como base para o conhecimento e a busca da verdade.


Determinismo: A crença de que todos os eventos são causados por eventos
anteriores.
Monismo: A ideia de que existe apenas uma substância fundamental, Deus ou
Natureza.

Outros Pensadores com Métodos Semelhantes:

René Descartes: O "pai da filosofia moderna", também utilizava o método racionalista


para analisar a mente e o corpo.
Immanuel Kant: Um dos mais influentes filósofos da moral, defendia a ideia de que a
moralidade é baseada na razão universal.
John Stuart Mill: O principal proponente do utilitarismo, que defende a ação que gera
a maior felicidade para o maior número de pessoas.

Similaridades e Diferenças:

Similaridades: Todos esses filósofos utilizavam a razão como ferramenta para


analisar a moralidade.
Diferenças: Spinoza era determinista e monista, enquanto Descartes, Kant e Mill não.
Outras diferenças: As concepções de felicidade e vida boa também divergem entre
esses filósofos.

Influência da Revolução Protestante sobre o Pensamento Ético:

A Revolução Protestante, iniciada no século XVI com as ideias de Martinho Lutero,


teve um impacto profundo no desenvolvimento do pensamento ético ocidental. Entre
as principais influências, podemos destacar:

1. Ênfase na Fé Individual: O protestantismo substituiu a autoridade da Igreja


Católica pela fé individual como base da moralidade. Isso levou a um maior senso de
responsabilidade individual pelas ações e decisões.

2. Ética do Trabalho: O protestantismo valorizou o trabalho árduo e a frugalidade


como virtudes, associando-os à salvação. Essa ética contribuiu para o
desenvolvimento do capitalismo e da moderna sociedade industrial.

3. Secularização da Moral: O protestantismo diminuiu a influência da Igreja na vida


social e política, levando a uma secularização da moral. A ética passou a ser vista
como algo que se aplica a todos, independentemente de crenças religiosas.

4. Consciência Individual: O protestantismo deu ênfase à importância da


consciência individual na tomada de decisões éticas. Essa ênfase contribuiu para o
desenvolvimento da ideia de direitos humanos e da liberdade individual.

5. Pluralismo Moral: A fragmentação do cristianismo em diversas denominações


protestantes levou ao desenvolvimento do pluralismo moral. As diferentes seitas
protestantes desenvolveram diferentes visões sobre questões éticas, o que contribuiu
para o debate e a tolerância religiosa.

Exemplos da Influência da Revolução Protestante na Ética:

● A ética do trabalho protestante influenciou o desenvolvimento do capitalismo


e da moderna sociedade industrial.
● A secularização da moral levou a uma maior liberdade individual e à
tolerância religiosa.
● A ênfase na consciência individual contribuiu para o desenvolvimento da
ideia de direitos humanos.

Outras Influências da Revolução Protestante:

● Educação: O protestantismo valorizou a educação e contribuiu para a


fundação de escolas e universidades.
● Política: O protestantismo influenciou o desenvolvimento da democracia e da
liberdade de expressão.
● Economia: A ética do trabalho protestante contribuiu para o desenvolvimento
do capitalismo.

Idade Moderna e
contemporânea Gottfried Wilhelm Leibniz (1646-1716) foi um filósofo, matemático, cientista e
diplomata alemão que teve um impacto significativo no desenvolvimento do
Fundamentos da Metafísica pensamento ocidental. As suas ideias influenciaram diversas áreas da filosofia,
dos Costumes, de Immanuel incluindo:
Kant (1724–1804)
Metafísica:
Crítica da Razão Prática, de
Immanuel Kant (1724–1804) ● Monadologia: Leibniz propôs a teoria das mônadas, segundo a qual o
universo é composto por unidades individuais e indivisíveis chamadas
mônadas. Cada mônada é uma "pequena república" que contém em si
mesma toda a realidade.
● Teodicéia: Leibniz defendeu a ideia de que Deus é o melhor dos mundos
possíveis, e que o mal existe como um contraste necessário para o bem.

Epistemologia:

● Inatismo: Leibniz defendia que o conhecimento não deriva da experiência,


mas sim que nasce com a mente. Ele argumentava que a mente possui
ideias inatas, como a ideia de Deus e a ideia de perfeição.
● Cálculo infinitesimal: Leibniz co-inventou o cálculo infinitesimal, que é uma
ferramenta matemática fundamental para o estudo da física, da engenharia e
de outras áreas.

Lógica:

● Lógica simbólica: Leibniz desenvolveu um sistema de lógica simbólica que é


considerado como um precursor da lógica moderna.
● Cálculo proposicional: Leibniz contribuiu para o desenvolvimento do cálculo
proposicional, que é um ramo da lógica que se dedica ao estudo das
relações entre proposições.

Outras áreas da filosofia:

● Ética: Leibniz defendia uma ética racionalista que se baseia na ideia de que a
ação moral é aquela que promove o bem-estar geral.
● Direito natural: Leibniz contribuiu para o desenvolvimento do direito natural,
que é uma teoria jurídica que se baseia na ideia de que existem direitos
universais que são inerentes à natureza humana.

Influências de Leibniz em outros filósofos:

● Immanuel Kant: A filosofia de Kant foi influenciada pela metafísica e pela


epistemologia de Leibniz.
● John Stuart Mill: A teoria do utilitarismo de Mill foi influenciada pela ética de
Leibniz.
● Bertrand Russell: A lógica simbólica de Russell foi influenciada pelo trabalho
de Leibniz.
Influências Filosóficas e Éticas de Immanuel Kant:

Racionalismo:

René Descartes (1596-1650): Ênfase na razão como fonte de conhecimento.


Christian Wolff (1679-1754): Sistematização da filosofia leibniziana e influência na
terminologia kantiana.

Empirismo:

John Locke (1632-1704): Teoria do conhecimento como experiência.


David Hume (1711-1776): Crítica da indução e do conhecimento causal.

Iluminismo:
Ênfase na razão, na liberdade e no progresso.
Crítica à autoridade e à tradição.

4. Moral Sentimentalista:

Francis Hutcheson (1694-1746): Sentimento moral como base da ética.


David Hume: Simpatia como base da moral.

5. Teologia Moral Cristã:

Lei natural: A lei moral é derivada da natureza humana.


Categórico Imperativo: Formulação kantiana da lei moral.

Outras influências:

Jean-Jacques Rousseau (1712-1778): Contrato social e liberdade individual.


Immanuel Kant: Influenciado por diversas áreas do conhecimento, como
matemática, física e astronomia.

Importância das influências:

As influências moldaram o pensamento de Kant e o ajudaram a formular sua própria


filosofia. A filosofia de Kant é uma síntese de diversas correntes de pensamento.

Exemplos de como as influências se manifestaram na obra de Kant:

Racionalismo: Ênfase na razão como base da moral.


Empirismo: Crítica à metafísica dogmática.
Iluminismo: Defesa da liberdade e do progresso.
Moral Sentimentalista: Reconhecimento da importância dos sentimentos na moral.
Teologia Moral Cristã: Influência na formulação do Categórico Imperativo.

A Influência de Hume na Filosofia de Kant:

David Hume (1711-1776), filósofo escocês, teve uma influência profunda em


Immanuel Kant (1724-1804), filósofo alemão. Kant considerava Hume como um dos
pensadores mais importantes de seu tempo e chegou a afirmar que Hume o
despertou de seu "sono dogmático".

Principais Influências de Hume em Kant:

Crítica à Metafísica: Hume argumentou que a maioria dos conhecimentos


metafísicos, como a crença em Deus e na imortalidade da alma, não se baseiam em
evidências empíricas. Essa crítica levou Kant a reexaminar os fundamentos da
metafísica e a desenvolver sua própria filosofia crítica.
Teoria do Conhecimento: Hume defendeu uma teoria empirista do conhecimento,
segundo a qual todo conhecimento deriva da experiência sensorial. Essa teoria
influenciou a epistemologia de Kant, que também enfatizou a importância da
experiência na formação do conhecimento.
Problema da Indução: Hume questionou a validade da indução, ou seja, o processo
de inferir leis universais a partir de observações particulares. Essa questão levou
Kant a investigar a natureza do conhecimento científico e a formular sua teoria da
síntese a priori.
Moralidade: Hume propôs uma teoria sentimentalista da moral, segundo a qual a
moralidade se baseia em sentimentos como a simpatia e a benevolência. Essa teoria
influenciou a ética de Kant, que também reconheceu a importância dos sentimentos
na vida moral.

Exemplos da Influência de Hume na Obra de Kant:

Crítica da Razão Pura: Kant critica a metafísica dogmática e defende uma filosofia
crítica que se baseia na experiência.
Crítica da Razão Prática: Kant propõe uma teoria da moral que se baseia na razão
e na autonomia, mas também reconhece a importância dos sentimentos na vida
moral.
Crítica do Juízo: Kant explora a natureza do julgamento estético e do teleológico, e
argumenta que esses tipos de julgamento não se baseiam em princípios empíricos.

Conclusão:

A influência de Hume na filosofia de Kant foi profunda e abrangente. As ideias de


Hume sobre a metafísica, o conhecimento, a indução e a moralidade desafiaram Kant
e o estimularam a desenvolver seu próprio sistema filosófico. A filosofia de Kant pode
ser vista como uma resposta crítica às ideias de Hume, mas também como uma
profunda assimilação delas.

Immanuel Kant: A ética deontológica e o imperativo categórico como fundamento da


moral.
Autonomia: A moralidade se baseia na capacidade dos seres humanos de se
autolegislarem, ou seja, de agir de acordo com leis que eles próprios criam.
Imperativo Categórico: O princípio fundamental da ética kantiana é o Imperativo
Categórico, que pode ser formulado da seguinte maneira: "Age apenas segundo a
máxima pela qual possas ao mesmo tempo querer que ela se torne lei universal."
Universalidade: Uma ação é moralmente correta se e somente se puder ser
universalizada, ou seja, se puder ser aplicada a todos os seres racionais sem
contradição.
Humanidade: Os seres humanos devem ser tratados como fins em si mesmos,
nunca como meros meios para alcançar fins alheios.
Dignidade: A dignidade humana é inviolável e deve ser sempre respeitada.
Dever: A moralidade se baseia no dever, ou seja, na obrigação de agir de acordo
com a lei moral, mesmo que isso implique em sacrifícios.
Boa vontade: A boa vontade é a única coisa que tem valor moral intrínseco.
Razão: A razão é a faculdade que nos permite determinar o que é moralmente
correto.
Justiça: A justiça é a principal virtude social e consiste em dar a cada um o que lhe é
devido.
Liberdade: A liberdade é a condição necessária para a moralidade.

Exemplos de aplicação da ética kantiana:

Mentir é sempre errado, mesmo que seja para salvar uma vida, porque a mentira não
pode ser universalizada.
É moralmente correto ajudar os necessitados, porque isso é um dever que todos os
seres racionais têm.
É moralmente incorreto matar, mesmo em legítima defesa, porque a vida humana é
inviolável.

UtilitarismoO Utilitarismo, de Jeremy Bentham, John Stuart Mill: O utilitarismo e a busca pela maior felicidade
John Stuart Mill (1806–1873) para o maior número de pessoas.

Influências Históricas, Conceituais e Filosóficas no Surgimento do Utilitarismo


como Teoria Ética:

O utilitarismo, como teoria ética, não surgiu do nada. Diversos fatores históricos,
conceituais e filosóficos convergiram para sua formação no final do século XVIII e
início do século XIX.

Influências Históricas:

● Iluminismo: O Iluminismo, com sua ênfase na razão, no progresso e na


felicidade humana, forneceu o contexto ideal para o desenvolvimento do
utilitarismo.
● Revolução Industrial: A Revolução Industrial, com suas mudanças sociais e
econômicas, gerou novos desafios éticos que o utilitarismo se propôs a
abordar.

Influências Conceituais:

● Hedonismo: O hedonismo, filosofia que busca o prazer como objetivo da


vida, influenciou a definição de felicidade no utilitarismo.
● Contratualismo: O contratualismo, teoria política que baseia a legitimidade
do governo no consentimento dos governados, influenciou a ideia de
maximizar a felicidade do maior número de pessoas.

Influências Filosóficas:

● Jeremy Bentham: Considerado o pai do utilitarismo, Bentham formulou os


princípios básicos da teoria em sua obra "Introdução aos Princípios da Moral
e da Legislação".
● John Stuart Mill: Mill, outro grande utilitarista, defendeu a teoria em obras
como "Utilitarismo" e "Sobre a Liberdade".
● Outros filósofos: Filósofos como Epicuro, Hobbes, Hume e Locke também
influenciaram o desenvolvimento do utilitarismo.

Convergência de Influências:

A convergência das influências históricas, conceituais e filosóficas mencionadas


acima resultou no surgimento do utilitarismo como uma teoria ética formal. O
utilitarismo se propunha a oferecer uma base racional e prática para a moral,
buscando soluções para os problemas sociais da época.

Outras Influências Relevantes:

● Utilitarismo clássico: O utilitarismo clássico, defendido por Bentham e Mill,


focava na maximização da felicidade geral.
● Utilitarismo de regras: O utilitarismo de regras, defendido por H. L. A. Hart,
argumenta que a moralidade se baseia em seguir regras que maximizam a
felicidade geral.
● Utilitarismo de ato: O utilitarismo de ato, defendido por Richard Brandt,
argumenta que cada ação deve ser avaliada por suas consequências e que a
ação moralmente correta é aquela que produz a maior felicidade.

Principais Conceitos e Argumentos do Utilitarismo:

O utilitarismo é uma teoria ética que avalia a moralidade de uma ação com base em
suas consequências. Uma ação é considerada moralmente correta se ela produz o
máximo de felicidade para o maior número de pessoas.

Principais Conceitos:

● Felicidade: O objetivo da ação moral é produzir felicidade.


● Utilitarismo Hedonista: A felicidade é definida como prazer e ausência de
dor.
● Utilitarismo de Preferência: A felicidade é definida como a satisfação das
preferências individuais.
● Cálculo Hedônico: A felicidade é medida pela quantidade de prazer e dor
que uma ação produz.
● Princípio da Maior Felicidade: A ação moralmente correta é aquela que
produz a maior felicidade para o maior número de pessoas.

Argumentos a Favor do Utilitarismo:

● Simplicidade: O utilitarismo é uma teoria ética simples e fácil de entender.


● Imparcialidade: O utilitarismo é uma teoria imparcial que leva em
consideração os interesses de todos os indivíduos.
● Consequencialismo: O utilitarismo é uma teoria consequencialista que
avalia a moralidade de uma ação com base em suas consequências.
● Eficiência: O utilitarismo busca maximizar a felicidade, o que pode levar a
uma sociedade mais eficiente.

Argumentos Contra o Utilitarismo:

● Dificuldade de Medição: É difícil medir a quantidade de felicidade que uma


ação produz.
● Sacrifício Individual: O utilitarismo pode levar ao sacrifício dos interesses
individuais em prol do bem-estar da maioria.
● Ignora a Justiça: O utilitarismo pode ignorar a justiça e os direitos
individuais.
● Manipulação: O utilitarismo pode ser usado para manipular as pessoas para
fazerem coisas que não são do seu interesse.

Influência do Utilitarismo:

O utilitarismo é uma das teorias éticas mais influentes da história. Influenciou


filósofos, políticos e economistas. O utilitarismo continua a ser uma teoria ética
importante e controversa.

Pessimismo Schopenhauer
Egoísmo Max Stirner, O único e a sua propriedade
Nihilismo Ayn Rand, A virtude do egoísmo

Assim Falou Zaratustra, de Friedrich Nietzsche: A crítica à moral tradicional e a transvaloração de todos os
Friedrich Nietzsche (1844– valores.
1900)
o burro, o leão, a criança
A Genealogia da Moral, de Princípios da Filosofia Ética de Nietzsche:
Friedrich Nietzsche (1844–
1900) A filosofia ética de Friedrich Nietzsche (1844-1900) é complexa e desafiadora, mas
alguns princípios fundamentais podem ser destacados:

Crítica à Moral Tradicional: Nietzsche critica a moral tradicional, que ele considera
como sendo baseada em valores ressentidos, como a humildade, a compaixão e a
abnegação. Ele argumenta que essa moral é uma "moral de escravos" que promove
a fraqueza e a submissão.

Transmutação de Todos os Valores: Nietzsche propõe uma "transvaloração de


todos os valores", ou seja, uma inversão dos valores tradicionais. Ele defende a
valorização da força, da vitalidade, da criatividade e do individualismo.

Vontade de Potência: O conceito central da filosofia ética de Nietzsche é a "vontade


de potência", que é a força vital que impulsiona todos os seres vivos a buscar
crescimento, superação e autoafirmação.

Super-Homem: Nietzsche propõe o ideal do "super-homem", que é um ser humano


que se libertou da moral tradicional e que cria seus próprios valores. O super-homem
é um ser forte, vital, criativo e autônomo.

Amor Fati: Nietzsche defende a ideia do "amor fati", que é o amor ao destino. Ele
argumenta que devemos aceitar e amar tudo o que nos acontece, inclusive as coisas
negativas e dolorosas.

Eterno Retorno: Nietzsche propõe a ideia do "eterno retorno", que é a crença de que
tudo o que acontece se repetirá eternamente. Ele argumenta que essa crença nos
leva a viver cada momento com mais intensidade e paixão.

Exemplos da Aplicação da Ética de Nietzsche:

A crítica à moral tradicional pode ser aplicada à crítica da religião, da moral social e
da cultura em geral.
A valorização da vontade de potência pode ser aplicada à busca pelo sucesso, pela
realização pessoal e pela superação de limites.
O ideal do super-homem pode ser aplicado à busca pela autoafirmação, pela
independência e pela liberdade.
O amor fati pode ser aplicado à aceitação das dificuldades e dos desafios da vida.
O eterno retorno pode ser aplicado à ideia de viver cada momento com mais
intensidade e paixão.

Influência da Ética de Nietzsche:

A ética de Nietzsche teve uma influência significativa na filosofia, na literatura e na


cultura em geral. Alguns dos filósofos que foram influenciados por ela incluem:

● Martin Heidegger
● Jean-Paul Sartre
● Albert Camus

existencialismo

Ser e Tempo, de Martin


Heidegger (1889–1976)

Ser e Nada, Sartre


O mito de sísifo, camus
O homem revoltado

Simone Weil

Idade contemporânea Séc.XX


Século XX e XXI:

Ética da argumentação: Habermas e Apel propõem uma ética baseada no diálogo e


na argumentação racional.
Ética do cuidado e da responsabilidade: Carol Gilligan propõe uma ética que
valoriza o cuidado e a responsabilidade nas relações interpessoais ( éticas
assimétricas.
Bioética: Questões éticas relacionadas à medicina, à tecnologia e ao meio ambiente
ganham destaque. (aborto eutanásia, engenharia genética, justiça intergeracional)
Ética da inteligência artificial: Desafios éticos emergentes com o desenvolvimento
de tecnologias avançadas.

Emotivismo

Utilitarismo das regras

Naturalismo

Séc.XXI Etica do Discurso, de Jürgen Habermas (1929–

Ética para o Novo Milênio, ●


de Dalai Lama (publicado em
1999)
As Razões do Amor, de
Ronald Dworkin (publicado
em 2011)

Animal Liberation, de Peter


Singer (publicado em 1975)

The Ethics of Care, de Nel


Noddings (publicado em
1984)

Justice as Fairness: A
Restatement, de John Rawls
(publicado em 2001)

After Virtue, de Alasdair


MacIntyre (publicado em
1981)

The Capability Approach, de


Martha Nussbaum (publicado
em 2000)

Global Justice: Theory and


Practice, de Thomas Pogge
(publicado em 2008)

Outras Obras Relevantes:

Etica e Limites da Razão, de


Jürgen Habermas (publicado
em 1992)
A Sociedade Justa, de John
Rawls (publicado em 1971)
Os Limites da
Responsabilidade, de
Bernard Williams (publicado
em 1985)
Virtudes e Vices, de Philippa
Foot (publicado em 2002)
Por Uma Ética Sem
Fronteiras, de Peter Singer
(publicado em 2010)
Ética Ambiental, de Holmes
Rolston III (publicado em
1988)
Ética da Biotecnologia, de
Arthur Caplan (publicado em
1999)

Ser ético e não ser ético são duas maneiras distintas de viver e tomar decisões. A
principal diferença reside na intenção por trás das ações e na consideração pelos
outros.

Ser ético significa agir de acordo com princípios e valores que promovem o bem-
estar individual e coletivo. Algumas características de um comportamento ético:

● Justiça: Ação imparcial e justa, sem favorecer a si mesmo ou a outros em


detrimento de terceiros.
● Honestidade: Veracidade e transparência nas palavras e ações.
● Respeito: Consideração pela dignidade e pelos direitos de todos os seres
humanos.
● Responsabilidade: Assunção das consequências das próprias ações.
● Empatia: Compreensão e compaixão pelos sentimentos e sofrimentos dos
outros.

Não ser ético, por outro lado, implica em agir de forma egoísta, sem se importar
com as consequências de seus atos para os outros. Algumas características de um
comportamento não ético:

● Injustiça: Ação que beneficia uns em detrimento de outros, violando a


igualdade e a justiça.
● Desonestidade: Mentira, engano e manipulação para obter vantagem
pessoal.
● Desrespeito: Atitudes que violam a dignidade e os direitos dos outros.
● Irresponsabilidade: Negação das consequências das próprias ações.
● Falta de empatia: Indiferença aos sentimentos e sofrimentos dos outros.

As consequências de ser ou não ser ético podem ser significativas:

● Pessoas éticas: tendem a ter relações mais saudáveis e duradouras, pois


inspiram confiança e respeito.
● Pessoas não éticas: podem ter sucesso a curto prazo, mas geralmente são
evitadas e sofrem sanções sociais a longo prazo.

Ser ético é uma escolha consciente que exige reflexão e compromisso. É um


processo contínuo de aprendizado e crescimento, que se baseia em valores como a
justiça, a honestidade, o respeito e a responsabilidade.

Ao escolher ser ético, você contribui para um mundo mais justo, honesto e
respeitoso para todos.

Lembre-se:

● A ética não é um conjunto de regras rígidas, mas sim um guia para tomar
decisões que promovam o bem-estar individual e coletivo.
● Ser ético não significa ser perfeito, mas sim estar disposto a aprender com
seus erros e buscar sempre o melhor caminho.
● Todos podem ser éticos, independentemente de sua idade, crença ou
posição social.

Ser ético é uma escolha que faz a diferença.

Leo Tolstoy | Novelist


@LeoTollstoy
·
4 min
As long as people fail to resist the temptations of fear, ignorance, greed, ambition and
vanity, they’ll always be a society of brutes and liars.

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