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1 – INTRODUÇÃO:
Como conteúdo, a primeira preocupação foi uma cosmologia: busca racional para
explicar a organização do Cosmo ou da Natureza, isto é, a busca de um Arché
(princípio originário que explicasse a ordem do Cosmo.
Período Helenístico ou Imperial (III a.C. III d.C.): quando a Grécia passa por uma grande
transformação com a instauração do Império Macedônico e centro filosófico deixa de ser
Atenas, passando para Alexandria, sendo, mais tarde, absorvida pelos romanos e
influenciada pelo cristianismo; a preocupação central desse período é com uma ética
individualista e na relação do homem com a natureza.
Até o século VII a.C. a coesão social para os gregos era determinada pela crença
religiosa.
A lei era determinada pela deusa Themis (Esposa de Zeus e Filha de Uranos e Gaia):
aquela que dá as normas corretas para fundar a ordem social (a ordem do direito).
O cumprimento da lei era atribuído a deusa Diké (Filha de Themis e Zeus): deusa da
justiça (voz contra o autoritarismo) como se deve cumprir a lei (Direito) garantindo a
cada um o que os deuses lhes deram.
As pessoas ou classes protegidas por essas deusas tinham garantidos seus direitos e a
justiça para eles era certa.
Diké tinha duas irmãs: Eirene (Paz) e Eunomia (Ordem).
São opositoras de Diké: Iris (Conflito), Bia (Força) e Hybris (Excesso).
Direito e justiça eram desígnios divinos e não vontade dos homens
Com o advento da Pólis e da filosofia (sec. VI a.C.) direito e justiça tornam-se domínios
dos homens.
Substituição do discurso mítico-poético pelo discurso lógico (logos).
Discurso mítico: divino, aceito sem demonstração e com autoridade absoluta.
Discurso lógico: palavra laicizada, necessidade de demonstração e pode se contestado.
Com o fortalecimento da Assembleia (Eklesia) todos os cidadãos ganham o direito de
falar e defender sua opinião.
Todos debatem e escolhem pelo voto a lei mais adequada.
O Logos (o argumento) torna-se autoridade.
A Pólis e a Assembleia tornam-se espaço do Direito e da Justiça como convenção das
ações humanas.
Surgem os termos: Isegoria (direito de falar), Isonomia (igualdade de direitos), autonomia
(direito de agir por si).
A democracia e a filosofia são irmãs siamesas.
Heráclito de Éfeso (545 – 485 a.C.) – filósofos da mutabilidade (é impossível entrar duas
vezes no mesmo rio).
Parmênides de Eléia (510 – 470 a.C.) – defende a permanência do ser/essência (nada
muda).
Empédocles de Agrigento (490 – 430 a.C.) – há quatro elementos ou raízes primordiais
(água, terra, fogo e ar) que são unidos e misturados por dois princípios universais: philia
(amor) e neikos (ódio).
Anaxágoras de Clazômenas (500 – 420 a.C.) – não existem quatro mais infinitos
elementos ou sementes semelhantes (homeomerias) que são misturadas pelo Nous (força
ou mente inteligente)
Leucipo de Abdera (470 – 390 a.C.) e Demócrito de Abdera (460 – 357 a.C.) – toda a
realidade é composta por átomos (partícula indivisível) reunidos e separados ao acaso.
BIBLIOGRAFIA:
1 - ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando: introdução
à filosofia. 4ª ed. São Paulo: Moderna, 2009. p. 36 – 42.
2 - CHAUI, Marilena. Convite à filosofia. 4ª ed. São Paulo: Ática, 1995. p. 19 – 33.
3 - COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofia. 1ª ed. São Paulo: Saraiva, 2010, p. 218 – 231
(se 14º ed. 1999, p. 141 – 155).
4 - BITTAR, Eduardo C.B; ALMEIDA, Guilherme Assi de.. Curso de filosofia do direito.
12ª ed. São Paulo: Atlas, 2016, p. 69 - 101.
5 - MASCARO, Alysson Leandro. Filosofia do Direito. 3ª ed. São Paulo: Atlas, 2013. p. 28 - 37.