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ESTUDO DIRIGIDO – ÉTICA DAS VIRTUDES

Nomes: Laizza Rafaelle da Silva Braga

Larissa Melo Faria

1. Por que a teoria de Aristóteles é teleológica

Porque para Aristóteles é de natureza humana que todas as ações tenham um fim, assim
como sua teoria que consiste em todos os homens agem segundo o seu desejo de
felicidade. Felicidade é apresentada como fim último das ações humanas, um bem
supremo que todos os homens desejam.

2. Defina:

a) Felicidade: por Aristóteles “a felicidade é o sumo bem” (1097b, trata-se de um bem


que é desejado em si mesmo e nunca no interesse de outra coisa. A felicidade é o fim
último, um bem supremo que todos os homens almejam. Todos os outros bens são
apenas meios subordinados para que se possa atingir esse bem maior. Felicidade
também é um conjunto de ações boas e excelentes.

b) caráter: o caráter do indivíduo é explicitado pela consonância de suas ações, ou seja,


de acordo com os hábitos (ethos) adquiridos a partir delas. Para o homem ser virtuoso
ele precisa da prática, não necessariamente conhecer, mas praticá-las. É o habito que
delineia nosso caráter.

c) virtude: virtude é derivado da palavra arete, que significa excelência, virtude, honra,
coragem, ações nobres, mérito ou qualidade das coisas excelentes e dentre outras. A
virtude é o ato de remedir, uma disposição habitual para agir de uma certa forma, a
virtude é aplicada na ética a partir da concepção de que o homem deve praticar, visando
o seu bem-estar, atos dignos de louvor, ou ainda, ações sábias e excelentes.

d) hábito: hábitos (ethos) se incorporam no indivíduo, na medida em que ele age, com a
prática e a frequência. Por exemplo, um homem só pode ser considerado justo se ele
pratica, a todo tempo, ações justas.
e) virtude moral: se entende como virtude moral virtudes morais, tudo aquilo que diz
respeito aos hábitos (ethos) práticos. Segundo Aristóteles, elas crescem e progridem a
partir da formação de hábitos igualmente morais, sendo assim, fazem parte da
construção ser do homem e que, com a repetição constante de certos atos, se cria certos
hábitos para agir de determinada forma.

f) virtude intelectual: está relacionada à formação intelectual do indivíduo. Seu


progresso se estabiliza consoante ao ensino, sendo requerida de acordo com a obtenção
de conhecimento. Ou seja, essa gera-se e cresce graças ao ensino, por isso requer
experiência e tempo;

3. Qual a diferença entre os 2 tipos de virtude?

Ainda que essas sejam convergentes em relação ao hábito, ou seja, ações práticas por
meio das constantes repetições. As duas se diferem por serem compreendidas
distintamente quanto à sua natureza. O homem não nasce com suas virtudes intelectuais,
mas por meio de suas características capacitivas de adquirir conhecimento ele consegue
buscar ensino e, por conseguinte, obter através do hábito, a virtude intelectual. Quanto à
virtude moral, é resultado da construção do modo de ser do homem que possibilita que
esse se torne virtuoso moralmente.

4. Qual é o bem supremo? Por que?

Felicidade, pois esse é o fim último objetivo para todas as ações, assim o homem age
conforme esse propósito. Seu desejo se materializa na felicidade, dessa forma as ações
são redigidas conformidade desse.

5. Qual é a virtude suprema? Por que?

Justiça, visto que essa deve ser o condutor das ações do homem, para ter qualquer tipo
de atitude virtuosa, essa está subordinada à justiça. Se algo é realizado e não é justo, não
é uma boa ação e por isso não se identifica como uma ação virtuosa. Sendo assim, a
justiça é essencial para a prática de todas as outras, sem seu princípio, as demais não são
realizadas.

6. Escolha 3 virtudes e seus extremos e explique-as.


Coragem - medo e audácia: A coragem é o equilíbrio entre o medo e a audácia. O medo
em excesso traz insegurança e faz com que atitudes extremas, em razão do temor de
algo, resulte em consequências indesejadas e inibição de algo que poderia ser benéfico.
Assim como a escassez dessa faz com que atitudes invasivas impeçam o indivíduo de se
priorizar em situações que lhe tragam possível perigo.

Liberalidade - prodigalidade e avareza: Dar valor demasiado às riquezas, por vezes,


corrompe o homem e sua atitude por causa desse. Assim como o gasto impensado sem
preservar seus bens é insensato.

Modéstia - acanhamento e despudor: Se tratando da modéstia, o indivíduo modesto tem


a sabedoria de lidar diante da consciência prudente de seu próprio valor. Não
compreender, de fato, as suas próprias circunstâncias faz de si um próprio
desconhecido. Assim como o despudor altera a decência de ser portar.

7. Explique as 4 conclusões do autor após o desenvolvimento do texto

1ª Conforme a análise de Aristóteles, averiguar o sistema das ações éticas, diz respeito
não somente a essas, mas também das ações éticas realizadas de forma excelente e
virtuosa, as quais conduz o homem rumo ao seu fim último objetivo, à felicidade.

2ª Assim, o homem deve agir condizente aos princípios racionais e de acordo com a
justiça. Realizando suas ações de modo equidistante de ambos extremos às virtudes,
tratando-se do mediano entre o demasiado e o demasiadamente pouco.

3ª Considerando a progressividade da virtude moral, os homens necessitam remodelar


suas ações constantemente em suas excelências, para que então tenham caráter nobre e
sejam classificados como virtuosos.

4ª Em suma, atentando-se a associação das virtudes morais e as virtudes intelectuais, vê-


se que estas são responsáveis pela intencionalidade das ações. Assim, compreende-se
que por meio do princípio racional ou de deliberação que as constitui, o homem
consegue agir beneficamente e, virtuosamente, consegue alcançar a felicidade.

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