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Ensaio Filosófico – “Existe sentido na vida?


Nome: Manuel Joaquim Moimenta Cavacas Nº17 11ºA Disciplina: Filosofia

Neste ensaio irei abordar a questão “Existe sentido na vida?”. A procura de uma resposta para esta
questão perdura há muito tempo entre filósofos e população no geral, as pessoas perguntam se a sua
vida tem propósito ou sentido ou é apenas um caso aleatório. Esta questão é provavelmente a que
causa mais desprezo e mais respeito pela filosofia. Por um lado, é uma questão muito vaga e a sua
falta de clareza pressupõe uma maior dificuldade ao abordar o tema. Por outro lado, a necessidade
de perceber e compreender o porquê da nossa existência é profunda e universal. A religião
proporciona uma resposta ao problema, se acreditarmos na existência de um ser sobrenatural que
criou o mundo de acordo com um grande plano então a resposta ao nosso problema irá procurar
qual é a finalidade desse plano, algumas religiões sugerem que a vida é a oportunidade de seguir a
vontade de Deus e realizar o plano que ele mesmo tem para nós. No entanto, não se pode reduzir o
tema filosófico do sentido da vida a questões que só fazem sentido no âmbito religioso.
A tese que eu irei defender está ligada diretamente a uma posição otimista, isto é, vou defender a
ideia de que a vida tem um sentido ou propósito intrínseco mesmo que seja de difícil compreensão.
O valor da vida não surge nem depende de situações externas, mas sim da forma como a vivemos e
a experienciamos internamente. Mesmo tendo em conta todas as adversidades e desafios que a vida
nos traz, é possível encontrar um propósito e significado nas nossas ações e escolhas, como o
desenvolvimento de relacionamentos afetivos, o alento de novos talentos, a procura pelo sucesso ou
simplesmente o prazer de estar vivo. Para além disso, esta posição em relação à questão do sentido
da vida incentiva o desejo de ter uma vida perfeita e satisfatória. A procura pela realização pessoal,
pelo amor e amizade, pelo conhecimento e sabedoria permite aos seres humanos tornarem-se seres
mais completos e felizes.
Uma das principais críticas à posição otimista remete para a existência de sofrimento. A posição que
eu tomo é geralmente criticada por ignorar as dificuldades e sofrimento que a vida nos traz e até
mesmo a morte. Schopenhauer e Tolstoi acreditam que a questão surge precisamente a partir do
facto das nossas vidas acabarem com a morte, uma explicação para a ligação entre o pensamento da
morte e o medo da vida não ter sentido é que quando enfrentamos a morte esquecemos os nossos
ideais de felicidade. Se a felicidade fosse atingível não teríamos a necessidade de encontrar um
sentido para a vida pois não teríamos razão para viver enquanto a vida é agradável e o objetivo de
atingir a felicidade plena seria suficiente. No entanto, para muitos, a ideia de que um dia morrerão
torna impossível a felicidade. Da mesma maneira, o reconhecimento de que um dia morreremos
torna todos os interesses e objetivos que tínhamos destituídos de valor.
Todavia, esta objeção não é bem sucedida pela seguinte razão, a relação entre a nossa finitude e o
sentido da vida é desconcertante. Se o pressuposto de que todos morremos faz a vida parecer sem
sentido, de que maneira o pressuposto contrário, de que viveremos eternamente, melhora a
situação? É inegável que a vida é repleta de dificuldades, dores e tragédias, incluindo a morte, e não
podemos menosprezar tais experiências. No entanto, a minha posição não nega a existência de
sofrimento mas procura encontrar um propósito para além dele. Por meio das adversidades e
sofrimento, podemos aprender novas lições, desenvolver a nossa resiliência e crescer como seres
humanos de modo a contornar essas adversidades e continuar à procura do nosso propósito através
das nossas ações e escolhas.
Em conclusão, a questão filosófica do sentido da vida constitui uma questão muito complexa e
subjetiva que tem vindo a ser estudada por muitos filósofos, religiões e pensadores. Embora não
haja uma resposta definita para esta questão, ainda muitas pessoas acreditam que a sua vida tem um
propósito seja esse relacionado com questões religiosas ou pessoais. A procura pelo significado da
vida pode ser vista como uma missão pessoal que pode levar a uma vida mais completa e feliz. Em
última análise, o que importa não é o sentido da vida de um modo geral, mas sim o sentido
especifico da vida de uma pessoa num determinado momento da sua existência.
Manuel Cavacas
Webgrafia:
https://criticanarede.com/met_sentidodavida.html
https://medium.com/neworder/afinal-qual-o-sentido-da-vida-b49eed6c028d
https://www.filosofiaepsicanalise.org/2023/01/qual-o-sentido-da-vida.html

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