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UFBA

Disciplina: Leitura e Redação de texto filosófico


Professor: Rafael Azize
Estudante: Jéssica Cruz de Barros

Atividade: Produção de um texto filosófico

A existência de Deus dá sentido à vida? Esta não é uma pergunta nova e


sempre é feita por diversos motivos. Muitos estudiosos, principalmente filósofos
como Descartes e Kant, defendem a existência divina e esse questionamento
surge como forma de entender e justificar primeiramente o sentido da vida,
posteriormente a existência de Deus e sua influência sobre o sentido citado
acima.

O problema do sentido da vida é de complicada formulação devido a


subjetividade e ambiguidade do “sentido da vida”, e, por esse motivo, muitas
vezes algumas pessoas pensam ser um falso problema. Essa subjetividade
resulta de outra questão também com dupla interpretação que é a palavra
“sentido”. Ao analisarmos um pouco os contextos no qual o “sentido” faz parte,
perceberemos que pode fazer alusão ao sentido das palavras ou sentido de
qualquer outra situação / fato. O que trazemos aqui é o sentido da vida como
aquele que dá valor a essa vida. Muitos podem se questionar se esse
direcionamento do “sentido” está voltado ao propósito, a finalidade da vida.
Entretanto, o que estamos propondo é um viés mais difícil, mas não complexo.

Para facilitar nosso entendimento acerca desse direcionamento, podemos dar


um exemplo: “eu gosto de mascar chiclete de morango”. Assim como mascar
esse sabor de chiclete traz uma finalidade (o meu gosto, prazer que tenho
nisso), podemos considerar como um gosto que dá valor ao ato de mascar
chiclete de morango, valor esse que me faz pensar que masca-lo faz bem para
mim. (É importante frisar que não estamos comparando a intensidade e
importância do chiclete e de Deus, mas sim o sentido das duas coisas na vida
de cada um). Porém, será que esse mesmo mascar de chiclete de morango
tem o mesmo valor quando associamos ao público em geral, ao universal?
Assim, o sentido da vida começa a nos trazer finalidades diferentes que
possuam valor direcionado, objetivos. É nesse ponto que, após esclarecido o
caminho pelo qual seguiremos, vem à tona o questionamento do início: “A
existência de Deus dá sentido a vida?”. Essa indagação compreende não só
uma resposta teológica como é feita por boa parte das pessoas, mas é uma
pergunta que talvez não exista uma resposta correta.

Podemos pensar da seguinte forma: Deus criou os seres humanos e o mundo


para que eles vivessem (todos nós). Mas esse fato isoladamente não fornece
sentido à vida desses indivíduos. O que podemos alicerçar esse sentido é o
fato de acreditarmos (nunca visão teísta) que Deus tem um plano, um caminho
na vida de cada um.

Se realizarmos uma análise mais aprofundada no sentido da vida em relação à


existência de Deus, poderíamos encontrar como um viés que a vida dessas
pessoas têm sentido, mas elas desconhecem quais são, já que se trata de algo
que transcende a razão humana. Entretanto, percebemos que essa atribuição
de sentido e Deus reflete a percepção de cada um e do valor que isso fornece
ao outro. Perceber isso, sim, foi o nosso objetivo no decorrer do texto.

Vale ressaltar que as ideias trazidas aqui não são análises de um caminho
único, em que este é o correto apenas, mas sim uma forma de fascinar aquele
que lê, em direção aos caminhos longos e instigantes que a filosofia traz.

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