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“Não é possível ser ético se, antes de tudo, não ser reflexivo e crítico”
A ética pressupõe uma experiência.
Temos uma experiência ética quando conseguimos perceber o que é, como é e como
deveria ser.
Heidegger: a angústia
A ética pressupões valores, princípios que norteiam o comportamento humano.
A reflexão ética vem acompanhada de dilemas que envolvem nossas escolhas (exercício
constante) e responsabilidades:
“A ocasião não faz o ladrão, apenas revela a escolha desse diante das circunstâncias, das
possibilitas que o mesmo está envolvido”. (Mario Sergio Cortella).
Para pensar a ética vamos voltar para o termo Ethos
Na Grécia antiga o termo para designar ética era éthos. Essa palavra tinha duas
acepções:
a) Termo éthos (com “e” longo), que significa propriedade do caráter.
b) Termo éthos (com o “e” curto) que significa costume. É para esse segundo termo que
serve a tradução latina mores, ou seja, moral.
Politikós Idiótes
ARISTÓTELES
Virtudes éticas e Dianoéticas
Dianoético
Grego= intelectual. A expressão “virtudes dianoéticas” indica as virtudes próprias da
alma: arte, ciência, sabedoria, sapiência, intelecto.
O homem é um ser que age. Na sua ação visa um bem. Existem bens que são meios
para outros (vou trabalhar para ganhar dinheiro).
Há outros bens que, ao contrário, são considerados como fins, que buscamos por si
mesmos. Deve haver, segundo Aristóteles, um bem ou fim supremo que todos os homens
buscam. Esse bem é a felicidade.
Contudo, os homens consideram que a felicidade pode ser promovida por objetos bem
diversos. Existem aqueles que afirmam que ela pode ser encontrada no prazer
(hedonismo) outros nas riquezas.
Segundo Aristóteles, O homem é dotado de três almas (vegetativa, sensitiva e
racional). O prazer é própria da alma sensitiva, própria dos animais.
O homem que vive apenas em busca do prazer não realiza a função própria de sua
alma racional.
A felicidade somente pode ser encontrada na virtude.
areté: excelência.
A felicidade consistirá na excelência ou perfeição própria do homem.
A virtude do homem consistirá na perfeição no uso da razão, no desenvolvimento
completo de sua alma racional.
Ocorre que o homem não é apenas racional.
A Faculdade de desejar às vezes segue os ditames da razão outras vezes não.
Dois tipos de virtude:
Dianoéticas: a razão considerada em si mesma.
Éticas: a razão aplicada a faculdade de desejar.
Para considerar uma ato justo ou não temos os seguintes critérios:
• Deve ser consequente de um ato de liberdade.
• Deve ser consequente do hábito, costume. A virtude é uma questão de prática e
exercício.
• Deve ser o termo médio:
• Temor – excesso = covardia; ausência = imprudência; meio termo = valentia,
coragem.
• Valorizar em excesso os prazeres = inconstância, volúpia; ausência: insensibilidade;
meio termo: temperança.
• A ética Helenista
Deve-se buscar evitar a dor e perturbações da alma (ataraxia). Razão deve possibilitar a
sabedoria prática para escolher entre os prazeres que não tragam perturbações ou dor
Centralidade no indivíduo
O ser humano é percebido como ser capaz de dominar a natureza com o seu
conhecimento
Valorização do conceito de racionalidade e ciência
Immanuel Kant
A filosofia Crítica
Conceito de Razão
• Tribunal da razão: Busca investigar até que ponto a razão humana é capaz de
conhecer, se existe um conhecimento puro, apenas racional.
• Revolução Copernicana
• Fundamentação da moralidade
Fundamentação Moral
Kant, não podermos afirmar a metafísica tradicional como por exemplo a cristã, mas
podemos pensar em outra forma de metafísica sustentada através do conceito de liberdade.
Como ser racional e, portanto, pertencente ao mundo inteligível, o homem não pode
pensar nunca a causalidade da sua própria vontade senão sob a ideia da liberdade, pois que
independência das causas determinantes do mundo sensível (independência que a razão tem
sempre de atribuir-se) é liberdade. Ora, à ideia da liberdade está inseparavelmente ligado o
conceito de autonomia, e a este o princípio universal da moralidade, o que na ideia está na
base de todas as ações de seres racionais como a lei natural está na base de todos os
fenômenos (KANT, 1980a,p. 154).
A liberdade deve ser pressuposta em toda a natureza racional e não apenas na natureza
humana, uma vez que a moralidade nos é possível como lei na medida em que somos dotados
de razão. Em seres racionais é possível pensar uma razão que é prática, ou seja, “que possui
causalidade em relação aos seus objetos”
Agora a problemática está em determinar o que a caracteriza. O que é uma boa vontade? O
que é uma vontade moral?
Nesse conceito está o ponto básico do uso prático de nossa razão, no qual a preocupação não
está na “determinação dos objetos do conhecimento, mas exclusivamente com os princípios
de determinação da vontade.”
Vontade
Máxima
Princípio moral:
Segundo Kant, uma ação para ser moral dever ter como motivação a própria lei moral,
ou seja, devemos agir pelo dever moral, não apenas em conformidade com moral.
Imperativos
Princípio que ordena- Como o ser humano não é apenas racional, mas é também
emocional, os princípios determinados pela razão aparecem na forma de imperativo ou
ordenamento.
Imperativo categórico – um ordenamento que determina para agirmos pelo simples fato de ser
moral.
“Age como se a máxima de tua ação se devesse tornar, pela tua máxima em lei universal da
natureza.”
“Age de tal maneira que uses a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de qualquer
outra sempre e simultaneamente como fim e nunca como meio”
“A distinção entre Moral e Direito não está na diferença entre espécies de deveres distintos, e
sim, na própria legislação, na medida em que liga o móbil à lei” (KANT, 1999, § III, 220, p.
25). Ocorre que a doutrina do direito se ocupa unicamente com a condição formal da
liberdade externa, enquanto que a moralidade leva em conta o fim último da razão pura,
através da qual somos capazes de determinar nossas ações totalmente a priori, independentes
de qualquer motivação exterior
A política é vista por Kant como uma arte difícil, que muitas vezes abandona os
critérios da moral, tomando para a determinação da ação as artes da prudência. Contudo, a
política deve se subordinar à moral, pois se ela for, para os homens em suas relações externas,
determinada unicamente pelo princípio da prudência, sob a justificativa da incapacidade da
natureza humana de fazer o bem, de agir conforme o direito, haveria discrepância entre
política e moral. No pensamento de Kant (1995e, p. 164): A verdadeira política não pode,
pois, dar um passo sem antes ter rendido preito à moral, e embora a política seja por si mesma
uma arte difícil, não constitui, no entanto arte alguma a união da mesma com a moral.
Na busca pela dissolução do conflito entre moral e política, Kant diz que a política deve
ser subordinada à moralidade, e que é preciso distinguir o político moral do moralista político.
O primeiro é aquele que diante de determinadas circunstâncias em que não se pode agir
imediatamente conforme o que determina a moral, assume os princípios da prudência política
de modo que possam coexistir com a moral.
Moralista político
É aquele que forja uma moral segundo o que lhe é conveniente, tem como ponto de
partida um fim material, que se refere ao bem-estar ou à felicidade.
Filosofia de Nietzsche
O conceito de Verdade
Para Nietzsche não se trata mais de procura o ideal de um conhecimento verdadeiro. Eis,
então, que aparece a questão qual a tarefa da filosofia?
Interpretar e avaliar
Cristianismo e Sócrates
A partir de Sócrates, Platão e do Cristianismo existe o triunfo da moral dos fracos que negam
a vida e negam a afirmação da vida.
Apolo e Dionísio
Na Grécia Antiga Apolo e Dionísio eram duas figuras mitológicas que são ao ver de
Nietzsche o símbolo das forças da natureza que na tragédia grega estavam equilibradas.
Apolo representa o lado luminoso da existência, o impulso para gerar as formar puras,
a precisão, é o deus do sobriedade, da temperança, da justa medida.
Niilismo
HEIDEGGER (1889-1976)
• Filosofia Alemã
• Filosofia Contemporânea
A existência inautêntica
* Problema do ser
A pessoa angustiada ignora o estado exterior e a própria razão de seu estado. Todas
as coisas do mundo parecem não ter mais importância. A “realidade” que o ser
humano, as coisas particulares, não detém mais importância. O homem volta-se para o
nada. O ser humano sente-se como um ser-para-a morte.
• Relação a si mesmo e ao futuro que homem não cessa de transcender, o homem vive
em universo de possibilidades – Tensão entre o que é o homem e o que virá a ser, o
que constitui a inquietação.