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1.1. Ética:
Ética, deriva de “ethos”, que significa modo de ser, há bito ou costume → ponto
de vista etimológico, a ética consiste no estudo dos costumes humanos.
A ética é um ramo da filosofia que lida com o que é moralmente bom ou mau,
certo ou errado. Pode-se dizer, também, que ética e “filosofia da moral” sã o
sinó nimos.
1.2. Moral:
A palavra moral, deriva da palavra latina “more”, que também significa
“costumes”, “há bitos”, conjunto de regras de convívio, num determinado
espaço, numa determinada comunidade, numa determinada sociedade LOGO A
moral é a ciência que ensina as regras que se devem seguir para fazer o bem e
evitar o mal.
1.3. Deontologia:
Deontologia, deriva do grego “deon” ou “deontos” /” logos” e, significa, o estudo
dos deveres.
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1.4. Direito:
O termo direito provém da palavra latina “directus”, que significa reto, no
sentido de retidã o, o certo, o correto, o mais adequado.
1.5. Filosofia:
Filosofia é uma palavra de origem grega, cujo significado literal é “amor à
sabedoria” → estuda problemas essenciais da humanidade, procurando a
compreensã o da realidade e de como o homem se relaciona com o mundo OU
SEJA estuda existência, o conhecimento, a verdade, os valores morais, a
estética, a mente e a linguagem.
O termo filosofia é uma junçã o das duas palavras gregas “philo” e “sophia”. A
primeira significa amizade, fraternidade, enquanto a segunda significa
sabedoria.
a sociedade ética tem de residir na verdade = Como a verdade, por vezes, entra
em confronto com outros valores menos importantes, como a amizade, é
impossível, para o ser humano, construir uma sociedade puramente ética, uma
vez que esta nã o se ergue à base de leis justas, mas com mentalidades que
privilegiem sempre a verdade em detrimento de outros valores.
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este mundo sensível em que nos movemos é uma có pia do verdadeiro mundo: o
mundo das ideias → Do mundo ideal provém o homem, pela sua alma, e a ele
há -de voltar utilizando as suas forças: inteligência, vontade e entusiasmo.
Platã o dá -nos uma explicaçã o simples para o facto de as coisas nã o serem como
deveriam ser: este mundo nã o é o verdadeiro mundo.
É possível confirmar que a conceçã o plató nica de sociedade ética é utó pica,
uma vez que nã o tem efeitos prá ticos na realidade.
a ética é a ciência prá tica do bem e bem é o que todos nó s desejamos, já que
ninguém atua pretendendo o mal. Se alguém escolhe algo que é mal, fá -lo
porque o julga um bem.
Aristó teles termina a sua explicaçã o dizendo que o bem pró prio do homem é a
inteligência e, portanto, o homem tem de viver segundo a razã o. A virtude é um
há bito que torna bom quem o pratica.
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O estoicismo foi fundado por volta de 300 a.C., por Zenã o de Cicio.
Para o estoico, a vida feliz é a vida virtuosa, isto é, viver conforme a Natureza,
ou seja, viver conforme a razã o. O essencial é a retidã o, proveniente da lei
natural, a lei divina que mede o justo e o injusto. Para viver retamente é preciso
lutar contra as paixõ es, contra as boas e as má s, de modo a que nada inquiete
nem perturbe.
advoga que o homem deve fazer aquilo que lhe dá mais prazer → conclui que os
prazeres da alma (o gozo), sã o superiores aos prazeres do corpo. A busca pelo
prazer tem de ser regida pela prudência, que há -de encaminhar à tranquilidade
interior.
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o epicurismo levou quase sempre a esta simples conclusã o: é licito tudo o que
produz prazer.
ao epicurismo é feita uma crítica, que se debruça com a licitude dos prazeres.
Essa objeçã o aponta para alguns prazeres que podem nã o ser lícitos, como o
consumo de estupefacientes.
Kant, por outro lado, está de acordo com Hume na sua ideia de que a ética nã o
tem fundamentos científicos, mas acrescenta que é mais que a simples simpatia
ou há bitos sociais.
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Enquanto, em Hume, permanece a ideia de que toda a açã o tem um fim prá tico,
Smith insiste em que, quando aprovamos a conduta de um homem, o fazemos
porque é apropriada e nã o só porque é ú til.
Adam Smith salienta para além das simpatias e das paixõ es, as virtudes, tanto
mais que, apesar do papel central da simpatia, o sistema moral de Smith é um
sistema repleto de virtudes.
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Dito isto importa reconhecer que Mill chegou a demarcar-se das consideraçõ es
exclusivamente quantitativas do prazer e felicidade de Bentham, introduzindo
no seu utilitarismo elementos antropoló gicos novos, pró ximos do aristotelismo.
Mill vai muito além de Hume, nã o considera que o dever moral esteja
assinalado fora do homem, nem seja algo inato, nem que se possa ler no seu
interior. Ainda que, quando trata da fundamentaçã o da ética, considere que ela
é mais do que a simpatia: a sua base firme é constituída pelos sentimentos
morais da humanidade, o desejo de estarmos unidos com os nossos
semelhantes que já é um poderoso principio da natureza humana. Mill enfatiza,
portanto, os sentimentos de solidariedade.
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Como ele pró prio nos diz: “a sociedade manda em nó s porque é exterior e
superior a nó s; a distancia moral que há entre ela e nó s converte-a numa
autoridade face à qual a nossa vontade se inclina. Mas sendo, por outro lado,
interior a nó s, sendo nó s, por isso a amamos.”.