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BEM-VINDOS!

Ética e Legislação Profissional

• Ano: 2022/2

Marcos Eugênio Pires de Azevedo Lopes


marcoseugeniolopes@gmail.com
Pauta de Hoje

• Ética e Moral: Etimologia e


Origem Histórica
• Exercício de fixação
Aristóteles
Santo Agostinho
São Tomás de Aquino
Etimologia
• Ética
- Ethos: Grego - forma usual de agir e ser, o caráter, a "disposição
nobre"; essa forma também é utilizada para se referir ao ser
íntimo dos animais.
- Platão usa ambos os termos (ἦθη καὶ ἔθη) como interconectados
e complementares no sentido de "caráter e hábitos de vida",
como em A República.
- Ethos forma a raiz de ethikos (ἠθικός), significando "moralidade,
demostrando caráter moral".
Etimologia
• Moral
- Originou-se a partir do intento dos romanos traduzirem
a palavra grega êthica.
- Moralis: Latim - "maneira, caráter, comportamento
próprio" é a diferenciação de intenções, decisões e ações
entre aquelas que são distinguidas como próprias e as
que são impróprias.
História
Ética
• Filosofia clássica: a ética não se resumia apenas aos hábitos ou
costumes socialmente definidos e comuns, mas buscava a
fundamentação teórica para encontrar o melhor modo de
viver e conviver, isto é, a busca do melhor estilo de vida, tanto
na vida privada quanto em público.
• A ética incluía a maioria dos campos de conhecimento que não
eram abrangidos na física, metafísica, estética, na lógica,
na dialética e nem na retórica.
• A ética abrangia os campos que atualmente são
denominados antropologia, psicologia, sociologia, economia, pe
dagogia, política, educação física e dietética.
História
• Moral
A palavra moral não traduz por completo, a palavra grega originária.
- êthica possuía, para os gregos, dois sentidos complementares: o primeiro
derivava de êthos e significava, numa palavra, a interioridade do ato humano,
ou seja, aquilo que gera uma ação genuinamente humana e que brota a partir
de dentro do sujeito moral, ou seja, êthos remete-nos para o âmago do agir,
para a intenção. Por outro lado, êthica significava também éthos, remetendo-
nos para a questão dos hábitos, costumes, usos e regras, o que se materializa
na assimilação social dos valores.
A tradução latina do termo êthica para mores "esqueceu" o sentido de êthos (a
dimensão pessoal do ato humano), privilegiando o sentido comunitário da
atitude valorativa. Dessa tradução incompleta resulta a confusão que muitos,
hoje, fazem entre os termos ética e moral.
Análise
• Os termos 'ética' e 'moral' são usados, por vezes, indistintamente.
• Moral tem significação mais ampla que o vocábulo 'ética'.
• A moral é aquilo que se submete a um valor.
• Hegel considera que seja insuficiente a mera boa vontade subjetiva. É
preciso que a boa vontade subjetiva não se perca em si mesma ou se
mantenha simplesmente como aspiração ao bem, dentro de um
subjetivismo meramente abstrato. Para que se torne concreto, é preciso que
se integre com o objetivo, que se manifesta moralmente como moral
objetiva.
• Moral é um conjunto de regras no convívio. O seu campo de aplicação é
maior do que o campo do Direito. Nem todas as regras Morais são regras
jurídicas. O campo da moral é mais amplo. A semelhança que o Direito tem
com a Moral é que ambas são formas de controle social.
Análise
• Gregos: Ethos (intenção e ação)
• Moral: Mores, tradução de Ethos para o Latim
• Tradução do Grego para o Latim deixou de fora
sentido da intenção, considerando a apenas a ação.
• Confusão dos conceitos
• Ética Clássica: Gregos, Santo Agostinho e Santo Tomás
de Aquino - regida pela Lei Natural.
• Ética Moderna/Contemporânea: Descartes, Kant,
Hegel - regida pela vontade do homem: subjetivismo,
relativismo.
Análise
LEI NATURAL

• A INCLINAÇÃO PARA O BEM NATURAL. A auto-conservação do Homem ―


como a de qualquer ser vivo ― é uma revelação desta primeira
característica.
• A INCLINAÇÃO ESPECIAL PARA DETERMINADOS ATOS, que são os que a
natureza ensinou a todos os animais, como a procriação e a educação dos
filhos.
• A INCLINAÇÃO PARA O BEM segundo a natureza racional que é própria do
Homem, como é a inclinação para conhecer a Verdade, a sociabilidade, a
cultura, a tradição, etc.
Análise
BEM e MAL – Santo Tomás de Aquino

O mal não é intrínseco ao ser humano senão na


sua condição de ignorância ou ausência de
sabedoria, da mesma forma que o mal é a
ausência do bem.
Até a próxima aula, se Deus quiser!

Marcos Eugênio Pires de Azevedo Lopes


marcoseugeniolopes@gmail.com
3 primeiras aulas

• Origem, conceitos e objetivos da ética e sua inserção


na Filosofia.
• Teorias que explicam os conceitos éticos.
• Os campos de Ética e da Moral.
• O homem e a sociedade.
• Virtudes básicas do homem.
• O papel do profissional na sociedade.
Ética e História

• Ética Grega
• Ética Medieval
• Ética Moderna
• Ética Contemporânea
Ética Grega
• INDIVÍDUO-PÓLIS

• Sócrates - a alma humana se torna perfeita através da ciência e do


conhecimento
• Platão - o ser humano sozinho não conseguiria alcançar o caminho do bem,
ele necessita da sociedade,isto é, da pólis – A República.
• Aristóteles - a felicidade; a virtude; meio-termo ou justo meio; a justiça;

• Sofistas – não existe verdade.


• Ética hedonista - o bem e a felicidade são encontrados no prazer (Epicuro).
• Ética epicurista - que é muitas vezes confundida com o hedonismo, mas
que possui diferenças, é caracterizada pela fuga do sofrimento, da dor, e
em busca do domínio próprio, da tranquilidade de espírito (ataraxia) e do
prazer espiritual.
Ética Medieval
• INDIVÍDUO –DEUS
• Liberdade na ética grega era voltada para relação homem e sociedade. No
pensamento medieval, a liberdade é compreendida como um meio para o
indivíduo agir conforme a Lei Natural.

• Santo Agostinho (Platão) – Livre-arbítrio


• São Tomás de Aquino (Aristóteles) – Suma Teológica

• Felicidade
• Alma
• Bem
• Mal
• Virtude
• Liberdade
Ética Moderna
• INDIVÍDUO-INDIVÍDUO

• Surgimento do movimento humanista, o homem ocupará o centro de


interesse.
• Defesa da autonomia intelectual e moral dos indivíduos;
• Ética fundamentada somente pela razão;

• Para os iluministas, o homem deveria guiar toda sua vida pela “luz da
razão”, e não mais pelas opiniões filosóficas dominantes ou pelas tradições
religiosas

• Kant rejeita a ética grega antiga e a ética medieval, pois elas defendiam que
a ação humana era condicionada pela busca da felicidade, do prazer, da
obediência a Deus, etc. Kant buscava construir uma ética em que o homem
deveria agir simplesmente pelo dever, e não por recompensas ou
punições.
Ética Contemporânea
• INDIVÍDUO-DISCURSO (NARRATIVA/LINGUAGEM)

• Nietzsche: sob o domínio da moral, o ser humano se enfraquece, tornando-


se doentio e culpado; Moral de escravos x Moral dos senhores.
• Sartre: Existencialismo e “liberdade”. “Mas se verdadeiramente a existência
precede a essência, o homem é responsável por aquilo que é. Assim, o
primeiro esforço do existencialismo é o de pôr todo o homem no domínio
do que ele é e de lhe atribuir a total responsabilidade da sua existência.”
• Habermas: teoria da ação comunicativa, conceito básico para a
compreensão da chamada ética do discurso . A razão comunicativa é mais
rica por ser processual, construída a partir da relação entre os sujeitos,
como seres capazes de posicionarem-se criticamente diante das normas.
No entanto, a validade das normas não deriva de uma razão abstrata e
universal nem depende da subjetividade narcísica de cada um, mas do
consenso encontrado a partir do grupo, do conjunto dos indivíduos, em
uma "situação ideal de fala".
Lei Natural
• Lei Natural
– Inscrita no homem, desde sua concepção;
– “Fazer o bem e evitar o mal”.
– Possui três preceitos universalíssimos:
a) inclinação para conservarmos nossa vida
b) inclinação para a perpetuação da espécie por meio do amor
entre o homem e a mulher e afeição entre pais e filhos
c) inclinação ao conhecimento da verdade.
– Possui três características:
a) Universalidade: válida para todos os homens
b) Imutabilidade: permanece no transcorrer da História
c) Indispensabilidade: não admite exceções
Ordem Natural e Direito Natural

• Ordem Natural: Ordem representada pelas regularidades que


regem os fenômenos físicos, químicos, biológicos e humanos.
• Direito Natural:
– Aquele que é conhecido espontaneamente pelo homem por
fazer parte de sua própria essência (ou natureza).
• Possui três propriedades básicas:
– a) Universalidade: vale para todos os indivíduos;
– b) Imutabilidade: sempre perdura no tempo, pois a
natureza não sofre mudanças em sua essência; e
– c) Cognoscibilidade: captado espontaneamente pela
consciência moral do indivíduo.
Lei Positiva, Direito Positivo e Ordem Social

• Lei Positiva:
– Decorre da Lei Natural e é promulgada pela responsável pelo bem
comum (legislador, governante) para o aperfeiçoamento da virtude
ou para refrear os vícios humanos.
• Direito Positivo:
– Complementa e decorre do Direito Natural representando tudo o
que não é essencial ao homem e é ditado pela autoridade
competente de acordo com suas particularidades e visando ao bem
comum.
• Ordem Social:
– Subordinada à Ordem Natural, é aquela que visa ao bem comum por
meio da defesa dos autênticos valores humanos e de políticas
respeitadoras da lei natural que cuidem do bem material, intelectual
e espiritual da coletividade.
• Desde a Grécia Antiga à Contemporaneidade a ética
também esta intimamente ligada ao Direito.
• Ao contrário da ciência do Direito, a ética não
estabelece regras, todavia busca justificativas para as
regras pertencentes ao âmbito jurídico.
• O Direito tem por objetivo promover a justiça, para
tanto é necessário que haja um mínimo ético a ser
cumprido para a segurança das relações sociais e
profissionais.
Análise
• O representante da lei deve fazer com que as leis sejam cumpridas de
maneira equilibrada de maneira a trazer harmonia nas relações. A lei
positiva é feita pelo homem com o intuito de estabelece justiça na
disposição constante da vontade, dando a cada um o que lhe é seu.
• A verdade para Tomás de Aquino é definida como uma “conformidade da
coisa com a inteligência”. Tudo o que existe, seja visível ou invisível é
verdadeiro e cita o exemplo da pedra que é real e pode ser vista e tocada. Já
a pedra no fundo do mar também é verdadeira, entretanto não pode ser
vista, mas ela está lá. A verdade é o meio pelo qual se manifesta aquilo que
é. Sendo assim a verdade está nas coisas e no intelecto o tornar conhecida.
Só se pode conhecer a verdade se você conhece o que é o ser.
Como se relacionam os conceitos de Lei
Natural, Ordem Natural, Direito Natural, Lei
Positiva, Direito Positivo e Ordem Social

• A Lei Natural existe para representar a Ordem Natural.


Logo, há um Direito Natural para aplicar a Lei Natural.
Seguindo este raciocínio, temos que a Ordem Social, para
a consecução do bem comum, deverá ser orientada por
Leis Positivas, tratadas e aplicadas pelo Direito Positivo,
que devem decorrer da Lei e do Direito Natural.
Por que com muita frequência as pessoas
ferem a Lei Natural, subvertendo a Ordem
Social?
• Que um indivíduo saiba como deve agir moralmente, segundo
a ordem natural, não garante, em absoluto, que seus atos
sejam retos.
• Há situações muito complexas em que não é fácil discernir qual
o comportamento ético mais adequado. Em tais casos os erros
são frequentes.
• Os povos primitivos não alcançaram um conhecimento
suficientemente claro de alguns princípios naturais, em razão
da hostilidade do meio ou por conta de um desenvolvimento
intelectual rudimentar.
• A força dos costumes, as falsas tradições, a difusão de
doutrinas errôneas coloca em perigo a retidão de muitas
pessoas.
Campos da Ética
• Ética e Política
• Ética e Sociologia
• Ética e Direito
• Bioética
• Ética e Profissões
•Ética e Política
• Busca do bem comum
• Natureza do poder
• Interesses particulares x interesses da sociedade
•Ética e Sociologia
• Desenvolvimento e estrutura das sociedades
humanas
• Indivíduo inserido no meio social
•Ética e Direito
• Homem sujeito a normas que regulamentam a
conduta social
• Leis e sanções para manutenção da Ordem Social
•Bioética
• Questões referentes à vida humana
• Biologia, Medicina e Filosofia
• Saber ético: fundamentos da ética filosófica.

• Ética filosófica: estendeu sua reflexão ao se


direcionar às ciências particulares e técnicas, para
conceder um melhor convívio entre grupos sociais.

• A ética faz-se importante por guiar o pensar e o agir


do homem em todos os tempos.
• Os pensadores modernos não atribuem a origem
mítica da coletividade a um vínculo orgânico.
• Para eles, não somos unidos por tradições, não
pertencemos à mesma família, nem religião e
costumes.
• Para os modernistas, o que nos une é a nossa
vontade individual, guiada pela razão.
Análise
• Gregos: Ethos (intenção e ação)
• Moral: Mores, tradução de Ethos para o Latim
• Tradução do Grego para o Latim deixou de fora
sentido da intenção, considerando a apenas a ação.
• Ética Clássica: Gregos, Santo Agostinho e Santo Tomás
de Aquino - regida pela Lei Natural.
• Ética Moderna/Contemporânea: Descartes, Kant,
Hegel - regida pela vontade do homem: subjetivismo,
relativismo.
Análise
• A ética aristotélica estava baseada no telos, na finalidade da vida do homem, que era ser feliz.
A felicidade, segundo o estagirita, está no equilibro, no exercício da virtude. Antes de
Aristóteles, Platão já tinha uma concepção ética: falava da superioridade da ideia de justiça.
Para o mestre de Platão, Sócrates, o bem é aquilo que nos constrói, aquilo que faz bem a mim
e faz bem ao outro ao mesmo tempo, o que ajuda a construir nossa personalidade (amizade
etc.). O mal é o que nos prejudica, explora, o que tira o que nós temos.

• Para o filósofo medieval, a lei da natureza é um espelho de uma lei maior, que é a lei eterna. A
lei eterna é a lei que manda respeitar a ordem e a proíbe transgredi-la.

• Kant cria o imperativo categórico (“Age somente segundo uma máxima tal que possas querer
aomesmo tempo que se torne lei universal”). Através dele, cabe ao próprio homem impor a lei
moral a si mesmo: sic volo, sic jubeo (assim eu quero,assim eu ordeno). Trata-se de uma ética
solipsista, só para mim.

• Na ética contemporânea, a ética passa a ser uma relação entre as pessoas. Ela desenvolve-se,
em formas de discursos, diálogos, consentimentos; daí os acordos, tratados, fóruns de
discussão entre nações. Deve-se encontrar, através dos diálogos, um princípio de
universalização de comportamento.
Análise

• Segundo Descartes, pai da ética moderna, a ética é racionalizada por um sujeito pensante. Em
seu livro Discurso do Método, expõem a necessidade de todos os homens utilizarem a razão,
inclusive os de senso comum. A razão seria a norteadora ética, era o parâmetro para todas as
coisas (KUJAWSKI, 1969).

• A filosofia ética moderna tem seu apogeu em Immanuel Kant, em que utiliza a concepção de
moralidade. O homem é livre e autônomo e goza do hiperativo categórico, em que os seres
humanos devem agir de acordo com seus princípios, como se fossem aplicados a todos,
tornando-se lei da natureza (CANABRAVA, 2009).
Até a próxima aula, se Deus quiser!

Marcos Eugênio Pires de Azevedo Lopes


marcoseugeniolopes@gmail.com
Pauta de Hoje – 29/08/22

• Virtudes básicas do homem


• O papel do profissional na
sociedade
• Exercício de fixação
Ética e relativismo cultural

• RELATIVISMO: Defende de que os conceitos de bem e mal são


variantes de cada cultura.
• Em uma determinada cultura o bem é considerado como o que
é socialmente aceitável. Os princípios e regras morais são
estabelecidos de acordo com as normas sociais das sociedades.
• O conceito de mal é também relativo, para o relativismo
cultural o mal não é absoluto, o que se pode considerar mal
em determinado grupo social pode ser bem noutra.
• Nesse relativismo não há um padrão objetivo, os pontos de
vistas são relativos a culturas dos indivíduos pertencentes.
Quando dito o contrário, faz-se uma imposição de uma cultura
sobre outra, como verdades objetivas.
Ética e relativismo cultural
• Existem duas formas básicas de relativismo ético: subjetivo e
cultural.
• Os dois pontos de vista negam a existência de verdades
morais absolutas e objetivas. Discordam de que dependem
dos juízos de valor e dos princípios morais.
• Levando em conta o RELATIVISMO ÉTICO SUBJETIVO, o correto
é tudo aquilo que é moralmente válido, a ética é uma questão
individualista, o que o sujeito acredita como certo não pode
ser considerado como incorreto por indivíduo algum.
• Já segundo o RELATIVISMO CULTURAL o que é correto
depende do que consiste em aceito ou considerado
moralmente correto pelo grupo social ou cultura a que se
pertence.
Virtude
• Designa uma capacidade qualquer ou
excelência.
• Aristóteles: “hábitos dignos de louvor”. É uma
disposição para a prática do bem que se
adquire com o hábito.
• Hábitos que levam à excelência humana.
• O contrário de virtude é vício.
Virtude
• Platão, no livro IV da República, definiu
quatro virtudes (Virtudes Cardeais):
– Temperança
– Prudência
– Fortaleza
– Justiça
Virtude
• Temperança

Moderação pela qual permanecemos


senhores de nossos prazeres, em vez de
seus escravos. O intemperante é um
escravo, prisioneiro que é de seu próprio
corpo, desejos e hábitos.
Virtude
• Prudência

É a reta razão destinada ao agir. É denominado


de prudente absoluto o homem que raciocina
certo em relação ao bem viver. A prudência tem
a sua sede nos sentidos internos e é
aperfeiçoada pela memória e pela experiência,
de modo a julgar as experiências particulares.
Virtude
• Fortaleza

Implica uma firmeza de alma para suportar e


afastar terríveis dificuldades e perigos graves. A
fortaleza diz respeito, em especial, ao medo das
coisas difíceis que reprime a vontade da razão.
Não é suficiente resistir apenas aos ataques das
dificuldades, reprimindo o medo, mas também
passar ao ataque, quando for necessário, para
eliminar as dificuldades.
Virtude
• Justiça

Possui como objeto o direito a dar a cada um


aquilo que lhe pertence.
As virtudes aperfeiçoam o ser humano para si
mesmo, no entanto, a virtude da justiça ordena
os atos humanos que são relativos ao outro,
porque a justiça não só implica a relação com o
agente, mas também a relação com o outro.
Virtude
• Aristóteles, no livro I de Ética a Nicômaco,
definiu dois tipos de virtudes:
– Morais: Caráter.
– Intelectuais: Sabedoria.
• Vêm da obra de Aristóteles o famoso dizer de
que “a virtude está no meio”.
• Ex: Coragem é o meio termo entre a Covardia
e a Temeridade.
Virtudes em São Tomás de Aquino
Principais Vícios (São Tomás de Aquino)
• Soberba
• Avareza
• Inveja
• Preguiça
• Ira
• Gula
• Luxúria
O Papel do Profissional na Sociedade
• Onde são cultivadas as virtudes?

FAMÍLIA
A relação que intercorre entre a família e a vida econômica
é particularmente significativa. Por uma parte, com efeito, a
«eco-nomia» nasceu do trabalho doméstico: a casa foi por
longo tempo, e ainda ― em muitos lugares — continua a ser,
unidade de produção e centro de vida. O dinamismo da vida
econômica, por outra parte, se desenvolve com a iniciativa
das pessoas e se realiza, segundo círculos concêntricos, em
redes cada vez mais vastas de produção e de troca de bens
e de serviços, que envolvem em medida crescente as
famílias.
O Papel do Profissional na Sociedade
• Uma relação absolutamente particular liga a família
e o trabalho: «a família constitui um dos mais
importantes termos de referência, segundo os quais
tem de ser formada a ordem sócio-ética do trabalho
humano». Tal relação tem suas raízes na relação que
intercorre entre a pessoa e o seu direito a possuir o
fruto do próprio trabalho, e diz respeito não somente
ao indivíduo enquanto tal, mas também como
membro de uma família, concebida como
«sociedade doméstica».
O Papel do Profissional na Sociedade
• O Bem Comum é um estado de coisas que
facilita – ou pelo menos não dificulta – a cada
indivíduo a possibilidade de perseguir, se assim
o desejar, o próprio desenvolvimento integral
(isto é, do caráter, profissional, econômico,
social etc.) e sua realização por meio da busca
da excelência.
Até a próxima aula, se Deus quiser!

Marcos Eugênio Pires de Azevedo Lopes


marcoseugeniolopes@gmail.com

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