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Ética

A moral e as outras formas


de comportamento humano.
Considerações iniciais:

• “Os animais vivem as suas relações com


o mundo exterior de modo único e
imutável.”
• Diversidade de comportamentos –
religioso, econômico, político, artístico,
etc.
Moral e religião:
• Religião – fé ou crença na existência de forças
sobrenaturais ou num ser transcendente e sobre-
humano, todo-poderoso (ou Deus), com o qual o
homem está em relação ou religado.
• Sentimento de dependência do homem com
respeito a Deus.
• Salvação dos males desse mundo em conexão com
a transição para outro mundo.
• O autor admite que as noções se encaixam melhor
em relação ao cristianismo.
Desdobramentos:
• Deus como verdadeiro sujeito e a consequente negação da
autonomia do homem.
• Verdadeira liberdade humana só seria alcançada em um
outro mundo após a morte.
• “A religião seria um protesto contra a miséria real.”
• Por outro lado pode conduzir ao conformismo, conduzir à
renúncia a luta para transformar o mundo terreno.
• Dentro da religião existem aspectos morais.
• O cristianismo desenvolveu diversos posicionamentos
morais ao longo da história, tanto contra como a favor das
classes dominantes.
“Se Deus não existisse,
tudo seria permitido”
• Cristianismo – Deus é o fundamento absoluto dos valores morais.
Sem religião, sem moral.
• Não haveria uma moral autônoma que tivesse seu fundamento no
homem.
• Segundo Vazquez o homem primitivo teria vivido sem religião,
mas não sem normas consuetudinárias.
• A moral seria possível sem a religião, mas o inverso seria
impossível.
• Virtudes cristãs (resignação, humildade, passividade) colaboraram
para a manutenção do poder das classes dominantes.
• Até que ponto essa crítica é pertinente em relação aos outros
grandes grupos religiosos.
Moral e política:
• A moral regula as relações mútuas entre indivíduos e
entre estes e a comunidade.
• A política abrange as relações entre grupos humanos
(classes, povos ou nações) a partir da diversidade de
interesses existente na sociedade.
• A política implica em participação consciente e
organizada de amplos setores da sociedade, com
projetos e programas que fixam os objetivos mediatos
e imediatos.
• Na política o indivíduo encarna uma função coletiva e
sua atuação diz respeito a um interesse comum.
• Na moral, apesar do aspecto social, temos um predomínio do
elemento íntimo, pessoal e da responsabilidade individual.
• Política e moral são formas de comportamento que não podem
identificar-se. Ainda que não se excluam por completo.
• Moralismo abstrato – julgamento das ações políticas a partir
de critérios morais.
• Realismo político – pretende subtrair os atos políticos a
qualquer avaliação moral, em nome da legitimidade dos fins.
• Ambos representam uma dissociação entre a vida pública e a
vida privada.
• Seria possível a um indivíduo refugiar-
se na vida privada com intuito de não se
envolver com os aspectos sombrios da
política?
Moral e direito:
• De todas as formas de comportamento humano, o
jurídico ou legal (direito) é o que mais intimamente se
relaciona com a moral.
• Ambos postulam condutas obrigatórias aos homens.
Portanto são imperativos.
• Tanto uma quanto a outra visam garantir certa coesão
social.
• Variam ao longo da história de acordo com as diferentes
sociedades.
• Exterioridade do direito – as normas jurídicas não
exigem convicção íntima ou coesão interna.
-

• A moral exige coesão íntima – ninguém


nos pode obrigar internamente a
cumprir a norma moral.
• O direito é um organismo estatal capaz
de impor a observância da norma
jurídica.
• A esfera da moral é mais ampla do que a
do direito.
• A moral é mais antiga e, diferente do
direito, não depende do aparecimento
Ciência e moral:
• Ciência – investigação científica da natureza da moral.
• Moral e ciência – papel moral do homem de ciência ou da
atividade do cientista.
• Definição de ética como um conjunto de enunciados a
respeito de um objeto específico, ou do setor da realidade
humano que chamamos moral.
• Hegel – ciências morais = ciências do espírito.
• Ética, vem do grego Éthos, cujo significado é não só
Morada, Habitat, Habitação (donde a raiz
etimológica é ηθος), como também hábito, conduta e
comportamento (donde a raiz etimológica é εθος).
Éticas deontológicas

• Se determinada ação é correta tenho que


realizá-la independentemente das consequências
que ela trará.
• A forma do ato é o fundamento da ética.
• Então, as ações são em si mesmas boas ou más,
independentes dos desdobramentos que
provocam.
Éticas teleológicas

• A qualidade moral da ação depende da


finalidade objetivada.
• A consequência do ato é posta em primeiro
plano.
• O conceito central é o de Bem, toma como
referência uma ordem objetiva de bens e valores.

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